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O percussionista Juvenal de Holanda Vasconcelos, conhecido mundialmente como Naná Vasconcelos, acaba de ganhar uma homenagem no centro do Recife, através do megamural intitulado “Naná Vasconcelos, Sinfonia e Batuques”, de autoria da artista Micaela Almeida. A pintura muralista destaca vividamente o músico recifense com o seu inseparável berimbau, preenchendo os 200m² da fachada do Edifício Guiomar, localizado no bairro da Boa Vista, em frente ao Parque 13 de Maio, nas proximidades da Faculdade de Direito do Recife.
Iniciada em 28 de novembro e concluída em apenas dez dias, a obra de arte a céu aberto não é apenas uma expressão artística, mas também um marco na história da cidade e do Estado de Pernambuco. Esta é a primeira vez que uma obra dessa magnitude é dedicada ao único artista brasileiro a receber oito prêmios do Grammy e a conquistar o título de maior percussionista do mundo por oito vezes pela revista Down Beat. Às vésperas de completar 80 anos de legado, Naná Vasconcelos continua a ser uma figura inspiradora e influente no cenário artístico e musical.
"O megamural é bastante significativo para mim, pois todo o processo, desde a escrita do projeto e idealização da arte até a execução, foi um caminho de muito desafio e aprendizado enquanto mulher e artista autônoma. Poder gerar e parir essa cria em homenagem ao gigante Naná Vasconcelos em seu território é uma grande honra. Só tenho a agradecer ao mestre Naná pela sua generosidade, genialidade e delicadeza musical que plantou no mundo. Mesclar a arte urbana pública com a música é magia pura no Recife”, conta a artista Micaela Almeida.
A iniciativa promovida pela Prefeitura do Recife, por meio da  Secretaria Executiva de Inovação Urbana (SEIURB), foi autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e contou com a parceria da Tintas Iquine e da Gráfica Reprocenter. “Esse espetáculo visual é resultado do Edital de Credenciamento para Realização de Intervenções Artísticas em Empenas Cegas, uma política pública pioneira em Pernambuco, que dá oportunidade para que artistas como Mica transformem a paisagem urbana em um palco vivo da arte, celebrando a cultura e o patrimônio da nossa cidade. A boa notícia é que mais três megamurais já estão em andamento para inaugurar ainda este ano", conta a secretária executiva de Inovação Urbana, Flaviana Gomes.
Responsável pelo acervo de Naná, sua esposa, Patrícia Vasconcelos, se viu impactada com a execução da obra que, por meio de uma paleta de cores, transmite serenidade e alegria, capturando a essência acolhedora da natureza. O megamural no coração da cidade, com seus elementos como manguezais, raízes e rios, realça o sentimento de pertencimento histórico-geográfico. Para ela, a intervenção artística é um grito de liberdade.
“A pintura trouxe de fato a energia de Naná, que trouxe a arte. Me chamou muita atenção  porque a energia nananiana chegou a partir de um entrelaçamento fluido. Acho que Pernambuco e Recife deviam isso e ainda devem muito mais em prol do seu legado. É bastante simbólico também porque estamos no Mês da Consciência Negra. Outra situação que de cara visualizo na arte é uma liberdade, de um negro que vem como se fosse a estátua da liberdade negra trazendo muita sabedoria e estímulo para as pessoas, inclusive porque Naná foi pura arte e a arte é puro Naná. É liberdade em todos os sentidos, gêneros, raças, criações e musicais”, declarou.  
A cantora, atriz e artista plástica Paz Brandão, ex-integrante do Grupo Voz Nagô, que acompanhou o percussionista em shows e parcerias musicais, também participou do projeto. Ela destacou que a intervenção artística a partir da obra de Naná evidencia a cultura recifense, seus batuques e manifestações específicas, por meio da memória visual e sonora que reverbera nos corpos e na história da coletividade local.
“Tive a felicidade de dividir 18 anos da minha vida profissional com Naná Vasconcelos. Além de ser sua companheira de trabalho, fui sua amiga nessa terra. Então, celebro esse mês de novembro com muita alegria e gosto de vitória por saber que uma rua do centro da cidade abriga hoje a cara preta de um homem que fez história no nosso país e no mundo. Essa referência que o Recife tem, sobretudo para o povo preto, precisa ser enxergada diariamente”, comentou.

Para o mês de dezembro, o projeto está preparando um evento de inauguração em local e data a serem confirmados em breve. Haverá a exibição de um documentário, com direção do fotógrafo Rennan Peixe, para mostrar o processo de execução da pintura, fotos e vídeos, bem como a entrevista de Patrícia Vasconcelos, produtora e viúva de Naná, reafirmando sua memória.

*Da assessoria de imprensa

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O monumento que homenageia o percussionista Naná Vasconcelos, localizado na praça do Marco Zero, Centro do Recife, foi restaurada após dois meses à espera de reformas. No final de 2017, a estátua foi alvo de vandalismo e teve o berimbau roubado, Após denúncia da viúva do músico, Patrícia Vasconcelos, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) se comprometeu a restaurá-la.

O conserto foi concluído na última terça-feira (30) e o custo total foi de R$ 9.800. O serviço foi realizado pelo artesão Demétrio Albuquerque e contou com a troca de peças, reforço na estrutura e um novo berimbau. O monumento, inaugurado em fevereiro de 2017, tem 4,5 de altura e compõe o Circuito da Poesia ao lado de nomes como Clarice Lispector, Chico Science, Manuel Bandeira e Capiba, entre outros.

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A estátua em homenagem ao músico Naná vasconcelos, localizada no Marco zero, Bairro do Recife, está há um mês sem o berimbau. A denúncia foi feita por Patrícia Vasconcelos, viúva do percussionista, que pede a Emlurb a manutenção do local. O monumento tem 4,5 metros de altura foi inaugurado em fevereiro deste ano e faz parte, ao lado de escritores e músicos, do Circuito da Poesia.

A peça custou R$ 35 mil e foi confeccionada pelo escultor Demétrio Albuquerque. Na época da inauguração, foi instalado um refletor em LED e uma placa informativa com QR Core, que fornece informações sobre a vida e obra de Naná. Em nota, a Emlurb lamentou o ocorrido e o classificou como ato de vandalismo. Confira o comunicado:

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A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) informa que está ciente do caso e irá registrar um Boletim de Ocorrência junto à Polícia para denunciar o ato de vandalismo praticado na estátua de Naná Vasconcelos, que está instalada no Marco Zero e faz parte do Circuito da Poesia. A autarquia lamenta que atos desse tipo danifiquem as obras de arte espalhadas pela cidade. A Emlurb já acionou o artista autor da obra para programar o reparo necessário.

O último grande processo de restauro pelo qual passou o Circuito da Poesia foi realizado em 2015 e teve investimento de R$ 115 mil. De lá pra cá, são executados consertos e reparos pontuais nos equipamentos que eventualmente são alvo de vandalismo. Liêdo Maranhão e Joaquim Cardozo foram os mais recentes, além de Naná Vasconcelos. No início desse ano, o projeto foi ampliado e o número de artistas homenageados passou de 12 para 17, com a instalação das esculturas de Ariano Suassuna (Rua da Aurora); Alberto da Cunha Melo (Parque 13 de Maio), Celina de Holanda (Avenida Beira Rio); Liêdo Maranhão (Praça Dom Vital) e Naná Vasconcelos (Marco Zero). O investimento nos cinco novos monumentos foi de R$ 150 mil. Além disso, houve a implantação das placas informativas em todas elas.

Com relação à estátua de Joaquim Cardozo, a obra foi removida para reparos, após ser encontrada completamente depredada. O conserto está em andamento e deverá custar cerca de R$ 9 mil. Por se tratarem de obras de arte, cada recuperação leva um tempo específico para ser concluída, de acordo com o trabalho do escultor das peças. A estátua de Liêdo Maranhão também foi retirada para reparos. Ambas deverão ser repostas no início do próximo ano.

Os atos de vandalismo causam prejuízos milionários à administração municipal. Somente para recuperar monumentos, pontes e edificações públicas que sofreram ações  de  pichação e  vandalismo, por exemplo, a  Prefeitura  do  Recife  chega a gastar aproximadamente  R$  2  milhões  por ano. A Prefeitura também teve que adequar seus serviços por conta dos roubos das tampas de ferro dos  bueiros  do  centro  da  cidade.

Após a polêmica sobre possíveis mudanças nos desfiles oficiais durante o Carnaval do Recife, as agremiações de maracatu de baque virado aguardam por uma definição acerca da tradicional abertura do carnaval, realizada por elas - e com regência do mestre Naná Vasconcelos - há 16 anos. O modelo do evento está sendo discutido em reuniões junto à Prefeitura, ainda sem resultado definitivo. Em entrevista ao LeiaJá, nesta terça-feira (21), o secretário executivo de Cultura, Eduardo Vaconcelos, garantiu que o prefeito Geraldo Julio "não abre mão" desta tradição.

Já foram promovidas duas reuniões para a discussão de projetos para a realização da abertura que reúne dezenas de nações. Ante a falta de uma resposta concreta, até então, até Patrícia Vasconcelos, a viúva de Naná, idealizador da cerimônia, se manifestou nas redes sociais: "Luto para que esse movimento e espetáculo das Nações continue e frutifique. Anos de lutas, de sorrisos e de lágrimas. Lágrimas de emoção e de tristeza por cada não recebido na tentativa de dar continuidade ao movimento. Não à desconstrução nesse movimento", disse em carta aberta publicada no Facebook.

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O secretário executivo de Cultura do Recife, Eduardo Vasconcelos, disse que ainda serão realizadas outras reuniões com os representantes das nações para a definição do modelo desta abertura para 2018. E garantiu: "O prefeito Geraldo Julio não abre mão desta tradição deixada por Naná e pelas nações que hoje levam o legado do mestre Naná". Eduardo completou: "A gente vai, nos próximos dias, sentar para definir como será feito isso e como será a participação de todas as agremiações nos cinco dias de Carnaval".

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Os tambores do maracatu ecoaram a saudade de Naná Vasconcelos, durante o primeiro ensaio para a abertura do Carnaval, na Rua da Moeda, no Recife, nesta sexta-feira (27). Faltando menos de um mês para a Festa de Momo, três nações participaram da preparação. Elas integram os 13 grupos que vão homenagear o percussionista falecido em 9 de março de 2016, junto com Voz Nagô.

O Maracatu Oxum Mirim, Maracatu Encanto da Alegria e Maracatu Sol Nascente foram as nações que participaram do primeiro ensaio sem Naná Vasconcelos. De acordo com um dos mestres Chacon Viana, a ausência de Naná é a principal perda do encontro, porém, eles estão conseguindo alcançar o que o percussionista tanto desejava.

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“Os ensaios estão tranquilos! Todas as nações estão conseguindo se entender e ouvir umas as outras, ou seja, estamos unidos, como nosso mestre sempre lutou”, disse Chacon. Em relação à ausência de Naná, o mestre da Nação Porto Rico falou “é um grande vazio, que está sendo preenchido com a musicalidade que nós tanto amamos, como ele”, contou.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, integrantes da Voz Nagô exaltaram que a saudade é tão grande quanto à alegria de homenagear ele. Já a estudante de psicologia Adriana Andrade acompanhou atenta ao ensaio e falou da importância dos encontros de maracatu. “Esse encontro é o resgate e a valorização da cultura brasileira. Cada batuque emana as raízes populares que precisam e devem ser exaltadas”, finalizou.   

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Nomes que ajudaram a escrever a história de Pernambuco estão enterrados no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife. Nesta quarta-feira (2), Dia de Finados, muitas pessoas compareceram ao local para prestar homenagens, levar flores e outros enfeites às sepulturas de pessoas famosas como políticos, artistas e religiosos. Entre os túmulos mais visitados estava o do percussionista Naná Vasconcelos, que morreu aos 71 anos no último mês de março, vítima de um câncer de pulmão.

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Na sepultura do percussionista, a integrante do Maracatu Estrela Brilhante, Jandira Pereira, de 67 anos, prestava sua homenagem ao grande ídolo e amigo. "O Carnaval do Recife não podia ficar sem Naná Vasconcelos. Ele tocava com a alma e até mesmo a água era instrumento para Naná. A falta dele é tão grande que não tenho como explicar, conta.

Outro tumulto muito visitado todos os anos é o do cantor pernambucano Chico Science, morto em um acidente de carro em 1997. Usando o tradicional chapéu que fazia parte do figurino do artista, o garçom Pereira Campos compareceu ao cemitério para prestar uma homenagem.

"Como bom fã, venho todos os anos fazer essa homenagem em datas importantes, como aniversario e data de morte. Sou fã dele desde 94 e admiro muito sua capacidade de ter mostrado ao mundo os ritmos de Pernambuco. Chico é inesquecível", disse. 

Em outra área do cemitério, o túmulo do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto de 2014, chamava atenção dos visitantes. Flores e outros enfeites repousavam sob o túmulo do político.

A aposentada Nivalda Burgos, 66, ascendia velas e orava diante da sepultura. "Rezo todos os dias por ele. Tenho uma admiração enorme pela pessoa simples que ele foi. Desde sua morre venho todos os anos ao cemitério para prestar homenagens ao melhor governador que já tivemos", ressalta.

Na última segunda-feira (8), o irmão mais novo de Naná Vascocelos, Erasto Vasconcelos, foi internado, após sofrer um enfarte, e foi socorrido pela família. O músico foi atendido pelo Hospital Oswaldo Cruz e está internado no Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape). Ele não pode receber visitas e deve receber alta na próxima segunda-feira (15).

Um dos amigos mais próximos de Erasto, Paulo do Amparo, lamentou a fatalidade e relatou os cuidados que o artista deve ter depois do ocorrido. “Nosso jovem preto velho doido genial não vai mais poder fumar cigarros e é grande a lista de coisas que não pode. Vai precisar muito mesmo da companhia de todos os amigos: uma mistura de tranquilidade e alegria! força, Erastão!”, declarou. O músico completa 70 anos nesta sexta-feira (12). 

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O percussionista Naná Vasconcelos - falecido no último mês de março em decorrência de um câncer de pulmão - continua muito vivo na memória afetiva do povo pernambucano. Além de ser o homenageado de dois grandes eventos do calendário do Estado - a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Fenearte) e o Festival de Inverno de Garanhuns, alguns projetos tocados pela sua produtora, Patricia Vasconcelos, prometem dar continuidade ao legado do mestre. 

Na manhã desta quinta-FEIRA (30), a viúva e produta de Naná, Patricia, falou à repórter Roberta Patu, do Portal LeiaJá, dos projetos deixados pelo artista que ela pretende compartilhar com o público. Entre eles, está o disco Budista Afro-budista: "Ele deixou o disco quase pronto, estou organizando a equipe para poder captar recursos e viabilizá-lo". O CD contará com a participação do maestro Gil Martins, regente da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo: "Tem uma parte que ele já deixou gravada e na outra vai entrar a Orquestra Sinfônica. Estamos tentando fazer isso com o maestro Gil Martins". Além do disco, também há a finalização do documentário 'Caminhos'.

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Sobre as homengens rendidas ao marido falecido, Patrícia se disse emocionada e muito feliz: "Estou abraçando com muito carinho isso tudo, porque não deixa de ser um mantenimento do nome dele, da arte dele e da pessoa que foi Naná. É muito gratificante pra mim, como esposa e produtora dele, saber que as pessoas estão louvando o nome dele e tentando aprender mais sobre a arte dele", disse.  

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O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) finalmente divulgou as datas de realização. O evento que acontece de 21 a 30 de julho terá como homenageado o percussionista Naná Vasconcelos, artista que faleceu em março deste ano. A abertura do festival contará com o espetáculo magno na Catedral de Santo Antônio, porém a programação completa ainda não foi divulgada.

O homenageado Naná Vasconcelos participou pela última vez do FIG, no ano de 2104. Considerado ícone da cultura brasileira, o percussionista faleceu aos 71 anos vítima de complicações resultantes de um câncer no pulmãoO artista descobriu a doença em 2015, fez tratamento e chegou a ser internado.

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A 27ª edição do Prêmio da Música Brasileira anunciou, nesta terça-feira (17), os artistas que concorrerão ao título em diversas categorias. Entre os indicados à premiação, o disco do pernambucano de Naná Vasconcelos com Zeca Baleiro, o Café no Bule, representa o Estado, juntamente com a cantora Alessandra Leão. Elba Ramalho é outro destaque nordestino. Os grandes vencedores serão conhecidos no dia 22 de junho, em uma cerimônia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro que vai homenagear Gonzaguinha.

O disco “Antes do mundo acabar”, da cantora Zélia Duncan, recebeu o maior número de indicações. Ao todo, foram cinco, enquanto a paraibana Elba Ramalho disputará quatro premiações. Além disso, concorrem em três prêmios Elza Soares, Renato Teixeira, Caetano Veloso e Gilberto Gil. 

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O mestre Naná Vasconcelos, com o projeto “Café no Bule”, concorre na categoria “Álbum Projeto Especial”, ao lado de Zeca Baleiro e Paulo Lepetit. Uma das indicações de destaque de Elba Ramalho é a de “Melhor cantora”, em disputa contra Ná Ozzetti e Virginia Rodrigues. Na categoria “Regional”, a pernambucana Alessandra Leão busca o título, em disputa contra Elba e Socorro Lira. 

Foco de diversas polêmicas envolvendo sua primeira formação com Joelma e Chimbinha, a Banda Calypso foi indicada como melhor grupo. A disputa será contra Jamz e Melanina Carioca.

Confira na página virtual do Prêmio da Música Brasileira a relação completa dos artistas e grupos indicados à premiação. Pelo mesmo site é possível encontrar mais detalhes das canções e projetos que podem ganhar prêmios.

Os percussionistas, a cultura e os admiradores dos batuques conduzidos por Naná Vasconcelos amanheceram em silêncio nesta quarta-feira. Após uma longa batalha contra o câncer e uma vida marcada pelo sucesso e contribuições culturais imensuráveis, o músico silencia o Brasil com a sua morte.

Para os pernambucanos, o carnaval não será mais o mesmo. Não teremos mais o grande percussionista comandando centenas de batuqueiros de maracatus na tradicional abertura da festa mais popular do estado. Para os brasileiros, fica a memória e a história daquele que foi eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat e ganhador de oito prêmios Grammy, era considerado uma autoridade mundial em percussão.

De uma simplicidade singular e inteligência incomparável, Juvenal de Holanda Vasconcelos foi autodidata, nunca frequentou escola de música, nem se graduou. Mas, através de seu talento, se firmou como um dos mais respeitados instrumentistas do Brasil, tendo colaborado com grandes nomes como Egberto Gismonti e compondo a trilha sonora da animação de  o Menino e o Mundo, que disputou o Oscar de melhor filme de animação em 2016.

O guitarrista Pat Metheny o chamava de Doctor. Já o cineasta Bernardo Bertolucci não admite que o chamem de músico, mas sim de “A Música”. Foram mais de 30 discos, além de inúmeras trilhas sonoras para o cinema, teatro e balé. O percussionista é admirado por artistas nacionais como Maria Bethânia que, em entrevista, o usou para exemplificar o mais completo significado de cultura popular brasileira: “aquele que não é estático, que renova a tradição”.

Esse era Naná Vasconcelos. Um gênio da música, com centenas e talvez milhares de faces. Que inventava e se reinventava. Um mestre na percussão. Com seu talento único, defendeu a música como incentivo à inclusão, à educação e à cultura. Além disso, o seu orgulho de ser brasileiro ajudou a difundir as tradições da nossa cultura pelo mundo.

O músico sabia que não lutava uma batalha fácil, mas não perdeu o ritmo. Em 2016, mesmo debilitado, fez questão de comandar a abertura da folia de momo  em Pernambuco com mais de 500 batuqueiros das nações de maracatu e foi aplaudido por milhares de fãs. O encerramento perfeito após 15 anos à frente da cerimônia.

Sábias as palavras do músico Gabriel, o Pensador, que escreveu em seu Facebook: "Não vou estranhar se os trovões, os ventos e as chuvas passarem a soar bem melhor, em combinações inusitadas de ritmos, depois da chegada do mestre Naná Vasconcelos ao céu".

Humilde, generoso e responsável por mudar a vida de muitos jovens pobres que viram nele e em seus ensinamentos a oportunidade de crescer, mudar de vida e desenvolver seus talentos. Sentimos muito a sua partida, mas ficamos tranquilos por saber que Naná Vasconcelos foi e será um exemplo para todos.

A tristeza invadiu os pernambucanos nesta semana com a morte do percussionista Naná Vasconcelos. De fama internacional, o músico difundiu a cultura do Estado com o batuque e seus flertes com variados estilos musicais, dentre eles o jazz e a música erudita.

No vídeo, personalidades que viveram ao lado do mestre Naná falam sobre legado deixado por ele. Confira o relato completo abaixo:

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Fãs, parentes e amigos emocionados marcaram o momento do sepultamento do músico percussionista Naná Vasconcelos, realizado nesta quinta (10), no cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife. Entre os presentes para dar o último adeus ao músico, estavam vários artistas que prestaram homenagens ao mestre, reconhecido internacionalmente, que até este ano comandou as nações de maracatu na abertura do Carnaval recifense. 

Acompanhe os detalhes no vídeo abaixo:

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Batuqueiros de 12 nações de maracatu de baque virado prestaram uma última homenagem ao percussionista Naná Vasconcelos na manhã desta quinta-feira (10). Eles receberam o cortejo que levou o caixão até o Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife, onde ocorreu o sepultamento, com muito batuque em reverência ao mestre. Os brincantes se despediram de Naná, mas também demonstraram preocupação com a continuidade do trabalho iniciado por ele. 

Estiveram presentes na homenagem as nações Estrela Brilhante do Recife, Cambinda Africano, Cambinda Estrela, Leão da Campina, Aurora Africana, Estrela Dalva, Tupinambá, Almirante do Forte, Encanto do Pina, Encanto da Alegria, Raízes de Pai Adão e Sol Nascente. Juntas, elas fizeram ecoar os toques e evoluções que abriram o Carnaval do Recife nos últimos 15 anos, sempre com Naná Vasconcelos à frente da "confusão", como ele gostva de chamar. O clima entre os brincantes era de tristeza pela perda de um mestre,mas também de preocupação, já que Naná foi um dos grandes responsáveis pela valorização da cultura do baque virado e também um defensor das nações.

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O Mestre Arlindo, responsável pelo Cambinda Africano, lamentou a ida do percussionista: "É uma perda grande. Muitos maracatus se beneficiaram depois que Naná assumiu o Encontro de Maracatus, principalmente os de porte pequeno. Agora ninguém sabe como vai ser daqui pra frente", disse. Fábio Sotero, presidente da Associação dos Maracatus de Pernambuco, também demonstrou preocupação acerca do futuro do evento que abre o carnaval recifense: "Isso significa muito para os maracatus que trabalham o ano todo pensando na abertura do carnaval. Se a gente perder isso, será muito significante para a gente. Com Naná a gente tinha certeza que isso teria continuidade. Ele era mais um brincante, um comandante de todos nós maracatuzeiros de Pernambuco".

Fabio Aquino, brincante da Nação Estrela Brilhante do Recife, lembrou do trabalho que Naná fez com os grupos: "Foi uma base pra sustentação de todas as nações de maracatu, para a gente poder estar no patamar que estamos hoje". E o Mestre Chacon Viana, do Porto Rico, falou da esperança em poder manter viva a tradição iniciada pelo mestre: "Perdemos um guerreiro, mas vamos pedir a Deus que os governantes consigam fazer com que a gente leve à frente este legado. Se tivermos apoio vamos seguir em frente. Porque agora, mais do que nunca, é importante levar à frente tudo que ele (Naná) deixou."

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*Com informações de Paula Brasileiro

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Chegou a hora de dizer adeus a um dos mais importantes músicos brasileiros. Com muita música e emoção, o corpo de Naná vasconcelos foi enterrado na manhã desta quinta-feira (10) no Recife.

Naná morreu na quarta (9), aos 71 anos, em decorrência de complicações relacionadas a um câncer no pulmão. Seu corpo chegou ao Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, sendo acompanhado por uma multidão que fez questão de comparecer para prestar sua última homenagem. Músicos, artistas, populares e gestores públicos estiveram presentes durante o velório e enterro do percussionista, que nos últimos 15 anos foi o responsável por abrir oficialmente o Carnaval do Recife.

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As nações de maracatu Almirante do Forte, Leão da Campina, Raízes de Pai Adão, Encanto da Alegria, Estrela Brilhante do Recife, Porto Rico, Tupinambá, Aurora Africana, Estrela Dalva, Sol Nascente, Cambinda Africano, Cambinda Estrela e Encanto do Pina se uniram para tocar seus tambores em reverência àquele que os regeu por tantos anos na abertura do carnaval do Recife.

"A partida dele nos deixa a sensação de saudade. A gente comenta a grandeza, a imensidão do talento dele, mas precisamos saber que ele deixou toda a fortuna dele - não de moedas, ou contas em banco, mas do talento, da obra dele. Então continuamos com essa missão: perpetuar a obra de Naná", disse a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, ao LeiaJá.

Confira o momento do sepultamento do corpo de Naná Vasconcelos:

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Confira também a cobertura completa em vídeo: 

*Com informações de Paula Brasileiro

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Religiosidade, música e muita emoção tomam conta da Assembleia Legislativa de Pernambuco na manhã desta quinta (10) durante o velório do corpo do percussionista Naná Vasconcelos, morto nesta quarta (9) em decorrência de um câncer no pulmão. Um ato ecumênico celebrado pelo pai de santo Raminho de Oxossi teve início pouco antes das 9h e o grupo Voz Nagô cantou em homenagem ao músico.

O também músico Erasto Vasconcelos, irmão de Naná, acompanhou a cerimônia transparecendo bastante emoção. Vários músicos e artistas, além da secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, estiveram presentes nos últimos momentos da despedida ao percussionista. Representantes de agremiações e maracatus também marcaram presença rendendo homenagens a Naná Vasconcelos.

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O poeta israel batista recitou uma poesia ao mestre. O bloco carnavalesco Galo da Madrugada trouxe seu estandarte. "Naná de fato é uma pessoa diferenciada e sempre soube fazer da sua vida um ritmo musical", afirmou o presidente do maior bloco do mundo, Romulo Meneses.

"A cultura pernambucana sempre foi muito dividida entre o popular e o erudito, e Naná teve a genialidade de superar essa dicotomia ridícula. Ele era um gênio da cultura", exaltou o escritor, professor e pensador Jomard Muniz de Britto em conversa com o Portal LeiaJá.

Depois da despedida dos membros da família, o corpo de Naná Vasconcelos segue neste momento em cortejo até o Cemitério de Santo Amaro, onde será sepultado.

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As lembranças e saudações tomaram conta da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quarta-feira (9), durante o velório do percussionista Juvenal Holanda Vasconcelos, conhecido artisticamente como Naná Vasconcelos. Artistas e amigos fizeram várias homenagens e relembraram momentos compartilhados com o músico. 

Além da Voz Nagô, grupo que o acompanhava há 15 anos, nas apresentações do carnaval e nos ensaios, outros artistas também exaltaram a importância na cultura pernambucana, como Ed Carlos e Maestro Forró. Um dos depoimentos mais expressivos foi do seu amigo de infância, o mestre Galo Preto.

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Aos 81 anos, Galo Preto revelou que conheceu o percussionista em 1949, quando tinha 14 anos. Confira o vídeo a seguir:

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Uma homenagem especial na despedida do mestre percussionista Naná Vasconcelos. Dezenas de músicos e entusiastas da cultura afro fizeram ‘Um Minuto de Barulho para Naná’, nesta quarta-feira (9), no Marco Zero, na área central do Recife. O músico, que ficou conhecido mundialmente por divulgar e difundir as raízes africanas, faleceu aos 71 anos, após lutar sete meses contra um câncer no pulmão.

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O encontro foi idealizado pelo baterista Tostão Queiroga, irmão de Nena e Lula Queiroga. Segundo o músico, a ideia foi reunir espontaneamente os seguidores do percussionista para fazer muito barulho com batuques e instrumentos. “Ele sempre foi e será uma referência da música pernambucana em âmbito mundial. Além disso, todos nós temos um grande respeito e gratidão”, falou.

Uma das integrantes do Maracatu Sol Nascente, de Água Fria, Mariana Passos, fez movimentos para Yansã, em homenagem a Naná. “Dancei para Yansã em referência a passagem da terra para o céu, um movimento do vento. Indiscutivelmente, ele (Naná) representa o toque da ancestralidade. Um verdadeiro mestre, que mostrou para o mundo a cultura africana”, concluiu. 

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No velório do percussionista Naná Vasconcelos, na tarde desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), além dos familiares do artista, personalidades da cena musical também marcaram presença. Um deles foi o cantor Ed Carlos, que conversou com o Portal LeiaJá e deixou seu recado de reconhecimento por tudo que o falecido mestre representa para a cultura nacional.

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“Os gênios são muito simples. No caso de Naná, ele tinha em sua essência a simplicidade. O que vamos levar dele, além desse lado humano, é o alto astral que ele sempre transmitiu”, declarou Ed Carlos. E puxou em sua memória: “Lembro quando ele me ligou para agradecer pela música “Nanamaracatu”...passei uma semana chorando de alegria”.

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Além do Maracatu Nação Porto Rico, outro que compareceu para prestar sua homenagem ao percussionista, em nome de 15 aberturas de carnaval sob a mestria de Naná, foi o grupo Voz Nago. Na despedida, os integrantes da agremiação se apresentaram no salão da Alepe, sendo mais um conjunto de admiradores a cumprir o que o mestre queria: um velório com muita batucada. 

Integrante do Voz Nago, Luciane Loyce também deixou sua mensagem de despedida. "Nana deu a oportunidade e a abertura para algo que era marginalizado pela sociedade. Além disso, ele era totalmente envolvido com todos e tinha carinho entre todas nós", disse. E finalizou: "Sabemos que não se pode dizer q ele é insubstituível, mas ê muito precipitado falar como tudo vai ficar sem ele".

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Com informações de Roberta Patu

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