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O Brasil chegou a 570 casos confirmados de pessoas infectadas com a variante Delta do novo coronavírus. O balanço do Ministério da Saúde computou dados até esta terça-feira, 10. O número é 98% maior, quase o dobro, na comparação com o balanço divulgado na semana passada, mostrando o rápido avanço da cepa no País.

O Rio de Janeiro segue como o Estado com mais casos da nova cepa do coronavírus. Outros 12 e o Distrito Federal figuram na lista com casos identificados e notificados à pasta. Entre os registros de infectados pela doença, houve 36 mortes no País, 19 delas no Paraná.

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Até o momento, os Estados com casos já identificados são: Alagoas (1), Espírito Santo (7), Ceará (4), Distrito Federal (75), Goiás (10), Maranhão (7 registros, sendo seis identificados no navio que esteve no estado e um caso de viajante), Minas Gerais (4), Pará (3), Paraná (54), Pernambuco (5), Rio de Janeiro (206), Rio Grande do Sul (64), Santa Catarina (34) e São Paulo (96). O levantamento é realizado por meio das notificações das secretarias estaduais.

"O Ministério esclarece que os casos e seus respectivos contatos são monitorados pelas equipes de Vigilância Epidemiológica e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde (CIEVS) locais, conforme orientação do Guia Epidemiológico da COVID-19", disse a pasta, por meio de nota. A Saúde afirma que orienta Estados e municípios acerca do sequenciamento genético, notificação imediata, rastreamento e isolamentos dos casos e contatos.

O órgão federal também ressalta que a vacinação é essencial para reduzir o caráter pandêmico da covid-19. A Saúde alerta para o uso de máscara e etiqueta respiratória para diminuir a disseminação do vírus.

MPF quer que Anvisa imponha medidas de controle

O Ministério Público Federal decidiu protocolar uma ação civil pública para obrigar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a cumprir uma determinação que obriga pessoas a fazerem quarentena após viagem pela África do Sul, Índia e pelo Reino Unido. O objetivo da medida é evitar a disseminação da variante Delta.

A Procuradoria aponta que o compartilhamento da relação de viajantes às companhias aéreas, "com a devida advertência quanto ao sigilo dos dados", poderá evitar casos como o da primeira infecção pela variante Delta registrada no Brasil. A pessoa, vinda da Índia, desembarcou no aeroporto de Guarulhos e se comprometeu a cumprir a quarentena no local de desembarque. No entanto, o viajante seguiu viagem para o Rio de Janeiro em um voo doméstico.

A Procuradoria relatou ter realizado reuniões emergenciais com a Anvisa em junho, "nas quais a própria agência sugeriu o compartilhamento, junto às empresas aéreas, da lista dos passageiros que devem fazer isolamento". "A Anvisa não somente demonstrou que a comunicação seria uma medida essencial para prevenir a propagação da nova variante no território nacional a partir do transporte aéreo, mas também enfatizou que a proximidade de contato entre a agência e as companhias aéreas seria um fator facilitador para informar quem deveria cumprir a quarentena e, consequentemente, ser impedido de embarcar em aeronave nesse período", destaca a ação.

De acordo com o MPF, a medida não foi efetivada. Questionada pelos procuradores, a agência argumentou que não há previsão regulamentar que permita o compartilhamento da lista de quarentenados. Para a procuradoria, caberia à Anvisa apenas a adoção de procedimentos para operacionalizar e cumprir a normativa assinada pelos ministérios do governo federal.

A variante Gama (P.1), surgida em novembro de 2020 na cidade de Manaus, é mais letal que a cepa originária do novo coronavírus, como aponta estudo realizado no Brasil e divulgado nesta semana. Na pesquisa, amostras de pacientes de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, coletadas entre outubro do ano passado e junho de 2021, mostraram como a introdução da P.1 na região foi extremamente rápida, deslocando outras variantes em circulação, que predominavam na região.

A cepa foi associada ao aumento de 127% de casos graves e de 162% de mortes entre março e abril deste ano na cidade do interior paulista. Estes dados são reforçados pela situação caótica de Manaus no início do ano. Nos meses de janeiro a fevereiro, a P.1 compunha 9,7% das amostras registradas na cidade. Em pouco mais de um mês, ela chegou a 96,4%.

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Simultaneamente, essa introdução teve impacto na gravidade dos casos ao longo do tempo, especialmente entre pessoas com menos de 70 anos, grupo no qual houve aumento de 109% nos casos graves. Nos que têm mais de 70 anos, o porcentual foi de 19%.

O estudo foi realizado em conjunto pelo Laboratório de Pesquisas em Virologia da Famerp no Hospital de Base de Rio Preto, pela Unesp, pela USP e pela Secretaria Municipal de Saúde de São José do Rio Preto, além da Fundação Bill & Melinda Gates e das Universidades de Washington e do Texas. O estudo foi divulgado na plataforma medRxiv, mas ainda não passou por revisão.

A variante Gama continua sendo a cepa de maior prevalência em amostras sequenciadas no País. Apesar disso, a variante Delta tem avançado nas últimas semanas, com crescimento expressivo em locais como a cidade do Rio e a Grande São Paulo.

A pesquisa também mostrou que os casos graves e as mortes pela covid-19 foram reduzidos pela vacinação, conforme outros estudos realizados no mundo. O estudo ainda revelou que vacinados transmitem menos o coronavírus, uma vez que o sistema imune combate melhor a infecção e impede que a transmissão ocorra com cargas virais altas.

Segundo o pesquisador Wasim Syed, criador da Liga de Ômicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP, é preciso ter um olhar com cuidado os dados. "Interessante notar que, olhando esses dados, somos levados a pensar que a P.1 atinge, por si mesma, mais jovens do que idosos", diz Syed. "Mas não é necessariamente verdade. Isso também aconteceu por causa da vacinação (dos idosos), que na época já vinham recebendo doses de Coronavac e Astrazeneca."

Isso pode se traduzir também na imunidade de grupo - a chamada imunidade de rebanho -, em que vacinados protegem pessoas que não puderam tomar as doses. Syed reforça que são os imunizantes promovem esse efeito, e não o tratamento precoce.

"O interessante do estudo é ver de perto, com dados brasileiros e com cientistas brasileiros, isso tudo acontecendo", afirma o pesquisador. "É um ótimo estudo para mostrar aos ainda negacionistas que vacinas funcionam e mortes podem ser evitadas com essa ferramenta."

Israel vai parar de abraçar e beijar. O apelo foi feito nesta quinta-feira (5) por autoridades sanitárias para conter o avanço da variante Delta no país. O apelo por distanciamento social, uma das faces mais amargas da pandemia, retornou ao país, junto com o pedido para a retomada do regime de home office nas empresas. Segundo o governo as medidas são essenciais para evitar novas quarentenas.

A força-tarefa antipandemia do país fez um apelo para que a população pare de "apertar as mãos e dar beijos e abraços". O governo também tornou obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para entrar em ambientes que comportem menos de 100 pessoas. O passe é concedido para quem já se inoculou, testou negativo ou contraiu a doença recentemente.

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Em espaços abertos com capacidade superior a 100 pessoas, o uso de máscara será obrigatório. O governo também limitará em 50% o número de funcionários em repartições públicas.

"Nosso objetivo é manter Israel aberto e, ao mesmo tempo, evitar uma situação de lotação de hospitais e falta de leitos", disse o primeiro-ministro Naftali Bennett, afirmando que o país sabe a hora de acionar o freio caso seja necessário. "Para evitar restrições mais duras, vamos nos vacinar, usar máscaras e manter o distanciamento."

As medidas foram decididas em uma reunião do Gabinete na noite de quarta-feira. Horas antes, um funcionário do Ministério da Saúde já havia antecipado ao jornal Haaretz que o acirramento das restrições era iminente após o governo anunciar que esperava ver os casos graves de Covid-19 quadruplicaram nos próximos 20 dias se nada fosse feito.

Avanço

Mais 3,2 mil casos de Covid-19 foram registrados entre terça-feira e quarta-feira. Do total, 236 pessoas apresentavam sintomas graves da doença, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Não se sabe ao certo quantas dessas pessoas estavam vacinadas, mas nas últimas semanas as complicações vinham ocorrendo majoritariamente em pessoas não vacinadas.

Mais de 62% dos israelenses estão totalmente vacinados contra o vírus, em sua maioria com doses da Pfizer-BioNTech, de acordo com dados do site Our World in Data. Assim como a Alemanha, o país é um dos que já aplica doses de reforço na população com mais de 60 anos ou com comorbidades, afirmando que a efetividade das duas doses cai com o tempo e a terceira injeção serve para reforçar a resposta imunológica.

Em mais uma ação para conter o avanço da Delta, o país determinou que todos os viajantes oriundos de 18 países façam uma quarentena obrigatória ao desembarcarem em território israelense, independentemente do status de vacinação. Entre as nações que ficarão sujeitas às restrições, que começarão a valer no dia 11, estão França, Alemanha, Itália, Grécia e EUA. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A variante Delta do novo coronavírus está avançando em diferentes Estados. Dados divulgados ontem pelo Rio apontaram que 45% das amostras analisadas obtiveram confirmação para a nova cepa na capital fluminense. Na Grande São Paulo, a taxa está em 23%, enquanto no Rio Grande do Sul ela é identificada em 15% dos casos sequenciados. O cenário tem chamado a atenção das autoridades.

Essa mutação tem desacelerado planos de reabertura no Brasil e no exterior. De acordo com documento dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, pode ser tão contagiosa quanto a catapora. Pesquisas também já mostraram que uma só dose da vacina AstraZeneca ou da Pfizer não é suficiente contra a cepa - mas duas dão proteção.

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O Ministério da Saúde informa que, até 3 de agosto, 287 casos da Delta foram identificados e notificados no Brasil. Até o momento, entre esses casos, 21 óbitos foram confirmados em Maranhão (1), Paraná (12), Rio (4) e Distrito Federal (4).

Dados de um relatório de monitoramento de linhagens do Sars-CoV-2, publicado no domingo pelo Instituto Adolfo Lutz, já apontam para quase um em cada quatro relatos na Grande São Paulo. A ocorrência das cepas foi obtida por meio de sequenciamentos depositados na iniciativa Gisaid ao longo dos últimos 21 dias.

Ao todo, segundo o instituto, a incidência da Delta no Estado agora é de 4%. Já a Gama (identificada originalmente em Manaus e predominante no Brasil) se mantém como principal em diferentes regiões de São Paulo, correspondendo a 80% dos diagnósticos positivos. Enquanto a prevalência da Gama está em queda, porém, a Delta está ganhando espaço em relação ao número total de casos.

Com 28 novas amostras detectadas, a cidade de São Paulo chegou nesta terça-feira a 50 diagnósticos positivos da Delta, conforme monitoramento ativo da Prefeitura, feito em parceria com o Butantan. O procedimento é realizado por meio de cálculo amostral, por semana epidemiológica. Após serem coletadas, as amostras vão para análise do laboratório estadual, onde é realizado o sequenciamento genético.

Já os números do Rio foram apontados pelo programa de vigilância genômica e consideram 368 amostras coletadas entre junho e julho. No período, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), 66,58% das amostras eram da Gama e 26,09% da variante Delta.

Na rodada anterior, quando haviam sido sequenciadas 379 amostras, os números apontavam para 78,36% casos da Gama e 16,62% da Delta. "Dessa forma, é possível afirmar que a variante Delta está em circulação no Estado do Rio, com tendência de aumento e conversão para se tornar a mais frequente", diz a SES. "Ela (a Delta) se dissemina muito mais rápido e tem velocidade de transmissão muito maior", diz o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Sul

A chegada da Delta ainda preocupa as autoridades dos Estados da Região Sul do Brasil. A situação mais grave até o momento é no Rio Grande do Sul, onde acompanhamento feito pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) mostra que as detecções já representam pouco mais de 15% do total de novas amostras sequenciadas.

O boletim mais recente apontou um total de 45 pessoas infectadas pela variante Delta no Rio Grande do Sul, e já há no Estado a contaminação comunitária, quando a transmissão ocorre entre os habitantes da região. Os dois casos mais recentes, confirmados por exame de sequenciamento genético, foram diagnosticados na cidade de Gramado, na serra gaúcha.

Entretanto, a variante Delta já tem registros em várias regiões do Estado, mostrando uma velocidade incomum de contaminação, como alerta o especialista em saúde do Laboratório Central do Estado (Lacen/RS), Richard Salvato. "A Delta tomou um espaço muito rápido, coisa que não se tinha observado em nenhuma outra variante."

Risco

Pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), José Eduardo Levi diz que os casos de Rio e São Paulo chamam A atenção. "Parece que começou a subir Delta mesmo aqui (no Brasil), o que é preocupante", diz. Em maio e junho, relembra, houve zero casos de Delta em São Paulo e apenas um no Rio, mas agora o cenário parece mudar. "Aparentemente, estamos imitando o mesmo fenômeno que aconteceu em outros países", diz. A principal diferença, segundo ele, é que no Brasil a variante está "deslocando" a Gama, enquanto em países como o Reino Unido ela se sobrepôs à variante local, a Alfa.

"É bastante complicado falar de qualquer tipo de flexibilização agora, principalmente do uso de máscaras. Ainda não atingimos a cobertura vacinal necessária e também não temos o controle da transmissão", alerta Mellanie Fontes Dutra, biomédica e coordenadora da Rede Análise Covid-19. Ela destaca ainda que, mesmo com a vacinação, nem todos os riscos de infecção serão abolidos.

"A vacina reduz substancialmente os riscos, mas em um cenário de alta transmissão ainda temos algum risco", explica. "E os vacinados precisam ter em mente que a gente não sabe ainda o quanto contribuem para a transmissão. Eles podem estar expondo pessoas que são suscetíveis ou ão se vacinaram."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Barack Obama precisou cancelar seus planos de oferecer uma grande festa pelos seus 60 anos no fim de semana, reduzindo a lista de centenas de convidados devido à propagação da variante Delta do coronavírus, anunciou uma porta-voz do ex-presidente americano nesta quarta-feira (4).

"O evento ao ar livre estava planejado há meses, com todas as precauções pela covid de pé", disse Hannah Hankins em um comunicado, um dia depois de a comemoração ser criticada, especialmente por conservadores.

"Devido à nova propagação da variante Delta na última semana, o presidente e a senhora Obama decidiram reduzir consideravelmente o evento para incluir somente a família e amigos próximos", disse Jenkins.

A comemoração está prevista para sábado (7) na exclusiva ilha de Martha's Vineyard, no estado de Massachusetts, na costa nordeste dos Estados Unidos, e esperava-se a presença de centenas ex-funcionários dos governos de Obama, doadores democratas e celebridades, incluindo George Clooney, Steven Spielberg e Oprah Winfrey, segundo o jornal The Washington Post.

De acordo com a mídia, o evento acontecerá ao ar livre em um terreno em frente ao mar, cumprindo todas as regras dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças, portanto todos os convidados deverão estar vacinados e apresentar um resultado negativo no teste de covid.

Ainda assim, os conservadores criticaram o ex-presidente.

O congressista republicano Jim Jordan, leal ao sucessor de Obama, Donald Trump, ironizou no Twitter que "se fosse a festa de aniversário do presidente Trump" eles denunciariam um "perigoso evento superpropagador" do vírus e concluiriam que os organizadores dessa reunião "matam pessoas".

"Existe uma exceção para as festas que contam com a presença de celebridades liberais com dinheiro?", questionou a líder do Partido Republicano, Ronna McDaniel.

O presidente Joe Biden, que foi oito anos vice-presidente de Obama, não confirmou presença na festa de sábado.

Durante o mandato do republicano Trump, vários eventos com público sem máscara foram realizados na Casa Branca ou atos de campanha eleitoral, quando a epidemia estava mais severa e a vacinação não havia sequer começado.

Até a última terça-feira (3), 28 novas amostras da variante delta do novo coronavírus foram confirmadas na capital de São Paulo. O monitoramento ativo da prefeitura, em parceria com o Instituto Butantan, detectou até o momento 50 diagnósticos para a nova variante no município. Os casos estão em investigação pelas respectivas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da rede municipal.  

O monitoramento das variantes na capital é realizado por meio de cálculo amostral, por semana epidemiológica. As amostras seguem para análise do laboratório do Instituto Butantan, onde é realizado o sequenciamento genético.  

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Além dessa ação de monitoramento, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) também realizou parceria com o Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo (USP) e possui a vigilância do laboratório estadual do Instituto Adolfo Lutz. 

Semanalmente, cerca de 600 amostras são enviadas aos respectivos laboratórios. O objetivo do trabalho é identificar quais cepas circulam pela cidade. A ação com os laboratórios foi iniciada em abril de 2021. 

Recomendações

O que se recomenda neste momento é que se mantenha o uso correto das máscaras (cobrindo o nariz e a boca), distanciamento social, higienização de mãos e, principalmente, evitar aglomerações. 

Se a pessoa apresentar qualquer sintoma compatível com síndrome gripal é necessário procurar uma unidade de saúde e todos os casos suspeitos devem ser imediatamente notificados e investigados clínica e laboratorialmente. 

A partir daí, é necessário ficar em isolamento por no mínimo 10 dias. Os contatos próximos devem fazer quarentena de 14 dias. 

A SMS também reforça ao público elegível para tomar a vacina anticovid e não deixar de tomar a segunda dose para completar o ciclo vacinal.  

Barreiras sanitárias

Desde 27 de maio, há cinco barreiras sanitárias instaladas no município. Elas estão no Aeroporto de Congonhas, nos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara e no Terminal de Cargas da Vila Maria. 

Até o dia 29 de julho, 328.440 pessoas foram abordadas, após desembarque de 14.615 ônibus e 1.158 voos. Ao todo, foram registrados 178 passageiros sintomáticos respiratórios. Também foram realizadas 562 ações educativas com 11.038 panfletos entregues. Até o dia 23 de julho, foram oito casos positivos verificados nessas barreiras.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nesta sexta-feira (30), que, de 2012 amostras positivas para a Covid-19 analisadas na mais recente rodada de sequenciamento genético, a variante P.1, derivada da Amazônia, é a linhagem do vírus que prevalece em Pernambuco com 97% das amostras.

No restante dos genomas foram identificadas as linhagens B.1.1.525 (1), B.1.222 (1), P.1.1 (2), P.1.2 (2) e um caso da cepa Alpha (B.1.1.7), relatada primeiramente no Reino Unido, identificada em um paciente residente no município de Caruaru, no Agreste. A amostra foi coletada no fim de abril.

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“Sabemos que a P.1 é preocupante, mas, independente das cepas identificadas, os cuidados precisam e devem continuar. Uso correto de máscaras, distanciamento e higienização das mãos é fundamental. Relaxar nas práticas pode causar aumento de casos e internações. Não podemos descuidar. Só com cuidados e vacinação conseguiremos vencer a pandemia", salienta o secretário de Saúde André Longo.

Variante Delta

Até o momento, os sequenciamentos genéticos de amostras de pacientes pernambucanos positivos para a Covid-19 não identificaram a linhagem Delta (B.1.617.2) do novo coronavírus, detectada inicialmente na Índia. Os três casos registrados são importados, todos envolvendo tripulantes filipinos.

Um surto de coronavírus na cidade chinesa de Nanjing se propagou para cinco províncias e até Pequim, o que forçou o confinamento de centenas de milhares de pessoas, enquanto as autoridades tentam conter o pior surto de Covid-19 em vários meses.

A China se gabou de seu sucesso no controle da pandemia dentro de suas fronteiras depois de impor um primeiro confinamento no início de 2020, quando o vírus se propagou a partir de Wuhan. Foi nesta cidade do centro do país que se detectou o coronavírus pela primeira vez.

A gestão é afetada agora por um foco da contagiosa variante delta, detectada este mês no aeroporto de Nanjing, na província de Jiangsu (leste), onde foram detectados um total de 184 contágios locais depois que nove trabalhadores do serviço de limpeza testaram positivo em 20 de julho.

Outras 206 infecções no restante do país foram vinculadas a este foco.

De acordo com uma fonte do departamento de Saúde de Nanjing, Ding Jie, os trabalhadores infectados limparam a cabine de um voo procedente da Rússia em 10 de julho.

Centenas de milhares de pessoas foram confinadas na província de Jiangsu. Os 9,2 milhões de habitantes de sua capital, Nanjing, foram submetidos a dois testes de diagnóstico.

No distrito Changping de Pequim, 41.000 pessoas foram confinadas após a detecção de dois casos de contágio local, de acordo com as autoridades da capital.

Estas infecções são os primeiros casos de transmissão local em Pequim em seis meses.

O surto é o mais amplo geograficamente na China em meses e desafia os esforços agressivos do governo para conter o vírus com exames de diagnóstico em larga escala, confinamentos e rastreamento de casos.

Em Nanjing, também surgiram dúvidas sobre a efetividade das vacinas locais, pois a maioria dos pacientes infectados havia sido imunizada.

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco descobriram que a variante Gamma é predominante em 23 municípios do estado, segundo divulgou a assessoria de comunicação da instituição, nesta sexta (23). O fato foi constatado ao fim de mais uma fase do projeto de sequenciamento genômico do novo coronavírus “Diversidade genômica de cepas de Sars-CoV-2 circulantes no estado de Pernambuco”.

Financiada com recursos do Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE), a pesquisa tem o intuito de  auxiliar os órgãos de saúde estaduais no mapeamento das variantes de Sars-CoV-2. O projeto envolve 30 pesquisadores, dentre estudantes de graduação e de pós-graduação, bem como professores e técnicos, todos ligados ao Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica Suely Galdino (Nupit SG) e ao Laboratório de Bioinformática e Biologia Evolutiva (Labbe) do Departamento de Genética do Centro de Biociências (CB) da UFPE.

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Nesta última etapa, os cientistas analisaram as sequências genômicas completas de 63 amostras clínicas oriundas de 23 municípios das regiões de Araripina, Arcoverde, Belo Jardim/Pesqueira, Caruaru, Garanhuns, Limoeiro, Recife, Serra Talhada e Surubim. Foi observado o amplo predomínio (90,5%) da variante Gamma nos municípios da amostragem. Também conhecida como P.1, a variante Gamma foi inicialmente identificada em Manaus (AM), sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das principais variantes de preocupação (VOC) em circulação no mundo.

A pesquisa também constatou a presença das linhagens P.1.1 (6,3%) e P.1.2 (3,2%), duas mutações da variante que mostram sua grande capacidade de diferenciação genética ao longo do tempo. Vale ressaltar que, entre as amostras investigadas, estão as de quatro profissionais de saúde que já tinham completado o esquema vacinal, com as duas doses recomendadas. Os trabalhadores apresentaram quadro clínico leve, “mas a constatação da infecção pela variante Gamma, de acordo com os pesquisadores, deve servir como reforço para o apelo das autoridades sanitárias quanto à manutenção das medidas preventivas (distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos) mesmo pelas pessoas que já foram completamente vacinadas contra a covid-19”, ressalta a nota oficial da UFPE.

O estudo não detectou ainda a circulação da variante delta (ou B1.617.2), originalmente identificada na Índia e associada ao repique da pandemia em diversos países. De acordo com os pesquisadores, a ausência da mutação pode ser explicada pelo fato de as amostras terem sido obtidas nas primeiras semanas do mês de junho, enquanto a transmissão comunitária da variante só foi confirmada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro recentemente.

Estudo internacional com participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) revela um mecanismo que explica o motivo pelo qual ocorrem as reinfecções de Covid-19. Testes em laboratório mostraram que a variante Gamma, anteriormente conhecida como P.1, originada no Brasil, é capaz de escapar dos anticorpos neutralizantes que são gerados pelo sistema imunológico a partir de uma infecção anterior com outras variantes do coronavírus.

Os pesquisadores destacam, no entanto, que os resultados foram obtidos in vitro, ou seja, em laboratório. Além disso, o estudo não inclui outros tipos de resposta imune do organismo, como imunidade celular. “É fundamental entender que pessoas infectadas podem ser infectadas novamente”, aponta William Marciel de Souza, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, primeiro autor do artigo. O trabalho foi publicado como artigo na revista científica The Lancet em 8 de julho.

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Foram analisadas amostras do plasma de pacientes que tiveram a doença, e também de pessoas imunizadas pela vacina CoronaVac. “A pesquisa mostra que pessoas que foram vacinadas ainda estão suscetíveis à infecção, se você tomou a vacina continue usando máscara, continue com distanciamento social, continue usando as medidas de higiene para evitar a transmissão para outras pessoas”, aconselha o pesquisador.

Souza lembra que os estudos clínicos mostram a eficiência da CoronaVac contra formas graves da doença, reduzindo internações e mortes. “A vacina não é contra infecção, infecção pode acontecer a qualquer momento, com qualquer vacina, o objetivo da vacina é contra a doença, a forma grave, da pessoa morrer, ter sequelas graves.”

Outros estudos

O pesquisador citou outro estudo que analisou casos de Covid-19 em idosos moradores de um convento e uma casa de repouso. Ele aponta que, embora os locais fossem pouco movimentados, o vírus entrou nessas moradias e infectou as pessoas com mais 70 anos que estavam vacinadas. “Mesmo com idade bem avançada quase todos foram assintomáticos ou com sintomas leves, não precisaram de hospitalização. Isso mostra a importância das vacinas.”

Sobre a variante Delta, Souza aponta que os estudos também vêm demonstrando a proteção contra formas mais graves da doença. “Mesmo locais com alta taxa de vacinação, por exemplo os Estados Unidos, em que hoje a Delta é a linhagem mais dominante, o número de mortes e hospitalizados não aumentou mesmo com a introdução dela.”

A secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira (22) que foram detectadas quatro mortes de pessoas infectadas pela variante delta do coronavírus no Estado. Como os exames que indicam o tipo de vírus são feitos por amostragem, não é possível afirmar que sejam os primeiros mortos por coronavírus causado por essa cepa no Estado, mas são os primeiros casos detectados pela secretaria.

Conforme a pasta, as vítimas são uma mulher de 73 anos que morreu em São João de Meriti no dia 4 de julho, um homem de 50 anos que morreu em 5 de julho em Duque de Caxias, uma mulher de 43 anos que morreu em 10 de julho, também em São João de Meriti, e um homem de 53 anos morto em 14 de julho, cujo município de domicílio ainda está sendo investigado. Na primeira nota divulgada, na noite desta quinta, a pasta afirmava que as duas mulheres eram de Nova Iguaçu. Numa segunda versão, a informação foi corrigida - elas moravam em São João de Meriti.

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A prefeitura de Duque de Caxias também confirmou a morte do paciente de 50 anos. Informou que ele deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Beira Mar em 26 de junho e dois dias depois foi transferido para a UTI do hospital municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo, também em Caxias, onde acabou morrendo em 5 de julho. Segundo a prefeitura, o paciente tinha comorbidades e durante a internação apresentou febre, tosse e falta de ar. A tomografia de tórax apontou que 50% dos pulmões do paciente estavam comprometidos pela doença.

A secretaria estadual de Saúde informou que está monitorando o cenário epidemiológico no Estado, como número de atendimentos em UPAs, taxa de ocupação de leitos e resultado de testes para confirmação da Covid-19. O sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico - é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no Estado e embasar políticas sanitárias.

Metade dos adultos europeus, ou 200 milhões de pessoas, está vacinada contra a covid-19, mas a variante Delta ameaça atrasar o retorno à normalidade e a recuperação econômica.

"Até agora, 200 milhões de pessoas foram totalmente vacinadas" na União Europeia (UE), informou a Comissão Europeia nesta quinta-feira(22).

Isto corresponde a "54,7% dos adultos" totalmente vacinados e a Comissão pretende que 70% deles estejam vacinados neste verão.

A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, está causando uma nova onda de infecções em muitos países, especialmente na Europa, e está retardando a recuperação esperada, criando escassez de mão de obra no Reino Unido, por exemplo.

“A recuperação da economia está no caminho certo”, afirmou a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

"Mas a pandemia continua a lançar sombras, especialmente porque a variante Delta é uma fonte crescente de incerteza", acrescentou.

No Reino Unido, centenas de milhares de pessoas que tiveram contato com infectados foram forçados ao isolamento por dez dias. A medida paralisou a economia e deixou prateleiras de supermercados vazias, suspendeu uma linha de metrô em Londres devido à falta de pessoal e atrasou os atendimentos policiais.

O governo britânico, que suspendeu quase todas as restrições, está agora sob pressão para relaxar as regras de quarentena.

A variante Delta, altamente contagiosa, se espalhou por grande parte da Europa e dos Estados Unidos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, chamou o número de novos casos de "crescimento exponencial" e de uma "dinâmica preocupante".

Desde meados de julho, o número diário de novos casos na Alemanha ultrapassou 1.000 em média e chegou a 1.890 casos nesta quinta-feira.

- Prorrogação do toque de recolher em Barcelona -

O número é muito inferior ao da França, imersa numa "quarta onda", segundo o primeiro-ministro Jean Castex, poucas semanas depois de ter relaxado as restrições.

O número de infecções no país disparou 140% em uma semana e, na quarta-feira, ultrapassou o limite de 20 mil contaminações diárias pela primeira vez desde o início de maio. Há uma semana foram 9 mil.

Na França, como em outros países onde pessoas vulneráveis já foram vacinadas, o número de hospitalizações e mortes não está aumentando.

Na Espanha, a justiça autorizou nesta quinta-feira a prorrogação do toque de recolher noturno decretado em Barcelona e grande parte da Catalunha por mais uma semana, aceitando o pedido do governo regional que luta há semanas contra uma explosão de infecções.

Na América Latina, que soma um total de 1,3 milhões de mortes e mais de 39,7 milhões de infecções, de acordo com o último balanço da AFP, a Argentina questionou a Rússia nesta quinta-feira por atrasos na entrega da segunda dose da vacina Sputnik V em uma carta na qual adverte contra quebra de contrato.

Com a rápida disseminação da variante indiana, os governos estão se concentrando na vacinação e, em alguns países, ela é obrigatória para profissionais de saúde.

Em breve, milhares de funcionários de hospitais públicos de Nova York terão que ser vacinados contra a covid-19 ou passar por testes semanais.

Na Grécia, a vacinação obrigatória dos profissionais de saúde está em vias de ser aprovada pelo Parlamento, mas também está gerando protestos.

Portugal quer vacinar os jovens entre os 12 e 17 anos no início do próximo ano letivo.

- Redução da expectativa de vida -

As dramáticas consequências da epidemia global que já matou mais de 4,1 milhões de pessoas estão se tornando aparentes um ano e meio depois que a China relatou os primeiros casos de coronavírus.

A expectativa de vida dos americanos caiu um ano e meio em 2020, a maior queda desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que atribuem muito desse fato à pandemia.

E a covid-19 terá um impacto de "longo prazo e longo alcance" na saúde mental das pessoas, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As origens da pandemia permanecem obscuras.

A China criticou nesta quinta-feira o pedido da OMS por mais investigações em seu território, chamando-o de "desrespeito ao bom senso e arrogância para com a ciência".

Pequim mais uma vez negou a teoria de um vazamento no laboratório de Wuhan, hipótese que voltou a ganhar força nos últimos meses.

O governo do Estado disse ontem que deve anunciar novas medidas de flexibilização das restrições de atividades econômicas no próximo dia 28. A transmissão comunitária da variante Delta, segundo o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), não traz a "expectativa" de atraso nos planos de reabertura. Mais transmissível, essa cepa do coronavírus já foi identificada em ao menos três cidades paulistas - a capital, Guaratinguetá e Pindamonhangaba.

As medidas restritivas atuais incluem limite de 60% da capacidade de comércio, restaurantes e bares e funcionamento até 23 horas. Essas regras valem até o fim de julho e deve haver mudança a partir de agosto.

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Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas afirmou que a Delta, identificada na Índia, preocupa não só o Estado de São Paulo, mas o Brasil. "Tudo indica que ela terá uma importância epidemiológica", disse o cientista.

De acordo com ele, é planejado um aumento do número de amostras de pacientes sequenciadas nas duas cidades do interior onde a Delta foi identificada e será feito um estudo para mapear o avanço da variante no Vale do Paraíba.

Covas ainda afirmou que há testes previstos para medir a eficácia da Coronavac contra a cepa. Estudos já mostraram que apenas a primeira dose de um imunizante não é suficiente para barrar a infecção nos casos dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer. Já a aplicação de duas doses se mostrou suficiente contra a cepa.

Máscaras

Na Europa, o avanço da Delta tem levado a um aumento de infectados e freado planos de reabertura. Coordenador do Centro de Contingência contra a Covid-19, Paulo Menezes afirmou que a alta ocorreu em cidades do exterior onde a exigência de máscaras foi relaxada - o que, segundo ele, não é previsto para este momento no Estado. Alguns deles, acrescentou Menezes, "estão tendo de voltar atrás".

"O que nós temos é um tripé: a vacinação, o bloqueio, monitoramento dos contactantes (com infectados pela Delta) e a manutenção das regras sanitárias", afirmou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

"O Estado de São Paulo pode sim flexibilizar, mas mantendo essas regras de prevenção, que são ampliar a vacinação e também fazer as regras de utilização de máscaras e evitar as aglomerações", acrescentou o secretário. O governo também destacou a queda no número de internados e mortes pela covid.

A Delta já foi identificada em ao menos nove Estados. Por causa da variante, alguns governos - como Rio e Distrito Federal - decidiram liberar a antecipação da 2ª dose AstraZeneca para ter parcela maior da população com proteção completa. São Paulo, porém, manteve o intervalo de três meses.

Já o governo federal tem enviado lotes extras de vacinas aos Estados da fronteira. A medida, porém, contrariou gestores de outras regiões, como o governador Rui Costa (PT), da Bahia, que reclamou de discriminação, alertou para o risco da chegada da variante por voos e navios e prometeu medidas judiciais. (Colaboraram Italo Re e Sofia Aguiar)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a variante Delta, que é muito contagiosa e já é responsável por mais de 75% dos novos casos de Covid-19 em muitos países, vai se tornar a cepa predominante nos próximos meses.

Detectada pela primeira vez na Índia, esta variante está agora presente em 124 países e territórios. São 13 a mais do que na semana passada, em comparação com 180 (seis a mais) para a Alfa, que surgiu no Reino Unido; 130 (sete a mais) para a Beta, identificada pela primeira vez na África do Sul; e 78 (três a mais) para a Gamma, que apareceu no Brasil, ressaltou a OMS.

"A expectativa é que (a variante Delta) suplante rapidamente as outras variantes e se torne a cepa dominante (da Covid-19) em circulação nos próximos meses", afirmou esta agência da ONU, com sede em Genebra.

Entre os países onde a variante Delta já é a causa de mais de 75% dos novos casos da doença, estão Índia, China, Rússia, Indonésia, Austrália, Bangladesh, Reino Unido, África do Sul, Portugal e Israel.

"Ainda não está claro, porém, qual o mecanismo exato que causa a maior transmissibilidade" dessa variante em comparação com as outras, reconheceu a OMS.

Cerca de 3,4 milhões de casos adicionais de Covid-19 foram identificados na semana de 12 a 18 de julho, o que supõe um aumento de 12% em relação à semana anterior, ressaltou o organismo.

"Nesse ritmo, o número acumulado de casos notificados (desde o início da pandemia) em todo mundo deve ultrapassar 200 milhões nas próximas três semanas", alertou a OMS.

Quatro fatores explicam essa tendência, segundo a organização: variantes mais transmissíveis, relaxamento das medidas de saúde pública, maior interação social e o fato de que muitas pessoas ainda não foram vacinadas.

Na semana passada, o número de novos casos aumentou 30% na região do Pacífico Ocidental, e 21%, na região da Europa, conforme definição da OMS.

A Indonésia registrou o maior número: 350.273 casos, o que representa um aumento de 44%, seguida do Reino Unido (296.447, +41%) e do Brasil (287.610, em queda de 14%).

Já o número semanal de vítimas fatais, de 57.000, permaneceu estável, em comparação com a semana anterior.

Pelo menos 97 casos de infecção pela variante Delta, cepa mais transmissível do coronavírus, foram notificados no País, dos quais cinco resultaram em mortes. Os dados são do Ministério da Saúde. Os registros foram feitos em sete Estados, mas os óbitos foram concentrados no Paraná e Maranhão.

"A pasta esclarece que os casos e seus respectivos contatos são monitorados pelas equipes de Vigilância Epidemiológica e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde (CIEVS) locais, conforme orientação do Guia Epidemiológico da covid-19", disse o ministério, em nota.

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O Rio de Janeiro é o Estado com o maior número de casos da variante Delta - foram 74 até o momento. A Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde afirmou ter realizado 380 processamentos de amostras por meio do projeto Corona-Ômica-RJ, que analisa mensalmente cerca de 800 testes coletados em todo o Estado.

Na capital, o total de infectados pela cepa saltou de sete, na sexta-feira, para 23 no sábado. "Variante Delta realmente está se instalando no Rio. Recebemos a confirmação de mais 15 resultados positivos do laboratório da UFRJ e um do (laboratório particular) DASA. Com mais sete que tínhamos da Fiocruz, ao todo 23 casos confirmados", escreveu o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, em uma publicação no Twitter.

Em todo o Estado do Rio, a nova variante já foi confirmada em 12 cidades. Além da capital fluminense, a cepa foi identificada em Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Seropédica e São João de Meriti.

Identificada originalmente na Índia, essa cepa foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação. Estimativas indicam, além disso, que a variante é cerca de 50% mais transmissível do que a Alfa, descoberta pela primeira vez no Reino Unido.

O Ministério da Saúde informou ainda que há registros de uma contaminação em Minas Gerais, duas em Goiás, três em São Paulo e dois em Pernambuco,. No Paraná, foram nove casos e quatro mortes, e no Maranhão, seis registros e um óbito.

O ministério explicou que tem feito um esforço conjunto com os Estados em que os casos ocorreram para intensificar o sequenciamento genômico das amostras positivas para a covid-19, a vigilância laboratorial, o rastreamento de contatos e o isolamento de casos suspeitos e confirmados. "Desta forma, é possível notificá-los imediatamente e tomar medidas de prevenção em áreas suspeitas de circulação de variantes", disse a pasta.

Estratégia vacinal

Por causa da variante Delta, governos têm liberado a diminuição do intervalo entre as aplicações das vacinas contra covid-19 das fabricantes AstraZeneca ou Pfizer, com fizeram o Estado do Rio e o Distrito Federal. A justificativa é ter parcela maior da população com o esquema vacinal completo, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis.

Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina também optaram por diminuir a janela entre as aplicações. As reduções têm sido de 12 semanas para dez ou oito semanas. O governo paulista, por outro lado, optou por não adotar essa estratégia por enquanto.

A redução do tempo entre as injeções divide especialistas. A Fiocruz, responsável por produzir o imunizante Oxford/AstraZeneca no Brasil, se manifestou contrário a encurtar o intervalo. No exterior, o avanço da Delta tem motivado o debate sobre o uso de uma dose de reforço. A Pfizer chegou a pedir às autoridades americanas aval para oferecer uma nova injeção, o que ainda não ocorreu. Israel aprovou uma terceira aplicação.

A Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES) informou neste sábado (17) o registro de mais 63 casos da variante Delta do coronavírus, do total de 380 amostras processadas. São 74 casos em 12 municípios do estado.

Os novos municípios com identificação de casos da variante Delta são Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Maricá, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados. Em Seropédica, São João de Meriti e Rio de Janeiro, já foram identificados casos anteriormente.

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As secretarias municipais já foram notificadas e farão a investigação epidemiológica, com apoio da Secretaria de Saúde.

“A confirmação foi possível graças aos últimos resultados do projeto Corona-Ômica-RJ, um dos maiores do país, que realiza a análise mensal de cerca de 800 amostras de todo o estado”, disse a pasta.

Nessa última rodada de exames, a variante Delta representou 16,57% do total de 380 amostras processadas. O relatório final do último levantamento está em finalização e, em breve, ficará disponível no link de publicação de rotina.

Segundo a Secretaria de Saúde, os dados recentes do monitoramento mostram a presença da variante Delta (B1.617.2), entretanto, a linhagem P.1 (Gama/Brasil) continua sendo a mais frequente no estado. Há registro em baixa frequência da VOC B.1.1.7 (Alfa/Reino Unido), além do declínio da P.2, desde novembro do ano passado.

Cidade do Rio

Dos 74 casos da variante Delta, 23 foram registrados na capital fluminense. Ontem (17), o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, informou que mais 15 casos da variante Delta foram confirmados na cidade do Rio, elevando o total para 23. 

A variante Delta foi identificada pela primeira vez na Índia e se tornou a quarta variante de preocupação sinalizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao lado da Alfa, Beta e Gama. As três anteriores tiveram seus primeiros casos sequenciados no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil. 

As variantes de preocupação recebem atenção especial das autoridades de saúde porque têm potencial maior de transmissão.

“Independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da Covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social. Além disso, é importante que os municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a Covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento”, alerta a Secretaria estadual de Saúde.

Pernambuco confirmou, nesta quarta-feira (14), dois casos de transmissão da variante Delta. Em entrevista coletiva online, nesta tarde, o secretário estadual de Saúde, André Longo, informou que esses dois pacientes, de 25 e 48 anos, estão estáveis e internados na enfermaria de uma unidade de saúde privada no Recife.

Esses casos são de contaminação em tripulantes filipinos do navio cargueiro Shoveler, de bandeira do Chipre. A embarcação fazia a rota da Suécia ao Porto de Paranaguá, no Paraná. Contudo, no dia 30 de junho, por conta da suspeita de casos da Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a atracação no Porto do Recife.

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O navio tem 19 tripulantes. Destes, nove testaram positivo para o novo coronavírus. Além dos dois internados em enfermaria, um terceiro tripulante, de 49 anos, continua internado em UTI. Os outros seis positivos para a Covid-19 passam bem e estão isolados no navio, sendo monitorados, assim como os 10 tripulantes que testaram negativo para a doença.

A Secretaria Estadual de Saúde reforça que, no último sábado, foi feito um novo teste de RT-PCR com todos os tripulantes que permanecem no navio. Dos seis casos que positivaram anteriormente e estão na embarcação, apenas um ainda teve resultado positivo. Todos os casos negativos, na primeira leva, continuaram negativos na segunda.

Variante Gama

O Instituto Aggeu Magalhães (IAM – Fiocruz-PE) ainda recebeu outras 93 amostras de pacientes, com coletas realizadas entre os dias 26 de junho e 02 de julho. Dessas, 80 obtiveram genomas de alta qualidade, todas para a variante Gama (P.1) e suas derivadas, confirmando a prevalência dessa variante no Estado. Os pacientes são de 24 municípios de todas as regiões de Pernambuco.

As 80 amostras são dos municípios de Afrânio, Águas Belas, Aliança, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Canhotinho, Caruaru, Custódia, Ilha de Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Lagoa do Carro, Lagoa Grande, Nazaré da Mata, Olinda, Petrolina, Recife, Santa Maria da Boa Vista, São Lourenço da Mata, Sertânia, Surubim, Timbaúba, Tracunhaém, Tupanatinga e Vitória de Santo Antão.

Gerente de Incidente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Sylvain Aldighieri afirmou nesta quarta-feira, 14, que, segundo dados dos Estados Unidos, a variante delta já representa 52% do total de casos da covid-19 registrados no país, neste momento. Questionado durante entrevista coletiva virtual sobre o risco das variantes, Aldighieri lembrou que a delta é de fato mais contagiosa, mas as medidas já sabidas, como uso de máscaras e lavagem das mãos, continuam a ser eficientes contra ela.

Aldighieri também notou que as vacinas contra a covid-19 seguem sendo eficientes contra a covid-19. "As vacinas são seguras e milhares de vidas já foram salvas por elas", ressaltou.

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Durante a coletiva, a Opas ressaltou a importância de que as pessoas tomem as duas doses previstas, no caso dos imunizantes que exibem isso. Vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa ressaltou que apenas uma dose, nesses casos, oferece uma proteção apenas parcial contra a covid-19, por isso a importância de se receber as duas aplicações.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou, nesta quarta-feira (14), que aplicar duas doses de algumas das vacinas anticovid aprovadas na UE é "crucial" para ter proteção contra a muito contagiosa variante Delta e pediu para acelerar seus programas de vacinação.

"Evidências preliminares sugerem que é necessário ter a segunda dose de uma vacina contra a Covid-19 de duas doses para fornecer proteção adequada contra a variante Delta", disse a EMA, acrescentando que "o respeito do programa de vacinação recomendado é crucial para ter a mais alta proteção".

A variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia, está se propagando muito rapidamente na Europa e constituirá 90% dos casos de Covid-19 no continente no final do verão boreal, informou o Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças no mesmo comunicado.

"Isso torna essencial que os países acelerem seus programas de vacinação, incluindo a aplicação da segunda dose quando for recomendado, e que fechem as brechas e oportunidades de surgimento de mais variantes", disse a EMA.

O Paraná detém o maior número de registros da variante Delta do novo coronavírus no Brasil. Na última semana, o Estado confirmou três novos casos. Somado às ocorrências anteriores, são sete diagnósticos na região, que contabiliza três mortes em decorrência da variante.

Também no Sul do País, Santa Catarina investiga a primeira possível contaminação em Joinville. Ao todo, o Brasil já detectou 20 infecções pela mutação, até o momento, somente São Paulo confirma transmissão comunitária da cepa.

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A Secretaria de Saúde do Paraná informou na sexta-feira, 9, a terceira morte pela variante Delta no Estado. O caso foi detectado em Mandaguari, município próximo à cidade de Maringá. O registro é de um homem de 28 anos, internado no início de abril. O jovem chegou a ter alta, mas retornou à unidade hospitalar em junho e precisou ser intubado. O paciente faleceu no último dia 29.

O Paraná confirmou, ainda na sexta, outros dois casos da variante. O primeiro, um senhor de 60 anos, morador de Francisco Beltrão, que começou a ter sintomas no início de junho. O paciente chegou a ser internado com auxílio de suporte ventilatório, mas teve alta no dia 18. Já em casa, ele segue em monitoramento clínico. E, o segundo, uma senhora de 59 anos, residente em Rolândia, que recebeu alta no dia 12 de junho e também segue monitorada.

Anteriormente, o Estado havia confirmado outros quatro casos no município de Apucarana. Os pacientes estavam relacionados e, entre eles, havia uma viajante recém-chegada do exterior. Desta vez, as novas ocorrências foram consideradas "isoladas", segundo nota emitida pela pasta local de Saúde. O Paraná ainda não declarou transmissão comunitária da cepa.

Na sexta, o governo estadual começou junto ao Ministério da Saúde uma investigação ampliada dos casos confirmados. O objetivo é aumentar o rastreamento da variante nas quatro cidades com ocorrências já detectadas.

No Estado vizinho, Santa Catarina, o município de Joinville investiga duas possíveis infecções pela cepa. São moradores da cidade que estiveram no Paraná, no início de abril, e se encontraram com um dos contaminados pela variante. A Secretaria Municipal de Saúde informou que está conduzindo uma investigação epidemiológica local com todos que entraram em contato com a dupla, mesmo os que não apresentaram agravamento no caso.

Outros dois casos são investigados no Rio Grande do Sul. É a primeira vez que casos suspeitos dessa linhagem do vírus foram observados no Estado, segundo comunicado da pasta estadual de Saúde. As amostras foram enviadas à Fiocruz, no Rio, para serem analisadas.

Avanço no Brasil

Ao menos 20 contaminações pela mutação já foram registradas no País. O Maranhão é o segundo Estado com maior número de infecções pela cepa, são seis casos confirmados e, entre eles, uma morte.

No Centro-Oeste, Goiás computa dois casos. No início de junho, a cidade de Goiânia chegou a afirmar que a região apresentava transmissão comunitária da variante, mas a gestão municipal voltou atrás após detectar que a paciente contaminada entrou em contato com um homem de Moçambique infectado pela Delta.

Três Estados do Sudeste registram ocorrências da cepa. Minas e São Paulo confirmam um caso cada. Em São Paulo, porém, o governo estadual considera a existência de transmissão comunitária da linhagem.

"Temos uma variante que já é autóctone, ou seja, ela já está circulando no nosso meio em pessoas que não tiveram histórico de viagens ou que tiveram contato com alguém que esteve, por exemplo, na Índia, e, dessa forma, temos de ter uma atenção especial", disse na última quarta-feira, 7, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, em coletiva de imprensa.

O Rio de Janeiro já comprovou três casos da Delta. O Estado, contudo, investiga outras possíveis contaminações e a hipótese de transmissão comunitária. "No momento, os dados levantados indicam que não são casos importados, mas é preciso aguardar a conclusão da investigação para se ter certeza de que foram transmissões autóctones, ou seja, adquiridas dentro do estado", disse em nota.

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