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A França identificou nova variante do coronavírus com mais de 40 mutações genéticas, sendo que uma está associada a potencial aumento da transmissão do vírus.

Segundo pesquisadores do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha, que fizeram a descoberta, a nova estirpe do SARS-CoV-2 tem 46 mutações, incluindo uma que está associada ao possível aumento de contágios.

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A variante, da qual pouco ainda se sabe, foi batizada pelos cientistas com as iniciais do instituto, IHU, e deriva de outra, a B.1.640, detectada no fim de setembro de 2021 na República do Congo e atualmente sob vigilância da Organização Mundial da Saúde.

Na França, os primeiros casos da nova variante, que tem designação técnica B.1.640.2, foram observados na localidade de Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul.

Na mesma região, mas em Marselha, uma dezena de casos surgiram associados a viagens aos Camarões, país que faz fronteira com a República do Congo.

O IHU de Marselha, especialista em doenças infecciosas, é dirigido pelo médico Didier Raoult, que recebeu advertência da Ordem dos Médicos francesa por ter violado o código de ética. Ele promoveu o uso do remédio antimalária hidroxicloroquina como tratamento para a covid-19 sem provas de sua eficácia.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado há dois anos em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.

A Ômicron, identificada em novembro, é a mais contagiosa de todas as variantes do coronavírus consideradas preocupantes, apresentando mais de 30 mutações genéticas na proteína da espícula, a "chave" que permite ao vírus entrar nas células humanas.

Vários países, incluindo Portugal e França, têm atingindo recordes diários de infecções devido à circulação dessa variante.

*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A Austrália registrou quase 50.000 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, um número histórico impulsionado pela variante Ômicron que levou a população a multiplicar os testes.

A vice-diretora médica Sonya Bennett disse que a Austrália registrou 47.738 infecções por coronavírus nas últimas 24 horas, contra 38.000 casos na segunda-feira, devido à disseminação da ômicron.

Ela disse que os hospitais do país atendem 2.362 pessoas com coronavírus, quase o dobro da semana anterior. Já o número de pessoas internadas na UTI é bem menor, 184, com 59 delas assistidas por um respirador, o mesmo que uma semana antes.

"O número de casos continua subindo. São números que não tínhamos visto na Austrália", declarou Bennett.

Embora a propagação da ômicron tenha deixado poucos pacientes gravemente doentes, levou a uma corrida em busca de testes caseiros de antígenos e longas filas de horas em centros de teste de PCR.

A Austrália havia conseguido suprimir quase completamente as infecções durante boa parte da pandemia, ao adotar o fechamento da fronteira e fazer uma campanha agressiva de testes e rastreamento. Sua política de "covid zero" terminou, porém, com uma onda anterior de casos provocada pela variante delta.

Agora, a Austrália depende da vacinação para proteger sua população, da qual 91,5% dos maiores de 16 anos estão totalmente inoculados.

"Acho que, neste momento, todos nós conhecemos alguém que está com covid, ou temos colegas que não estão trabalhando por estarem em quarentena, ou isolamento, ou temos eventos e outros impactos na nossa vida cotidiana", disse Bennett.

Segundo ela, as evidências iniciais revelam que a maioria dos pacientes de terapia intensiva foi infectada com a variante delta, e muitos deles não tinham a vacinação completa.

Os hospitais britânicos, "em pé de guerra" contra a disseminação da variante ômicron do coronavírus, estão se organizando para abrir milhares de leitos improvisados sem ainda saber como o aumento de casos afetará as unidades de terapia intensiva.

O Reino Unido, com 148 mil mortes devido à pandemia, supera a cada dia seus próprios recordes de infecções pela Covid-19. Nesta quinta-feira, por exemplo, as autoridades relataram mais de 189 mil casos.

Embora o governo insista por enquanto que a ômicron parece causar sintomas menos graves do que a variante delta, nesta quinta, pela primeira vez desde março, o número de pacientes hospitalizados pela doença se aproximou de 12 mil.

Para se preparar para o "pior cenário", o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) anunciou a construção de estruturas provisórias em oito hospitais capazes de acolher uma centena de pacientes cada, que entrarão em funcionamento esta semana.

Os hospitais também terão que identificar "espaços como ginásios e centros educacionais que possam ser convertidos para abrigar pacientes" e criar até 4 mil leitos adicionais.

"O NHS agora está em pé de guerra", disse o diretor médico do serviço de saúde, Stephen Powis, embora "espere" que as estruturas não sejam necessárias.

“Ainda não sabemos exatamente quantas pessoas que contraíram o vírus precisarão de tratamento hospitalar, mas dado o número de infecções, não podemos esperar para saber antes de agirmos”, explicou.

Durante a primeira onda, o NHS construiu enormes hospitais de campanha em salas de convenções e estádios, mas eles foram de pouca utilidade, principalmente devido à falta de pessoal especializado.

Desta vez, foram escolhidas instalações menores e mais próximas dos hospitais.

- Trens cancelados -

Ao contrário das autoridades da Escócia, do País de Gales e da Irlanda do Norte, o governo de Boris Johnson decidiu não impor novas restrições antes do Ano Novo na Inglaterra.

Em vez disso, acelerou a campanha de reforço da vacinação, com uma terceira dose já administrada em 57,5% dos maiores de 12 anos.

Para justificar a decisão, Johnson, que enfrenta oposição de parte de sua bancada, se apoia em estudos que indicam menor risco de hospitalização com a ômicron em comparação à delta.

O imunologista John Bell, da Universidade de Oxford, também relativizou a ameaça na terça-feira na BBC, destacando os benefícios da vacinação: "As cenas horríveis de um ano atrás - unidades de terapia intensiva lotadas, muitas mortes prematuras - são coisas do passado", afirmou.

Mas os cientistas temem que, apesar de tudo, haja um aumento significativo nas internações hospitalares devido ao grande número de casos.

Além da situação nos hospitais, o espetacular nível de circulação do vírus atrapalha o funcionamento do país.

A companhia ferroviária Southern cancelou todos os seus trens na estação Victoria, em Londres, até 10 de janeiro. Bombeiros e ambulâncias informam dificuldades na prestação de seus serviços.

O mesmo ocorre com o próprio NHS, o que levanta questões sobre a operação dos novos leitos improvisados.

A África do Sul, país onde a nova variante de Covid-19 foi detectada em novembro, anunciou ter superado o pico da onda causada pela ômicron sem notar um aumento significativo nas mortes, enquanto muitos países vivenciam recordes de infecções.

"Segundo os nossos especialistas, a ômicron atingiu o seu pico sem se traduzir numa mudança significativa ou alarmante no número de hospitalizações", comentou nesta sexta-feira (31) o ministro na Presidência, Mondli Gungubele, garantindo que o governo se manteria vigilante.

O toque de recolher noturno, em vigor há quase dois anos, 21 meses para ser mais preciso, foi reduzido para de meia-noite às 4 da manhã. E, na véspera das comemorações do Ano Novo, finalmente foi levantado.

"Nossa esperança é que esse levantamento continue", disse o ministro durante uma coletiva de imprensa virtual. "Procuramos encontrar um equilíbrio entre a vida das pessoas, seu sustento e o objetivo de salvar vidas", disse, lembrando que a economia sul-africana continua fortemente afetada pela pandemia.

Ao manter a máscara, o distanciamento e acelerar a vacinação - aquém das metas, com apenas 15,6 milhões de pessoas totalmente vacinadas para uma população de 59 milhões - o ministro espera que "o toque de recolher não volte nunca mais".

Na quinta-feira, a presidência informou que "todos os indicadores sugerem que o país certamente ultrapassou o pico da quarta onda" da pandemia causada especialmente pela nova variante, muito mais contagiosa.

"Foi constatado um aumento marginal no número de mortes em todas as províncias", acrescentou a presidência.

Na última semana, as novas infecções caíram quase 30% em relação à semana anterior, passando de 127.753 para 89.781. Também houve queda de internações hospitalares em oito das nove províncias.

"Embora a variante ômicron seja altamente transmissível, as taxas de hospitalização têm sido menores do que nas ondas anteriores", disse a presidência.

Já detectada em uma centena de países, a ômicron tem uma velocidade de transmissão maior que a delta, mas, ao mesmo tempo, parece causar menos risco de hospitalização, de acordo com os primeiros estudos na África do Sul e no Reino Unido.

Mesmo assim, cientistas alertam que sua alta infectividade pode neutralizar essa aparente baixa virulência, causando também uma onda significativa de internações e mortes.

"A velocidade com que a quarta onda ligada à ômicron cresceu, atingiu o pico e caiu é desconcertante. Um pico em quatro semanas e uma queda vertiginosa em duas", tuitou Fareed Abdullah, do Conselho Sul-Africano de Pesquisa Médica.

Enquanto muitos países multiplicam suas restrições a esta variante, o governo sul-africano decidiu suspender o toque de recolher vigente entre meia-noite e 04h00 da manhã, uma exigência do setor de lazer antes da virada de ano.

Mesmo assim, a presidência alerta que "o risco de aumento de infecções continua alto, dada a forte transmissibilidade da variante ômicron".

A África do Sul é oficialmente o país mais atingido no continente africano, com mais de 3,4 milhões de casos e 91.000 mortes. Menos de 13.000 casos foram registrados nas últimas 24 horas, metade do pico de 26.000 alcançado nesta última onda.

O balanço divulgado nesta terça-feira (28) pelo Ministério da Saúde indica que foram registrados 77 casos no Brasil da nova variante do novo coronavírus, a Ômicron.

As infecções foram registradas em São Paulo (27), em Goiás (22), em Minas Gerais (16), no Rio Grande do Sul (3), no Distrito Federal (1), no Rio de Janeiro (1), no Espírito Santo (1), em Santa Catarina (3) e Ceará (3).

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Há ainda, segundo a pasta, 211 casos em investigação, sendo 16 no Distrito Federal, 114 em Minas Gerais, 58 em Santa Catarina e 23 no Rio Grande do Sul.

A rápida propagação da Ômicron causará "um grande número de hospitalizações" de pessoas com Covid-19, embora seja uma variante um pouco menos perigosa do que sua antecessora - advertiu o braço europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (28).

"Um rápido aumento da Ômicron, como o que observamos em vários países - embora combinado com uma doença ligeiramente menos grave -, provocará um grande número de hospitalizações, especialmente entre os não vacinados", afirmou Catherine Smallwood, uma das autoridades da OMS Europa.

Diante das incertezas sobre a nova variante detectada pela primeira vez no final de novembro na África do Sul, os países hesitam entre adotar fortes restrições ou uma estratégia mais flexível, devido aos sinais de menor gravidade da Ômicron.

"É muito cedo para dizer se a onda da Ômicron será mais ou menos grave do que a da delta", disse Smallwood, "embora os dados preliminares nas populações mais afetadas da Europa (Inglaterra, Escócia, Dinamarca) mostrem que a Ômicron pode dar lugar a um menor risco de hospitalização em comparação com a delta".

A especialista em resposta a emergências pediu que os dados preliminares sejam considerados "com cautela", já que, hoje, os casos observados se referem, principalmente, a "populações jovens e saudáveis em países com altas taxas de vacinação".

"Ainda não vimos o impacto que a Ômicron terá nos grupos mais vulneráveis, como os idosos que ainda não receberam a vacinação completa", insistiu a especialista.

Os primeiros estudos na África do Sul, na Escócia e na Inglaterra mostram que a Ômicron parece causar menos internações do que a variante delta.

Conforme esses dados, ainda muito incompletos e que devem ser tomados com cautela, a Ômicron pode ser entre 35% e 80% menos grave do que a delta.

Outros especialistas destacam, no entanto, que um maior contágio pode anular a vantagem de uma variante menos perigosa. Muitos países vêm anunciando números recordes de casos desde o início da pandemia da covid-19.

Os especialistas também não sabem se essa gravidade aparentemente menor advém das características intrínsecas da variante, ou se está relacionada ao fato de afetar populações já parcialmente imunizadas (pela vacina, ou por infecção prévia).

De acordo com números divulgados na segunda-feira (27), a Europa se tornou o epicentro mundial do repique da pandemia, com 2.901.073 novos casos nos últimos sete dias (55% do total mundial), e o maior número de mortes, 24.287 em uma semana (53% do total), seguida por Estados Unidos/Canadá (10.269 mortos, 22%).

O município do Rio de Janeiro investiga 31 casos suspeitos de Covid-19 com a presença da variante Ômicron. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), todas as pessoas “estão com sintomas leves e em monitoramento." Ainda conforme a SMS, a confirmação da variante será feita por meio do sequenciamento genético das amostras laboratoriais. “O resultado deve sair na próxima semana”, informou a secretaria em nota.

Estado

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Já a secretaria estadual de Saúde (SES), informou que a Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde analisa 43 casos suspeitos da variante Ômicron em nove municípios do estado: quatro em Angra dos Reis, três em Volta Redonda, dois em Macaé e um em Niterói; em São Gonçalo, em Nilópolis, em Saquarema e em Cabo Frio.

Ainda segundo a SES, no município do Rio de Janeiro estão sendo investigados 28 casos. Segundo a pasta, a diferença entre os números do estado e do município, que indica 31 casos, é porque as notificações ainda não chegaram à Vigilância estadual.

De acordo com a secretaria de estado, a Rede Dasa RJ informou que na sexta-feira (24) havia 43 exames de RT-PCR para Covid-19, realizados com o kit Thermo Multiplex, com indicativo da presença da variante Ômicron. As amostras, segundo a pasta, foram coletadas entre os dias 1º e 20 de dezembro. A SES informou que o total de exames continua sendo o mesmo nesta segunda-feira (27).

Sequenciamento

A secretaria destacou que “não se trata de casos confirmados da variante Ômicron, uma vez que este tipo de análise empregada nos exames serve como método de triagem. As amostras serão sequenciadas pela Dasa e os resultados sairão nas próximas semanas”.

A SES pediu às vigilâncias desses municípios com registros da Ômicron que realizem a investigação e o acompanhamento dos pacientes e contatantes. “Para aqueles pacientes em que ainda for possível realizar PCR, equipes das vigilâncias municipais vão coletar o exame para encaminhar ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen RJ). Os casos positivos seguirão para sequenciamento no laboratório de referência da Fiocruz”, concluiu.

Nilópolis

Em Nilópolis, a Secretaria Municipal de Saúde disse que o primeiro caso detectado da Ômicron na cidade foi de uma paciente de 61 anos, que apresentou sintomas neste mês e testou positivo para a nova variante. Ela foi acompanhada por 15 dias por profissionais da secretaria e já não está mais com o vírus. “Todas as pessoas que tiveram contato com a paciente também foram investigadas e monitoradas. Todos tiveram resultados negativos”, informou.

A secretaria de Nilópolis alertou que “é importante continuar evitando aglomerações, usando máscaras e se vacinando com as duas doses, além da dose de reforço”. Segundo a pasta, na próxima quarta-feira (29), vai começar a imunização com a quarta dose em pessoas imunossuprimidas. “Todos os cuidados são imprescindíveis neste momento”, acrescentou.

A variante Ômicron continua provocando o caos no transporte aéreo, com milhares de voos cancelados em todo o mundo desde o fim de semana de Natal, e sua rápida propagação deve levar a França a anunciar nesta segunda-feira (27) novas restrições para enfrentar a pandemia.

A Europa é a região do planeta com mais casos nos últimos sete dias, com 2.901.073 (55% do total mundial), e o maior número de mortes, 24.287 em uma semana (53% do total), seguida por Estados Unidos/Canadá (10.269 mortos, 22%).

Na França, o presidente Emmanuel Macron se reunirá por videoconferência com o conselho de defesa de saúde. E o conselho de ministros deve aprovar o projeto de lei para substituir o passaporte sanitário pelo passaporte da vacinação.

A França superou no sábado, pela primeira vez desde o início da pandemia, a marca de 100.000 novos casos em 24 horas.

Os Estados Unidos registraram a média de mais de 190.000 novos casos diários nos últimos sete dias, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins. As autoridades de Nova York alertaram para o aumento das hospitalizações de crianças com menos de cinco anos, que ainda não atingiram a idade de vacinação, e que representaram metade das internações na cidade entre 5 e 19 de dezembro.

Além dos 8.300 voos cancelados no fim de semana de Natal, dezenas de milhares de voos sofreram atrasos entre sexta-feira e domingo, para tristeza daqueles que pretendiam viajar depois do Natal de 2020 ofuscado pela pandemia.

- "Impacto direto" -

De acordo com o site FlightAware, os problemas continuarão na segunda-feira e terça-feira (2.100 e 700 voos cancelados, respectivamente, até o momento).

Companhias aéreas como Lufthansa, Delta, United Airlines, Alaska Airlines, JetBlue ou British Airways cancelaram viagens porque a pandemia provocou uma escassez de pilotos e outros integrantes da tripulação dos aviões, que precisam ficar em isolamento depois que são expostos a Covid-19.

"O pico de casos de ômicron em todo país (Estados Unidos) esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações", afirmou a United Airlines em um comunicado.

As condições climáticas também afetaram os voos nos Estados Unidos: nevascas na região oeste complicaram ainda mais uma situação já caótica.

As companhias aéreas chinesas, como a China Eastern e a Air China, cancelaram 2.000 voos no fim de semana, incluindo vários que passavam pela cidade de Xi'an, onde os 13 milhões de habitantes estão em confinamento.

Na China que adota desde o ano passado uma estratégia "covid zero", a cidade de Xi'an anunciou medidas mais rigorosas para combater o risco epidêmico, depois de organizar uma campanha de testes em larga escala por centenas de casos na metrópole.

Os moradores da cidade estão em lockdown desde quinta-feira e apenas uma pessoa por residência pode sair a cada três dias para comprar produtos de primeira necessidade.

E somente pessoas que trabalham no combate à epidemia podem circular de carro pela cidade.

- Placa de Petri -

Em alto mar, o coronavírus também atrapalhou o feriado. De acordo com o jornal Washington Post, vários navios tiveram a entrada negada nos portos do Caribe.

"Navegamos a bordo de uma placa de Petri" (recipientes usados em laboratórios para a cultura de micro-organismos), declarou ao jornal Ashley Peterson, passageira de 34 anos do cruzeiro Carnival Freedom, que não conseguiu atracar na ilha holandesa de Bonaire.

Em um comunicado, a Carnival Cruises confirmou que "isolou um pequeno número de pessoas a bordo após um teste positivo de Covid-19".

O CDC, principal agência de saúde pública dos Estados Unidos, afirma que mais de 60 cruzeiros estão sendo investigados pelas autoridades após a detecção de casos de Covid-19 a bordo.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 5,3 milhões de mortes no mundo desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou o surgimento da doença em dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais

Mas a OMS considera que o balanço real pode ser entre duas e três vezes superior.

De acordo com a Secretaria da Saúde de São Paulo, 2022 vai começar da mesma forma que 2021: alta precaução e cuidados contra a Covid-19. A continuidade das medidas sanitárias vão  permanecer em janeiro em virtude da variante Ômicron, que vem sendo uma das principais causas na alta de internações em países do exterior, assim como na Holanda, que entrou em lockdown no último domingo (19).

Apesar da preocupação que pode ocorrer por causa da Ômicron, a Secretaria da Saúde da capital paulista afirma que o alto índice de vacinação em todo o estado pode servir para conter a variante, diferente do que está tendo em países da Europa. Apesar disto, caso a Ômicron se espalhe no Brasil, o país pode sofrer uma alta de internações decorrente da Covid-19 e da nova variante da gripe, a Influenza H3N2.

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Segundo os dados divulgados pelas Secretarias Estaduais de Saúde, São Paulo é o estado com mais índice de vacinação no país. Cerca de 82% da população já recebeu a primeira dose da vacina, e 78% receberam a segunda. Já em todo o território brasileiro, mais de 75% da população recebeu a primeira dose da vacina, e 66% já estão completamente vacinados.

 

 

Desde o seu surgimento, o novo coronavírus já infectou milhões de pessoas e ceifou a vida muitas outras, ocasionando um estado calamitoso de saúde a nível global. E, desde que foi anunciada a pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, muitas mudanças foram impostas a fim de evitar a disseminação do vírus, como lockdown. Além disso, a educação também foi afetada, pois estudantes adentraram, abruptamente, no universo das aulas on-line e aqueles que pretendiam realizar intercâmbio tiveram de lidar com o fechamento de fronteiras.

Hoje, mais de um ano e nove meses após o início da pandemia, a vacinação avança e estão sendo aplicadas até mesmo as doses de reforço para os grupos que podem recebê-la. Em contrapartida, uma nova variante, a Ômicron, surge, e já deixa um questionamento: será seguro fazer intercâmbio em 2022 em meio à circulação dessa nova cepa? Para ajudar a entender esse cenário, a reportagem do LeiaJá conversou com a médica infectologista Silvia Lemos.

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Mesmo com o surgimento da variante Ômicron, a médica infectologista Silvia Lemos sugere que sejam mantidas as medidas de barreira contra a Covid-19 que já vinham sendo utilizadas. “Alguns países, como pode ser ver, principalmente na Europa, voltaram a ter lockdowns, voltaram a ter fechamento de suas fronteiras e voltaram a colocar as pessoas todas em alerta. Sabe-se que a Ômicron tem uma transmissibilidade maior, apesar de termos vistos, até agora, poucos casos graves. Mas existem. Já foi até reportado caso de morte no Reino Unido. Portanto, o que temos que fazer é esperar, usar, ainda, as medidas restritivas, a higienização das mãos com álcool, com água, o uso das máscaras, principalmente em ambientes fechados”.

A médica destaca, também, a importância da vacinação. “Hoje, a grande diferença que temos do início da pandemia, é a vacinação, aonde observa-se que as pessoas que estão vacinadas elas podem se reinfectar, principalmente porque a vacina nunca foi proposta para evitar a contaminação pelo coronavírus, mas fazer com que o coronavírus tenha uma forma clínica mais atenuada. Mas é aquilo que a gente sempre aprendeu: que tudo vai depender da comorbidade das pessoas, porque depende também do estado de saúde de cada um. Isso acontece até mesmo com a gripe comum. Uma gripe comum em uma pessoa com comorbidade não tem a mesma evolução clínica que teria em uma pessoa sem comorbidades, então temos que observar”, explica.

Silvia Lemos detalha, no que diz respeito às viagens, que em outros países os cuidados a serem tomados devem ser os mesmos já praticados no Brasil. “Em relação às viagens, serão feitas de acordo com as exigências de cada país. Hoje, a gente observa que tem países que estão fechados totalmente. Quando eles vão abrir seus lockdowns, nós não sabemos. E os intercâmbios vão depender dessa abertura dos países para esse tipo de atividade. Mas os que estão abertos, deve-se ter os mesmo cuidados que estamos tendo aqui, espero que as pessoas estejam usando as medidas de barreira, evitando aglomerações, usando as máscaras, usando álcool gel para higienizar as mãos e lavando as mãos. É importante que as pessoas tenham consciência que a pandemia não acabou, incorporar todos esses hábitos ao seu dia a dia como uma coisa normal, sem rejeitar o uso da máscara nem esquecer a higienização das mãos.”

Esperança em 2022

Sobre a expectativa para 2022, levando em consideração o avanço da vacinação no Brasil, o CEO da WE Intercâmbio, Zezinho Neves, espera que no próximo ano haja um aumento significativo no crescimento do segmento de turismo. “Diferente de 2020, a expectativa do crescimento no setor de turismo é de 22% em 2021, ou seja, é aguardado um aumento de 30% em 2022", disse.

"No setor de intercâmbio, sentimos uma procura muito grande de outubro para cá e esperamos um crescimento significativo em 2022, e com o avanço da vacinação e reabertura de fronteiras nossos intercambistas já começaram a viajar desde novembro deste ano”, diz ele, que conta ainda que, no momento, os destinos mais procurados de viagens são os que já tem fronteira aberta para estudantes, como Canadá, Espanha, Londres e Estados Unidos.

De acordo com Zezinho, o surgimento da Ômicron não tem interferido na busca por viagens de intercâmbio. “Algumas escolas no exterior tiveram que segurar um pouco o recebimento de estudantes até se ter um estudo mais avançado da Ômicron. Não houve cancelamento de nenhum de nossos estudantes até então, e se tiver que remarcar, as escolas sabem do momento que vivemos e nós aqui damos todos o suporte pro estudante remarcando sem custo algum”.

No entanto, as buscas para intercâmbio na África do Sul diminuíram por causa dessa nova variante. “Até paramos de oferecer o destino até termos mais segurança sobre os estudos da nova variante”, explica o CEO da WE Intercâmbio.

A vida no exterior com a variante

Brasileira residente em Portugal, a atleta de Jiu-Jitsu Raquel Ferreira vem planejando, junto ao marido, desde janeiro deste ano, seu intercâmbio para a Austrália - que será em meados de 2022. “O principal motivo pelo qual eu escolhi a Austrália, é porque lá o estudante de idiomas, no caso o inglês, pode trabalhar. E a Austrália é, na minha opinião, completamente diferente de tudo que eu já vi, é um experiência cultural muito rica, do outro lado do mundo, então assim, vai ser muito enriquecedor poder ir para esse país, além de que o meu trabalho é muito valorizado lá. A luta, o Jiu-Jitsu, é extremamente valorizado na Austrália, então provavelmente eu conseguiria trabalhar com luta, com Jiu-Jitsu lá. Então, foram essas três situações: visto de trabalho também para estudante; o clima que é melhor do que Europa em si; e o mais forte é a possibilidade de trabalhar com o Jiu-Jitsu lá também. Então foram esses motivos”, detalha.

Raquel, que atualmente está passando uns meses na Suíça, conta que, devido ao coronavírus, provavelmente terá que adiar sua viagem de intercâmbio. “Não foi só esse novo surto (Ômicron), foi toda situação da Covid, desmotivou, sim, porque é muito difícil a gente viver sem poder fazer planos. Inclusive, o meu intercâmbio é para maio, provavelmente eu vou ter que adiar o intercâmbio, não porque eu não vou conseguir embarcar, mas porque eu tinha que fazer outras coisas antes de ir para lá que eu não consegui fazer por conta da Covid. Então, a Covid em si, esse novo surto também, atrapalharam muito tudo. Não só o intercâmbio, mas tudo”, lamenta.

Mesmo empolgada, a brasileira conta que o surgimento da nova variante interferiu na sua vontade de fazer a viagem de intercâmbio. “Tirou um pouco da minha vontade, sim, de ir para a Austrália porque como eu moro hoje em Portugal é um pouco difícil essa questão de não saber o dia de amanhã, de novas regras e tudo isso acontecendo muito rápido, fugindo do nosso controle. Eu morando em Portugal, já estando lá há quase três anos, é um lugar que eu sou muito familiarizada. Então eu pensava: imagina eu do outro lado do mundo, na Austrália, um idioma completamente diferente, uma cultura completamente diferente, com um visto de estudante, como é que vai ser? Então dá um pouquinho de receio, sim. E, realmente, isso influenciou demais, a pessoa fica na verdade com medo, a verdade é essa, a palavra certa é essa. Um pouco de medo porque a gente não sabe o que é que vai acontecer e estando longe demais assim de casa se torna ainda mais difícil”.

Raquel ainda afirma que não se sente totalmente segura para a viagem, diante do surgimento da nova cepa do coronavírus. “A gente não tem mais certeza de nada. Ainda mais aqui é um pouco diferente do Brasil porque o Brasil tem as medidas de segurança, mas a gente está perto da família, é diferente quando você já não está no seu país, já não está no seu continente. Então segurança é uma palavra que, nos últimos dois anos, ela está um pouco escassa, eu acho, na vida de todo mundo, na verdade, porque a gente não sabe se vai conseguir embarcar. A Austrália está fechada, a previsão é que abra em janeiro, sendo que como, primeiramente, a cepa chega na Europa, posteriormente, nas Américas (...), Ásia a gente sabe pouca coisa, mas Austrália normalmente é o último país a sentir a cepa, até porque está tudo fechado lá desde o início da Covid. Então não tem como saber agora a realidade de agora lá porque lá é outra realidade, a realidade que eu estou vivendo inclusive aqui hoje, na Europa, não é a mesma que as pessoas estão vivendo no Brasil e que as pessoas estão vivendo na Austrália. Então não dá para ter segurança, não”, pontua.

Balanço divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Saúde indica que foram registrados 32 casos no Brasil da nova variante do coronavírus, a Ômicron.

As infecções foram registradas em São Paulo (20), em Goiás (4), em Minas Gerais (3), no Distrito Federal (2), no Rio Grande do Sul (1), no Rio de Janeiro (1) e em Santa Catarina (1).

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Há ainda, segundo a pasta, 23 casos em investigação, sendo dois em Goiás e 21 no Rio Grande do Sul.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS-Rio) confirmou nesta segunda-feira (20) o primeiro caso importado da variante Ômicron. Trata-se de uma mulher brasileira de 27 anos, residente em Chicago, nos Estados Unidos, e que buscou atendimento em unidade de saúde municipal assim que chegou ao Brasil, no dia 13 deste mês. 

Em nota, a secretaria informou que ela está com sintomas leves, sob monitoramento da Vigilância em Saúde da SMS-Rio e em isolamento domiciliar. Todos os contactantes rastreados testaram negativo. 

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De acordo com o esquema vacinal apresentado, a mulher, cuja identidade não foi revelada,  tomou a segunda dose da vacina contra Covid-19 em março deste ano e não tomou a dose de reforço.

No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou no último fim de semana, a redução do intervalo de aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 de cinco para quatro meses. 

O que diz a Anvisa

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as primeiras observações indicam que a variante Ômicron se espalha mais facilmente do que o vírus Sars-CoV-2 originário e do que variantes como a Delta.

Ainda são necessários mais dados para saber se as infecções pela variante causam doenças mais graves ou mais mortes do que a infecção por outras variantes. Também não se sabe ainda se haverá reinfecções e infecções emergentes em pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19. A variante Ômicron já foi detectada em 90 países até o momento. 

Este mês, a Anvisa reafirmou a importância da vacinação e da utilização de medidas não farmacológicas, como o uso de máscara, o distanciamento social e a higienização das mãos. Isso porque a Covid-19 se espalha por meio do contato próximo com pessoas que têm o vírus, mesmo quem não apresenta sintomas.

A Alemanha, afetada por um importante aumento de contágios de Covid-19, deve se preparar para uma nova "grande onda" provocada pela rápida propagação da variante ômicron, alertou nesta sexta-feira o ministro da Saúde, Karl Lauterbach.

"Devemos nos preparar para um desafio sob uma forma que ainda não conhecemos; inclusive uma evolução mais suave (da doença) não fará grande diferença", declarou o ministro.

O nível de perigo da nova variante continua difícil de avaliar, apesar do fato de que as infecções parecem menos graves, disse Lauterbach.

Isso "talvez mantenha o número de mortes em um nível baixo durante duas ou três semanas, mas o aumento do número de casos pode neutralizar esta vantagem", destacou o ministro, que considerou "inevitável" a chegada de um período difícil.

A Alemanha enfrenta um aumento expressivo dos contágios pela variante delta. O número de casos diminuiu levemente após a introdução de várias restrições, mas o nível de infecções continua alto.

A quantidade de novos casos em 24 horas superou na sexta-feira a marca de 50.000, segundo o Instituto Robert Koch (RKI).

Como o indicador não diminui com rapidez suficiente, e levando em consideração a carga elevada de casos que acabam em UTIs e a chegada da variante ômicron, o RKI advertiu que "a evolução atual continua sendo muito preocupante".

O instituto defendeu a manutenção e, inclusive, aumento das restrições.

O índice de pessoas com as duas doses da vacina contra a Covid-19 na Alemanha atingiu esta semana a marca de 70% da população.

Depois de jogos dos Chicago Bulls adiados e de algumas outras equipes confirmarem dezenas de casos de Covid-19, a NBA vive agora sob um novo temor. De acordo com a informação do repórter Shams Charania, dada nesta quarta-feira (15), um jogador testou positivo para a variante ômicron. 

O nome do jogador e a equipe dele não foram revelados. E diante de casos nos Bulls, nos Raptors, nos Sixers, Kings e várias outras equipes, fica difícil especular sobre apenas um time. Nas últimas duas semanas, 36 jogadores testaram positivo. 

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O que se sabe é que mesmo antes da confirmação da ômicron, a NBA cancelou nesta temporada os primeiros jogos depois que o Chicago Bulls registrou mais de 10 jogadores infectados.

Um estudo desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou que pessoas vacinadas com as duas doses da própria Oxford-AstraZeneca e da Pfizer-BioNTech não produzem anticorpos suficientes contra a variante Ômicron.

A variante pode levar uma nova onda de infecções até mesmo em quem já se vacinou, mas a dose de reforço aumenta a concentração de anticorpos e podem melhorar a proteção. Mesmo com o aumento de casos e uma possível sobrecarga do sistema de Saúde, a forma mais grave da doença não deve se intensificar na maioria.

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O resultado das amostras analisadas mostra que o nível de anticorpos neutralizantes que impedem a entrada do vírus nas células em quem recebeu duas doses da AstraZeneca caíram abaixo do limite detectável em todos, exceto em um dos vacinados.

Quem recebeu a Pfizer registrou queda de 29,8 vezes e, em cinco vacinados, ocorreu a queda abaixo do nível de detecção.

O professor de Pediatria e Vacinologia e co-autor do estudo, Matthew Snape, ressalformou que os resultados apresentam só uma parte do cenário. “Eles só olham para os anticorpos neutralizantes após a segunda dose, mas não nos falam sobre a imunidade celular, e isso também será testado em amostras armazenadas assim que os testes estiverem disponíveis”, considerou.

Desde o período mais crítico da pandemia de Covid-19, o fechamento das escolas e a manutenção do ano letivo por meio de aulas remotas é defendido e, quase que na mesma proporção, criticado. Com o avanço da vacinação, que iniciou atrasada no Brasil, instituições de ensino voltaram a oferecer aulas no modelo híbrido e adotando, em caso das dinâmicas presenciais, protocolos de biossegurança (uso de máscara, higienização com álcool em gel, aferição de temperatura).

Em Pernambuco, desde o dia 16 de novembro, as instituições públicas e privadas passaram a funcionar sem distanciamento mínimo e extinção do sistema de rodízio, ou seja, com 100% da capacidade. Na época, o anúncio feito pelo secretário estadual de Educação e Esportes, Marcelo Barros, chegou a ser criticado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), que apontou que Barros desconhecia "a realidade das milhares de escolas públicas e privadas no estado de Pernambuco".

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Mesmo com as medidas adotadas nas instituições da educação básica do Estado, no dia 3 de dezembro, a Escola de Referência em Ensino Médio Ageu Magalhães, localizada no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, registrou, de acordo com a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), três casos, em alunos, confirmados do novo coronavírus.

Os diagnósticos ocasionaram a suspensão das aulas e a comunidade escolar foi orientada a realizar testes para detecção da doença. Ainda segundo a SEE, os discentes que testaram positivo estão com o esquema vacinal completo, logo, imunizados com as duas doses.

Questionada sobre o quantitativo de casos de Covid-19 registrados desde a retomada ao modelo presencial, a pasta não divulgou números. Mas, por meio de nota, ressaltou que “todas as escolas estão seguindo um rigoroso protocolo de segurança estabelecido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) a fim de evitar a contaminação do coronavírus”. Além disso, em outro trecho do comunicado, esclarece que “as aulas presenciais não são obrigatórias. O estudante que não se sentir seguro em voltar às atividades presenciais pode continuar na modalidade remota, que continua sendo ofertada”.

E finaliza: "Sobre o número de casos, a SEE reforça que todos os casos estão sendo acompanhados pelas unidades de ensino e os dados apresentados ao comitê estadual de enfrentamento à COVID-19".

No entanto, um levantamento realizado pelo Sintepe e divulgado em março deste ano, foram registrados, apenas nas instutuições estaduais, 115 casos da doença. Esses dados foram coletados durante visita a 132 escolas pernambucanas.

Ampliação da vacinação garante um retorno seguro

Aluna do 7º ano de uma escola particular, Heloiza Sopphia, de 12 anos, optou por permanecer no regime de aulas remotas, mesmo com o retorno presencial. Sopphia conta que acha a dinâmica ‘in loco’ menos cansativa, no entanto, o surgimento de casos do novo coronavírus na instituição de ensino a fizeram retornar ao formato on-line.

“Surgiram alguns casos de Covid-19 na minha escola e, por mais que eu quisesse continuar [presencial], achei melhor parar e prezar pela minha saúde e de quem convive comigo”, afirma.

Mesmo imunizada com as duas doses, a adolescente se diz apreensiva diante da descoberta da variante Ômicron, que, diante de estudos preliminares, apresenta um nível de transmissão mais elevado. Em 2022, ela volta à sala de aula presencialmente, mas com receio de que a pandemia se agrave como em 2020. “Estou bastante apreensiva, mesmo com todos os protocolos de segurança sendo seguidos. Tenho medo de tudo voltar a ser como no começo de 2020”.

Também com esquema vacinal completo, Rayssa Kerolyn, de 17 anos, aluna da Escola de Referência em Ensino Médio Santa Paula Frassinetti, localizada no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, se diz segura em frequentar as aulas de forma presencial. De acordo com a estudante, que está no 2º ano, a instituição de ensino promove um ambiente confortável.

“Eu me sinto super segura indo à escola, porque o [Santa] Paula sempre procura trazer conforto e higiene para os alunos. A gente passa pelos corredores e vemos álcool em gel, tem as medidas de segurança de quantas pessoas podem ir ao banheiro e quantas podem ficar na sala”, ressalta.

No próximo ano, Rayssa dará continuidade às aulas presenciais. Questionada sobre a nova variante e a iminência da chegada em Pernambuco, ela é categórica. “Vou continuar indo para as aulas presenciais. Me sinto muito segura, porque sei que a escola sempre encontrará medidas para que a gente [alunos] fique bem”.

Sopphia e Rayssa representam 25% dos jovens, entre 12 e 17 anos, que já estão com o esquema vacinal completo, ou seja, com as duas doses, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Ainda segundo a pasta, em Pernambuco e neste intervalo de idade há, aproximadamente, 1.807.269 pessoas.

No Estado, a imunização de jovens de 12 a 17 anos iniciou em agosto. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo

Esse quantitativo de vacinados, na análise da infectologista Marcela Vieira, ainda é baixo para um retorno seguro às aulas. “Ampliar a imunização, assim como, a autorização do Ministério da Saúde para administração das vacinas nas crianças entre 5 e 11 anos é fundamental”, diz.

É importante destacar que nem só de alunos é formada uma escola. Logo, o número de imunizados da comunidade escolar também é fator importante para consolidar a segurança durante as atividades presenciais neste novo normal. Interpelada sobre a porcentagem de professores vacinados, a SES apresentou dados gerais sobre os profissionais da educação básica (professores, funcionários de áreas administrativas e de gestão, equipes de alimentação e limpeza)

De acordo com a secretaria, cerca de 156.585 trabalhadores receberam, pelo menos, a primeira dose e 135.664 estão com duas doses em dia. No total, cerca de 127,48% desses trabalhadores completaram o esquema vacinal. A reportagem questionou também sobre a dose de reforço e quais medidas poderiam ser adotadas em caso de aumento de casos pela Ômicron, mas não recebemos resposta.

A Rússia anunciou os dois primeiros casos da variante ômicron do coronavírus em dois viajantes que retornaram da África do Sul, anunciou a agência de saúde Rospotrebnadzor.

"A variante ômicron foi confirmada (...) em dois pacientes que apresentaram teste PCR positivo nas primeiras 24 horas depois que foram colocados em observação", afirma a agência em um comunicado.

O governo mexicano confirmou nesta sexta-feira (3) o primeiro caso da nova variante ômicron do coronavírus em um cidadão sul-africano que chegou ao país em 21 de novembro.

"O primeiro caso positivo da variante ômicron no México é de uma pessoa de 51 anos da África do Sul. Ele tem a forma leve da doença e foi internado voluntariamente em um hospital privado na Cidade do México para evitar o contágio", disse o subsecretário de Saúde, Hugo López-Gatell, em mensagem no Twitter. Ele também disse que o paciente havia se vacinado com o esquema completo da Pfizer.

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O paciente "apresentou sintomas característicos de covid-19 leve" seis dias após sua chegada, informou o Ministério da Saúde em um comunicado.

Com isso, recebeu atendimento médico em instituição privada no dia 29 de novembro e, no dia seguinte, o Instituto de Diagnóstico e Referência Epidemiológica (InDRE) iniciou a análise de sua amostra, segundo autoridades.

Durante sua avaliação médica "ele se manteve estável com uma saturação de 95%", acrescentou a secretaria.

O México é, depois do Brasil, o segundo país da América Latina a detectar a nova variante.

Anteriormente, o presidente Andrés Manuel López Obrador havia se referido à possibilidade de um primeiro caso de ômicron no México e afirmou que "isso não significa que haja mais riscos", já que as vacinas "protegem contra todas as variantes".

Durante sua conferência de imprensa matinal, o presidente de esquerda reafirmou que o México manterá suas fronteiras abertas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que não há registro por enquanto de nenhuma morte ligada à ômicron.

A nova variante, considerada preocupante pela OMS, foi detectada pela primeira vez na África austral, mas desde que as autoridades sul-africanas alertaram o mundo da sua descoberta, em 24 de novembro, foram registados casos da ômicron em cerca de 30 países de todos os continentes. Entre eles estão infecções associadas a viagens para o sul da África, mas também transmissão local.

A pandemia no México se estabilizou há um mês e a vida social está cada vez mais intensa. O México tem 3,9 milhões de infecções confirmadas e 294.715 mortes, segundo dados oficiais. É o quarto país mais afetado pela emergência sanitária em números absolutos, embora sua taxa de mortalidade por 100.000 habitantes seja a vigésima terceira do mundo.

A variante Ômicron do coronavírus se propaga, o que provoca medo e uma avalanche de medidas em um mundo cansado por dois anos de uma pandemia que provocou mais de 5,2 milhões de mortes, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não ter registrado até agora nenhuma morte provocada pela nova cepa.

"Não vi nenhuma informação sobre mortes vinculadas à ômicron", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, em Genebra, antes de advertir que "com certeza teremos mais casos, mais informações, e, tomara que não, possivelmente falecidos".

A OMS considera "elevada" a probabilidade de que a ômicron se propague por todo o planeta, mas ainda há muitas dúvidas sobre muitas incógnitas sobre os riscos e o nível de transmissão.

Desde que a África do Sul revelou o surgimento da variante na semana passada, mais de 20 países dos cinco continentes detectaram casos, em sua maioria importados, mas Estados Unidos e Austrália já anunciaram infecções locais.

O governo dos Estados Unidos confirmou na quinta-feira 10 contágios por ômicron: cinco no estado de Nova York, outros na Califórnia, Minnesota e Havaí.

A pessoa infectada em Minnesota havia viajado a Nova York e o paciente do Havaí não estava vacinado, mas não viajou, o que demonstra que a variante começou a ser transmitida localmente.

A Austrália informou nesta sexta-feira que três estudantes de uma escola de Sydney foram infectados com a variante ômicron, apesar da proibição de entrada de estrangeiros em seu território e das restrições para voos procedentes do sul da África.

Em Oslo (Noruega), mais da metade das entre 100 e 120 pessoas que compareceram a uma festa testaram positivo para o coronavírus - todas estavam vacinadas -, e pelo menos 17 são suspeitas de contágio com a variante ômicron, informou a prefeitura. O número pode aumentar com novos exames de sequenciamento.

- Novas medidas -

A agência de saúde europeia advertiu que a variante, aparentemente mais contagiosa e com várias mutações, será dominante "nos próximos meses" na União Europeia, enquanto a Organização Pan-Americana da Saúde alertou que em breve estará em circulação por todas as Américas.

A Alemanha reforçou as medidas para tentar conter a onda mais grave de coronavírus. "A situação é muito, muito complicada", disse o futuro chanceler, Olaf Scholz, após uma reunião com a atual chefe de Governo, Angela Merkel, e os líderes das 16 regiões do país.

O governo decidiu impedir o acesso dos alemães não vacinados (um terço da população) a estabelecimentos comerciais não essenciais, restaurantes ou locais culturais e de lazer, enquanto examina um projeto de vacinação obrigatória, medida que será aplicada na vizinha Áustria e começa a ser debatido em outros países.

O Brasil já registrou casos da variante e a festa de Ano Novo foi cancelada em São Paulo.

Também foram adiadas as negociações previstas para janeiro em Genebra da convenção da ONU sobre a biodiversidade (COP15) devido à "incerteza" provocada pela ômicron.

Em Washington, o presidente Joe Biden anunciou uma campanha de inverno para conter a covid-19, sem medidas drásticas, com limitações às viagens e reforço da vacinação, pois menos de 60% da população dos Estados Unidos foi imunizada.

A partir do início da próxima semana, além da vacinação, os viajantes que entram no país terão que apresentar teste com resultado negativo feito um dia antes da viagem, informou a Casa Branca.

- Propagação exponencial -

A África do Sul informou uma propagação "exponencial" do vírus e a nova variante já é dominante no país. As autoridades anunciaram um pico de contágios em crianças, mas ainda não sabem se está vinculado à variante ômicron.

Um estudo de cientistas sul-africanos indica que o risco de voltar a contrair covid-19 é três vezes maior com a variante ômicron que com as variantes beta e delta.

Isto se une aos temores de maior resistência da ômicron às vacinas existentes, enquanto os laboratórios tentam desenvolver versões específicas de seus fármacos.

O surgimento da variante afeta as perspectivas de recuperação econômica. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) pediu que as vacinas sejam produzidas e distribuídas o mais rápido possível em todo o mundo.

O FMI pediu às economias do G20 que ampliem a iniciativa de alívio da dívida, ao advertir que muitos países poderiam sofrer um "colapso econômico" e enfrentar pressões financeiras.

A Alemanha se prepara para anunciar nesta quinta-feira (2) um pacote de novas restrições, o governo dos Estados Unidos reforça as exigências para permitir a entrada no país e a UE examina a possibilidade de vacinação obrigatória. As medidas contra o coronavírus se multiplicam em vários países do mundo, enquanto continua a propagação da variante ômicron.

Diante da onda mais grave de coronavírus desde o início da pandemia, a Alemanha deve decretar nesta quinta-feira novas medidas como um possível fechamento de bares e alguns locais públicos, antes de um debate no Parlamento sobre a eventual vacinação obrigatória.

A questão é examinada por vários governos. A Áustria pretende aplicar a medida a partir de fevereiro, a África do Sul reflete sobre o tema e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu aos países europeus que iniciem um debate.

Mas até o momento, a ação dos governos se resume a limitar os deslocamentos internacionais, apesar da opinião contrária da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da ONU, especialmente diante das restrições impostas especificamente a países do sul da África, região que deu o alerta sobre a nova variante.

Nos Estados Unidos, que detectou o primeiro caso da variante ômicron na Califórnia, o presidente Joe Biden anunciará uma nova campanha contra a covid-19, com novas exigências para os viajantes e um aumento nos esforços de vacinação.

A Casa Branca já anunciou que a partir "do início da próxima semana" todos os viajantes que entram no país deverão, além de vacinados, apresentar um teste negativo feito um dia antes do deslocamento.

O Japão recuou nesta quinta-feira na decisão drástica de suspender todas as novas reservas para os voos de entrada no país durante dezembro e permitir o retorno de seus cidadãos que estão no exterior.

- Vírus sem fronteiras -

Apesar das limitações, a nova variante, aparentemente mais contagiosa e com múltiplas mutações, já está presente em todos os continentes.

Depois de anunciar um caso em seus territórios de ultramar, a França detectou outro nesta quinta-feira no continente europeu. Também foram registrados os primeiros casos na Índia, Noruega, Islândia ou Irlanda.

Nas Américas, a variante já foi registrada nos Estados Unidos, Canadá e Brasil. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) advertiu que em breve a ômicron provavelmente estará em circulação em todo o continente.

Na quarta-feira, a OMS advertiu que os reduzidos índices de vacinação anticovid e de testes de diagnóstico provocam um "coquetel tóxico".

"É uma combinação ideal para a reprodução e aumento de variantes do coronavírus", declarou o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

OMS e ONU desaconselharam a adoção de restrições generalizadas às viagens, especialmente concentradas nos países do sul da África, alvos de vetos em muitas nações.

Os fechamentos de fronteiras são "profundamente injustos, punitivos e ineficazes", criticou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que chamou de "escândalo" a punição imposta ao continente africano por não dispor de vacinas suficientes.

Diante da ameaça para o crescimento econômico representada pela variante ômicron, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) fez um apelo para que "as vacinas sejam produzidas e distribuídas o mais rápido possível em todo o mundo".

- Vacinas e outros métodos -

As dúvidas persistem sobre a eficácia das vacinas existentes contra a covid ante a nova variante.

Laboratórios como Pfizer/BioNTech, Novavax, AstraZeneca e Moderna acreditam que podem desenvolver um novo fármaco para combater a ômicron. A Rússia afirmou que trabalha em uma versão específica da vacina Sputnik V.

Ao mesmo tempo começam a aparecer alternativas como o comprimido anticovid do laboratório MSD, aprovado por um painel de especialistas nos Estados Unidos, ou o tratamento a base de anticorpos monoclonais da GlaxoSmithKline (GSK), que foi autorizado pela agência reguladora britânica.

Além disso, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta quinta-feira o início de um estudo acelerado sobre a vacina anticovid do laboratório franco-austríaco Valneva.

O pânico gerado pela ômicron lembra a inquietação provocada pela emergência da delta, uma variante também muito contagiosa e agora dominante no mundo.

A OMS considera "elevada a probabilidade de propagação da ômicron por todo o mundo", apesar das dúvidas sobre a transmissibilidade, gravidade ou sua resistência às vacinas.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 5,2 milhões de mortes desde a detecção da doença no fim de 2019 na China, segundo um balanço da AFP.

O elemento tranquilizador é que, até o momento, nenhuma morte parece vinculada à variante ômicron.

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