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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou a existência de um caso suspeito do novo coronavírus (2019-nCoV) no Brasil. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (28), Mandetta disse que a paciente esteve recentemente em Wuhan, cidade chinesa onde a epidemia teve início, e é mantida em isolamento em um hospital de Minas Gerais.

"O estado geral da paciente é bom, não há nenhuma complicação", afirmou o ministro, acrescentando que trata-se de um caso "importado". "Não há evidência do vírus circulando", declarou.

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Segundo Mandetta, 14 contatos próximos da paciente estão sendo monitorados, e o tratamento da mulher segue o protocolo para Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), doença que matou quase 800 pessoas no início do milênio e que é causada por um coronavírus similar ao 2019-nCoV.

O caso suspeito já havia sido anunciado pelo governo de Minas Gerais, que na semana passada falara em outro possível contágio, depois negado pelo Ministério da Saúde.

Mandetta também explicou que o Brasil passou a tratar como suspeitos os casos de pacientes que apresentam sintomas do coronavírus e que tenham estado recentemente na China, e não apenas em Wuhan, como era anteriormente.

O 2019-nCoV causa febre, tosse e dificuldades respiratórias. Até o momento, a epidemia já matou 106 pessoas e contaminou 4,5 mil.

Da Ansa

As máscaras cirúrgicas, que voltaram a ser usadas aos milhares na Ásia devido ao avanço do novo coronavírus, são essenciais para as pessoas doentes e recomendadas nas regiões mais afetadas, mas não garantem uma proteção de 100% contra a epidemia.

Com a rápida disseminação da doença, que até agora deixou 106 mortos e mais de 4.500 infectados na China, as vendas de máscaras, geralmente baratas e de papel, explodiram na região, mas seu uso já é comum na Ásia contra a poluição, ou como medida de higiene em geral.

Na China, onde o novo coronavírus apareceu em dezembro e o uso de uma máscara é obrigatório em algumas províncias sob pena de multa, as farmácias estão ficando sem estoques, de Hong Kong a Pequim, passando por Xangai, Camboja e Japão.

Em vários sites on-line, os preços dispararam em função da demanda. Na Tailândia, onde há 14 infectados, as lojas no centro de Bangcoc foram esvaziadas em poucos dias, enquanto cartazes nas vitrines anunciavam: "Não há máscaras".

- Fornecedores sobrecarregados-

"Trezentos clientes por dia, principalmente chineses, estão atrás desse produto. Não temos mais nada em estoque, assim como todos os nossos fornecedores estão totalmente sobrecarregados", declarou à AFP Suphak Saphakkul, chefe de uma pequena farmácia em um shopping da capital tailandesa.

"Em 36 anos de carreira, eu só vi isso uma vez: durante a epidemia de SARS", acrescentou, referindo-se à Síndrome Respiratória Aguda Severa), que causou centenas de mortes em 2002 e 2003.

A situação não vai melhorar, já que a grande maioria dessas máscaras é fabricada na China.

Mas elas são realmente eficazes?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha cobrir a boca e o nariz em caso de tosse e espirro, e é essencial para os doentes, a fim de limitar os riscos de contágio. Mas para aqueles que não apresentam sintomas, sua "eficácia não está comprovada", segundo o Ministério da Saúde francês.

"Elas não dão 100% de garantia", diz Satoshi Hiroi, do Instituto de Saúde Pública de Osaka. Como não estão completamente presas ao rosto, elas deixam o ar entrar sem filtragem e você pode inalar o vírus, explica.

Os especialistas também insistem em que, após algumas horas, devem ser trocadas, aconselhando os tipos mais caros, as chamados máscaras de proteção respiratória individual, compostas por uma peça facial e um dispositivo de filtragem de ar de uma vida útil mais longa.

Ainda é difícil se prevenir efetivamente contra o novo coronavírus. Há evidências de contaminação de pessoa para pessoa, mas ainda não se sabe se o vírus é propagado pelo ar, ou através do contato.

"Não sabemos exatamente de onde vem, não entendemos completamente como é transmitido e como se expressa em seus sintomas", disse Daniel A. Kertesz, representante da OMS na Tailândia.

"Lutamos contra um inimigo invisível. Usar uma máscara é melhor do que nada (e) pode tranquilizar a população e evitar uma histeria coletiva", alegou o farmacêutico Saphakkul.

A lavagem das mãos com sabão, ou álcool, e lenços de uso único também são recomendados para evitar a propagação do novo coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 28, esperar que sejam "reais" os dados da China sobre casos confirmados de pessoas infectadas pelo coronavírus. Segundo ele, o país asiático é "fechado". "A gente espera que os dados da China sejam reais. (Que seja) Só isso de pessoas contaminadas. Se bem que é bastante. Mas a gente sabe que esses países são mais fechados no tocante a informação", disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que deve tratar ainda nesta terça com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre o avanço da doença. "A OMS está dando no grau máximo a questão da periculosidade de o vírus se espalhar pelo mundo. Já aconteceu na questão do H1N1, em outros momentos da história aqui. Então temos que ficar preocupados", disse Bolsonaro.

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O presidente afirmou que não deve, por enquanto, retirar famílias brasileiras de áreas onde há pessoas com casos confirmados. "Pelo que parece tem uma família na região onde o vírus está atuando. Não seria oportuno a gente tirar de lá, com todo o respeito. Pelo contrário, agora não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas", disse Bolsonaro, sem deixar claro se falava de uma família brasileira nas Filipinas que esteve recentemente Wuhan, na China, epicentro do surto da doença.

O Ministério das Relações Exteriores informou na segunda-feira, 27, estar em contato com a família. Os brasileiros aguardam resultados de exames, mas não têm os sintomas da doença, segundo o ministério.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou um Grupo de Emergência em Saúde Pública para monitorar e conduzir no âmbito da agência as ações referentes ao novo coronavírus, que já havia matado 106 pessoas na China até a noite desta segunda-feira (27). Outros 12 países, em três continentes, também reportaram casos de infectados.

O grupo foi criado por portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) e contará com servidores que ficarão focados no tema. Serão eles: o adjunto de Diretor da Primeira Diretoria; um assessor da Terceira Diretoria; o gerente-geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados; o gerente de Controle Sanitário de Produtos e Empresas em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados; o coordenador de Imprensa e Comunicação; e o assessor-chefe do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. O grupo de emergência terá prazo de duração indeterminado.

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O governo federal diz que a situação está sob controle no País e afirma que não vê necessidade de averiguar todas as aeronaves que vêm da China. Nesta segunda-feira, o presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que a vigilância sanitária será chamada para análise mais detalhada só se for notificada a presença de pessoa com suspeita do vírus, o que ainda não ocorreu em voos que chegaram ao Brasil.

Na manhã desta terça-feira (28) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, atendem a imprensa para atualizar o boletim sobre o novo coronavírus da China.

As infecções pelo novo coronavírus, geralmente associadas a quadros de pneumonia, podem ocorrer também sem que o infectado apresente sintomas, o que pode dificultar a contenção do surto. É o que indica um estudo de pesquisadores chineses publicado na sexta-feira (24) no periódico científico The Lancet.

A conclusão vem da análise de uma família chinesa que teve seis integrantes infectados. Eles foram diagnosticados na cidade de Shenzen, onde moram, mas haviam viajado a Wuhan, epicentro do surto, dias antes da detecção da doença. Segundo o artigo, um dos integrantes da família, um menino de 10 anos, foi infectado pelo vírus, mas não teve manifestação da doença, enquanto os outros cinco apresentaram sintomas.

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O diagnóstico surpreendeu os médicos, que inicialmente não pensavam em submeter o garoto a exames. Os testes só foram feitos por insistência da família, que estranhou o fato de o garoto ter viajado a Wuhan e não apresentar a doença.

Os autores do estudo destacam que esse achado indica mais uma dificuldade para conter o surto, já que o paciente pode carregar e transmitir o vírus sem apresentar sinal da doença. "Esses casos enigmáticos de pneumonia ambulante podem servir como uma possível fonte para propagar o surto", destacam os especialistas.

Eles também ressaltam que, no caso dos pacientes com sintomas, as manifestações podem mudar de paciente para paciente. Embora a maioria relate febre, tosse e dificuldade para respirar, dois membros da família estudada tiveram como primeiro sintoma uma diarreia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou nesta terça-feira (28) que o território vai suspender a emissão de vistos de viagem para turistas da China em meio a preocupações com a disseminação do surto de coronavírus iniciado na cidade chinesa de Wuhan.

O governo de Hong Kong também decidiu suspender os serviços ferroviário de alta velocidade e de balsas entre o território e a China continental e cortou pela metade os voos provenientes de aeroportos chineses.

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Mais cedo, a Bolsa de Hong Kong anunciou que voltará a operar nesta quarta-feira (29), como estava previsto, após permanecer fechada por alguns dias em função do feriado do ano-novo chinês.

A Alemanha registrou na região da Baviera (sul) o primeiro caso confirmado do coronavírus mortal que se propaga na China, anunciou nesta segunda-feira (27) o ministério da Saúde regional.

"Um homem da região de Starnberg está infectado com o novo coronavírus" e "foi posto sob vigilância médica e em regime de isolamento", anunciou um porta-voz do ministério em um comunicado.

O paciente está "em boas condições em nível médico", informou o porta-voz sem entrar em detalhes. Seus familiares têm sido informados dos sintomas que podem surgir em caso de doença, bem como sobre as precauções de higiene que devem tomar.

A epidemia desta pneumonia viral matou 82 pessoas na China e 2.744 foram infectadas neste país, segundo o último balanço oficial de segunda-feira.

O ministério da Saúde da Baviera não deu nenhuma informação sobre o homem, nem as circunstâncias nas quais possa ter se infectado. Uma coletiva de imprensa está prevista para esta terça-feira (28) em Munique.

A Alemanha tonou-se, assim, no segundo país europeu afetado pelo coronavírus, depois dos três casos confirmados na França em 24 de janeiro. Os três pacientes, um em Bordeaux (sudoeste) e dois em Paris, tinham viajado recentemente à China.

Berlim pediu na segunda-feira a seus cidadãos que evitem viagens desnecessárias à China. Também está considerando uma "possível evacuação", se quiserem, de seus cidadãos da cidade chinesa de Wuhan, epicentro do vírus.

A capital chinesa registrou nesta segunda-feira (27) a primeira morte pelo coronavírus que está causando um temor crescente no mundo, diante das 106 mortes e cerca de 1.300 novos casos confirmados só na China, enquanto a OMS elevou a ameaça internacional da epidemia a "alta".

As autoridades sanitárias da província chinesa de Hubei (centro), onde começou a epidemia, afirmaram que o vírus deixou mais 24 mortos, que somados aos 82 já reportados, somam 106, e infectou outras 1.291 pessoas, o que eleva o número de pacientes confirmados a mais de 4.000 em todo o país.

Um bebê de nove meses estaria entre os infectados. A preocupação com o vírus levou Pequim a adiar o início do semestre letivo em escolas e universidades em todo o país.

As aulas estão suspensas devido ao feriado do Ano Novo Lunar e o ministério da Educação não divulgou uma data para o retorno das atividades. De acordo com uma circular do ministério, a retomada das aulas será decidida segundo a localização dos estabelecimentos.

Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, havia oferecido "qualquer ajuda necessária" ao gigante asiático, que isolou várias cidades para impedir a propagação da doença.

A Mongólia se tornou o primeiro país a fechar as rodovias que a ligam à China. As pessoas procedentes da província chinesa de Hubei, a mais afetada, não poderão entrar na Malásia.

Alemanha, Turquia e Estados Unidos desaconselharam seus cidadãos a viajarem à China, enquanto França, Estados Unidos, Japão e Marrocos preparam a evacuação de seus cidadãos.

Meia centena de doentes foram reportados no resto do mundo, onde uma dezena de países, da Ásia à Austrália, passando pela Europa e pela América do Norte, foram atingidos pelo vírus. A Alemanha registrou nesta segunda seu primeiro caso confirmado, um homem da Baviera (sul).

A crise faz temer uma maior fragilização da economia chinesa e inclusive mundial. As principais bolsas mundiais caíram mais de 2% nesta segunda-feira no Japão e na Europa, enquanto em Nova York operava no vermelho.

Vários eventos esportivos internacionais previstos na China foram cancelados, adiados ou transferidos. O último deles, a Volta Ciclística a Hainan, que seria disputado no fim de fevereiro.

- Visita do primeiro-ministro a Wuhan -

A dimensão da ameaça de propagação foi reportada pelo prefeito de Wuhan, epicentro do novo vírus, registrado em dezembro: cinco milhões de habitantes, quase metade da população, viajaram para a festa do Ano Novo Lunar, celebrada no sábado.

O isolamento desta cidade desde a quinta-feira lhe dava um ar fantasmagórico. A maioria das lojas está fechada e os veículos não essenciais não puderam circular, constatou uma equipe da AFP.

"A cada dia estou mais preocupado", disse o estudante vietnamita Do Quang Duy, de 32 anos. "Vamos Wuhan!" dizia um cartaz luminoso em um arranha-céus da cidade em uma tentativa de elevar o ânimo da população, que precisa permanecer trancada em casa.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chegou nesta segunda-feira a Wuhan, na primeira visita de um dirigente do regime comunista à cidade desde o início da epidemia, em dezembro.

Nas imagens divulgadas pelo governo, o premier aparece com uma bata de plástico azul e uma máscara, examinando as informações de um paciente no leito de um hospital.

Nos hospitais de Wuhan, a situação é caótica: os pacientes têm que aguardar horas para ser atendidos por um médico. Diante desta situação, estão sendo construídos dois hospitais com mil leitos cada, que ficarão prontos no prazo recorde de menos de duas semanas.

"A capacidade de propagação do vírus se fortaleceu", indicaram funcionários de saúde chineses, embora tenham dito que o novo coronavírus "não é tão potente" quanto o Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave), causa de uma epidemia letal entre 2002 e 2003, que deixou cerca de 750 mortos.

Dirigentes chineses da província de Hubei são alvo de críticas nas redes sociais, onde são chamados de incompetentes ou ridicularizados por sua gestão da epidemia. Comentários pouco habituais na China, onde as críticas às autoridades costumam ser censuradas.

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, era esperado em Pequim.

Sua organização, que evitou por enquanto declarar "emergência internacional", revisou para "alta" a ameaça da epidemia em nível mundial.

Pesquisadores de Hong Kong estimaram que o número de casos possa superar os 40.000 e que o número de contágios poderia dobrar a cada seis dias, razão pela qual consideraram que os governos devem tomar medidas drásticas para limitar os deslocamentos da população e conter a propagação da epidemia.

As autoridades sanitárias americanas informaram nesta segunda ter decifrado o genoma de dois dos primeiros casos americanos do coronavírus, denominado 2019-nCoV, e confirmaram que o patógeno é o mesmo detectado na China. "Parece que não sofreu mutação", declararam.

O retrato falado do coronavírus começou a se desenhar: é menos letal que o Sars, porém mais transmissível - aparentemente inclusive antes do surgimento dos sintomas - enquanto a comparação com seu parente lance pistas sobre como combater a epidemia.

Vários países, como Estados Unidos, França e Japão, se mobilizam para retirar seus cidadãos de Wuhan, região que é o epicentro da epidemia de coronavírus que provocou 106 mortes na China e tem mais de 4.500 pessoas infectadas.

Wuhan, cidade do centro do país que onde o novo coronavírus foi detectado em dezembro, e quase toda a província de Hubei estão isoladas do mundo desde quinta-feira (23) por ordem das autoridades para tentar frear a epidemia. Quase 56 milhões de habitantes estão confinados.

O confinamento deixou milhares de estrangeiros retidos na região. Para retirá-los, Estados Unidos, França e Japão preparam operações de emergência.

O governo japonês anunciou que enviará um avião nesta terça-feira a Wuhan para retirar 200 cidadãos do país e aproveitará a oportunidade para entregar "máscaras e trajes de proteção" às autoridades locais.

Médicos estarão a bordo e as pessoas com sintomas como febre alta serão levadas diretamente para o hospital no desembarque. Quase 650 japoneses de Wuhan expressaram o desejo de retornar ao país e o governo planeja novos voos de repatriação.

Um voo para retirar funcionários do consulado dos Estados Unidos em Wuhan deve partir na manhã de quarta-feira (hora da China) com destino à Califórnia, anunciou o Departamento de Estado. Outros assentos serão oferecidos a cidadãos americanos "dependendo dos lugares disponíveis".

A França também prepara uma operação para retirar seus cidadãos e outros europeus da região. Uma lista de 500 pessoas já foi estabelecida pelo consulado local, mas o número pode chegar a 1.000, já Wuhan recebe muitos estudantes franceses, além das fábricas da Renault e PSA. As pessoas retiradas serão submetidas a um período de quarentena.

- Viagens adiadas -

O número de vítimas fatais aumentou para 106 e o de casos confirmados supera 4.500 na China, de acordo com o balanço oficial atualizado. A cidade de Pequim informou na segunda-feira a primeira morte provocada pelo coronavírus, um homem de 50 anos que retornara de Wuhan.

Outros 50 pacientes foram registrados no resto do mundo e mais de 10 países foram afetados pelo vírus, na Ásia, Austrália, Europa e América do Norte.

Na segunda-feira, a Alemanha confirmou o primeiro caso de contágio e se tornou o segundo país afetado na Europa, depois da França.

A propagação do vírus aumenta a ansiedade e a série de medidas de contenção. Muitos países reforçaram a precaução nas fronteiras. A Mongólia fechou a passagem terrestre com a China.

A Malásia proibiu a estadia de pessoas procedentes de Hubei. Vários países recomendaram que seus cidadãos evitem viajar para esta província, mas a Alemanha ampliou o conselho para toda a China. O governo dos Estados Unidos fez o mesmo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera a ameaça "alta", mas sem ativar um alerta de saúde internacional, afirmou na segunda-feira que ainda não sabe se os infectados são contagiosos antes de apresentar os sintomas da doença, o que contradiz as declarações de funcionários da área de saúde da China.

A ameaça de propagação é considerável. O prefeito de Wuhan admite que cinco milhões de pessoas deixaram a cidade de 11 milhões de habitantes antes do Ano Novo chinês, celebrado em 25 de janeiro.

- Aulas adiadas -

As autoridades chinesas decidiram prolongar por três dias, até 2 de fevereiro, o feriado de Ano Novo (sete dias de recesso), para adiar as viagens de retorno para suas cidades de centenas de milhões de trabalhadores migrantes e reduzir o risco de propagação da epidemia.

Além disso, o início do semestre letivo nas escolas e universidades foi adiado, informou o ministério da Educação, sem divulgar a nova data de recomeço das aulas. A Administração Nacional de Imigração também recomendou aos moradores da China continental que adiem os planos de viagem ao exterior.

"Reduzir os deslocamentos entre fronteiras ajuda a controlar a epidemia", afirmou a agência, que explicou ter adotado a recomendação "para proteger a saúde e a segurança de chineses e estrangeiros". Wuhan parece uma cidade fantasma. Lojas permanecem fechadas e as autoridades proibiram a circulação de veículos não essenciais.

Nos hospitais, a situação permanece caótica: os pacientes precisam esperar por horas antes do atendimento. A construção de dois hospitais, com 1.000 leitos cada, deve terminar na próxima semana. O primeiro-ministro Li Keqiang visitou a cidade na segunda-feira para verificar a situação.

"A capacidade de propagação do vírus aumentou, mas não é tão potente como a SARS", afirmaram autoridades chinesas, em referência à síndrome respiratória aguda grave, que deixou centenas de mortos no país no início dos anos 2000.

O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira, 27, que, junto com o Ministério da Saúde, está acompanhando a situação de emergência do Coronavírus, detectado em vários países. A pasta lembra que o coronavírus também pode causar infecções em animais. "Até o momento, com base nas informações disponíveis, não temos relatos do vírus em qualquer espécie animal. Ressaltamos ainda que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não fez nenhuma restrição de comercialização de produtos e de animais", destacou em nota.

"Ao visitar mercados ou feiras de venda de animais vivos, carnes, peixes ou produtos de origem animal frescos, recomendam-se medidas gerais de higiene e prevenção, como lavagem das mãos. Após tocar animais e produtos de origem animal, deve-se também evitar contato das mãos com olhos, nariz ou boca. Recomenda-se ainda evitar contato com animais doentes ou produtos animais deteriorados."

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O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 27, que os portos e aeroportos brasileiros estão preparados para receber possíveis pacientes infectados pelo coronavírus. "Desde o dia 22 de janeiro foi acionado protocolo em relação a esse tipo de vírus, então os portos e aeroportos estão vigiados", afirmou.

Mourão destacou ainda que o Ministério da Saúde conta com centro de monitoramento e que "hospitais de referência" estão preparados para receber pessoas infectadas. O risco, ressaltou, não é preocupante. "Não temos viajantes chegando da China. Não temos aeronaves chegando direto da China. As pessoas quando vão para lá fazem escala na Europa ou em outros países", afirmou.

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O presidente em exercício disse ainda que seria "leviandade" de sua parte dizer se o vírus chegará ou não ao País. "Existe uma possibilidade. Vários países já receberam pessoas infectadas pelo vírus", disse.

As informações sobre o coronavírus começam a ficar mais claras: ele é menos letal que o da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Severa), porém mais contagioso - aparentemente, mesmo antes da aparição dos sintomas -, enquanto a comparação com seu parente dá pistas de como combater a epidemia.

- Mortalidade

"O que vimos até agora é que esta doença (...) não é tão violenta quanto a Sars", disse Gao Fu, diretor do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, no domingo.

"Temos a impressão (...) de que hoje a propagação desse vírus é mais rápida que a Sars, mas sua mortalidade é claramente menor", concordou a ministra da Saúde da França, Agnès Buzyn, do país onde foram detectados os primeiros casos da Europa.

O novo vírus, batizado 2019-nCoV, e o da Sars pertencem à mesma família de coronavírus e no plano genético têm 80% de semelhanças.

Segundo a OMS, a epidemia de Sars deixou 774 mortos em 8.096 casos no mundo em 2002/2003, antes de ser interrompida, ou seja, uma taxa de mortalidade de 9,5% (comparado a 34,5% de outra epidemia causada por um coronavírus, a Mers).

Até agora, o novo vírus deixou 81 mortos, todos na China, dos 2.744 casos detectados (mais de 40 no exterior), o que equivale a uma taxa de mortalidade inferior a 3%.

No entanto, esse número é apenas indicativo: o número real de pessoas infectadas é desconhecido porque os pacientes com pouco ou nenhum sintoma não são contados.

"A taxa de mortalidade parece diminuir com o passar dos dias, juntamente com um número maior de casos detectados", disse Buzyn.

- Transmissão

Os cientistas do Imperial College de Londres estimam que "em média, cada caso (de um paciente portador do novo coronavírus) infectou 2,6 pessoas a mais".

Chamada de "taxa básica de reprodução" ou R0, essa medida é importante para entender a dinâmica de uma epidemia.

No caso da Sars, estima-se que cada caso tenha infectado uma média de 2 a 3 pessoas (como a gripe), mas com grandes disparidades: havia "super transmissores" capazes de contaminar dezenas de pessoas.

No caso do novo vírus, há uma pergunta crucial: em que estado de infecção o paciente se torna contagioso. "O contágio é possível durante o período de incubação", ou seja, antes mesmo que os sintomas apareçam, disse Ma Xiaowei, diretora da Comissão Nacional de Saúde da China, no domingo. "É muito diferente da Sars", insistiu.

Essa hipótese, no entanto, baseia-se na observação de vários primeiros casos e ainda não está confirmada.

"Se isso for incomum, terá um impacto mínimo na evolução da epidemia, mas se for frequente, será cada vez mais difícil de controlar", explica o virologista Jonathan Ball, da Universidade de Nottingham (Inglaterra).

Acima de tudo, dado que o período de incubação pode ser prorrogado até duas semanas, segundo estimativas. Se essa hipótese for confirmada, "medidas como controle de temperatura nos aeroportos seriam ineficazes", disse a professora britânica Sheila Bird.

- Sintomas

A doença causada pelo novo coronavírus e a Sars apresentam sintomas comuns, de acordo com a observação dos 41 primeiros casos detectados na China.

Todos os pacientes sofriam de pneumonia, quase todos tinham febre, três em cada quatro tossiam e mais da metade apresentava dificuldades respiratórias.

Mas "existem diferenças notáveis com a Sars, como a ausência de sintomas que afetam as vias aéreas superiores (congestão nasal, dor de garganta, espirros)", diz o Dr. Bin Cao, principal autor desses trabalhos publicados na revista The Magazine Lancet.

A idade média dos 41 pacientes é de 49 anos, e menos de um terço sofreu doenças crônicas (diabetes, problemas cardiovasculares...). Quase um terço teve uma condição respiratória aguda e seis morreram.

Embora não se possam tirar conclusões gerais devido aos poucos pacientes controlados, essas observações permitem elaborar um primeiro quadro clínico da doença, muito útil, pois o novo coronavírus apresenta sintomas semelhantes aos da gripe de inverno, dificultando o diagnóstico.

Não existe vacina ou medicamento para o coronavírus e a assistência médica é para tratar os sintomas.

- Controle da epidemia

A epidemia de Sars foi contida em vários meses, graças à extensa mobilização internacional. A China impôs rígidas medidas de higiene à sua população, além de dispositivos de isolamento e quarentena.

O país também proibiu o consumo de gatos da algália, um mamífero pelo qual o vírus foi transmitido ao homem.

No caso do novo vírus, não se sabe até agora qual animal desempenha esse papel intermediário. Enquanto isso, a China proibiu o comércio de todos os animais selvagens.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) corrigiu nesta segunda-feira (27) sua avaliação do risco do coronavírus que surgiu na China, considerando elevado para o nível internacional, depois de tê-lo descrito como moderado por "erro de formulação".

Em seu relatório sobre a situação, publicado nas primeiras horas desta segunda-feira, a OMS indica que sua "avaliação de risco (...) não mudou desde a última atualização (22 de janeiro): muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo".

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Em relatórios anteriores, a agência especializada das Nações Unidas apontou que o risco global era "moderado".

"Foi um erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos", explicou à AFP uma porta-voz da instituição com sede em Genebra.

Na última quinta-feira, a OMS considerou "muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional".

"Ainda não é uma emergência de saúde global, mas pode vir a ser", declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que viajou para a China.

A OMS só utiliza esse termo para epidemias que exigem certa reação global, como a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus zika em 2016 e a febre ebola, que atingiu parte da África Ocidental entre 2014 e 2016 e República Democrática do Congo desde 2018.

Da família dos coronavírus, como o SARS, o vírus 2019-nCoV causa sintomas gripais em pessoas que o contraíram e pode levar à síndrome respiratória grave.

Até agora, pelo menos 81 pessoas morreram das mais de 2.700 que foram infectadas na China desde o seu surgimento no final de dezembro.

Desde então, se espalhou pela Ásia, Europa, Estados Unidos e Austrália.

Com o surto de SARS (2002-2003), a OMS criticou Pequim por ter demorado a alertar e tentar esconder a verdadeira extensão da epidemia.

A OMS também foi criticada nos últimos anos. Considerada alarmista por alguns durante a epidemia do vírus H1N1 em 2009, foi acusada, durante a epidemia de ebola na África Ocidental (2014), de não ter calibrado a verdadeira extensão da crise.

apo/dt/af/mb/mr

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira, 27, que fez contato nas Filipinas com a família brasileira com suspeita de contaminação pelo coronavírus. Segundo o governo brasileiro, os membros da família não apresentam sintomas da doença, mas aguardam resultados de testes de infecção. Eles estiveram recentemente em Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus.

"Nossa embaixada em Manila está em contato com a família brasileira com suspeita de contaminação pelo coronavírus 2019-nCoV. Os brasileiros estão aguardando o resultado dos testes de infecção por coronavírus, mas não apresentam sintomas no momento", informou o ministério.

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No último domingo, 26, o governo brasileiro confirmou que tentava contato com a família. As notícias sobre a suspeita de contaminação foram divulgadas pela imprensa das Filipinas.

Segundo informações do Itamaraty, um casal e o filho de 10 anos foram isolados em hospital de Palawan, a cerca de 800 quilômetros da capital, Manila. A família teve material coletado para análise.

Até o momento, o Brasil não registrou casos de coronavírus. Todas as suspeitas levantadas no País foram descartadas pelo Ministério da Saúde, por não se enquadrarem nos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pasta, porém, colocou o País em alerta para o risco de transmissão. De acordo com o governo, o Brasil entrou no nível de alerta 1, que é inicial, em uma escala que vai de 1 a 3. O nível mais elevado é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional.

O Ministério da Saúde afirmou nesta segunda-feira, 27, que o quadro clínico do paciente que está internado no Hospital Icaraí, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, não se enquadra com os critérios adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o coronavírus. Nas redes sociais, a pasta disse que o governo está preparado para "identificar possíveis casos". O paciente, no entanto, continuará sendo acompanhado.

A Fundação Municipal de Saúde, da Prefeitura de Niterói, afirmou que monitorava o homem com suspeita da doença. Medidas preventivas foram adotadas, conforme protocolos. "No momento, o paciente permanece estável", acrescentou a nota.

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Com sintomas semelhantes aos das pessoas diagnosticadas com a doença, o homem deu entrada no hospital de Niterói, onde ficou em área isolada. Ele desembarcou na semana passada da China.

Outros casos

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira que fez contato nas Filipinas com a família brasileira com suspeita de contaminação pelo coronavírus. Segundo o governo brasileiro, os membros da família não apresentam sintomas da doença, mas aguardam resultados de testes de infecção. Eles estiveram recentemente Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus.

O coronavírus já infectou mais de 2,7 mil pessoas e causou a morte de ao menos 80 na China.

Além disso, há casos confirmados da doença em outros 14 países, incluindo Estados Unidos, França e Japão. / COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL

O prefeito de Wuhan, cidade no epicentro do surto do novo tipo de coronavírus na China, colocou o cargo à disposição após críticas sobre falta de transparência na divulgação de informações sobre o surto de coronavírus, informa a mídia chinesa. O secretário do Partido Comunista da China em Wuhan, Ma Guoqiang, também colocou o cargo à disposição.

"Nossos nomes viverão na infâmia, mas se for necessário para o controle da doença e à vida e segurança das pessoas, o camarada Ma Guoqiang e eu assumiremos qualquer responsabilidade", disse Zhou Xianwang.

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Em entrevista à emissora de televisão estatal chinesa, Zhou Xianwang admitiu que informações sobre o contágio do vírus não foram divulgadas em tempo hábil. Mas pediu que o público entendesse, já que o governo local só poderia divulgar informações depois de obter autorização do governo central. Zhou disse que suas "mãos estavam atadas" já que regras locais exigiam a aprovação de Pequim antes de divulgar informações confidenciais.

De acordo com a mídia chinesa, o prefeito de Wuhan também afirmou que cerca de 5 milhões de pessoas deixaram Wuhan por causa do Festival de Primavera antes do fechamento da cidade.

Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que o governo americano está "em comunicação próxima" com a China, diante do surto de coronavírus no país asiático. Segundo ele, há poucos casos reportados em solo americano, mas muita atenção sobre o tema. Trump comentou ainda que ofereceu ajuda à China e ao presidente Xi Jinping para lidar com a questão.

"Nós estamos em comunicação muito próxima com a China em relação ao vírus. Bem poucos casos reportados nos EUA, mas isso está fortemente no radar", escreveu Trump no Twitter. "Nós havíamos oferecido à China e ao presidente Xi qualquer ajuda necessária. Nossos especialistas são extraordinários!", completou. (Com agências internacionais).

Autoridades de Pequim relataram nesta segunda-feira a primeira morte na capital chinesa pelo novo vírus que se espalhou rapidamente por todo o país, matando mais de 80 pessoas e causando alarme global.

A vítima era um homem de 50 anos que visitou a cidade central de Wuhan, o epicentro da epidemia, em 8 de janeiro e desenvolveu febre depois de retornar a Pequim sete dias depois, informou a comissão de saúde da cidade.

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Ele morreu nesta segunda-feira de insuficiência respiratória.

Um total de 80 dos mais de 2.700 casos foi registrado na capital chinesa que tem 20 milhões de pessoas.

As autoridades promulgaram amplas restrições de viagens em todo o país, numa tentativa desesperada de impedir que o vírus se espalhe ainda mais.

As proibições de transporte foram promulgadas em Wuhan e outras cidades na província central de Hubei, efetivamente isolando cerca de 56 milhões de pessoas.

Pequim interrompeu o serviço de ônibus de longa distância.

Cientistas de Hong Kong afirmaram que o número de casos do vírus de Wuhan pode superar 40.000 e, por este motivo, consideram que os governos devem adotar medidas drásticas para limitar os deslocamentos da população se desejam deter a propagação da epidemia.

Os cientistas da Universidade de Hong Kong (HKU) advertiram para uma aceleração da propagação do coronavírus, que até o momento deixou oficialmente 80 mortos na China, de um total de 2.744 casos confirmados. O número de casos suspeitos dobrou em 24 horas e se aproxima de 6.000.

Com base em modelos matemáticos da propagação do vírus, a equipe antecipa que o número real de contágios é muito superior ao balanço das autoridades, que considera apenas os casos formalmente identificados.

"O número de casos confirmados que apresentam sintomas deveria ser da ordem de 25.000 ou 26.000 no dia do Ano Novo chinês, sábado passado", afirmou Gabriel Leung, chefe da equipe de cientistas, durante uma entrevista em Hong Kong.

Incluindo as pessoas que estão em período de incubação, e ainda não apresentam sintomas, o "número se aproxima dos 44.000" no sábado, completou.

Ele explicou que o número de contágios poderia dobrar a cada seis dias, para atingir o pico em abril e maio nas zonas já afetadas por uma epidemia. Leung destacou que medidas eficazes de saúde pública poderiam reduzir o ritmo de contágio.

O epicentro da doença continua sendo Wuhan e a província de Hubei. Mas também foram encontrados casos nas grandes cidades do país, como Pequim, Xangai, Shenzhen ou Cantão.

"Devemos nos preparar para o fato de que esta epidemia em particular se converta em uma epidemia mundial. Devem ser adotadas o mais rápido possível medidas importantes e draconianas para limitar os movimentos da população", completou Leung.

O vírus já foi detectado em uma dezena de países, até a América do Norte, Europa e Austrália, em pessoas que chegaram de Wuhan.

A Embaixada do Brasil nas Filipinas, localizada em Manila, tenta contato com uma família de brasileiros suspeitos de infecção pelo coronavírus. O Ministério das Relações Exteriores confirmou neste domingo (26) notícias veiculadas na imprensa local sobre uma família com sintomas respiratórios semelhantes aos da doença.

A família esteve em Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus. Segundo o Itamaraty, um casal e o filho de 10 anos foram isolados em um hospital de Palawan, a cerca de 800 km de Manila. A família teve material coletado para análise.

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A imprensa local noticiou que os brasileiros procuraram atendimento médico na sexta-feira (24). A criança apresenta febre e problemas para respirar, e o pai tem a garganta inflamada.

O ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, disse que a capacidade de transmissão do coronavírus está se fortalecendo e o número de infecções pode continuar aumentando. A doença matou 80 pessoas na China, onde há 2.744 infectados. Ele afirmou que o conhecimento sobre o novo vírus "ainda é limitado".

Neste domingo, os Estados Unidos confirmaram o terceiro caso da doença. O país está organizando um voo para retirar americanos de Wuhan. Além da China e das regiões autônomas de Hong Kong, Macau e Taiwan, há casos confirmados em outros 12 países: Arábia Saudita, Austrália, Canadá, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Nepal, Tailândia e Vietnã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo, 26/01/2020 - A TV estatal chinesa CGTN divulgou na noite deste domingo (26) dados atualizados sobre as contaminações por coronavírus. Na China, são 2.761 casos confirmados, sendo que 80 pessoas morreram. Há ainda 5.794 casos suspeitos sob supervisão.

Ainda segunda a CGTN, 51 pessoas diagnosticadas com coronavírus foram curadas.

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O número de casos confirmados fora da China também aumentaram neste domingo. Foram confirmadas infecções na Tailândia (7), Japão (3), Coreia do Sul (3), Estados Unidos (4), Vietnã (2), Cingapura (4), Malásia (3), Nepal (1), França (3) e Austrália (4).

 

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