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Uma série de jornais internacionais repercute a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro inelegível para concorrer a cargos públicos por oito anos, a contar a partir das eleições de 2022, devido a alegações televisionadas feitas contra o sistema eleitoral brasileiro no ano passado com o uso de verba pública. As notícias destacam as acusações do ex-líder do executivo, incluindo "abuso de poder" e "disseminação de fake news" sobre o sistema eleitoral do País.

O Washington Post chamou Bolsonaro de "o Trump dos trópicos", comparando-o ao ex-presidente americano Donald Trump,também acusado de disseminar notícias falsas e que atualmente responde a acusações criminais.

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Segundo o jornal, Bolsonaro repetiu "sem evidências" que o sistema eleitoral do Brasil estava vulnerável a fraudes. Ainda, afirmou que o ex-presidente brasileiro "destruiu as proteções para a Floresta Amazônica e seus habitantes indígenas, ampliou as divisões da guerra cultural do Brasil e presidiu um dos surtos de coronavírus mais mortais do mundo".

A falta de evidência da fala de Bolsonaro, durante reunião televisionada em julho de 2022, foi mencionada pelo jornal britânico The Telegraph, que também o comparou com o ex-presidente americano Trump, mencionando as similaridades da invasão ao Congresso no dia 8 de janeiro com a invasão ao Capitólio americano em 2020, após a eleição do atual presidente americano, Joe Biden. "Tanto a conversa infundada de Bolsonaro sobre fraude eleitoral quanto os distúrbios de 8 de janeiro geraram comparações generalizadas com seu modelo político, Donald Trump, e a tentativa deste último de se manter no poder após sua derrota nas eleições presidenciais de 2020 nos EUA."

O mesmo aspecto sobre a falta de provas nas falas de Bolsonaro foi destacado pela CNN, em reportagem sobre o resultado do processo.

Já o El País ressaltou que o caso é um dos 16 abertos contra Bolsonaro, chamado de "ultradireitista e propagador de teorias da conspiração", e que ocorre devido a um encontro ocorrido no Palácio do Planalto, onde proclamou um "discurso inflamado no qual atacou impiedosamente as autoridades eleitorais - as mesmas que agora o julgam - e contra a segurança do sistema de votação".

Os 16 casos abertos também foram mencionados pelo jornal argentino El Clarín, que destacou que Bolsonaro está sendo investigado em uma série de processos, que incluem fraude na sua carteira de vacinação contra a covid-19 e tentativa de golpe na invasão do dia 8 de janeiro.

O jornal português Diário de Notícias já começa a trilhar os próximos passos do Partido Liberal (PL) com a ilegibilidade do ex-presidente, destacando a possibilidade de a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, se tornar protagonista e sucessora de Bolsonaro. Michelle é apontada como sendo uma aposta do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, "apesar de envolvida no caso das joias sauditas desviadas pelo marido do acervo presidencial para a própria casa".

Fotos: reprodução

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira (22) em declaração à imprensa internacional que o Brasil vive momento de "confusão nas instituições". No discurso, feito em hotel em São Paulo, o petista declarou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, não respeita as instituições.

"Estamos vivendo situação anômala, em se tratando de país democrático. O Brasil nesse instante vive momento de confusão nas instituições brasileiras porque o presidente faz questão de não respeitar as instituições que foram criadas para fortalecer o processo democrático brasileiro", afirmou Lula aos jornalistas estrangeiros.

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"Esse país está como se fosse um pária da sociedade, porque ninguém quer conversar com nosso governo e nosso governo não quer conversar com ninguém", acrescentou, ao destacar a boa relação do País com o mundo ao longo de suas gestões no Executivo.

Lula reafirmou que, quem for eleito em outubro pegará um Brasil pior dos pontos de vista político, econômico e social do que ele recebeu ao ganhar as eleições pela primeira vez, em 2002. "Quem ganhar em 2023 vai ter tarefa imensa, e nobre, de recuperar as relações internacionais", avaliou o candidato. "Há muita fake news na tentativa de conturbar boas intenções e cabeça de brasileiros", seguiu, sem citar a recente enxurrada de fake news sobre uma suposta oposição entre o PT e as igrejas evangélicas, movimento protagonizado pelo bolsonarismo.

Para Lula, o Brasil tem "potencial extraordinário de voltar a ser protagonista internacional" devido à sua experiência. "A gente estabeleceu relação democrática, proveitosa e virtuosa, relação ativa e altiva", destacou o candidato. "Nós participamos da tentativa de procurar alternativa na crise do subprime e depois na crise da quebra do Lehman Brothers. Tudo acabou desde o golpe da presidenta Dilma Rousseff".

'Governança mundial'

Lula também avaliou ser necessária a criação de uma "nova governança mundial" para discutir as questões climáticas "com mais seriedade e respeitabilidade" Ele pediu o nascimento de instituições que "ajam diferente" do Fundo Monetário Internacional (FMI). "O Brasil vai cuidar da questão do clima como jamais cuidou", prometeu, se eleito.

"O Brasil tem potencial extraordinário de voltar a ser protagonista internacional, discutindo em igualdade de condições com todos os países do mundo. Inclusive para que a gente possa inclusive discutir uma nova governança mundial", declarou o ex-presidente. "Tudo que foi criado em 1948, depois das Nações Unidas, é preciso que haja certa renovação. É preciso que haja outras instituições, que ajam diferente do FMI, é preciso que haja outros países participando do Conselho de Segurança. uma nova geopolítica mundial para discutir essa questão climática", acrescentou.

Na avaliação de Lula, esse novo entendimento mundial deveria balizar as questões climáticas para todos. "É preciso ter nova discussão sobre questão climática e nova governança mundial. Porque sobretudo na questão do clima, é preciso que a gente decida a nível internacional e que essa decisão valha para todos os países do planeta", argumentou.

Ao citar a Amazônia, o petista defendeu a soberania brasileira, mas citou a possibilidade de "cooperação com a ciência". "Explorar todo potencial de nossa biodiversidade para saber o que a gente pode produzir, seja na indústria de comércio, seja na de fármaco, para a gente gerar melhoria de vida e emprego para 28 milhões de pessoas que moram na região amazônica", declarou, prometendo discutir a questão da Amazônia "com muito carinho" junto a todos os países da região.

"Não precisamos derrubar mais nenhuma árvore para plantar mais soja", defendeu, em aceno à pauta ambientalista cara ao público internacional. Na entrevista, Lula também afirmou que "é plenamente possível você fazer uma luta muito dura contra o desmatamento, queimadas nesse País, envolvendo prefeitos".

Juros e inflação

Lula prometeu que um eventual novo governo petista faria um "trabalho duro" para baixar juros e inflação no País. "Vamos ter que fazer um trabalho imenso, duro, de muita seriedade para trazer a taxa de juros para número considerado razoável pela sociedade brasileira. Segundo, trabalhar para trazer a inflação para patamar que seja razoável", afirmou na entrevista à imprensa internacional.

O ex-presidente garantiu que a situação econômica desafiadora não é "novidade" para ele. "Para mim não existe novidade em pegar o País na situação que está hoje. Eu já peguei uma vez. O que acontece é que agora está mais desindustrializado do que estava em 2003", declarou. "O Estado brasileiro vai ter que fazer grande investimento em obras públicas, o Estado precisa ser indutor de crescimento", seguiu.

Política monetária

O candidato do PT à Presidência da República também afirmou que a decisão de política monetária do Banco Central não pode ser "apenas um instrumento para conter a inflação".

"Acontece que a decisão e a função que se dá ao Banco Central não pode ser apenas instrumento de aumentar a taxa de juros para tentar conter a inflação. Isso é muito bonito quando tem inflação de demanda, mas quando não tem inflação de demanda não precisa utilizar aumento de juro", declarou o petista à imprensa internacional.

Lula defendeu ainda a redução do preço dos combustíveis patrocinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. "Vamos cuidar de preços administrados e vamos cuidar de aumentar a capacidade produtiva de alimento desse País para que a gente não tenha aumento de inflação", disse.

Na entrevista, o candidato voltou a defender a recuperação da capacidade de investimento e crédito de BNDES, Caixa e Banco do Brasil. "A gente precisa convencer investidores estrangeiros para fazer investimento em algo novo", acrescentou.

Veículos da imprensa internacional repercutiram a investida do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra urnas eletrônicas ocorrida na tarde desta segunda-feira (18). Jornais do mundo inteiro noticiaram, nesta terça terça-feira (19), o encontro em que o chefe do Executivo disse a diplomatas estrangeiros, sem apresentar provas, que há inconsistências na segurança do processo eleitoral brasileiro.

O americano The New York Times (NYT), um dos jornais de maior relevância no mundo, chamou o gesto de Bolsonaro de "potencial prévia" de sua estratégia para uma eleição na qual, como apontam as pesquisas, "ele pode perder de forma esmagadora".

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Assim como o Estadão, a publicação ouviu participantes do encontro sob condição de anonimato. Diplomatas disseram ao jornal americano que se preocuparam com a possibilidade de o presidente estar "preparando o terreno para contestar os resultados da eleição se ele perder".

O NYT sugeriu que Bolsonaro pode estar seguindo as pegadas do ex-presidente americano Donald Trump, que atiçou apoiadores contra o sistema eleitoral dos Estados Unidos em uma ação que desembocou no ataque ao Capitólio, no início do ano passado, que deixou cinco mortos. "Assim como Trump, Bolsonaro parece estar desacreditando a votação antes que ela aconteça, em um suposto esforço para aumentar a confiabilidade e a transparência", afirmou o jornal norte-americano.

O La Nación da Costa Rica destacou o fato de não haver provas que fundamentem o discurso de Bolsonaro contra as urnas. O jornal ressaltou a polarização que há no Brasil entre o atual presidente e seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é líder nas pesquisas de intenção de voto.

O La República, da Colômbia, noticiou que o presidente brasileiro compartilhou sua "preocupação" com diplomatas e que ele tem questionado "repetidamente" o sistema de votação do País. A publicação ainda lembrou que a Argentina, governada pelo esquerdista Alberto Fernández, não foi representada no encontro.

O serviço de notícias americano Bloomberg classificou os questionamentos de Bolsonaro como "velhas e refutadas teorias da conspiração". "Bolsonaro, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todas as pesquisas de opinião, repetidamente questionou a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do Brasil, até mesmo alegando sem provas que sua eleição de 2018 foi fraudada e que ele deveria ter vencido no primeiro turno", disse a reportagem.

De volta ao cenário político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ser destaque na imprensa internacional nesta sexta-feira, 19. Em entrevista ao jornal francês Le Monde, Lula afirmou "não ver problema" em concorrer novamente ao Palácio do Planalto em 2022. Segundo o ex-presidente, porém, o principal objetivo do pleito é impedir uma reeleição de Jair Bolsonaro.

Questionado se seria candidato em 2022, Lula disse ainda não saber. O petista argumentou que terá 77 anos nas próximas eleições, e condicionou encabeçar uma nova corrida eleitoral a seu estado físico e a um consenso de lideranças progressistas sobre a indicação de seu nome.

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"Eu tenho 75 anos. Em 2022, na época das eleições, terei 77. Se eu ainda estiver em plena forma, e for estabelecido um consenso entre os partidos progressistas deste país para que eu seja candidato, bem, não verei nenhum problema em ser. Mas já fui candidato antes, fui presidente e servi por dois mandatos. Também posso apoiar alguém em boa posição. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro governar mais este país", afirmou à publicação francesa.

Lula também voltou a falar sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou suas condenações por casos relacionados à operação Lava Jato. Apesar de afirmar que a decisão chegou com cinco anos de atraso, o petista afirmou que a verdade foi exposta e se referiu ao ex-juiz Sérgio Moro e aos procuradores da força-tarefa como "gângsters".

"Por anos 210 milhões de brasileiros foram enganados, forçados a acreditar nas mentiras dos promotores da Lava Jato e do juiz Sergio Moro, que se comportaram como verdadeiros gângsters. A verdade agora está na mesa do público. Isso é tudo que eu queria."

Outro alvo das críticas de Lula foi Jair Bolsonaro. O ex-presidente criticou as tomadas de decisão do Executivo durante a pandemia, afirmou que o Brasil "merece coisa melhor" que o atual governo e chamou Bolsonaro de genocida. "Comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. Pessoas morrendo nos portões dos hospitais, a fome voltou. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo ao invés de livros e vacinas. O Brasil é chefiado por um presidente genocida. É muito, muito triste".

As declarações de Lula à imprensa internacional vem seguindo uma mesma linha desde a decisão de Fachin. Na quarta-feira, 17, o ex-presidente já havia declarado à CNN americana que poderia concorrer em 2022. "Quando chegar o momento de concorrer às eleições, se o meu partido e os partidos aliados entenderem que eu posso ser o candidato, se eu estiver bem, com a saúde e energia que eu tenho hoje, eu posso reassegurar que eu não vou negar essa convocação, mas eu não quero falar sobre isso", disse.

Na entrevista, Lula adotou uma postura de protagonista na política nacional e chegou a pedir medidas do presidente americano, Joe Biden, para ajudar na vacinação de países mais pobres do continente. "Uma sugestão que eu gostaria de fazer ao presidente Biden através do seu programa é: É muito importante convocar uma reunião do G-20 urgentemente", disse. E completou: "eu sei que os Estados Unidos possuem vacinas em excesso e que não serão usadas todas essas vacinas. E talvez essa vacina, quem sabe, possa ser doada ao Brasil ou a outros países, até mais pobres do que o Brasil, que não podem pagar por essa vacina".

Diversos veículos da imprensa internacional repercutiram nesta terça-feira, 7, a afirmação dada pelo presidente Jair Bolsonaro de que o mandatário contraiu o novo coronavírus. Os jornais enfatizaram que, desde o início da pandemia no Brasil, a postura do presidente foi de minimizar a doença.

O New York Times noticiou o fato na principal página de seu site, ressaltando que o presidente passou meses negando a gravidade da pandemia. O jornal relembrou que o presidente do Brasil descumpriu reiteradamente as recomendações de saúde, como evitar aglomerações e fazer uso de máscara.

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O Washington Post também destacou o fato em sua principal página digital e reforçou que até agora o presidente se colocou como cético da doença, destoando da postura de outras lideranças mundiais. O Post relembrou que o presidente chamou a doença de "gripezinha" e chegou a anunciar que faria um grande churrasco, o que provocaria aglomeração em meio à escalada de mortes no País.

A Bloomberg, que também noticiou o fato, mencionando ainda que o presidente se reuniu com apoiadores sem fazer uso de máscara. A notícia também repercutiu no El País, da Espanha.

A imagem de Bolsonaro ocupou também a principal página digital do jornal francês Le Monde, que destacou que o presidente brasileiro teve agenda com diversos ministros de Estado na última semana.

Em meio a uma crise sanitária histórica, que deve preceder uma econômica, e ainda uma convulsão política, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) virou tema dos principais veículos de comunicação no exterior em edições de ontem e também no final de semana. Em todas as reportagens, há fortes críticas contra o líder brasileiro, apontado como condutor de uma abordagem "irresponsável e perigosa" para conduzir o País em meio à pandemia.

A revista americana Time, publicada no final de semana, traz reportagem com o título "Brasil começa a perder a luta contra o coronavírus - e seu presidente está olhando para o outro lado". "O presidente pode ainda sobreviver, mas muitos cidadãos brasileiros não vão", disse a reportagem ao falar que Bolsonaro incentiva as pessoas a deixarem o isolamento.

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O texto contextualiza ainda a crise política provocada por Bolsonaro contra governadores que apoiam medidas restritivas para combater a doença, além das demissões de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich do Ministério da Saúde e de seus atritos com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de interferir na Polícia Federal para proteger parentes. Moro, ao falar à Time, disse que "há dificuldade no combate à pandemia no Brasil" em razão da posição "negacionista" do presidente.

Já o jornal econômico Financial Times publicou ontem um artigo dizendo que Bolsonaro está levando o Brasil ao desastre com sua condução da crise causada pelo novo coronavírus. O texto foi publicado pelo colunista Gideon Rachman, o principal analista de assuntos externos do diário britânico.

No texto, Rachman disse que o presidente brasileiro adotou uma abordagem semelhante à de Donald Trump, mas ainda mais "irresponsável e perigosa". "Ambos os líderes ficaram obcecados com as propriedades supostamente curativas da hidroxicloroquina. Mas enquanto Trump está apenas tomando o produto, Bolsonaro forçou o Ministério da Saúde a emitir novas diretrizes, recomendando o medicamento para pacientes com coronavírus", escreveu. "O Brasil já está pagando um preço alto pelas palhaçadas de seu presidente", afirmou o articulista.

Já o jornal conservador britânico The Telegraph disse, na edição de ontem, que o País enfrenta uma "implosão política" e um vírus mortífero fora de controle e Bolsonaro, agora, pode se tornar conhecido como o homem que quebrou o Brasil. A publicação descreve o presidente como "um líder ciumento e vingativo dirigindo uma nação em crise".

O americano The New York Times afirmou no final de semana que, "enquanto hospitais entravam em colapso, Bolsonaro passou os últimos meses brigando com a Suprema Corte, com o Congresso e até com seus ministros".

"A imprensa mundial é de esquerda. O (Donald) Trump sofre muito com isso", disse ontem o presidente sobre as reportagens. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro hostilizaram profissionais da imprensa na manhã desta segunda-feira, 25, em frente ao Palácio da Alvorada, com diversos insultos. As agressões verbais ocorreram pouco após o próprio presidente criticar jornalistas. "O dia que vocês tiverem compromisso com a verdade eu falo com vocês", disse, indicando que não daria entrevista.

Os xingamentos contra profissionais da imprensa pela claque bolsonarista se tornaram rotina no Palácio da Alvorada, mas nesta segunda-feira foi um tom acima, principalmente pela presença de um número maior de apoiadores.

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"Mídia lixo", "comunistas", "safados" foram alguns dos insultos ditos nesta segunda, logo após Bolsonaro deixar o local. "Mídia golpista, comprada, cambada de safados. Não sei como vocês colocam a cabeça no travesseiro. Seus lixos", disse um apoiador, chegando bem próximo ao local reservado aos profissionais da imprensa. O espaço é cercado por grades.

Diariamente, grupos de apoiadores aguardam para falar com o presidente pela manhã, quando Bolsonaro deixa a residência oficial, e no fim da tarde, quando ele retorna. Nesta segunda-feira, o movimento foi maior, já que muitos viajaram a Brasília para participar de ato pró-governo realizado no domingo, 24, na Esplanada dos Ministérios. Por causa da lotação, alguns apoiadores ficaram em uma área do lado oposto, em frente ao espelho d’água do Palácio.

Ao descer do carro nesta manhã, o presidente retirou a máscara para falar com os apoiadores que estavam próximo ao espelho d’água. Ao se dirigir para cumprimentar as pessoas que o esperavam, do outro lado, colocou o equipamento de segurança - que é obrigatório no Distrito Federal. O presidente falou com apoiadores por cerca de quinze minutos.

A segurança no Palácio da Alvorada é responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mas nessa manhã os seguranças levaram alguns minutos para retirarem o grupo do local. Com o aumento das agressões verbais, duas grades foram instaladas na tentativa separar jornalistas e apoiadores. O reforço, no entanto, foi retirado e apenas uma grande e uma fita de contenção são usadas para segurança. Procurado nesta segunda-feira, o GSI não se manifestou.

Além de xingamentos, apoiadores já chegaram a revirar o lixo em frente à sala em que ficam jornalistas na tentativa de expor repórteres, cinegrafistas e fotógrafos. A equipe de segurança abordou os homens e pediram para que apagassem o vídeo. As imagens, no entanto, foram compartilhadas nas redes sociais.

Mais tarde, ainda nesta segunda-feira, jornalistas voltaram a ser hostilizados por apoiadores do presidente em frente ao Ministério da Defesa, na Esplanada dos Ministérios. Bolsonaro participou de almoço com o chefe da pasta, Fernando Azevedo e Silva, e com os comandantes das Forças Armadas. A Polícia Militar do Distrito Federal precisou intervir para afastar o grupo.

Incentivo

Bolsonaro já incentivou apoiadores a intimidar os profissionais de imprensa no local em outras ocasiões. Em março, jornalistas que fazem a cobertura diária no Alvorada se retiraram de entrevista concedida pelo presidente após ele mandar repórteres ficarem quietos e estimular apoiadores a hostilizar os profissionais que estavam no local.

"É ele que vai falar, não é vocês não", disse, mandando os repórteres ficarem quietos. Em outra ocasião, Bolsonaro mandou jornalistas calarem a boca ao ser questionado sobre interferência política na Polícia Federal. O presidente também já chamou jornalistas de "idiotas" pelas redes sociais ao afirmar que era falsa a informação de que faria um churrasco, anunciado por ele mesmo.

Os registros de agressões físicas de apoiadores também aumentaram. No início de maio, profissionais do Estadão foram agredidos com chutes, murros e empurrões por apoiadores de Bolsonaro durante manifestação pró-governo na Esplanada dos Ministérios. Em outro ato, uma apoiadora bateu com o mastro de uma bandeira do Brasil na cabeça de uma jornalista da Band News.

O pedido de demissão do ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, recebeu destaque nos principais sites da imprensa mundial. Teich pediu demissão menos de um mês depois de assumir o cargo e sai após entrar em choque com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

O jornal norte-americano The New York Times destacou logo no início do site, onde há um ao vivo sobre a pandemia do novo coronavírus, a demissão do ministro brasileiro. "Ministro da Saúde do Brasil deixa o cargo após menos de um mês após choques com Bolsonaro", diz a chamada. O jornal destaca ainda a demissão do ministro anterior, Luiz Henrique Mandetta pelos mesmos atritos com o presidente da República.

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O também norte-americano Washington Post segue a mesma Linha e destaca em seu ao vivo a notícia do País. "Brasil perde seu segundo ministro da Saúde em menos de um mês", diz a chamada. A notícia ressalta o embate com Bolsonaro sobre o uso da cloroquina no tratamento da covid-19.

O espanhol El País, em sua versão Américas, colocou a notícia em sua manchete. "Ministro da Saúde do Brasil apresenta sua renúncia após menos de um mês no cargo". Em seguida, o site destaca o número de quase 14 mil mortos e 206 mil casos confirmados no País.

Na página do inglês The Guardian, a notícia também aparece no destaque do ao vivo sobre a pandemia. "Brasil: segundo ministro da Saúde renuncia em menos de um mês enquanto as mortes por covid-19 aumentam". O jornal chama a demissão de Teich de "repentina".

América Latina

A imprensa da América Latina também destaca a demissão de Teich. O argentino Clarín afirma: Situação no Brasil: renunciou o segundo ministro da Saúde de Bolsonaro: ficou no cargo menos de um mês." Outro jornal argentino, o La Nación afirma "Crise: renunciou o ministro da Saúde de Bolsonaro menos de um mês depois de assumir".

O El Comercio do Equador destaca a notícia como primeiro item do setor ao vivo: Ministro da Saúde do Brasil renuncia após incompatibilidades com Jair Bolsonaro. O paraguaio ABC Color colocou na manchete da área Mundo a notícia sobre o Brasil. "Ministro da Saúde do Brasil se demite com a pandemia em pleno crescimento".

As críticas do presidente Jair Bolsonaro às medidas de isolamento que visam mitigar o contágio do coronavírus estão repercutindo no exterior. Em discurso transmitido em rede nacional na noite de terça-feira, Bolsonaro pediu a reabertura de lojas e escolas, ainda que especialistas de saúde pública recomendem o confinamento para "achatar a curva" de contaminação pelo covid-19.

O New York Times destacou que Bolsonaro vê a questão do coronavírus como "exagerada" e citou os panelaços que ocorreram na terça durante o discurso do presidente. "Enquanto ele falava, alguns brasileiros que estão em casa, em isolamento, protestaram contra o que consideraram como atitude blasé em relação à pandemia", informa o jornal americano.

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Colunista do The Washington Post, outro jornal dos Estados Unidos, Ishann Tharoor diz que Bolsonaro, "ao contrário de Trump", encara a ameaça do coronavírus com "ceticismo". "Ele declarou o coronavírus como uma 'gripezinha' e criticou governadores do País por instituírem bloqueios em alguns dos principais Estados. E ele divulgou suas próprias supostas proezas atléticas como evidência de que ele poderia suportar o vírus", escreveu o analista.

O inglês The Guardian, que chama Bolsonaro de "presidente de extrema direta", destaca que o mandatário brasileiro "disse que não sentiria nada se infectado com o covid-19". "As observações incendiárias de Bolsonaro ocorreram quando o Rio de Janeiro e São Paulo foram colocados sob bloqueio parcial pelas autoridades municipais e estaduais, que temem uma explosão de casos nos próximos dias", diz matéria publicada no portal estrangeiro. "O presidente resistiu a medidas drásticas para impedir a propagação do que ele chama de 'gripezinha'", informa outra nota do mesmo site.

Ainda na Europa, o francês Le Monde afirma que Bolsonaro minimizou os riscos do covid-19, "que já matou mais de 18 mil pessoas em todo o mundo e forçou um terço da humanidade a aderir medidas de confinamento". O portal alemão Deutsche Welle, por sua vez, traz que Bolsonaro é cada vez mais criticado em sua forma de lidar com o coronavírus. "Ele chama de 'histeria' e 'gripezinha'", diz o jornal.

Sobre o pronunciamento de Bolsonaro, o Japan Times publicou análise do jornalista Dave Graham. "O esquerdista mexicano Andres Manuel López Obrador e o presidente brasileiro de direita Jair Bolsonaro nadaram contra a maré da opinião científica - diminuindo os riscos, delegando responsabilidades e ignorando os conselhos dados ao público", defende o texto. López Obrador também tem resistido às orientações de isolamento, de olho nos impactos econômicos.

Na América Latina, o argentino Clarín traz análise do editor Ricardo Roa, que cita Bolsonaro e seu posicionamento em coluna intitulada "O vírus da gripe e o delírio". Já o jornal chileno Emol ressalta que a fala de Bolsonaro foi feita no mesmo dia em que o número de casos de coronavírus no Brasil chegou a 2.201, com 46 mortes.

A prisão do ex-presidente Michel Temer teve repercussão em veículos estrangeiros, especialmente os latino-americanos, reflexo do impacto que a Operação Lava Jato, que prendeu Temer, tem tido na política dos países vizinhos.

O Clarín, da Argentina, deu amplo destaque à prisão em seu site. O jornal falou do forte efeito Lava Jato ao apontar que "o caso é considerado a maior operação anticorrupção da história do Brasil e mudou profundamente o gigante sul-americano, até poucos anos atrás uma das potências mundiais emergentes".

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O maior jornal da Colômbia, El Tiempo, colocou a prisão de Temer como notícia principal em seu site. "É o segundo ex-presidente do País a ser detido por esse delito", diz a chamada. El Comercio, do Peru, destacou que, enquanto presidente, Temer havia se livrado de denúncias. "O Ministério Público chegou a solicitar duas vezes a abertura de julgamentos de corrupção contra Temer, mas o Congresso se recusou a autorizar o processo. Todos os casos contra ele dependiam da perda do foro privilegiado."

O El País, jornal espanhol, deu ênfase em sua capa de língua espanhola à prisão, e também falou sobre a operação que prendeu diversos políticos, empresários e doleiros brasileiros. "Temer, que era vice-presidente de Dilma Rousseff, tomou posse em agosto de 2016 após o impeachment da sucessora de Lula em um dos capítulos do terremoto causado no Brasil, especialmente, mas também no resto da América Latina, pela investigação de um enorme sistema de pagamento e coleta de subornos em troca de concessões de obras públicas", apontou a publicação.

A rede de TV americana CNBC mostrou em sua página inicial a prisão. A agência de notícias Dow Jones Newswires enfatizou que a prisão pode mudar a percepção sobre a Lava Jato. "A prisão de Temer chega em um momento chave na Lava Jato, que já dura cinco anos e que muitos críticos dizem ter sido uma caça às bruxas com motivação política contra a esquerda brasileira e Lula", disse a agência. O Wall Street Journal, que pertence ao mesmo grupo que a Dow, publicou a notícia em seu site.

O New York Times noticiou a prisão e enviou alerta pelo celular aos leitores. A reportagem diz que "Temer era um presidente profundamente impopular que usou grande parte de seu limitado capital político lidando com investigações criminais que o perseguiram nos últimos anos". Já o concorrente Washington Post havia colocado a informação em destaque no site e chegou a enviar e-mail para clientes alertando sobre o acontecimento.

A BBC, empresa pública de comunicação do Reino Unido, noticiou a prisão de Temer em seu site. "Mídia local diz que a polícia tem tentado alcançar Temer, que deixou a Presidência em 1º de janeiro, desde quarta-feira".

O The Guardian, também britânico, disse em reportagem que a prisão de Temer era "iminente" desde que ele deixou a Presidência, e que a revolta com corrupção na política contribuiu para "a ascensão do sucessor de extrema-direita de Temer, Jair Bolsonaro". O Financial Times repercutiu a prisão na internet. O Der Spiegel, da Alemanha, também deu destaque à notícia em seu site.

A notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi novamente condenado no âmbito da Lava Jato na quarta-feira, 6, com sentença de 12 anos e 11 meses, desta vez por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no processo do sítio de Atibaia, provocou repercussão na imprensa internacional.

Sob o título, "Lula condenado novamente por corrupção, deixando o seu futuro político nebuloso", o New York Times destacou o novo revés do ex-presidente. "(A condenação) torna cada vez mais improvável que o homem que já foi considerado o "leão" da esquerda latino-americana conseguirá recuperar sua influência política", crava o prestigiado jornal americano.

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O espanhol El País destacou que a derrota representa um "mazazo" para Lula, ou seja, um duro golpe, "que ainda espera uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o recurso de sua primeira condenação' - alusão ao processo do triplex do Guarujá, no qual o petista pegou 12 anos e um mês de reclusão e está preso desde abril do ano passado.

A decisão da juíza federal Gabriela Hardt, da Operação Lava Jato, que impôs a Lula a pena mais pesada, também foi comentada pelo argentino Clarín, que destacou o tuíte do presidente da República Jair Bolsonaro comentando a condenação.

"A notícia, com um retrato de Lula, foi tuitada pelo presidente da extrema direita, Jair Bolsonaro, que durante a campanha eleitoral prometeu que, se eleito, o ex-líder sindical iria 'apodrecer na prisão'", diz o texto.

O português Publico afirmou que a prisão de Lula "transformou-se num dos principais campos de batalha política no Brasil".

Em sua cobertura sobre o caso, a BBC mencionou a reação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no Twitter, que disse que "a perseguição a Lula não para".

A árabe Al Jazeera, por fim, destacou que "Lula é o ícone de maior status entre vários políticos e figuras corporativas que foram derrubados pela operação (Lava Jato)".

O rompimento de barragem da Vale em Minas Gerais e o desaparecimento de 200 pessoas é destaque da imprensa internacional nesta sexta-feira, 25.

A tragédia foi noticiada pelos jornais americanos The New York Times, Washington Post, e The Wall Street Journal, pela emissora americana CNN, pelos ingleses The Guardian e Financial Times e pelo francês Le Monde.

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Le Monde, Wall Street Journal e Financial Times citam em seus textos que a Vale é uma das proprietárias da Samarco, que viu uma de suas barragens romper, em 2015. Na ocasião, o distrito de Bento Rodrigues foi soterrado e 19 pessoas morreram.

Financial Times, que tem ênfase na cobertura econômica, incluiu a informação da queda de 8% das ações da Vale listadas na bolsa de Nova York.

Jornais internacionais destacaram em seus sites o ataque a faca sofrido pelo candidato ao Planalto pelo PSL, Jair Bolsonaro, na tarde desta quinta-feira, 6, em Juiz de Fora (MG).

Veículos portugueses foram os primeiros a noticiar o ataque, com o Diário de Notícias apontando que o presidenciável foi transportado para um hospital e que está livre de perigo. Em seu site, o jornal também publicou um vídeo onde é possível ver o ataque sofrido por Bolsonaro. Também em Portugal, o Público destacou que o candidato foi esfaqueado enquanto era carregado por apoiadores durante comício na cidade mineira.

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Também em solo europeu, o britânico The Guardian afirmou que Bolsonaro polarizou a opinião pública no Brasil com seus apelos por leis mais frouxas quanto ao armamento e com ataques a partidos de esquerda e elogios à ditadura militar.

"O aumento do crime violento, a revolta com os escândalos de corrupção e uma eficiente operação de mídias sociais o ajudaram a obter apoio e ele é o segundo nas pesquisas de intenção de voto, perdendo apenas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi impedido de concorrer", escreve o Guardian.

O também britânico Express também enfatizou que Bolsonaro lidera as pesquisas no cenário sem Lula e destacou um tuíte do filho do candidato, que afirmou que o ferimento foi "apenas superficial". Já o Mirror afirmou que Bolsonaro é o "Donald Trump brasileiro" e descreveu o ocorrido em detalhes, também colocando vídeos que mostram o momento do ataque.

Nos Estados Unidos, o The New York Times disse que Bolsonaro lidera as pesquisas e, para apresentar o candidato aos leitores, afirmou que o presidenciável é "uma figura profundamente polarizadora" e que enfrenta acusações por "declarações depreciativas em relação a mulheres, negros e gays", além de falar nostalgicamente sobre a ditadura militar no Brasil. Também o Washington Post publicou que uma nota apontando o ocorrido e destacou que não há perigo à vida de Bolsonaro.

A rede de TV americana CNN também noticiou o ataque a Bolsonaro em sua programação, assim como a rede britânica BBC, que destacou que muitos chamam o candidato de "Trump brasileiro". Assim como o NYT, a BBC destacou que Bolsonaro é visto como "um candidato divisivo" e que fez comentários preconceituosos contra homossexuais e mulheres.

O incêndio de grandes proporções que destruiu o acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, ganhou repercussão em veículos de comunicação de todo o mundo. 

O jornal New York Times, dos Estados Unidos, publicou que as chamas “engoliram” o museu, ameaçando centenas de anos da história do Brasil. O Washington Post destacou a batalha dos bombeiros contra o fogo no museu que “abrigava artefatos egípcios, arte greco-romana e alguns dos primeiros fósseis encontrados em solo brasileiro”. Já a emissora de televisão CNN ressaltou que o maior meteorito já encontrado no país também estava abrigado no museu.

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A britânica BBC publicou, com destaque na capa, o devastador incêndio que consumiu, entre milhares de objetos, o mais antigo esqueleto humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos e representa uma jovem entre 20 e 24 anos. O The Guardian ressaltou a perda “incalculável” para o Brasil.

Na Europa, o El País destacou o fato de o museu ser “a mais antiga instituição científica e de história natural do Brasil, criada pelo rei João VI em 1818, época em que o país ainda era uma colônia de Portugal”. O jornal espanhol também noticiou que as causas da tragédia ainda são desconhecidas. Já o português Público trouxe o incêndio como matéria principal de capa e com uma galeria de fotos do fogo consumindo o palácio.

Enquanto na América Latina, o El País do Uruguai afirmou que o incêndio “devorou uma joia cultural” do Brasil e que no momento em que as chamas queimavam o museu, a tristeza e a raiva se misturavam à indignação de professores, alunos e investigadores. Já o jornal Clarín, da Argentina, destacou em sua capa a história do incêndio que destruiu o acervo que continha cerca de “20 milhões de peças valiosas". Por fim, o chileno El Mercurio trouxe estampada na capa uma foto do museu em chamas e concluiu que o Brasil “perde dois séculos de história”.

A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi destaque nos principais jornais dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, Alemanha, Espanha, Argentina, do Uruguai, da Bolívia e Venezuela. Todos colocaram na capa imagens do ex-presidente, citaram sua biografia e as repercussões políticas em torno do episódio.  

Nos Estados Unidos, o Washington Post lembrou que o homem chamado pelo ex-presidente norte-americano Barak Obama de “o político mais popular do mundo” converteu-se no “prisioneiro mais famoso da região”. O New York Times, em sua versão em espanhol, colocou na manchete a "virada" na carreira de um operário metalúrgico, que enfrentou a ditadura e chegou à Presidência da República.

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O britânico The Guardian também noticiou que Lula se entregou, depois de desafiar o pedido de prisão do juiz Sérgio Moro e de afirmar inocência. Segundo o jornal britânico, a prisão dele representa o fim de “uma era da esquerda no Brasil” . Na França, o Le Monde ressalta que Lula demorou para se entregar à Polícia Federal e conta a trajetória política dele afetada por questões na Justiça.

O EL Pais, da Espanha, na versão para a América Latina, fez um editorial em que defendeu a necessidade de o Brasil promover eleições presidenciais em clima de estabilidade. O alemão Deutsche Welle ressalta a prisão de Lula e a tentativa de impedi-lo de deixar o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

Transmissão ao Vivo

Na Argentina, as emissoras de televisão  transmitiram ao vivo o dia ontem (7), em São Bernardo do Campo (SP), desde a missa de que o ex-presidente participou até o momento em que ele foi transportado para Curitiba (PR). Comentaristas e analistas políticos observavam os efeitos da prisão de Lula nas eleições presidenciais de outubro.

O jornal El Clarín, da Argentina, chamou na capa o dia ontem de "show político". O La Nacionaltambém pôs na manchete o “fim da resistência de Lula” , enquanto o jornal Página 12 destacou a manifestação que deixou pelo menos oito feridos em Curitiba.

No Uruguai, o El País colocou na manchete: “Brasil estremecido” e Lula numa "cela de quinze metros” . Os presidente da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro, segundo a imprensa,  manifestaram apoio a Lula.

Jornais da Europa destacam na manhã desta sexta-feira, 6, a possibilidade da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o impacto esperado nas eleições brasileiras. O espanhol "El Pais" destacou que Lula poderá se tornar presidiário pela segunda vez na vida.

O periódico lembrou o encarceramento do ex-presidente durante o período da Ditadura Militar no Brasil. "O herói sindical, o presidente mais popular que o Brasil já teve dentro e fora de suas fronteiras, entrará agora na prisão por uma acusação vergonhosa", diz a reportagem.

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A popularidade de Lula durante seus anos de governo também foi lembrada pelo jornal francês "Le Monde". O periódico traçou a cronologia de "ascensão e queda" do ex-presidente brasileiro, recapitulando a historia dele como sindicalista, presidente e, mais tarde, como investigado e condenado por corrupção na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Já o britânico "Financial Times" destacou o impacto nas eleições presidenciais brasileiras de 2018. Para o jornal, a ordem de prisão de Lula "abre o cenário das eleições", uma vez que ele vinha liderando as pesquisas de intenção de voto no País. Para o jornal, o pleito brasileiro deve ser "o mais imprevisível dos últimos tempos".

Os principais jornais ao redor do mundo estão repercutindo a derrota na Suprema Corte que deixou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais perto da prisão da Lava Jato. Os veículos chamam atenção para o possível encarceramento do petista após a rejeição do habeas corpus preventivo no qual ele pedia para exaurir recursos a todas as instâncias em liberdade.

O norte-americano "The New York Times" lançou ao ar em seu portal a manchete: "Ex-presidente brasileiro, 'Lula', pode ser preso, decide Corte". O tradicional jornal afirmou que o julgamento do habeas de Lula "forçou os juízes a enfrentar uma questão com implicações de longo alcance para muitas outras figuras poderosas enredadas na investigação de corrupção em grande escala conhecida como Lava Jato, incluindo o atual presidente, Michel Temer: Em que ponto do processo de apelação pode o réu ser preso?"

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O jornal ressaltou que a Corte deu "sua resposta" à questão: decidiu manter o status quo, "em que condenados podem ser encarcerados após decisões de segunda instância". "Com a decisão nas mãos, é esperado de Sérgio Moro, o juiz federal que conduziu as investigações contra Lula, que expeça um mandado de prisão contra o ex-presidente em questão de dias".

Já o "El País", da Espanha, afirmou que, apesar de o Brasil ser o "reino do imprevisível, dos meandros burocráticos, das reviravoltas de última hora, tudo indica que Lula está a ponto de ser tornar um presidiário nos próximos dias".

O veículo destaca que a prisão do ex-presidente terá "enormes consequências políticas" levando em consideração que Lula "encabeçava as preferências de voto para as eleições presidenciais de outubro".

A BBC de Londres também chamou atenção para a proximidade de uma eventual prisão de Lula e sobre os impactos que ela terá nas eleições desde ano. Sobre o julgamento, a emissora ressaltou a "maratona" do Supremo que terminou na madrugada desta quinta-feira, 5.

A emissora também relembrou aos britânicos sobre do que se trata a Operação Lava Jato. "A investigação, nomeada Operação Lava Jato, revelou uma enorme teia de corrupção envolvendo políticos da alta cúpula em um amplo espectro de partidos pegando propinas".

A presidente cassada Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 26, que o PT vai esgotar todas as instâncias judiciais possíveis para ter como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República nas eleições deste ano. "Só temos um plano: Luiz Inácio Lula da Silva. Não tem plano B. Não vamos aceitar que não possamos participar das eleições. Vamos esgotar todas as instâncias", declarou Dilma em entrevista coletiva a veículos de imprensa estrangeiros.

Dilma afirmou que a comitiva do PT que acompanhava o ex-presidente Lula pela região Sul do País foi atacada por milícias. "Milícias armadas, com varas, pedras e chicote", condenou. A presidente cassada disse ainda que a intervenção federal no Rio é na verdade um projeto político para a eleição, mas garantiu que o candidato do PT vai derrotar o "golpe" e impedir a privatização da Petrobras.

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"Na torcida pela saída do Lula, o presidente ilegítimo achou que dava para concorrer", comentou Dilma. Ela ainda ironizou novos nomes que surgiram no cenário político em meio à corrida eleitoral, dizendo que fazem "política social de auditório". "Distribuição de casa e carro de auditório?", questionou.

Os principais veículos de comunicação da Europa, da Ásia e da América Latina estão repercutindo o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com alguns sites afirmando que a confirmação da condenação do petista lança o Brasil em um período de incerteza política em pleno ano eleitoral, uma vez que ele é favorito nas pesquisas de opinião.

O britânico The Guardian traz o assunto na capa, com a notícia sendo a 9ª mais lida do portal. A reportagem diz que a decisão unânime da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de manter a condenação do ex-presidente, "complica os planos de Lula para um terceiro mandato e marca um revés extraordinário na sorte do líder mais popular da história moderna do Brasil".

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Também no Reino Unido, o site da BBC destaca a condenação de Lula em sua página principal, lembra que ele ainda pode recorrer da decisão, e diz que o Partido dos Trabalhadores não tem uma plano B para as eleições de outubro. Já o Financial Times chama atenção para o fato de os ativos brasileiros terem ampliado os ganhos no mercado financeiro após a condenação e diz que apoiadores de Lula estão se manifestando em várias cidades do País.

Na França, o Le Monde chama Lula de "figura mítica" da política brasileira e diz que, com a condenação, o futuro do ex-presidente está comprometido. A notícia virou manchete na versão espanhola do El País, que chama atenção para o fato de a pena de Lula ter sido estendida para 12 anos de prisão.

O site do jornal argentino Clarín transmitiu ao vivo o julgamento em sua página principal, com informações atualizadas sobre as etapas do processo. Com a manchete "duro revés para Lula", o Clarín destaca que o petista é apontado como favorito na corrida presidencial em "todos os levantamentos". No Peru, o El Comercio também destaca que o petista é o favorito na disputa eleitoral.

A rede árabe Al Jazeera deu grande destaque ao julgamento, com a manchete "Corte brasileira mantém condenação de ex-presidente por corrupção". A reportagem afirma que Lula foi impedido de se candidatar às eleições e também observa que a maioria das pesquisas mostra que o petista sairia vitorioso na disputa eleitoral. O site ainda disponibiliza um perfil do ex-presidente com o título "Lula da Silva: o ex-presidente irreprimível do Brasil".

Entre os veículos asiáticos, a versão em português do site Xinhua News, da China, também deu destaque para o julgamento, dizendo que o julgamento "lança incerteza sobre as eleições". O Xinhua ainda afirma que "as eleições provavelmente serão disputadas ferozmente a partir de quarta-feira, quando são esperados protestos a favor e contra Lula".

A poucas horas do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em Porto Alegre, o caso é mencionado nesta quarta-feira (24) nos sites de alguns dos principais jornais do mundo. Para cobrir o julgamento na capital gaúcha, cerca de 300 jornalistas se credenciaram, dos quais 54 são correspondentes internacionais.

O "Financial Times", por exemplo, afirma que o "Brasil ficará grudado à televisão" nesta quarta-feira para acompanhar o que descreveu como "o julgamento do século" no País. O jornal britânico ressalta que a ambição de Lula de concorrer à eleição presidencial poderá ser frustrada se a condenação ao ex-presidente for mantida.

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Os sites dos norte-americanos "New York Times" e "Washington Post" trazem matéria da Associated Press afirmando que o "futuro de Lula depende de um apartamento numa cidade decadente", referindo-se ao tríplex no Guarujá que, segundo denúncias, pertenceria ao ex-presidente.

O jornal publicou artigo do codiretor do Center for Economic and Policy Research, Mark Weisbrot, em que diz que as provas contra Lula estão muito abaixo do padrão que seria usado seriamente no sistema judicial dos Estados Unidos.

O espanhol "El País", por sua vez, diz em sua página que a decisão judicial de hoje sobre Lula marcará "o futuro político do Brasil". Já o argentino "La Nación" destaca em seu site que Lula - que tem figurado como favorito nas pesquisas para a eleição presidencial - promete lutar "até a morte". O julgamento está previsto para começar às 8h30 (de Brasília).

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