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Papai Noel concluiu seu giro pelo mundo sob estreita vigilância do Exército dos Estados Unidos, que, a cada 24 de dezembro, acompanha o deslocamento do "bom velhinho" por todo o planeta.

Mais veloz do que os F-15 da Força Aérea americana, o trenó, puxado por renas, seguia, pouco antes das 11h GMT, de volta para casa, no Polo Norte, após distribuir mais de 7,2 bilhões de presentes.

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A viagem começou pela região Ásia-Pacífico, sobre Nova Zelândia, Japão e China, segundo o site do comando militar responsável pela segurança aérea de Estados Unidos e Canadá (Norad).

O comando detectou em seus radares, às 11H01 GMT, sinais de "atividade no Polo Norte". Desde ali, a viagem pôde ser acompanhada em tempo real no site www.noradsanta.org e na conta @NoradSanta no Twitter.

O rastreamento, possível, segundo o Norad, devido à "sensores infravermelhos no nariz de Rudolf", uma das nove renas, é uma instituição nos Estados Unidos.

Tudo começou com um erro, em 1955, em um anúncio da loja de departamentos Sears, que pedia, em um jornal do Colorado, telefonemas para o Papai Noel. O número indicado, supostamente do bom velhinho, era, na verdade (em plena Guerra Fria), o do telefone vermelho do Norad.

O oficial de plantão naquele dia, coronel Harry Shoup, sem jeito ao ser perguntado por um jovem se era o Papai Noel, entrou na brincadeira, para não decepcionar o interlocutor.

Cerca de 1,5 mil voluntários, aos quais se somaram este ano o presidente americano, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, ajudam atualmente os militares a atender aos telefonemas e mensagens das crianças.

O casal presidencial atendeu individualmente a várias chamadas, e conversou com as crianças. O presidente Trump fez várias perguntas ao pequeno Coleman: "Olá, quantos anos você tem? Ainda acredita em Papai Noel? Porque, aos 7 anos, isso não é muito comum, não é mesmo?"

Nem a paralisação parcial do governo americano, que acontece este ano, abalou a tradição natalina.

Famosas pela beleza e por ostentarem grandes fortunas, as Kardashians divulgaram a esperada foto do cartão de natal deste ano, mesmo Kim tendo afirmado que a tradição não se repetiria após o último natal, quando ela e Kourtney brigaram feio por conta do clique.

No entanto, Kourtney compartilhou na manhã desta segunda-feira (24) a imagem e os pequenos herdeiros foram os protagonistas. “Todos nós desejamos amor e harmonia. Até agora, este é de longe o meu favorito de todo o Natal. Eu tenho tudo que eu poderia querer”, escreveu.

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Kendall Jenner não aparece na foto, mas a ausência foi explicada por Kourtney que disse que a irmã não posou por opção. “Ela estava na sessão e escolheu não aparecer na foto porque achou que era mais fofo se fosse só os bebês e as mamães”, respondeu à um fã que questionou a falta de Kendall.

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O período natalino é cheio de tradições e uma delas é a foto das crianças no colo do Papai Noel. Porém, essa tradição vem sendo adaptada por aquelas famílias que adotam os animaizinhos, ou pets, como membros do clã. Em uma loja para animais nos Estados Unidos, e alguns shoppings do Brasil, é possível registrar o seu bichinho com o Bom Velhinho para fazer um cartão de Natal ou apenas guardar a recordação.

A ideia é da PetSmart, uma rede de lojas de ração e outros produtos para animais localizada nos EUA. Lá, o cliente pode levar seu pet, de qualquer espécie, raça e tamanho, para 'sentar' no colo do Papai Noel e fazer a tradicional foto. As lojas recebem os 'pais' e 'mães' mais convencionais, com seus cães e gatos, mas, também, admitem a sessão de fotos com hamsters, porcos, répteis, coelhos, planadores de açúcar - uma espécie de esquilo que mais parece um morcego -, e cobras.

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No Brasil, alguns estabelecimentos também aderiram à ideia. Shoppings pet friendly, espalhados pelo país, preparam 'troninhos' especiais para que os bichinhos pudessem posar ao lado do Bom Velhinho. Em São Paulo, os centros de compras Eldorado, VillaLobos, Tamboré, Jardim Sul, santana Parque Shopping e o Cantareira Norte Shopping oferecem o mimo aos visitantes. No Rio de Janeiro, há o recreio Shopping e o Ilha Plaza Shopping. E em Santa Catarina, o Itajaí Shopping.

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Uma família moradora de uma casa localizada na metade da Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, na Zona Norte do Recife, escolheu uma forma diferente de professar sua fé em Nossa Senhora da Conceição. Há mais de uma década, os membros da família Nascimento preparam e distribuem mugunzá para os fiéis que acompanham a procissão. O ‘mimo’ começou como o pagamento de uma promessa e tornou-se tradição na família devota da santa.

A correria era grande dentro da casa da família Nascimento. Várias mulheres entravam e saiam com bandejas que levavam os copos cheios de mugunzá para os que seguiam com o cortejo religioso, que saiu do Forte do Brum, no Cais do Apolo, no Bairro do Recife. A iniciativa começou quando Ivete Maria fez uma promessa pedindo à Nossa Senhora da Conceição uma graça de saúde. Atendida, ela passou a distribuir munguzá, café e pão para quem passava acompanhando a procissão.

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O tempo passou e mesmo com o falecimento de Ivete, a família manteve o hábito. Para eles, esta é uma forma de prestigiar a santa da qual todos são devotos e, inclusive, várias das mulheres da casa foram batizadas em homenagem a ela. Como Maria da Conceição Nascimento que cozinhou “três tachos” de munguzá este ano, o equivalente a 300 copos. “Tudo pela fé”, disse apressada, enquanto enchia mais uma bandeja.

A sobrinha de Maria da Conceição, Thaís Alice, desloca-se do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, até a casa da tia, todos os anos, para ajudar na tradição familiar. Ela também é devota de Nossa Senhora e faz questão de estar presente junto aos seus.

Um outro tio de Thaís, Sebastião Ramos, acompanhava o movimento da calçada. Orgulhoso da manifestação de fé, ele disse o que recebe em troca: “A gente fica muito alegre e até com mais saúde. Nossa Senhora faz muito milagre”.

Neste sábado (24), Fantine Tho, integrante do grupo Rouge, polemizou durante uma foto publicada na sua conta oficial do Instagram. A cantora, que mora na Holanda, compartilhou com os seguidores da rede social uma foto da filha Christine, de 11 anos, comemorando a Festa de São Nicolau com maquiagem de tinta preta no rosto.

Ao ver o registro da garota, diversos internautas acusaram Fantine de racismo. "Sério que não tinha ninguém para avisar o quanto racista isso é? Porque, meu bem, negar que essa imagem é racista não rola", comentou um dos seguidores. Em meio a muitas mensagens, entre críticas e elogios, Fantine agradeceu. 

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"Muito obrigada por toda informação valiosa. Por melhor e mais pura que sejam as intenções é sempre, sempre, sempre importante avaliar as intenções. Acredito muito no crescimento e evolução dessa forma", escreveu, após apagar a imagem da primogênita, que apareceu caracterizada de Zwarte Piet (Pedro, o negro).

Na celebração holandesa, o Zwarte Piet é um pajem que ajuda São Nicolau - padroeiro das crianças - a distribuir presentes. Segundo a tradição, a cor da pele é justificada como se manchas de carvão no momento em que Piet se retirava da chaminé surgissem depois dele ter deixado nas casas os brindes.

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Neste domingo (25), das 11h às 20h, no Bairro do Recife, será realizada a 22ª Feira Japonesa do Recife. Celebrando os 110 anos da imigração japonesa no Brasil, e 60 anos em Bonito, na cidade do Agreste pernambucano, o evento terá atrações da cultura nipônica, como o 1º Concurso de Origami.

A abertura da feira será feita com a quebra do barril de saquê (Kagami Wari), um famoso vinho japonês, contando com a presença de Akira Yamada, embaixador do Japão no Brasil, e também de Jiro Maruhashi, cônsul geral. 

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Na Rua do Bom Jesus, serão instaladas tendas para a comercialização de produtos. Já na Praça no Arsenal, o público poderá experimentar a diversidade de pratos típicos. A Feira Japonesa do Recife recebe todos os anos aproximadamente 40 mil pessoas, fazendo parte do calendário turístico da cidade. 

No próximo dia 23 de novembro, sexta-feira, o grupo O Forró das Três e Meia apresenta o show “O tocador de pífano”, no Núcleo de Conexões Na Figueredo, em Belém, trazendo canções populares e alguns de seus trabalhos autorais. O show tem participação especial dos cantores Lariza, Otânia Freire, Cyro Almeida, Armando Hesketh e Thalia Sarmanho, além de músicos convidados para integrar a banda. A abertura da noite é por conta do projeto Cantos de Areia, dos artistas Mateus Moura e Reebs Carneiro.

Surgido de um delírio em meio às estradas e caminhos do Brasil, O Forró das Três e Meia começou como o relato da história de Reebs Carneiro, sanfoneiro e viajante, enquanto descobria os segredos e magias do acordeom na cultura nordestina. Por isso, o trabalho conta através da música e da tradição nordestina com uma grande dose de relatos pessoais, tristezas acumuladas e lições aprendidas em meio aos quase três anos de experiência por veredas do sudeste e do nordeste.

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No show do dia 23, o grupo levará canções populares conhecidas do baião e forró de pé de serra, e também algumas das músicas autorais que estarão em seu primeiro EP a ser gravado em breve pelo Selo Na Music; dentre estas: “Suas Asas”, que no show será interpretada pela cantora Lariza, “Se Alguma Coisa”, cantada por Otânia Freire e “Forró Praiano”, que terá a voz de Cyro Almeida.

Além dos intérpretes acima, o show terá ainda participação da cantora Thalia Sarmanho e de Armando Hesketh cantando uma das músicas que integram a trilha do espetáculo teatro Verde Ver-o-Peso; assim como dos músicos Thales Branche, no violão de 7 cordas; Marcos Sarrazin, na flauta; e Rodrigo Ethnos na percussão. Ao lado do multi-instrumentista Reebs Carneiro e de Mari Morhy no triângulo, todos eles compõem o grupo para a apresentação do dia 23.

Ficha técnica

Artistas convidados para Banda: Thales Branche, Marcos Sarrazin, Rodrigo Ethnos e Cyro Almeida

Artistas da banda: Reebs Carneiro e Mari Morhy

Abertura: Projeto Cantos de Areia com Mateus Moura e Reebs Carneiro

Participações especiais: Lariza, Otânia Freire, Thalia Sarmanho, Armando Hesketh e Cyro Almeida

Assessoria de Comunicação: Dani Franco

Produção, audiovisual e arte gráfica: João Urubu

Teaser e ensaio fotográfico::

Direção e Fotografia: João Urubu

Figurino e modelo: Petra Marron

Cenografia: Bruna Leão Vanzeler e Reebs Carneiro

Produção: Coletiva

Apoio: Urubu Pavão

Serviço

O Forró das Três e Meia apresenta O Tocador de Pífano

Dia 23 de Novembro de 2018 – sexta-feira – 20h

No Núcleo de Conexões Na Figueredo – Avenida Gentil Bittencourt, 449

Ingressos: R$15,00 (com meia-entrada)

Venda antecipada: Loja Na Figueredo - R$10,00

Informações para imprensa: (91) 98425 6171

Evento: https://www.facebook.com/events/326423241493834/

Teaser: https://www.facebook.com/urubupavao/videos/302360760610372/?eid=ARDUJ1q-faL3UWBASSF1wSFD0CIXgt_-97pVthFPHd20CF4E5u6LUoWpbq2Fe8Ll15KV6Q8714LFmkvO

Por Dani Franco, da assessoria do show.

O maracatu de baque virado está prestes a ganhar mais uma honraria. O projeto da deputada Luciana Santos, que pretende instituir o dia 1º de agosto como Dia Nacional do Maracatu, foi aprovado, na última quarta (7), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora, a instituição da data depende apenas da aprovação do Senado.

Segundo o relator da CCJ, Rubens Pereira Junior, a data de alcance nacional deverá promover o reconhecimento da  importância dos maracatus por se tratarem de uma das expressões culturais mais tradicionais do país.

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O dia 1º de Agosto, que em Pernambuco já é comemorado como Dia Estadual do Maracatu, foi escolhido por ser o dia do nascimento do Mestre Luiz de França, importante maracatuzeiro que comandou a tradicional nação Leão Coroado por mais de três décadas. Agora, o projeto segue para apreciação do Senado para instituição da data comemorativa.

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O cheiro de patchouli e das ervas aromáticas que são tão procuradas no Ver-o-Peso se espalha pelo ar de Belém, mas ninguém pode negar que o cheiro pronunciado das folhas de maniva sendo cozidas ao longo de uma semana, se tornando a espécie de feijoada paraense - que é aromatizada com os embutidos do porco e toda a sorte de temperos deliciosos - é o mais desejado por todos. Maniçoba é nome dado a essa iguaria da cozinha amazônica e especialmente do Pará, originária na folha da mandioca, a maniva, que é fervida e cozinhada por vários dias em fogo baixo com peixe, conforme a tradição indígena. 

Os portugueses e outros povos que se mesclaram ao povo paraense foram adicionando itens refogados ou fritos, como o toucinho, calabresa e outras carnes. Independente de como é feita ou o que leva, maniçoba vem a ser um símbolo do amor pelo Pará e de afeto entre os paraenses, que preparam o prato como uma forma de celebrar o domingo do Círio - quando uma das maiores procissões religiosas do mundo ocorre - em família, à mesa.

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"Para mim, maniçoba tem gosto de lar e o segredo é justamente o amor. Minha mãe pega o que aprendeu com a mãe dela, dona Maria de Belém, lá na Vila de Condeixa no município de Soure, na ilha do Marajó. À receita de vó ela foi agregando um gosto próprio, que sempre faz sucesso entre os nossos parentes e amigos, independente de ser época de círio", narra o garçom Igor Oliveira Gomes, que durante a semana trabalha em um dos restaurantes do complexo da Estação das Docas servindo, para aos finais de semana prestigiar a comida da mãe. Ele apresenta Eliana Laura Oliveira Gomes e pergunta a ela qual o segredo da maniçoba: "Segredo eu não posso compartilhar, mas tem uma dica preciosa que é nunca deixar a água secar. Trocar de quando em quando e não colocar sal, pois a maniçoba salga com a linguiça, o paio, o bucho, o bacon, o toucinho e o charque que eu fervo, lavo, dessalgo e vou acrescentando pra cozinhar junto", explica a cozinheira.

Feliz por receber entre 20 e 30 pessoas para comer a sua maniçoba, Eliana conta que sempre trabalhou com alimentação e que desconhece atividade que seja mais prazerosa do que alimentar as pessoas e vê-las satisfeitas com sua comida. "Eu comecei vendendo salgados lá na frente do Tribunal do Trabalho, com o passar dos anos abri uma banca de comida pois a procura era grande, inclusive tem juiz, desembargador e outros servidores de lá que já provaram e costumam encomendar minha maniçoba", acrescenta a matriarca, que além de faturar um dinheiro extra vendendo maniçoba congelada também comercializa patos, ingrediente indispensável de outro prato bem procurado durante o círio - o pato no tucupi.

Na cozinha, mexendo as panelas com maniçoba que já passou por oito dias de preparo, ela recebe o carinho do esposo Francisco, também marajoara, que prepara uma salva, típica cachaça feita a base de raízes. Ele conta que Igor chora por causa da maniçoba e que Eliana volta e meia faz especialmente para ele, em qualquer época do ano. Quando perguntada se já gastou mais de um botijão de gás preparando os 6 quilos de maniçoba para o Círio, Eliana sorri e faz um gesto apontando para o fogão. "Ah, já estou no segundo, mas não gastei o primeiro cozinhando ela não, já estava na metade. Para cozinhar os seis, sete quilos de maniçoba que faço em todo o Círio eu deixo em fogo baixo, acrescento um bocadinho de água toda a noite e quando vou dormir, desligo e ligo bem cedo o fogão", ensina. 

Igor observa Eliana avisar que a maniçoba está pronta e se apressa em colocar os pratos na mesa, preparar a farofa, colocar o arroz em travessas e separar o caranguejo society, outra especialidade culinária da mãe - sendo a massa do caranguejo com farofa e vinagrete - para a refeição. "Todo mundo fica na expectativa grande para comer a maniçoba dela, então quando o dia chega é uma alegria, realmente um momento de confraternização", acrescenta o garçom, rindo e abraçando a mãe enquanto ela traz a primeira panela para a mesa. Para quem ficou com água na boca, Eliana avisa que sempre tem um prato de maniçoba sobrando e que ainda oferece uma 'quentinha' para cada convidado levar para casa e continuar saboreando seu presente culinário, feito com todo o amor e carinho.

Por Lorenna Montenegro.

 

Nos bairros de Olinda, distante apenas 6 km do Recife, a diversidade cultural e a multiplicidade de vozes que cantam sua realidade não é menor nem tem menos qualidade. Além de ter um Carnaval famoso em todo o mundo, a cidade, reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade e primeira Capital Brasileira da Cultura, ostenta um 'cardápio' de artistas de peso, e com muita vontade de produzir. Dali ecoa uma das 'Vozes da Periferia' que o LeiaJá foi ouvir nesta série especial de reportagens.

A música no quilombo urbano da comunidade da Nação Xambá, no bairro de Peixinhos, é feita como numa brincadeira e de forma natural. Assim é explicado o coco do grupo Bongar, por um de seus músicos, Thulio da Xambá. "Tá na carne e no sangue", diz. O trabalho desenvolvido pelos percussionistas do grupo tem a missão de transcender os palcos no que diz respeito à preservação da memória e de seus saberes tradicionais, além de buscar o empoderamento e o senso crítico de quem a ouve.

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Os tambores do Bongar ecoam alto e recentemente fizeram brilhar os olhos de um dos maiores percussionistas brasileiros, Carlinhos Brown. Em visita à comunidade, o músico garantiu nunca ter ouvido um som como aquele e, em suas redes sociais foi categórico: "O Brasil tem que conhecer isso".

Porém, não só o Brasil, como as próprias cidades mais próximas da comunidade não escutam o Bongar ao ligar o rádio ou a TV, de forma sistemática, assim como se pode ouvir artistas de outros gêenros como o tecnobrega e o bregafunk, que caíram nas graças de programações mais comerciais. Para Guitinho da Xambá, este é um processo intencional: "A música que a gente faz é uma música que atinge um processo de resgate, de memória, de promover o senso crítico". Thulio concorda com a posição do companheiro e diz acreditar que a grande mídia não se interessa por seu trabalho por este não ter um apelo comercial dirigido às grandes massas. "O que faz a gente não crescer é a invisibilidade que a mídia dá a gente", afirma.

Mas a preocupação dos músicos vai além. Eles temem pela educação das novas gerações, expostas à musicalidade de maior expressão nos meios de comunicação, que têm um apelo explícito à sexualidade e apologia ao álcool, por exemplo. "A gente tem que garantir o espaço de algumas posições que pra mim são fundamentais pra gente caminhar pra uma sociedade boa. A gente tem que ser radical com um determinado tipo de música que tá levando a sociedade a um processo de degradação das relações sociais humanas", afirma Guitinho.

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Para o músico, existe um movimento intencional da mídia na venda desse tipo de trabalho: "Pra mim, essa música retrata uma realidade construída para ser mantido um modelo social de apartheid, de miséria, e vem com esse discurso de convencimento de que é massa, é o retrato da periferia. Eu acho que isso é um desserviço dos meios de comunicação e destrói todo um processo educativo, isso é muito grave, é perigosíssimo".

Pensando nisso, o Bongar mantém, em seu Centro Cultural, inúmeras atividades voltadas aos jovens da comunidade. Para eles, a chave é estimular os mais novos: "A gente não vai dizer ‘tape os ouvidos’; o nosso trabalho é dizer ‘interprete o que você tá ouvindo’, escuta e tente interpretar o que essa música tá dizendo, e veja se é boa ou ruim", explica Thulio.

Paulista


Vindos de Paulista, município vizinho à Olinda, os músicos da Chave Mestra - Moral, Carl de Morais, Zaca de Chagas e Thiago Honorato -,  são fruto de uma cena forte não só em sua ‘quebrada’, mas em outras, também. Eles citam, como suas influências, outros artistas do rap e hip hop como Zé Brown e Faces do Subúrbio, do Alto José do Pinho, Diomedes Chinaski, também de Paulista, e o grupo Racionais MC’s - “representante de todas as quebradas”, segundo Thiago Honorato; prova de que a música feita nas periferias pode até não tocar nas rádios mas, certamente, toca os seus.

O quarteto da Chave convive bem com todas as linguagens oriundas da sua comunidade e consideram legítimo o alcance que artistas do bregafunk, por exemplo, estão tomando, mas, ponderam: “Eu acho que a gente também não pode limitar o público, achar que eles só ouvem isso. Porque com a internet, a gente consegue acesso à música do mundo todo”, diz Honorato.

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Em comemoração aos 110 anos da imigração japonesa no Brasil, a Associação Pan-Amazônica Nipo-Brasileira (APANB) celebrou, de 10 a 15 de setembro, a "31ª Semana do Japão", com diversas oficinas apresentações culturais, exposições e vendas de produtos e de comidas típicas japonesas. O evento foi na sede da Associação, localizada na travessa 14 de Abril, em Belém.

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A culinária japonesa foi uma das oficinas, nos dias 11 e 12. Os admiradores da comida oriental tiveram a oportunidade de aprender sobre alguns pratos tradicionais e experimentar iguarias. "Eu gosto muito da cultura japonesa. Já trabalho há oito anos com sushi. Eu quero me especializar. Então isso que fez euvir para a oficina. Vou me aperfeiçoar para mais lá na frente eumontar meu próprio negócio’’, declarou Micicley Santos, que trabalha como sushiman.

Entre os pratos apresentados estão karê e yakissoba, que foram feitos por cozinheiras japonesas. O karê é um alimento de origem indiana e adaptado e difundido no Japão. Tornou-se um dos pratos mais apreciados no país com o passar do tempo. O prato consiste em um ensopado feito com carnes e legumes, como cenoura, batatas e outros, temperado com curry e servido com arroz branco.

Os visitantes puderam aprender também sobre a tradicional yakissoba, que tem suas diferenças em relaão ao prato feito no Brasil. "A tradicional não tem muito sabor, as do Brasil tu sentes mais o sabor da carne, do macarrão e dos legumes’’, contou Micicley.

Gustavo Yuri, aluno da Língua Japonesa, participou para ganhar novas experiências nas oficinas. "Eu não sei cozinhar, eu queria aprender, e queria novas experiências. Aprender com tudo nesses eventos, não só nessa oficina de culinária, mas nas oficinas de dança, desenho e origami. Eu queria entrar em cada uma delas e tirar uma experiência disso’’, contou.

A culinária japonesa foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2012.

 Por Amanda Lima.

 

 

 

O Museu de Arte Sacra, do Sesc Ler Goiana, abre, na próxima sexta (31), a exposição Homens do Barro de Goiana: ceramistas, movimentos e expressões da cerâmica figurativa do barro dos canaviais. A mostra contempla o trabalho de nove ceramistas goianenses em mais de 50 obras. Na ocasião, também será lançado o catálogo da exposição. 

Zé do Carmo, Gercino Santo, Luiz Gonzafa, Lázaro, Tog, Luis Carlos, Adilson Vitorino, Ferando Nascimento e Edvaldo Manoel foram os artistas escolhidos para compor a mostra. As obras selecionadas mostram o estilo de cada um deles e dua corrente criativa, trazendo ao público quatro gerações de ceramistas remontando mais de 60 anos de história dessa arte. A mostra conta, também, com fotografias de Charles Marinho e textos de Felipe Andrade. 

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Já o catálogo, Homens de Barro de Goiana, que deu origem à exposição, conta, em 102 páginas, sobre as especificidades da cerâmica produzida no município ao passo que cada arista explica sua técnica e processo criativo. 

Serviço

Exposição Homens do Barro de Goiana

31 de agosto a 28 de setembro

Segunda a sexta  | 9h às 17h

Museu de Arte Sacra - Sesc Ler Goiana (Rua do Arame, s/n - Centro - Goiana)

(81) 3626-2814

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No passado, o local por excelência para o amor adolescente, o cinema drive-in seguiu o caminho do toca-discos e se tornou um vestígio da nostalgia retrô.

Apesar da popularidade do hábito de ficar em casa para assistir algo no Netflix ou em plataformas similares, alguns cinéfilos acreditam que o romance está longe de desaparecer: em um cenário rural da Virginia, os espectadores dispostos a embarcar em uma viagem no tempo tem a oportunidade de aproveitar sua pipoca em uma sessão dupla sob as estrelas.

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O público pode assistir os filmes na privacidade do automóvel ou do lado de fora dos veículos, como em uma pequena celebração, na qual os adultos conversam e as crianças brincam.

O cinema drive-in de Stephens City (135 km ao oeste de Washington) é um dos 300 da mesma categoria que ainda estão abertos nos Estados Unidos, longe dos 4.000 estabelecimentos que existiam na década de 1960, quando o conceito atingiu o auge e se tornou parte intrínseca do imaginário americano.

No cinema a céu aberto, dois filmes custam oito dólares, as crianças pagam meia-entrada e os cachorros de estimação são bem-vindos. Inaugurado em 1956, o drive-in de Stephens City hoje é o único da região.

"Isto é muito vantajoso do ponto de vista financeiro para nossa família", afirma Debbie Williams, que compareceu a uma sessão dupla com um grupo de crianças.

"Além disso, é diferente", completa. "É estar do lado de fora, ao ar livre, olhando para as estrelas, ao invés de estar em um local fechado lotado".

O dono do local, Jim Kopp, conta que incluiu tecnologia contemporânea, como som estéreo FM e projeção digital, para manter o drive-in da Virginia de acordo com os tempos modernos.

Tradicionalmente uma marca das zonas rurais, os cinemas drive-in começaram a estabelecer presença em um nicho nas áreas urbanas.

Uma vez por mês, o Union Market de Washington oferece um espaço para os nostálgicos, com as exibições de filmes que os espectadores podem assistir em seus carros ou deitados na grama, em cobertas para piquenique.

As sessões ainda incluem garçonetes em patins, que servem o público.

Para a adolescente Josephine Crittenden, o drive-in era uma relíquia que ela conhecia de filmes como "Grease", que tem uma cena entre os protagonistas em um cinema do tipo.

Assistir "Pantera Negra" sentada na caminhonete Bronco modelo 1968 de sua família é "algo especial" para a jovem.

"Faz com que eu me sinta como se fossem os velhos tempos", afirma.

Unindo tradição e fé do povo sertanejo, a 48ª edição da Missa do Vaqueiro de Serrita tem início nesta quinta-feira (19) e segue até o domingo (22). Este ano, o evento homenageia o escritor Nelson Barbalho, autor da música 'A Morte do Vaqueiro'.

A programação de shows conta com nomes como Fulô de Mandacaru, Banda Magníficos, Josildo Sá e Coral Aboios. Ao todo, 12 atrações se apresentam, gratuitamente, no Parque Estadual João Câncio, no Sítio Lajes.

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A tradicional missa em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó, cuja morte deu o mote para a criação do evento, será no domingo (22). Para a celebração e homenagens, participam do momento, representantes religiosos e artistas, como Josildo Sá, Coral Aboios, Flávio Leandro, Mariana Aydar, os aboiadores Ronaldo, Fernando e Inácio e o repentista Pedro Bandeira.

*Com Informaçõs da Assessoria

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Especial "Vaqueiros – A Luta e a Lei"

No Nordeste, o 'dono' da festa junina, São João, costuma receber homenagens durante os 30 dias do calendário. Porém, uma delas, o Acorda Povo, transcende a devoção dos fiéis e se transforma em uma grande celebração de fé e alegria. A 'procissão dançante' percorre algumas comunidades da Região Metropolitana do Recife e, em 2018, uma em especial, o Acorda Povo da Vila das Lavadeiras, o mais antigo da capital pernambucana, é um dos grandes homenageados deste São João. 

Tudo começou em 1941, quando Dona Dida e o marido, Seu Antônio Marques de Almeida, chegaram à comunidade, localizada no bairro de Areias, e acharam tudo muito quieto. O casal iniciou em sua casa o movimento que rapidamente, ganhou a simpatia dos vizinhos. Até hoje, com 77 anos de história, a manifestação fortemente ligada às tradições da religião Católica e, ao mesmo tempo, do Candomblé, não deixou de ir às ruas nem uma vez. 

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Naquela época, a pequena Aurelina Marques de Almeida, filha de Dona Dida, acompanhava a mãe em tudo que ela fazia, sobretudo no dia da festa: "Eu acompanhava o Acorda Povo e fui aprendendo com ela", relembra Aurelina, a Dona Nenzinha, que hoje, aos 85 anos, dá continuidade à tradição. Ela até tentou deixar a comunidade durante um tempo e, morando no bairro da Mustardinha, fez o cortejo lá, mas não vingou e o "homem", seu orixá de cabeça, Xangô, pediu para retornar ao lugar de origem: "O recado dele era pra eu voltar aqui pra Vila. Até agora não me arrependi não. O pessoal tem muita consideração com a gente", diz. 

Nenzinha fez como sua mãe e manteve toda a família na celebração em homenagem ao santo católico, sincretizado como o orixá Xangô no Candomblé. Além de seus quatro filhos, netos e bisnetos estão envolvidos no costume e a ajudam a colocar o cortejo na rua todos os anos. Clésiton José Genésio de Almeida, de 55 anos, o Késinho, filho de Nenzinha, tinha cerca de 10 anos quando a avó faleceu e partiu dele a vontade de que a tradição continuasse sob o comando de sua mãe.

Késinho ainda lembra do Acorda Povo comandado por Dona Dida: "O que eu achava mais bonito era o pessoal acordar de madrugada, abrir as portas, e o pessoal chegar na porta da minha avó pra participar, o rapaz que tocava chegava primeiro que todo mundo, pegava um bombo e já começava a bater, chamando o pessoal; e o meu avô soltando fogos". A relação afetiva da família falou mais forte e Dona Nenzinha decidiu tomar as rédeas do Acorda Povo. Ela garante que o cortejo continua fiel à suas tradições, tendo mudado quase nada desde o seu início. 

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O Acorda Povo da Vila das Lavadeiras sai da casa de Dona Nenzinha, após uma queima de fogos, pontualmente às 4h do dia 23 de junho, e vai percorrendo as ruas da comunidade. São feitas algumas paradas, nas casas de pessoas devotas do santo, para que sejam hasteadas as bandeiras. Nesse percurso, vão se juntando moradores, crianças e visitantes que, segundo Késinho, vêm de todos os lugares da cidade. Eles cantam ladainhas em homenagem a São João durante todo o trajeto. Na volta, cerca de duas horas depois, a chegada no mesmo ponto de partida se transforma em uma grande festa com muito samba de coco e mungunzá para todos.

E, apesar de ser dado como uma manifestação em extinção, a família Marques de Almeida garante que o Acorda Povo está mais vivo do que nunca: "A gente está mais próximo dele, todo ano a gente sabe que vai acontecer", diz Késinho. Dona Nenzinha concorda e com sua fala mansa e tranquila, explica o motivo da permanência do costume: "O compromisso é grande. E tem muito amor e fé, na verdade". 

 

Tradição viva

O pesquisador Mário Ribeiro concorda com Dona Nenzinha de Xangô. Ele coordena uma pesquisa sobre as Bandeiras de São João, como também são chamados os Acorda Povo, e garante que os grupos estão cada vez mais ativos em seus costumes: "Até o início da minha pesquisa eu também tinha essa ideia (de extinção do movimento), mas o que eu percebi agora é que o que existe mesmo é falta de visibilidade porque a manifestação acontece fortemente nas comunidades ainda hoje", diz. 

Ele conta que esta é uma "prática religiosa" trazida pelos colonizadores e que no "processo de contato com outras culturas, aconteceu uma hibridização". A manifestação foi se transformando à medida que ganhou a adesão de negros escravizados que seguiam o cortejo tocando instrumentos percussivos: "A procissão tomou um caráter dançante e isso a igreja passa a condenar com o processo de romanização. (Atualmente) Essas práticas são salvaguardadas com as pessoas do segmento do Candomblé e hoje, alguns grupos passam o cortejo pela frente da igreja mas a igreja está de porta fechada (para eles)". 

Mario lista alguns bairros no Recife que mantém a tradição: Ibura, Várzea, Amaro Branco, Santo Amaro e Areias; e revela que contabilizou, agora em 2018, cerca de 16 grupos atuantes. O pesquisador também explica alguns dos motivos que levam o senso comum a pensar que a manifestação está em vias de acabar: "A invisibilidade e o silenciamento dessa prática têm muito a ver com a sua ligação religiosa com as práticas culturais afro brasileiras, por todo aquele processo histórico de perseguição do Estado, discriminação, racismo. Você tem muitos vestígios dessa perseguição, desde a época da Colônia, passando pelo Estado Novo, pela ditadura militar, isso ecoa até hoje".

Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

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RIO DE JANEIRO - A região central de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, recebeu nesta quinta-feira (31) a montagem dos tapetes de Corpus Christi, feriado estadual. A agitação do comércio e o trânsito congestionado habituais cederam espaço para que católicos de diversos bairros confeccionassem cerca de 70 peças religiosas, mantendo uma tradição que perdura desde os tempos da colonização. 

Os tapetes foram confeccionados ao longo de 1,5 km da Avenida Marechal Floriano Peixoto, uma das principais da cidade, o que levou a Prefeitura de Nova Iguaçu a interditar o trecho entre as ruas Dom Walmor e a Doutor Luiz Guimarães desde as 6h. A montagem foi feita por integrantes de pastorais e comunidades católicas ligados a cinco igrejas do centro.   

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"Ver todo esse povo no feriado, numa rua que tem tanto trânsito e hoje só pessoas construindo para que depois Jesus passe por cima desses tapetes, é algo muito significativo, porque é a nossa fé", comemorou Nircinéia Martins, que trabalha com fotografia e designer.

A paralisação dos caminhoneiros também afetou o ritual. O padre João Paulo de Almeida, vigário da Catedral de Santo Antônio, conta que o material mais utilizado, o sal grosso, teve de ser substituído. "Esse ano, com a crise, a gente priorizou não gastar muito com sal e essas coisas, até porque a gente está vendo aí a situação do nosso povo que passa tanta dificuldade", ressaltou. 

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Os organizadores tiveram de aguçar a criatividade para planejar desenhos com serragem, cal, pó de café, areia lavada e outros materiais. "O dinheiro que nós investiríamos no sal grosso, que está muito caro, nós optamos por ajudar outras pessoas", reiterou Nircinéia, que há cinco anos participa da festa em homenagem à eucaristia. Apesar de grupos distintos serem responsáveis pela montagem, não há competição entre eles. "O objetivo é todos ficarem bonitos", enfatiza. 

O trabalho chamou a atenção de quem passava pelo local. "É maravilhoso, muito lindo. Que pena que eles tiram no dia. Depois de um trabalho lindo desses, deveria ficar pelo menos uma semana", elogiou o auxiliar de expedição, Ronaldo Pereira, que aproveitou para tirar fotos com a filha e a sobrinha. "É uma grande oração", comentou a professora estadual, Nélia Brito.

Olinda será palco para um encontro cultural dedicado à rabeca. A cidade recebe a primeira edição da Exposição de Rabecas e Encontro de Rabequeiros, a partir da próxima terça (22), no centro de Cultura Luiz Freire. O grande homenageado do evento é o rabequeiro Mestre Luiz Paixão. 

A rabeca é um dos instrumentos musicais mais tradicionais da cultura nordestina, produzido artesanalmente. A exposição contará com acervos pessoais de cinco rabequeiros mentores desta arte, entre eles, o homenageado Luiz Paixão, que estará presente, no sábado (26), para dividir um pouco de seu conhecimento com os visitantes. 

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As peças estarão expostas no hall de entrada e na biblioteca do Centro de Cultura Luiz Freire, no horário das 10h às 17h. A Exposição de Rabecas e Encontro de Rabequeiros ficará em cartaz até o sábado (26), com entrada gratuita. 

Programação

Terça (22) | 15h

Abertura da Exposição e Roda de Conversa

Sábado (26) | 19h

Show do Mestre Luiz Paixão e Convidados

Serviço

1ª Exposição de Rabecas e Encontro de Rabequeiros em Olinda

Terça (22) a Sábado (26) | 10h às 17h

Centro de Cultura Luiz Freire (Rua 27 de Janeiro, 181 - Carmo)

Gratuito

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Depois de anos de reticências, os grandes relojoeiros suíços reunidos esta semana no salão do setor realizado em Basileia estão entrando, por fim, na era digital, abrindo lojas virtuais e atuando com mais frequência nas redes sociais.

É o caso da Patek Philippe, uma casa fundada em 1839, que lançou oficialmente no salão anual Baselworld sua primeira conta no Instagram para revelar seus produtos.

"A Internet está mudando as coisas de maneira fenomenal", disse à AFP David Sadigh, diretor da consultora digital DLG, que considera o anúncio de Patek como "um forte sinal" das mudanças neste setor.

As vendas on-line representam somente 3% do consumo de relógios de luxo, de acordo com estimativas da consultora, uma cifra que poderia alcançar entre 8% e 12% em 2022.

No ano passado, a Omega, um dos maiores fabricantes de relógios de luxo do mundo, organizou de surpresa uma venda por meio do Instagram e pouco depois anunciou o lançamento de uma plataforma de comércio eletrônico destinada ao mercado americano.

A marca, conhecida por um relógio usado por James Bond em seus filmes, abriu em Paris uma loja efêmera onde podiam escolher pulseiras personalizadas através de uma tela e comprá-los com um aplicativo para celular.

Para seduzir a nova geração de compradores, a marca suíça Oris está preparando o lançamento de uma loja virtual nos Estados Unidos, onde terá uma loja móvel em um trailer que percorrerá o país durante os festivais de verão.

"Ninguém encontrou ainda a fórmula mágica, o luxo na era digital ainda não foi inventado", assegura Carlos Rosillo, diretor da Bell & Ross, explicando que os relojoeiros também estão buscando novos formatos para chegar aos colecionadores.

No salão de Basileia, esta marca francesa que fabrica na Suíça seus produtos inspirados no mundo da aviação anunciou a venda de três relógios únicos a 400 mil euros cada um.

Um será vendido no Mr Porter, um site de produtos de luxo; outro em sua própria loja na Internet; e o terceiro em uma loja tradicional. Depois o comprador poderá, se desejar, viajar em um jatinho particular à Suíça para conhecer o relojoeiro que o fabricou.

"Deve-se criar um caminho do digital ao real e do real para o digital", disse Jean-Christophe Babin, presidente da Bulgari, uma das marcas do grupo francês LVMH, líder mundial de luxo.

Os fabricantes apostam que a Internet não irá substituir as lojas tradicionais, mas que, ao contrário, lhes dará instrumentos para atrair seus clientes a suas lojas.

Durante anos os relojoeiros suíços foram reticentes em vender na Internet por medo de falsificações e também para não perder sua imagem de produto excepcional e de prestígio.

Este Sábado de Aleluia (31) foi de muita chuva ao longo do dia na capital pernambucana, apesar disso, o público não temeu o mal tempo e foi à Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, para assistir à segunda noite de apresentações da Paixão de Cristo do Recife. Além de ser um evento tradicional da época de Páscoa na cidade, o momento de dificuldade enfrentado pelo espetáculo - que chegou a ser anunciado como cancelado - e um novo Cristo em cena - interpretado pelo ator Hemerson Moura, em substituição a José Pimentel, que deu vida ao personagem por quatro décadas -  estimularam os recifenses a comparecerem para conferir o trabalho de resistência dos atores e as novidades da montagem nesta edição.

O espetáculo conta os últimos momentos de Jesus antes da ressurreição e é tradição sua montagem em inúmeras cidades do País e do mundo, que compartilham da cultura cristã. No Recife, o espetáculo vem se repetindo há 22 anos, sob a batuta do diretor e ator José Pimentel. Em seus primeiros anos, quando ainda era chamada A Paixão de Todos, a montagem era apresentada no Estádio do Arruda e, em seguida, teve o Forte do Brum como palco. No Marco Zero, a Paixão conta com um palco principal de 20 metros de largura por 16 de profundidade, interligado a dois outros palcos, onde 100 atores e 300 figurantes encenam uma das mais famosas histórias do ocidente.

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O público chegou cedo para garantir um lugar perto do palco. Maria da Silva, de 60 anos, mora nas proximidades do Forte do Brum e veio ver, novamente, a presentação. Ela fez questão de prestigiar a estreia, na última sexta (30): “Já faz parte da nossa Páscoa, todo ano eu vou vir agora”. Ela aprovou o ‘novo Jesus’, o ator Hemerson Moura: “Ele é muito bonito, eu gostei”. A família De Sóstenes da Silva, 58 anos, e Alexsandra Gonzaga, 41, também chegou cedo, vindos da Iputinga. Eles reclamaram da pouca quantidade de cadeiras disponibilizada na praça: “Não tem as três mil cadeiras que foi anunciado no rádio”, disse Sóstenes. Apesar da surpresa, eles garantiram que ficariam para ver o espetáculo pela primeira vez. E afirmaram estar torcendo pelo ator estreante: “Espero que ele se dê bem”, disse Alexsandra.

A plateia ficou cheia, ainda que muitos em pé, e só deixou o Marco Zero após a cena final da peça. Telões colocados nas laterais do palco ajudaram aqueles que ficaram mais distante. No encerramento da noite, o diretor José Pimentel subiu ao palco para agradecer ao público e à equipe por mais um ano de Paixão de Cristo do Recife. Emocionado, ele prometeu rever a todos em 2019: “Tenho certeza que ano que vem, estaremos aqui de novo”, disse sob as palmas do público. Neste domingo (1º), uma última apresentação encerra esta temporada, às 20h.

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Os moradores e visitantes da cidade do Paulista poderão assistir ao tradicional espetáculo A Paixão de Cristo no período da Semana Santa de forma gratuita. As encenações serão na Sexta-Feira da Paixão, no Sábado de Aleluia e no Domingo de Páscoa. As apresentações acontecem no bairro de Jardim Paulista e Maranguape II. 

Em Jardim Paulista, o público poderá assistir ao espetáculo nas praças da Encenação e Aníbal Fernandes, nos dias 30 e 31 de março, a partir das 20h, apresentadas pelo Grupo Coletivo Roda Mundo. Já na Aníbal Fernandes, o Grupo teatral Nós Quatro apresenta a vida e morte de Jesus em três dias, na sexta (29), sábado (30) e domingo (31). 

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Em Maranguape II, haverá uma única apresentação no sábado (30), às 19h, na Praça José Lopes de Araújo. A encenação será realizada pelo Grupo de Arte e Cultura Unidos pela Fé (Gacuf). Todas os espetáculos são gratuitos.

Serviço

Paixão de Cristo do Paulista

Dias 29, 30 e 31 de março

Jardim Paulista e Maranguape II

Gratuito

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