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Uma pesquisa liderada pelo Instituto Butantan identificou os padrões da disseminação da variante delta do novo coronavírus pelo Brasil e a origem da entrada da linhagem no país. Segundo o instituto, é a primeira vez que esse mapeamento é feito. A pesquisa foi publicada na plataforma de preprints medRxiv .

As análises mostraram que algumas das dez introduções independentes ocorridas no Brasil até o final de setembro foram relacionadas com amostras da variante delta em circulação na Austrália e nos Estados Unidos, outras se relacionaram com amostras do Reino Unido. Foi identificada a disseminação da variante por oito estados brasileiros no primeiro semestre de 2021.

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Em relação à transmissão comunitária, que já estava estabelecida desde junho, foram detectadas ao menos quatro cadeias de transmissão independentes: no Rio de Janeiro, em Goiás, no Maranhão e no Paraná.

Para o estudo, foram utilizados dados coletados pela Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2 do estado de São Paulo, conduzida pelo Butantan, que já sequenciou mais de 30 mil amostras do vírus.

Conjunto de dados global

Os pesquisadores reuniram um conjunto de dados global e representativo disponível na plataforma Gisaid (sigla para global initiative on sharing all influenza data), iniciativa que fornece acesso aberto a dados genômicos do vírus influenza e do coronavírus. Atualmente, a plataforma reúne 170 mil genomas da variante delta.

Com condução do Instituto Butantan, a pesquisa teve participações do Hemocentro de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, da Universidade Estadual Paulista, da Universidade Federal de Minas Gerais, da Fundação Oswaldo Cruz e da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

De acordo com o Butantan, a variante delta é responsável atualmente por 90% dos casos de covid-19 no Brasil, registrados nos 26 estados e no Distrito Federal. De acordo com a Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, a delta predomina no estado de São Paulo desde a 33ª semana epidemiológica (15 a 21/8). Na 42ª semana epidemiológica (17 a 23/10), ela correspondia a 99,7% das amostras sequenciadas pela rede, seguida pela variante P.1.7 (0,3%).

Os primeiros casos relatados de infecções no país estão associados a um navio cargueiro que partiu da Malásia em 27 de março e que havia passado pela África do Sul antes de chegar ao Brasil, em 14 de maio, transportando mais de 20 tripulantes, seis deles positivos para a delta.

A primeira amostra da variante delta coletada na cidade de São Paulo, ainda de acordo com o instituto, é do final de junho. A introdução na Grande São Paulo provavelmente chegou por Taubaté, partindo inicialmente do estado do Rio de Janeiro.

“Uma das teses apontadas para que a delta não tenha causado tantos danos aos brasileiros é a vacinação realizada com a CoronaVac. No Chile, por exemplo, a variante não causou tantos danos quanto em outros países que não aplicavam a vacina desenvolvida pelo Butantan. Outro fator que contribui com a diminuição dos casos foi a variante gama, que infectou um alto número de pessoas no país e pode ter gerado uma imunidade na população contra a variante delta”, divulgou, em nota, o Butantan.

Mais uma rodada do sequenciamento genético de amostras de pacientes confirmados para a Covid-19 confirmou que das 54 amostras sequenciadas, 52 foram identificadas como da linhagem Delta. As outras duas amostras são da lingagem e sublinhagem da variante Gamma. 

O sequenciamento foi realizado pelo Instituto Aggeu Magalhães e Laboratório Central de Pernambuco e divulgado na sexta-feira (29), pela Secretaria Estadual de Saúde. 

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As amostras são de pacientes provenientes das cidades de Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Feira Nova, Lagoa Grande, Moreno, Olinda, Paulista, Petrolina e Recife. As coletas desses pacientes foram realizadas entre os meses de setembro e outubro deste ano.

A maioria dos casos de Covid-19 na cidade de São Paulo é causada pela variante Delta do novo coronavírus. Segundo estudo feito pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) e pelo Instituto Adolfo Lutz, 95,2% dos registros da doença na capital foram causados pela variante Delta e 4,06% pela variante Gama.

A análise foi feita a partir do sequenciamento do vírus em novos casos, durante a última semana, quando foram detectados 573 infectados com a variante delta. Desde julho, quando a variante começou a circular na cidade, foram identificados 2.494 casos.

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De acordo com a prefeitura de São Paulo, apesar da presença da variante Delta, o número de novos casos não tem apresentado crescimento significativo. A testagem de casos de Covid-19 vem sendo feita nas unidades básicas de saúde, de pessoas que tiveram contato com infectados.

Também estão em funcionamento barreiras sanitárias no Aeroporto de Congonhas e nos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara para identificar possíveis passageiros contaminados. Até o momento, 545 mil pessoas foram abordadas, com o registro 203 passageiros com sintomas respiratórios.

Já foram aplicadas 16,9 mil doses de vacinas contra o novo coronavírus na cidade, o que garantiu imunização completa (com duas doses ou dose única) para 71,4% da população com mais de 18 anos.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) recebeu mais uma rodada de sequenciamento genético de amostras de pacientes confirmados para a Covid-19 feito pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE). Este relatório de circulação de linhagens, divulgado na sexta-feira (10), no entanto, difere dos anteriores pelo fato das amostras analisadas já terem algum tipo de suspeita para a variante Delta, sendo esse o critério de seleção.

Das 22 amostras sequenciadas, 15 (68,1%) foram de pacientes infectados com a linhagem Delta, sendo 14 de pacientes provenientes das cidades pernambucanas de Araçoiaba (1), Caruaru (4), Escada (1), Jaboatão dos Guararapes (1), Jataúba (2), Quipapá (1), Recife (3) e Fernando de Noronha (1), além de 1 pacientes de outro estado: São Paulo/Ubatuba (1), turista que foi testado e notificado por Fernando de Noronha.

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Entre os 15 casos da variante Delta, sete foram em pessoas do sexo masculino e oito do sexo feminino, com idades entre 11 e 75 anos. As faixas etárias são: 10 a 19 (3), 20 a 29 (3), 30 a 39 (3), 40 a 49 (2), 50 a 59 (2), 60 a 69 (1) e 70 a 79 (1).

Das amostras que positivaram para a variante Delta, 14 foram notificados no sistema de informação dos casos leves. Os municípios de origem foram orientados a investigar e acompanhar os casos. Com isso, até agora, o Estado totaliza 29 pessoas infectadas por essa linhagem.

Foi registrado apenas um paciente grave, com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que veio a óbito no dia 23 de agosto. O paciente, que era morador do Recife, de 75 anos, tinha comorbidades como diabetes, doença cardiovascular crônica e portador de marcapasso. 

Já os outros sete foram identificados como da linhagem e sublinhagem Gamma (31,8%). Esses pacientes eram dos municípios de Fernando de Noronha (2), Frei Miguelinho (3) e Paulista (1), além de 1 do Rio Grande do Norte/Mossoró. Todas as coletas dos materiais biológicos para esta rodada de sequenciamento genético.

HISTÓRICO - Além dos 15 novos casos registrados na sexta-feira, quatro foram confirmados no último dia 2 de setembro de pacientes provenientes das cidades de Olinda (1), Ipojuca (1), Caruaru (1) e Araripina (1). No último dia 27.08, foram confirmados 8 casos da variante em pessoas residentes dos municípios do Recife (5), Olinda (1), Cabo de Santo Agostinho (1) e Exu (1). Antes disso, no dia 18.08 foram confirmadas 2 amostras com a cepa originária da Índia, de pessoas residentes de Abreu e Lima (1) e Olinda (1), que adoeceram em julho.

Da assessoria

Os indivíduos completamente vacinados tiveram 11 vezes menos chances de morrer de Covid-19 e estiveram dez vezes menos propensos a ser hospitalizados desde que a variante delta se tornou predominante nos Estados Unidos, disseram as autoridades de Saúde do país nesta sexta-feira (10).

Os dados consistem de três novos estudos publicados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), que averiguaram a eficácia das vacinas contra as consequências mais severas da enfermidade.

Por razões que ainda não estão totalmente claras, os dados de um dos estudos sugerem que a vacina do laboratório Moderna oferece um nível de proteção ligeiramente superior aos outros imunizantes utilizados, Pfizer e Johnson & Johnson, no período em que prevaleceu a variante delta.

Os resultados foram apresentados um dia depois que o presidente Joe Biden anunciou um novo e ambicioso plano de imunização para o país, que inclui determinações às companhias com mais de 100 funcionários para que seus empregados sejam vacinados e submetidos a testes semanais.

"Como temos visto pesquisa após pesquisa, a vacinação funciona", afirmou a diretora do CDC, Rochelle Walensky, em um comunicado de imprensa divulgado hoje.

O primeiro estudo analisou centenas de milhares de casos em 13 jurisdições dos Estados Unidos entre 9 de abril e 19 de junho, antes de a variante delta se tornar predominante, e os comparou com os dados recolhidos depois, entre 20 de junho e 17 de julho.

Os números dos dois períodos revelam que o risco das pessoas imunizadas se infectarem com a covid-19 registrou um leve aumento: de 11,1 vezes menos propensos à infecção em relação aos não vacinados para 4,6 vezes menos.

A proteção contra o risco de hospitalização e morte, por outro lado, se manteve relativamente estável, mas registrou maior redução entre as pessoas com mais de 65 anos em comparação com os grupos mais jovens.

O CDC e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), a agência de vigilância sanitária dos EUA, estão avaliando a necessidade de aplicar doses de reforço, e é provável que os idosos estejam entre os primeiros a recebê-las quando a administração Biden começar a distribui-las no fim do mês.

Um dos estudos, que avaliou a efetividade das vacinas entre junho e agosto em mais de 400 hospitais, departamentos de emergência e clínicas de atendimento de urgência, examinou a eficácia de cada laboratório separadamente.

Segundo os dados dessa pesquisa, a vacina da Moderna teve o melhor desempenho para evitar hospitalizações, com 95%; seguida pelos imunizantes da Pfizer (80%) e da Johnson & Johnson (60%).

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou nesta sexta-feira (10), que Pernambuco confirmou mais 15 casos da variante Delta. O sequenciamento genético foi realizado pelo Instituto Aggeu Magalhães e difere dos anteriores pelo fato das amostras analisadas já terem algum tipo de suspeita para a variante da Covid-19. Entre os casos confirmados, sete foram em pessoas do sexo masculino e oito do sexo feminino, com idades entre 11 e 75 anos - 22 amostras foram sequenciadas pelo instituto.

Os municípios de origem foram orientados a investigar e acompanhar os casos. Com isso, até agora, o Estado totaliza 29 pessoas infectadas por essa linhagem. Foi registrado apenas um paciente grave, com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que veio a óbito no dia 23 de agosto. O paciente, que era morador do Recife, de 75 anos, tinha comorbidades como diabetes, doença cardiovascular crônica e portador de marcapasso. 

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Histórico

Além dos 15 novos casos registrados nesta sexta-feira (10), quatro foram confirmados no último dia dois de setembro, de pacientes provenientes das cidades de Olinda (1), Ipojuca (1), Caruaru (1) e Araripina (1). No último dia 27 de agosto, foram confirmados oito casos da variante em pessoas residentes dos municípios do Recife (5), Olinda (1), Cabo de Santo Agostinho (1) e Exu (1). Antes disso, no dia 18 de agosto, foram confirmadas duas amostras com a cepa originária da Índia, de pessoas residentes de Abreu e Lima (1) e Olinda (1), que adoeceram em julho. 

Pesquisadores detectaram a variante Delta da Covid-19 em duas amostras de swab de nasofaringe processadas no Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica - Suely Galdino (Nupit-SG) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O material foi enviado para sequenciamento, a partir de uma colaboração com o Instituto Aggeu Magalhães (IAM) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e fazem parte de um total de 86 amostras analisadas, provenientes de 32 municípios do estado de Pernambuco e coletadas de 25 de julho a 11 de agosto.

As duas amostras da variante Delta (B.1.617.2) representam 2,32% do total analisado, enquanto a variante Gama (P.1) ainda predomina, com 69 resultados positivos (80,23%). Dos pacientes que contraíram a Delta, um é procedente do município de Araripina, com material coletado em 2 de agosto, e o outro é de Ipojuca, com coleta realizada em 5 de agosto. De acordo com os pesquisadores, o resultado reforça a circulação da Delta em Pernambuco e acende o alerta para um iminente aumento da disseminação desta variante no estado.

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Novas amostras já foram enviadas pelo Nupit-SG ao IAM/Fiocruz para sequenciamento, incluindo algumas procedentes de Caruaru, e outras continuarão sendo enviadas para a caracterização das variantes. Pesquisadores da UFPE e da Fiocruz reforçam que a vigilância e o monitoramento das variantes circulantes são de grande importância e que precisa ser continuado, para que as medidas preventivas e de controle possam ser empregadas com a maior eficiência possível.

Nessa quinta-feira (2), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou outros quatro casos da variante, após o sequenciamento genético de 89 amostras de pacientes confirmados para Covid-19. As amostras com resultado positivo para variante Delta foram de pacientes de Olinda e Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife; Caruaru, no Agreste; e Araripina, no Sertão.

A cidade de São Paulo tem 69,7% das amostras identificadas com a variante Delta, enquanto a Gama representa 28,4%. É o que mostra uma análise da Prefeitura, em parceria com o Instituto Butantan. Por outro lado, a gestão municipal disse não ver riscos, "porque a curva de crescimento não é significativa". Ainda de acordo com o levantamento, divulgado na quarta-feira (1º), foram registrados 395 novos casos da variante na capital paulista. Até o momento, são 800 casos da cepa com maior transmissibilidade.

"Apesar da presença da variante na cidade, o número de casos não apresentou curva de crescimento significativa e, por isso, não oferece risco de impacto sobre a rede de saúde pública da capital", destaca a Prefeitura.

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Com o objetivo de entender o perfil do vírus, a administração municipal vai realizar a testagem dos casos comunicados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). "Na prática, isso significa que os munícipes detectados com a variante Delta e Gama passarão por um teste de antígeno para covid-19. Tanto aquelas com sintomas como os assintomáticos que tiveram contato com pessoas com caso positivo", afirma.

A capital já está com a população adulta elegível vacinada e avançou para a imunização do público mais jovem. "A vacinação alcançou 104,1% do público-alvo, entre maiores de 18 anos, imunizados com a primeira dose ou com a dose única das vacinas contra a covid-19. Outros 54,7% estão com a condição vacinal completa. O município de São Paulo aplicou 14.621.904 doses de vacina contra a covid-19. São 9.570.750 com as primeiras doses, 4.729.960 de segundas aplicações e 321.194 doses únicas."

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou mais quatro casos de variante Delta da Covid-19 em Pernambuco nesta quinta-feira (2). A atualização ocorreu após o sequenciamento genético de 89 amostras de pacientes confirmados para Covid-19 feito pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz). As amostras com resultado positivo para variante Delta são de pacientes de Olinda e Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife; Caruaru, no Agreste; e Araripina, no Sertão.

As coletas desses materiais biológicos ocorreram entre os dias 25 de julho e 18 de agosto. Entre os quatro casos da variante Delta, dois foram em pessoas do sexo masculino e dois do sexo feminino, com idades entre 24 e 34 anos. Todos apresentaram quadros leves. Até o momento, o estado totaliza 14 pernambucanos infectados por essa linhagem. 

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O resultado aponta que a variante Gama, também conhecida como P.1, continua predominante no Estado. Entre os 89 genomas, 85 (94,5%) foram identificados como da variante Gama ou suas sublinhagens.

As amostras coletadas nesta rodada de processamento eram de pacientes dos municípios de Aliança, Bodocó, Petrolina, Araripina, Ipubi, Sertânia, São José do Egito, Bodocó, Santa Cruz da Baixa Verde, Joaquim Nabuco, Bom Conselho, Jaqueira, Belo Jardim, Joaquim Nabuco, Cabrobó, Ipojuca, Inajá, Condado, Santa Terezinha, Itapetim, Moreilândia, Amaraji, Tabira, Riacho das Almas, Sanharó, Tacaimbó, Santa Filomena, Iguaraci, Serra Talhada, Olinda, Caruaru, Lagoa do Carro, Santa Cruz do Capibaribe, São José do Egito, Carpina, Aliança, Taquaritinga do Norte e Brejinho.  

Além dos 4 novos casos de infecção pela Delta, no último dia 27 de agosto foram confirmados oito casos da variante em pessoas residentes dos municípios do Recife (5), Olinda (1), Cabo de Santo Agostinho (1) e Exu (1). Antes disso, no dia 18 de agosto foram confirmados dois casos em pessoas residentes de Abreu e Lima (1) e Olinda (1), que adoeceram em julho.

O Brasil atingiu nesta terça-feira, 31, um total de 2.613 casos confirmados da variante Delta do novo coronavírus, registrando um aumento de 86% em relação ao número de diagnósticos positivos contabilizados até terça passada (1.405), apontam dados reunidos pelo Ministério da Saúde. A alta expressiva no número de casos, contudo, pode ter influência na alteração na forma de análise da variante pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, os casos da Delta foram registrados no Distrito Federal (181) e nos seguintes Estados: Alagoas (3), Amapá (5), Amazonas (18), Bahia (3), Ceará (96), Espírito Santo (7), Goiás (47), Maranhão (7), Minas Gerais (102), Pará (5), Paraíba (87), Paraná (76), Pernambuco (15), Rio de Janeiro (907), Rio Grande do Norte (3), Rio Grande do Sul (230), Santa Catarina (63), São Paulo (757) e Tocantins (1).

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No Rio de Janeiro, Estado com o maior número absoluto de casos, a Delta já corresponde a 86% dos casos de covid-19 sequenciados, segundo mapeamento da Rede Corona-Ômica de vigilância genômica do novo coronavírus no Estado. Em junho, os casos de Delta eram apenas 6%. No mês seguinte, saltaram para 48%; agora, são maioria absoluta.

Ao todo, a Delta já resultou em ao menos 67 mortes em todo o País. Os Estados que já registraram vítimas da doença são: Bahia (1), Goiás (2), Maranhão (1), Minas Gerais (4), Paraná (21), Pernambuco (1), Rio de Janeiro (11), Rio Grande do Sul (19) e Santa Catarina (2). Além do Distrito Federal, com cinco óbitos.

A prefeitura de Piracicaba informou na segunda-feira, 30, que a cidade registrou a primeira morte em São Paulo causada pela variante Delta. O caso foi reportado nesta terça-feira, 31, à Secretaria de Estado da Saúde, que informou estar investigando os detalhes. Como os dados do Ministério da Saúde são atualizados a partir das notificações das secretarias estaduais, o óbito em Piracicaba só será contabilizado pelo governo federal após a confirmação pelo governo de São Paulo.

Mudança nos critérios da OMS

Na última quinta-feira, 25, a Prefeitura de São Paulo informou que a Organização Mundial da Saúde alterou a forma de análise da variante Delta, passando a classificar como variantes de preocupação (VOC) todas as linhagens AY. Com esse novo cenário, o Instituto Butantan passou a reportar também as amostras com essas sublinhagens na capital, elevando o número de diagnósticos positivos da Delta no Estado de São Paulo de 266 para 757 em uma semana.

Além de São Paulo, a medida pode ter afetado os números de casos confirmados pela variante também em outros Estados, o que pode ter sido determinante para o aumento de 86% na quantidade total de casos confirmados. O Estadão questionou o Ministério da Saúde sobre a alteração dos critérios pela OMS e aguarda resposta.

A variante Delta do Sars-CoV2 já é causadora de 86% dos casos de covid-19 no Rio de Janeiro, segundo mapeamento da Rede Corona-Ômica de vigilância genômica do novo coronavírus no Estado. O alastramento dessa nova variedade do vírus foi extremamente veloz. Em junho, os casos de Delta eram apenas 6%. No mês seguinte, saltaram para 48%; agora, são maioria absoluta.

As análises são realizadas pela equipe da pesquisadora Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A rede de vigilância genômica já processou 3.952 genomas virais, oriundos de 91 municípios. Os pacientes são oriundos dos centros de referência e hospitais em todo o Estado.

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Um estudo publicado na revista científica The Lancet no sábado, 28, apontou que os infectados com a variante Delta do novo coronavírus têm o dobro de risco de serem hospitalizados. A comparação foi feita com pessoas que contraíram a cepa Alpha do vírus, detectada no Reino Unido em novembro passado.

O avanço da Delta tem levado governos locais a optarem pela antecipação da segunda dose da vacina contra a covid-19, o que poderia aumentar a chance de proteção contra a cepa. A presença mais frequente da variante também tem fortalecido debates sobre a aplicação da terceira dose em populações mais vulneráveis, como os idosos. Na quarta-feira passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a necessidade de aplicação da dose extra.

Com a variante delta, muito mais contagiosa que a cepa original, parece ilusório alcançar a imunidade coletiva apenas com as vacinas anticovid-19, embora os imunizantes continuem sendo cruciais para conter a pandemia - destacam especialistas ouvidos pela AFP.

Há vários meses, a imunidade coletiva - ou seja, o nível de pessoas imunizadas a partir do qual a epidemia é controlada - é considerada o "santo graal" para uma saída da crise sanitária mundial. Mas, assim como graal, não se trata de uma quimera? Tudo depende da definição adotada, respondem os cientistas.

"Se a pergunta é 'apenas as vacinas permitirão o retrocesso e o controle da epidemia?', a resposta é não", disse à AFP o epidemiologista Mircea Sofonea.

De fato, "há dois parâmetros: a contagiosidade intrínseca do vírus e a eficácia da vacina contra a infecção. E não são suficientes", acrescenta.

Por quê? A variante delta, agora dominante, é considerada 60% mais transmissível que a precedente (alfa), e duas vezes mais, que a cepa original. E, quanto mais contagioso é um vírus, mais elevado é o nível necessário para alcançar a imunidade coletiva, obtida por meio das vacinas, ou da infecção natural.

"No plano teórico, é uma fórmula muito fácil de calcular", afirma o epidemiologista Antoine Flahault.

O cálculo é feito com base no índice de reprodução de base do vírus (ou R0), ou seja, o número de pessoas que um infectado contamina na ausência de medidas de controle.

- Redução da eficácia -

Para o vírus original, ou histórico (com um R0 de 3), a marca da imunidade coletiva era calculada em "66%" de pessoas imunizadas, recorda o professor Flahault. "Mas, se o R0 é de 8, como acontece com a variante delta, chegamos a 90%", explica.

Este nível poderia ser alcançado, se as vacinas fossem 100% eficazes contra a infecção. Mas não é o caso.

De acordo com dados publicados na terça-feira (24) pelas autoridades dos Estados Unidos, a eficácia das vacinas da Pfizer e da Moderna contra a Covid-19 caiu de 91% para 66% desde que a variante delta se tornou dominante no país.

Além das características da variante, a perda da eficácia pode ser provocada também por uma redução com o tempo. Cai de 88% para 74%, após cinco a seis meses, para a Pfizer; e de 77% a 67%, após quatro ou cinco meses, para a AstraZeneca, conforme estudo britânico publicado na quarta-feira (25).

Esse quadro vem estimulando cada vez mais países a contemplarem vacinas de reforço, em geral, uma terceira dose.

Um dos pais da vacina da AstraZeneca, professor Andrew Pollard, da Universidade de Oxford, foi claro em um discurso em 10 de agosto aos deputados britânicos: "Com a variante atual, estamos em uma situação, na qual a imunidade coletiva não é uma possibilidade, pois infecta pessoas vacinadas".

- "Mito" -

Ainda assim, mesmo que a imunidade coletiva por meio da vacinação tenha se tornado um "mito", nas palavras do professor Pollard, os especialistas insistem em que as vacinas são indispensáveis.

"O que os cientistas defendem é que devemos ter o máximo de pessoas protegidas", frisou o professor Flahault.

As vacinas são muito eficazes para evitar as formas graves da doença, assim como as hospitalizações.

Além disso, garantem uma proteção coletiva aos que não podem ser beneficiados pela vacinação, como as pessoas com sistema imunológico debilitado por outra doença, como câncer, ou em caso de transplante, por exemplo.

Em resumo, sim, é possível "alcançar a imunidade coletiva, mas não apenas por meio da vacinação", considera Mircea Sofonea.

Isto significa manter "o uso da máscara e formas de distanciamento social, em especial em certos territórios", para frear o vírus e reduzir ao máximo os riscos.

"Durante a pandemia de aids, quando os cientistas afirmaram que era necessário usar preservativos, muitas pessoas responderam 'tudo bem por enquanto, por um tempo', mas continuamos fazendo", recorda Antoine Flahault.

"Podemos continuar a usar a máscara em locais fechados e nos transportes por um bom tempo", acrescentou.

O mundo científico está discutindo a necessidade da dose de reforço das vacinas contra a Covid-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu dois pedidos de autorização para pesquisa clínica a fim de investigar os efeitos de uma dose de reforço contra o novo coronavírus. 

O primeiro estudo é da Pfizer/BioNTech, que avalia a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina Comirnaty. O segundo caso é do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão do imunizante que está em uso no Brasil, buscando a proteção contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificado primeiro na África do Sul.

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Um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina seja aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão original da AstraZeneca. 

Diante do atual cenário pandêmico do país, que enfrenta o avanço da variante Delta, A Anvisa está recomendando que o Programa Nacional de Imunização (PNI) considere a possibilidade de indicar a dose de reforço da CoronaVac em caráter experimental para grupos que receberam duas doses da mesma vacina, priorizando públicos-alvo como pacientes imunocomprometidos ou idosos. 

A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, alerta que antes do avanço das doses adicionais, é preciso atentar para a necessidade de ampliação e integralidade da cobertura vacinal para todos os cidadãos aptos. "É prioritário que essa cobertura seja integral, com a aplicação de duas doses ou dose única, conforme a vacina", avalia.

O que mostra os estudos

Dois estudos feitos pela farmacêutica Sinovac, que produz a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, verificou que a dose de reforço da vacina aumenta a imunidade das pessoas, seja 28 dias, seis ou oito meses após a aplicação das duas primeiras doses. 

Para esses primeiros resultados, a Sinovac testou adultos chineses de 18 a 59 anos e idosos acima dos 60 anos. Nenhum dos estudos verificou efeitos adversos graves nos pacientes, sendo comum apenas a dor no local da aplicação do imunizante.

Ministro confirma 3ª dose

Na última quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a pasta irá aplicar a dose de reforço, começando pelos profissionais da saúde e idosos. Queiroga diz que o objetivo é reforçar a proteção contra a Covid-19 diante do avanço de variantes no Brasil, em especial a Delta - considerada mais letal.

Ao LeiaJá, o Ministério da Saúde "informou que ainda não tem uma data de quando esse reforço deve começar no país e que espera por dados científicos que embasem a necessidade da terceira dose. A pasta não disse se dispõe de doses suficientes para iniciar este reforço, se haverá a necessidade da compra de mais imunizantes e qual vacina será necessária para essa maior cobertura da imunização”.

Reforço começa no Rio

O secretário municipal do Rio de Janeiro disse na última segunda-feira (16), que idosos da Ilha de Paquetá irão receber, ainda neste mês, a dose de reforço contra o novo coronavírus. As doses serão aplicadas como parte do estudo realizado na ilha, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz. 

Esta terceira dose fará parte do estudo de observação dos efeitos da vacinação heteróloga, quando são aplicadas doses de vacinas diferentes em uma mesma doença.

Avanço da variante Delta no Brasil

Recente levantamento do Ministério da Saúde mostra que o Brasil já confirmou 1.051 casos da variante Delta, que deixou 41 vítimas fatais. Esta cepa da Covid-19 é considerada mais transmissível que as outras e mais letal. A variante já circula em 13 estados e no Distrito Federal. 

Na quarta-feira (20), o Governo de Pernambuco confirmou que as investigações epidemiológicas realizadas pelos municípios indicam que a variante Delta já circula no território. No dia 12 de agosto, a Secretaria de Saúde divulgou que dois homens, de 24 e 59 anos, tiveram as suas amostras positivas para a variante. Eles são moradores de Olinda e Abreu e Lima.

Ainda não foi possível rastrear a origem da infecção em Pernambuco, o que - segundo a Secretaria de Saúde - comprova que o vírus circula entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para locais onde há registros de casos. 

“Com os resultados encontrados até o momento, não conseguimos identificar os casos que positivaram para a doença antes desses pacientes. Seguiremos reforçando o sequenciamento genético das amostras, principalmente dos contactantes relacionados aos dois pacientes, para rastrear a possível presença da Delta no Estado”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O secretário destacou ainda que a circulação da variante Delta em Pernambuco reforça a importância dos cuidados e, principalmente, da vacinação contra a Covid-19. 

“É fundamental que a população entenda a necessidade do uso correto de máscaras, do distanciamento social e da higienização adequada das mãos. É necessário compromisso e responsabilidade. A pandemia não acabou. O vírus continua circulando, com a introdução de variantes preocupantes, como é o caso da Delta. Completar o esquema vacinal, com as duas doses, é essencial para a eficácia da imunização", ressaltou Longo. 

As investigações dos dois casos de variante delta em pernambucanos não conseguiram estabelecer a rede de transmissão da infecção. Diante dos resultados, o secretário Estadual de Saúde (SES), André Longo, afirmou que há transmissão comunitária da variante delta no território pernambucano. Há outros sete casos suspeitos de variante delta no estado.

"Hoje a gente pode afirmar que, por conta de não termos identificado os vínculos, há uma transmissão comunitária já", disse o secretário em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (18). A variante delta é uma mutação mais contagiosa da Covid-19.

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A transmissão comunitária é um modo de circulação em que as autoridades não conseguem rastrear o paciente que originou a cadeia de infecção. A modalidade difere dos casos importados, quando uma pessoa adquire o vírus em viagem ao exterior, e da transmissão local, quando alguém é contaminado por alguém infectado em outro local.

Os dois casos de variante delta foram confirmados na quinta-feira (12). São dois homens da Região Metropolitana do Recife, um de 24 anos, morador de Abreu e Lima, e outro de 49 anos, de Olinda. Eles apresentaram os sintomas em 15 de julho. 

Os pacientes apresentaram sintomas leves, sem necessidade de hospitalização e evoluíram para a cura. Ambos tomaram vacina contra a Covid-19, o que a SES acredita que pode ter auxiliado para que os sintomas fossem leves. 

Os sete casos em investigação são de pessoas que tiveram contato com os dois pacientes. "Casos que tiveram contato com essas pessoas passam a ser casos possíveis ou prováveis [da variante delta]", explicou Longo.

"Nós não vamos tratar a variante delta como um novo vírus", ressaltou. Segundo o secretário, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Pernambuco não decidiu interromper os avanços do plano de convivência.

Na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital North Oaks de Hammond, Louisiana, atrás dos respiradores artificiais, os rostos dos pacientes se apresentam pálidos e abatidos, consumidos pela Covid-19.

Como nos outros centros de saúde do estado, suas instalações estão voltadas para atender vítimas da pandemia. De seus 330 leitos, 81 estão ocupados por pacientes com coronavírus, metade deles em estado crítico.

O sul dos Estados Unidos, que suspendeu as restrições sanitárias na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), agora está em xeque pela onda gerada pela variante delta do vírus.

Louisiana é, de longe, o estado mais afetado, com mais de 5.800 casos diários em média, 50% a mais do que durante o pico de meados de janeiro, quando registrou o pior momento da pandemia até agora.

"Não só estamos recebendo mais pacientes durante esta onda, como sua condição também é mais crítica", disse o médico Justin Fowlkes, especialista em doenças respiratórias. "Infelizmente, também estamos vendo mais pacientes morrendo".

Nesta unidade especializada em doenças graves, um dos 18 leitos acaba de ser liberado. Não por muito tempo, porque um novo paciente já está sendo preparado para ocupar este lugar, onde será imediatamente conectado a um respirador.

Os 17 pacientes atuais estão sedados e a maioria está, inclusive, em coma induzido.

Uma pequena cruz cristã adorna o pescoço do médico de 53 anos, de cabeça raspada e voz suave. Ele tenta fingir estar melhor para tranquilizar as enfermeiras. "Me preocupo com elas", confessa com dificuldade, antes de fazer uma pausa.

Por trás de sua máscara, seus olhos brilham. Depois de longos segundos, continua: "Mas devido à situação, acredito que estão aguentando bem".

Em uma tentativa de deter a onda da variante delta e aliviar os profissionais do hospital, Louisiana restabeleceu o requisito de usar máscara em lugares fechados e teve que pedir apoio às autoridades federais.

O Departamento de Saúde enviou ao estado cerca de 150 enfermeiros e médicos como reforço, 15 deles para o hospital North Oaks. A vacinação, apesar de um leve impulso recente, permanece muito abaixo do nível nacional.

Apenas 38,3% dos habitantes de Louisiana estão completamente imunizados, em comparação com mais da metade (51,2%) de todo os Estados Unidos. Em Hammond, 72 dos 81 pacientes de Covid-19 internados não estavam vacinados.

Há duas semanas, quase dez pacientes morreram em três dias. Em 31 anos de carreira, "isso nunca havia acontecido", disse Fowlkes. "E espero que nunca volte a acontecer".

Com 819 novas vítimas registradas, a Rússia atingiu neste sábado, 14, seu recorde de mortes diárias por covid-19 pelo terceiro dia consecutivo. A marca é batida um dia após o departamento de saúde de Moscou, capital do país, ter informado que julho foi o mês com o maior número de óbitos desde o início da pandemia. As mortes diárias por coronavírus na Rússia estão aumentando depois que as infecções atingiram o pico em julho. As autoridades do país culpam a infecciosa variante Delta e uma baixa taxa de vacinação.

Moscou disse na noite desta sexta-feira, 13, que a taxa de mortalidade na cidade em julho foi 70% maior do que antes da pandemia, em 2019, e 60% maior do que no mesmo mês do ano passado. Foram notificadas um total de 17.237 mortes por covid-19 em Moscou no mês de julho, o que representa o maior número mensal de mortes na capital desde o início da pandemia. A maioria das mortes em excesso foi causada pelo surto de coronavírus, apontou o departamento de saúde de Moscou.

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"A dinâmica está ligada ao aumento acentuado de infecções devido à disseminação de uma nova cepa do coronavírus em junho, bem como ao clima anormalmente quente na cidade nos últimos meses", disse o departamento, acrescentando que as altas temperaturas fizeram os pacientes de covid-19 se sentirem ainda piores.

Ao todo, o número oficial de mortes por coronavírus na Rússia é de 169.683, mas pode haver subnotificação. A Rosstat, agência de estatísticas russa, mantém uma contagem separada da força-tarefa da pandemia e diz que registrou cerca de 315 mil mortes relacionadas à covid-19 entre abril de 2020 e junho deste ano. Alguns epidemiologistas dizem que o excesso de mortes é a melhor maneira de medir o número real de mortes da covid-19.

A Rússia relatou 22.144 novas infecções por coronavírus neste sábado, segundo balanço diário divulgado pelo centro de crise do governo russo. Já o número de casos diários até o momento diminuiu em agosto, após o pico de julho. (Com agências internacionais).

A cidade do Rio de Janeiro é, no momento, o epicentro no país da variante Delta do novo coronavírus (Covid-19). A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (13), pelo prefeito Eduardo Paes, durante a apresentação do 32º Boletim Epidemiológico do município.

Ele fez um apelo público para que o Ministério da Saúde dê atenção especial ao município, como foi dado em outros momentos para cidades que foram epicentro da crise sanitária, como Manaus, em janeiro, e São Luís, em maio.

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“O que aconteceu com todos os momentos em que esse epicentro esteve no Maranhão, em Manaus, no Rio Grande do Sul? Se entendeu que tinha que mandar mais doses para esses estados, equipamentos. Mandem mais doses para o Rio de Janeiro, porque neste momento o Rio de Janeiro é o lugar com mais casos de coronavírus no Brasil. Graças a Deus não está virando óbito, muito em razão da cobertura vacinal e da ação terapêutica da Secretaria de Saúde”, disse o prefeito.

O secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que um documento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) enviado à Subsecretaria de Atenção à Saúde do estado solicita a abertura de mais leitos para tratamento de covid-19 na Baixada Fluminense. De acordo com Soranz, a prefeitura reabriu 60 leitos essa semana e vai abrir mais de acordo com a demanda.

“É um documento interno da Superintendência de Regulação estadual, cobrando a abertura de leitos na Baixada, do Hospital Ricardo Cruz, o hospital modular, colocando claramente que é importante que eles reforcem a estrutura de leitos. Os hospitais federais fecharam todos os leitos de covid e precisam reabrir, e estão compromissados a fazer isso agora ao longo desta semana”, informou Soranz.

Segundo o secretário, a cidade tem pelo menos 180 pacientes internados com sequelas da covid-19 e sem previsão de alta. “Isso gera uma sobrecarga extra na rede. Então é muito importante que a rede federal e a rede estadual estejam preparadas para abrir o máximo de leitos possível e eles estão se planejando para isso”, disse.

Vacina

Soranz informou que a Secretaria de Saúde precisa de 460 mil doses de vacina contra a covid-19 para cumprir o calendário de aplicação da próxima semana, que prevê finalizar a primeira dose para a população a partir de 18 anos de idade.

“A gente precisa para a semana que vem 460 mil doses para completar a população adulta. As doses de D2 da Astrazeneca estão reservadas. Nosso calendário é baseado na entrega dos fabricantes ao ministério [da Saúde], que estão sendo cumpridas. É um processo bem simples de liberação, existe um protocolo padronizado. Devem entregar mais doses ao estado hoje e mais provavelmente no sábado ou no domingo. O Ministério recebe doses todos os dias, deveria entregar todos os dias”, disse o secretário.

A SES, que faz a distribuição das doses para os 92 municípios do estado, informou que está prevista para o início da tarde de hoje a chegada de novos lotes de vacinas. “De acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues 308.880 doses da vacina da Pfizer e 183.750 doses da CoronaVac. A secretaria também recebeu a informação de que 233.000 doses de AstraZeneca estão sendo separadas, nesta manhã, na Fiocruz, para serem entregues ao estado do Rio de Janeiro, ainda sem previsão de horário”.

De acordo com o painel de vacinação da secretaria municipal, 65% da população total do município está vacinada com pelo menos uma dose. Entre os maiores de 18 anos de idade, a proporção é de 84,1% com uma dose e 39,1% com as duas ou a dose única da Jansen. No público prioritário acima de 60 anos de idade, 93% já está com o esquema vacinal completo.

No domingo (15) será aplicada a segunda dose na população de Paquetá, ilha selecionada para um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a eficácia da vacina. A primeira dose foi aplicada no dia 20 de junho.

Situação epidemiológica

Os dados do Boletim Epidemiológico da prefeitura indicam que o atendimento na rede de urgência e emergência teve um aumento discreto na busca nos últimos dias, com um aumento de 10% nas internações. Os casos confirmados da covid-19 no município estão com aumento consistente nas cinco últimas semanas.

Os óbitos pela doença seguem com uma tendência de queda leve e estabilidade na última semana. Os casos de síndrome gripal aumentaram e os de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão praticamente estáveis. O secretário de Saúde alerta que a pandemia não acabou e que as medidas restritivas estão mantidas.

“Estamos avançando na vacina, mas a gente tem um momento muito preocupante na cidade do Rio. A gente está em pleno inverno, com uma nova variante acontecendo, com o número de casos subindo na cidade. A pandemia não acabou, é muito importante que as pessoas respeitem as medidas restritivas, continuem usando máscara, preferir ambientes abertos, evitar janelas fechadas, se possível abrir as janelas do transporte público. Evitar qualquer tipo de exposição desnecessária”, disse.

O prefeito Eduardo Paes disse que o plano de reabertura, anunciado para começar no início de setembro, está em stand-by, aguardando a evolução do quadro epidemiológico, para ser posto em prática ou adiado. A cidade permanece toda em situação de risco alto para a transmissão da covid-19 e a prefeitura não autorizou a presença de público nos estádios de futebol.

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde foi procurado para se posicionar sobre o envio das vacinas e a reabertura de leitos na rede federal da cidade do Rio de Janeiro, mas ainda não se pronunciou.

As autoridades de saúde chinesas afirmaram, nesta sexta-feira (13), que controlaram o pior surto de Covid-19 do país em meses, depois que no início desta semana o número de casos alcançou um recorde nos últimos sete meses.

Vários focos da variante delta altamente contagiosa se espalharam para 48 cidades em 18 províncias do país asiático, chegando a infectar 1.282 pessoas.

No entanto, não produziram novas infecções em muitos pontos críticos nos últimos dias, devido às medidas rígidas de controle do vírus.

"Dessas 48 cidades, 36 não registraram novos casos nos últimos cinco dias", afirmou à imprensa He Qinghua, um representante do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças da China.

"Nessas circunstâncias, o risco de um surto a nível nacional é geralmente controlável e há relativamente pouco risco de que ocorra um surto em grande escala", continuou o responsável.

A mídia estatal descreveu o foco atual, que provocou confinamentos locais, testes em massa e restrições de viagem, como o mais grave desde que o vírus surgiu pela primeira vez na cidade de Wuhan.

Mais da metade da população da China - 777 milhões de pessoas - já recebeu o esquema de imunização completo até o momento, com mais de 1,83 bilhão de doses administradas em todo o país, anunciou um porta-voz da Comissão Nacional da Saúde nesta sexta-feira.

A China também reforçou os controles anticovid nos voos internacionais e transporte de carga como resposta ao último surto da doença.

"Segundo os resultados do sequenciamento genético, as fontes de infecção vêm do exterior", destacou He.

Um terminal do porto de Ningbo-Zhoushan, o terceiro maior do mundo por volume de carga, suspendeu as operações na quarta-feira depois que um trabalhador apresentou um teste positivo.

O último foco surgiu em meados de julho na cidade oriental de Nanjing, depois que nove pessoas do serviço de limpeza de aeroporto também se contagiaram.

Desde então, dezenas de funcionários públicos foram sancionados pela má gestão do surto, enquanto o governo chinês se esforça para frear a propagação da covid-19.

A China registrou nesta sexta-feira 99 novos casos de coronavírus, 47 deles por transmissões locais, abaixo dos 108 casos anunciados na terça-feira, o maior número nos últimos sete meses.

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quinta-feira (12), que dentre de 52 amostras analisadas nesta semana de pessoas que se contaminaram com a Covid-19, O Instituto Aggeu Magalhães confirmou que duas delas foram positivas para a variante Delta, originária da Índia. 

Essas amostras são de dois homens, de 24 e 42 anos, moradores das cidades de Abreu e Lima e Olinda, tendo eles apresentado os sintomas no mês de julho deste ano. O secretário Estadual de Saúde, André Longo, aponta que mais detalhes sobre os casos estão sendo levantados, já que os resultados acabaram de chegar. 

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“Já demos início às ações epidemiológicas para esses casos. Destaco que esse achado só reforça a necessidade de manutenção dos cuidados e da importância de avançarmos na vacinação, que é mais importante, com as duas doses”, acentua.

Pesquisadores norte-americanos do Sistema de Saúde Mayo Clinic realizaram um estudo no último mês de julho com mais de 50 mil pacientes, quando foi detectado que a vacina da Moderna tem 76% de eficácia contra a variante Delta, número menor do que foi registrado em janeiro deste ano, quando o imunizante indicou 86%. Apesar da queda relativa, a taxa de eficácia é maior do que outras vacinas, como a Pfizer, que tem 42% de eficácia contra a nova cepa do novo coronavírus.

De acordo com os responsáveis pela pesquisa, apesar das vacinas responderem positivamente com taxas positivas de eficácia contra a cepa, é possível que seja necessária uma terceira aplicação da vacina dentro de um período de um ano, após a imunização completa, a fim de manter os altos níveis de contenção contra a doença. A medida vale para todos os grupos de vacinados, em específico, os idosos.

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A variante Delta tem levantado sinal de alerta em todo o mundo e também no Brasil, por conta de seu alto índice de transmissão e contágio. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, até a última terça-feira (10), foram computados 570 casos confirmados de infecções pela variante Delta em todo o território brasileiro, número que representa alta de 98% relacionado à semana anterior.

Com origem indiana, a nova cepa é considerada pelos especialistas da saúde como a mais transmissível dentre todas as variantes catalogadas da Covid-19, e é responsável por diversos sintomas, como febre, dor de cabeça, coriza e dor de garganta. Também foi identificado que outros sintomas são menos recorrentes  como tosse, perda de paladar e olfato.

 

 

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