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O ministro Gilmar Mendes, que também integra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aproveitou seu voto nesta quinta-feira (13) sobre um recurso apresentado pelo PSDB que pede a impugnação do mandato da presidente Dilma Rousseff para criticar o enfraquecimento das instituições e apontou como exemplo o Tribunal de Contas da União (TCU).

"Quando as instituições não funcionam, elas perdem o seu sentido. Estamos a ver neste momento o que está acontecendo no TCU. Veja o mal que isso está causando às instituições. As instituições que não funcionam não são levadas a sério", disse.

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O TCU concedeu ontem um prazo adicional de 15 dias para que a presidente Dilma Rousseff apresente explicações complementares sobre irregularidades apontadas nas contas de 2014, as chamadas "pedaladas fiscais". A proposta foi aprovada pelo Plenário do Tribunal depois de pressão do Palácio do Planalto e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Durante o voto no TSE, Gilmar Mendes lembrou a Operação Lava Jato, que apura o esquema de desvios de recursos da Petrobras, e disse que a operação tem reflexo nas ações que estão sendo analisadas pelo TSE. Ao justificar a demora em devolver o processo que pede a impugnação do mandato da presidente ao Plenário do TSE, Mendes disse que levou cinco meses (de março, quando pediu vista, até agora) porque "a toda hora tinha que fazer atualizações" no caso devido à evolução da Lava Jato. "A cada nova operação, há fatos conexos aqui", argumentou. "Puxa-se uma pena e vem uma galinha na Lava Jato."

O TSE começou a analisar nesta manhã uma das quatro ações presentes na Corte que questionam a eleição da presidente Dilma Rousseff alegando abuso de poder econômico e político. A ação foi retomada hoje após pedido de vista de Gilmar, em março. O que está em análise é um recurso contra decisão da relatora do caso, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, que decidiu pelo arquivamento do processo, proposto pela Coligação Muda Brasil, pela qual o senador Aécio Neves (PSDB-MG) concorreu às eleições presidenciais no ano passado.

O ministro do Superior Tribunal Eleitoral Gilmar Mendes enviou ofício à Polícia Federal no dia 29 de junho pedindo apuração de irregularidades nas contas da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, revela a edição deste fim de semana da revista IstoÉ.

No documento, ao qual a revista teve acesso, o ministro chamou atenção para a Focal Comunicação Visual e a VTPB, que receberam juntas R$ 47 milhões da campanha de reeleição da presidente. A Focal já esteve envolvida no caso do mensalão. Mendes anexou ao ofício relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontando indícios de lavagem de dinheiro na movimentação da VTPB. De acordo com a revista, as duas empresas teriam recebido dinheiro desviado da Petrobras para a empreiteira UTC.

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No dia 27 de agosto do ano passado, a UTC doou R$ 2,5 milhões à campanha da petista, que teriam sido usados pelo então tesoureiro e hoje ministro Edinho Silva para pagar a VTPB (R$ 1,7 milhão) e a Focal Comunicação (R$ 672 mil).

Segundo a revista, o documento enviado por Gilmar Mendes à PF também menciona indícios de emissão de notas frias e ocultação de despesas pelas duas empresas contratadas pela campanha da petista em 2014.

As empresas, suspeitas de servir de fachada, garantem que prestaram os serviços pelos quais foram contratadas. A campanha de Dilma afirma que as doações foram legais e nega ter recebido dinheiro ilícito. (Equipe AE)

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, será o palestrante nesta terça-feira (30) de um evento realizado da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), em Minas Gerais. O evento marcado para as 18h terá como tema “Reforma política e os desafios à democracia brasileira”.

Antes da palestra Mendes fará uma visita ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), desembargador Paulo Cézar Dias. O desembargador tomou posse na presidência do TRE-MG na última quinta-feira (25) e será a primeira visita do ministro depois da posse de Paulo Dias no cargo. Além da visita ao desembargador, o vice-presidente do TSE também atenderá a imprensa na sede do Tribunal Eleitoral mineiro.

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O Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) vai homenagear o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), falecido em agosto de 2014, com o título de Doutor Honoris Causa. A honraria será entregue na próxima quarta-feira (10), durante o 5° Seminário Internacional de Direito Administrativo e Administração Pública, em Brasília. 

O título deverá ser entregue a viúva do líder socialista, Renata Campos. A sugestão para que o IDP prestasse uma homenagem a Eduardo Campos partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que integra o Instituto. 

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Em vida, o ex-governador recebeu o título de Doutor Honoris Causa em abril de 2012, concedido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em reconhecimento ao seu trabalho como Ministro da Ciência e Tecnologia (MCT) durante o governo do ex-presidente Lula (PT) nos anos de 2004 e 2005.

Seminário – O encontro vai debater as Tendências da Administração Pública abordando temas como o pacto federativo, o combate à corrupção pública, a segurança pública e a utilização de métodos e estratégias empresariais na gestão pública. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o irmão de Eduardo, o advogado Antônio Campos, integram a lista dos que palestram no evento. 

Na iminência de uma definição sobre a legalidade do financiamento empresarial de campanhas eleitorais - tema que está em discussão tanto no Congresso quanto no Supremo Tribunal Federal (STF) -, o ministro Gilmar Mendes, da Corte, avalia que os desvios de contratos da Petrobras já são "um financiamento público heterodoxo". Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mendes afirma temer a institucionalização do caixa 2.

"Se nós adotarmos um modelo de doações privadas de pessoas físicas com teto relativamente alto, muito provavelmente vamos ter um sistema de laranjal implantado. É razoável isso?", questionou o ministro.

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Na avaliação do ministro, é muito provável que outras decisões do governo continuem sendo analisadas pelo Supremo. "Tivemos esse caso do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), de ações restritivas de crédito e redesenho de uma política pública. Certamente vamos ter debates aqui sobre medidas do chamado ajuste fiscal envolvendo as ações do governo e do Congresso.

Mendes também fez comparações entre a operação Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras, e o mensalão. "O que se vem revelando é algo muito mais sério do que o mensalão, que, aparentemente, funcionou concomitantemente com o mensalão e por um período alongado. Fico com a sugestão de que esse é um modo de lidar com o dinheiro público, de como se entende a forma de governança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes declarou, nesta sexta-feira (24), que aguarda uma definição do Congresso sobre a reforma política para votar a Ação Direta de inconstitucionalidade (Adin) sobre o financiamento privado de campanhas eleitorais. O ministro fez uma palestra sobre justiça criminal, nesta manhã, na capital paulista.

“A ação voltará ao plenário, estamos examinando todos os aspectos. É uma matéria bastante complexa, talvez estejamos dando uma resposta muito simples. Nós temos que saber antes o que o Congresso está discutindo, qual é o modelo eleitoral, para saber qual é o modelo de financiamento adequado”, disse o ministro.

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O fim do financiamento de campanhas políticas por pessoas jurídicas voltou a ser debatido depois das denúncias de corrupção na Petrobras, com o pagamento de propinas por empresas que estão sendo investigadas na Operação Lava Jato.

Gilmar Mendes pediu vista no julgamento do financiamento privado de campanhas eleitorais há mais de um ano, em 2 de abril de 2014. Entidades e movimentos sociais criticam essa demora dizendo que representa uma obstrução já que seis dos dez ministros votaram pelo fim da doação de empresas a políticos.

O ministro disse que esses votos são provisórios e, portanto, acredita numa mudança do resultado da votação.

Um grupo de senadores vai começar a pressionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para que ele libere a ação sobre financiamento de campanha, a fim de que a Corte possa concluir o julgamento sobre a questão. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu uma audiência com o ministro no próximo dia 29 para conversar sobre o assunto. Outros senadores, como Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), devem acompanhá-lo.

A discussão sobre a proibição de doações empresariais para candidatos foi suspensa há mais de um ano por um pedido de vista de Mendes. Até agora, 6 ministros votaram a favor da medida e 1 contra. Ainda faltam os votos de quatro magistrados.

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Segundo Cristovam, em nenhum momento o grupo vai tentar interferir na decisão de Gilmar Mendes, apenas pedir para que ele dê o seu voto para que os demais ministros possam deliberar sobre o assunto.

"Nós vamos fazer um apelo para que ele dê a posição dele, qualquer que ela seja. A gente acredita que vai ser bom para o meio político se esse processo avançar", afirmou.

Mendes tem declarado que o modelo de financiamento de campanha é um tema que tem de ser discutido pelo Congresso e não pelo Supremo. Ele também costuma defender que a mudança no sistema não seria a solução para acabar com a corrupção, tese que costuma ser defendida por quem é favorável ao fim das doações eleitorais por empresas.

O pedido de vistas feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, no processo que pode acabar com as doações privadas de campanhas no país, foi ironizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), nesta quinta-feira (2). Os petistas lembraram que há um ano foi feita a solicitação, mas até agora não houve retorno. Eles frisaram também, a realização de protestos em Brasília, nesta semana. 

Segundo no PT, “o ministro engavetou, há um ano, o julgamento do fim do financiamento empresarial de campanhas na Suprema Corte. No dia 2 de abril de 2014, ele pediu vistas e interrompeu a tramitação do processo, mas desde então, ele não manifestou interesse em retomar o julgamento da ação”, recordou texto publicado no site do partido.

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Na época do pedido de vistas, a matéria contava com seis votos favoráveis e um contra, faltando apenas o voto de Gilmar Mendes. “A atitude do ministro é encarada como uma conhecida manobra para suspender o julgamento por prazo indeterminado”, criticou o PT. 

Além da cobrança da sigla, nessa quarta-feira (1º), integrantes de movimentos sociais ligados ao partido como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizaram um ato público na tentativa de pressionar Gilmar Mendes a devolver o processo e garantir a continuidade do julgamento do fim do financiamento empresarial de campanhas. O PT também revelou que estão previstas outras manifestações sobre o assunto, inclusive, uma para esta quinta-feira (2) em São Paulo.

Após receber o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu em seu gabinete o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Fernando Collor (PTB-AL).

A reunião durou cerca de 10 minutos e os três evitaram a imprensa. Os dois senadores saíram primeiro. Collor ignorou os jornalistas. Renan por sua vez saiu andando rapidamente. Questionado, disse não terem tratado de Lava Jato, mas apenas conversado sobre a pauta do dia.

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Pouco depois, Cunha também deixou o gabinete e não quis comentar o teor do breve encontro com Collor e Renan. Ele informou apenas que não haverá sessão da Câmara hoje, por causa do alongamento da sessão do Congresso Nacional. Desde as 11h30, senadores e deputados estão em sessão para análise de vetos presidenciais, o principal deles que derrubou o reajuste de 6,5% à tabela do imposto de renda.

O ministro Gilmar Mendes compõe a 2ª turma do STF, responsável pelo julgamento da Operação Lava Jato. Ele sugeriu e depois foi apoiado pelos ministros Celso de Mello e Teori Zavascki, que um ministro da 1ª turma fosse transferido à 2ª para evitar empates. A 2ª turma está com um número par de ministros por causa da demora da presidente Dilma Rousseff em indicar um substituto para a vaga deixada por Joaquim Barbosa.

A transferência do ministro Dias Toffoli para a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), colegiado que julgará parte dos processos da Operação Lava Jato, dividiu opiniões no Congresso Nacional. Parlamentares da base viram como boa a solução encontrada pelo STF para evitar empates nos julgamentos e eliminar o risco de um novo ministro ser indicado especificamente para discutir os inquéritos relativos ao esquema de corrupção na Petrobras. Já a oposição viu a medida com cautela.

"Acho que está dentro da regra do STF. Foi adequado, não podia ficar com menos um na turma. Assim, não tem risco de ter empate", comentou o líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ).

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Ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o petista Décio Lima (SC) afirmou que a mudança de turma ajuda na aplicação da Justiça dentro das bases do direito. "Mesmo que seja um procedimento inusitado, essa turma vai ter um grau de responsabilidade e tem de estar composta em sua plenitude", defendeu Lima.

O vice-líder da bancada do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), considera que mudanças em rotinas não são boas. "Vamos torcer que seja uma manobra cautelosa em favor da Justiça e não a favor de ninguém", declarou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse hoje que a transferência de seu colega Dias Toffoli para a segunda turma da Corte foi uma solução construída em conjunto e dentro de um consenso com os demais componentes. Segundo Mendes, a medida foi para "aliviar toda essa tensão" em torno da indicação do novo ministro. "Não é um movimento contra ninguém", disse após encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com o ministro, não existe nenhum questionamento interno sobre o fato de Toffoli ter sido advogado do PT e agora integrar um colegiado que vai julgar parte da Operação Lava Jato. "Não tem nenhum problema. Temos toda confiança. Ele tem tido um excelente desempenho no Supremo Tribunal Federal e vai honrar o trabalho que lhe foi confiado na segunda turma", respondeu.

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No encontro com Cunha, Mendes disse que não foi discutida a investigação da Lava Jato. "É melhor não. Conversa no processo", declarou. Mendes contou que pediu a Cunha para que os projetos da época do Pacto Republicano sejam retomados, como a questão do Mandado de Injunção (instrumento jurídico que pode ser usado em casos de eventuais omissões na legislação), abuso de autoridade e responsabilidade civil do Estado para estabelecer formas de reparação.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes lembrou nesta terça-feira, 24, do julgamento do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, em resposta às cobranças para que devolva o pedido de vista do processo que discute a proibição das doações de empresas privadas para campanhas eleitorais. "Até hoje ainda não voltou (o julgamento por causa de pedido de vista) e, por coincidência, é um caso em que há uma questão de crime ligado à questão política", disse ao lembrar do caso que esta parado na Corte desde um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski, em 2012.

Mendes foi cobrado nesta terça por senadores durante sua participação de uma sessão temática no plenário Senado para discutir a reforma política. Em abril do ano passado, o ministro pediu vista do caso, mesmo com uma maioria já formada de seis votos a um a favor da proibição das doações de empresas privadas a campanhas. "Esse tema virou como se fosse o único pedido de vista existente no Supremo Tribunal Federal. Mas nós temos pedidos de vista que não voltaram desde 1998, só para os senhores terem ideia", disse.O ministro afirmou ainda que devolverá o processo das doações eleitorais "oportunamente".

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No caso do assassinato do ex-prefeito petista, se discute o direito do Ministério Público de investigar o crime. Durante o evento, ele aproveitou ainda para debater o tema da reforma política e afirmou que o Congresso Nacional é o lugar adequado para realizar as mudanças no sistema eleitoral. Para o ministro, o sistema tem dado sinais ao longo dos anos "por conta de vários fenômenos", e "algum tipo de sinal de exaustão". Ele citou o exemplo do modelo de eleição proporcional de lista aberta - adotado hoje para a eleição de vereadores e deputados após participação ampla -, mas pode distorcer o modelo de representação política.

Na próxima terça-feira (24), o Senado vai realizar uma sessão temática para iniciar a discussão sobre reforma política na Casa. O debate, agendado para as 20h, servirá para preparar a votação em Plenário, prevista para março, de dez projetos que alteram regras eleitorais e partidárias.

De acordo com o secretário-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira, foram convidados para a sessão temática o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes; o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Abramo; e o cientista político Murillo de Aragão.

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A agenda de discussões e decisões estabelecida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem como objetivo dar andamento à reforma política no Legislativo. Ao discursar na cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff (PT), em janeiro, Renan já havia alertado para a imobilidade do Parlamento diante dessa questão.

"Ela não pode seguir sendo uma unanimidade estática, em que todos são favoráveis, mas não se avança um milímetro sequer. Por sua complexidade e por se tratar de uma prerrogativa do Legislativo, é recomendável que o Congresso faça a reforma, até porque pagará um preço alto se não a fizer", declarou o peemedebista na ocasião.

Projetos em análise

Dois dos projetos que devem ser debatidos pelos senadores na sessão temática de terça-feira e votados em março tratam da questão do financiamento de campanhas eleitorais. Ambos já têm o aval da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A CCJ já deu parecer sobre todas as propostas que estarão em análise pelos senadores, e rejeitou apenas uma: a PEC 55/2012, que institui o voto facultativo. Todas as outras vão a Plenário com parecer favorável.

Os temas abordados pelos projetos incluem, além do financiamento de campanhas e do voto facultativo, a prestação de contas eleitorais, a formação de coligações, datas de posse, critérios para criação de partidos e a participação feminina. Ao todo, são seis propostas de emenda à Constituição e quatro projetos de lei. 

*Com informações da Agência Senado

Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral enviaram na segunda-feira, 8, ao ministro Gilmar Mendes um relatório pedindo a desaprovação das contas de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Eles apontam divergências em gastos e receitas dos comitês da candidata e do PT. Na sexta-feira, 5, Mendes, responsável pela relatoria das contas de Dilma, já havia apontado em despacho "fortes indícios" de irregularidades, destacando a suspeita de que empresas tenham feito doações acima do limite legal - cada empresa pode doar, no máximo, um valor equivalente a 2% de seu faturamento anual bruto.

Agora, a Procuradoria-Geral Eleitoral terá de se pronunciar sobre o documento dos técnicos do TSE até a quarta-feira, 10, quando acaba o prazo para análise das contas eleitorais dos políticos que saíram vitoriosos das urnas em outubro. O caso vai a julgamento do plenário do TSE no mesmo dia. Mendes será o primeiro a votar. Depois será a vez dos outros seis ministros do TSE. Uma eventual rejeição das contas não impede que Dilma seja diplomada, o que está marcado para o dia 18 de dezembro. A presidente, porém, poderá sofrer sanções futuras.

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Entrada e saída

No documento dos técnicos do TSE são apontadas irregularidades que representam 4% do total das receitas - algo em torno de R$ 14 milhões - e 14% das despesas - aproximadamente R$ 48 milhões. Já nas contas do comitê financeiro do PT foram encontradas irregularidades que representam 18% do total das receitas, e 10% das despesas. Entre as irregularidades citadas nas contas da presidente estão, por exemplo, R$ 14,5 milhões gastos sem nota fiscal ou comprovante de despesa.

São apontadas ainda divergências entre as declarações parciais das contas e a prestação final: uma despesa declarada na prévia de agosto, por exemplo, não constou da prestação final, de novembro. Nesse quesito, técnicos viram discrepância de R$ 30,5 milhões.

O relatório também apontou inconsistências de R$ 3,1 milhões referentes ao ressarcimento por uso do avião oficial de Presidência - durante a campanha, a estrutura pública pode ser usada em eventos eleitorais, desde que haja reembolso pelo partido. A direção do PT nega irregularidade nas contas. Na noite de segunda-feira, 8, o tesoureiro da campanha de Dilma, o deputado estadual Edinho Silva (PT-SP), afirmou que o comitê seguiu "rigorosamente toda a legislação". A direção do PT demonstra preocupação, nos bastidores, com a condução do julgamento do caso.

Ao assumir a relatoria, Gilmar Mendes anunciou que contaria com a ajuda de técnicos da receita, do Tribunal de Contas da União e do Banco Central para avaliar os dados fornecidos pelos comitês de Dilma e do PT. Em resposta, o partido da presidente chegou a elaborar uma representação apontando inconsistências na prestação de contas do adversário tucano Aécio Neves a fim de pedir isonomia do TSE. O tribunal, no entanto, tem um prazo mais longo para lidar com as contas dos derrotados.

No despacho de sexta, Mendes deu indicações de que será rigoroso na avaliação das contas petistas. O ministro viu indícios de doações acima do permitido por parte de cinco empresas. Pediu, então, à Receita Federal dados sobre o faturamento bruto da Gerdau Aços Especiais e mais quatro companhias: Saepar Serviços e Participações, Solar.BR Participações, Ponto Veículos e Minerações Brasileiras Reunidas.

Juntas, as cinco empresas doaram R$ 8,83 milhões ao comitê petista. Em nota oficial, a Gerdau informou que suas doações políticas "seguem rigorosamente a legislação eleitoral brasileira e mantiveram-se dentro do limite legal estabelecido". O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu falar com as outras empresas citadas.

O TSE prevê que as doações a candidatos sejam limitadas a 2% do faturamento bruto da empresa, levando em conta o ano-calendário anterior à eleição. Em caso de empresas excederem o limite, a punição é de pagamento de multa que varia entre cinco e dez vezes o valor extrapolado.

Em 2006, o TSE rejeitou as contas de campanha declaradas pelo comitê financeiro do PT, o que não impediu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reassumir a Presidência. Posteriormente o partido saneou os problemas e o caso foi arquivado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), avalia a existência de "fortes indícios" de doação acima do limite legal por parte de pelo menos cinco empresas ao comitê financeiro do PT. Mendes é o relator das prestações de contas do partido e da presidente Dilma Rousseff na campanha à reeleição da petista.

Em despacho na noite de sexta-feira, 5, Mendes pede à Receita Federal com urgência dados sobre o faturamento bruto da Gerdau Aços Especiais e mais quatro empresas: Saepar Serviços e Participações, Solar.BR Participações, Ponto Veículos e Minerações Brasileiras Reunidas. Juntas, as cinco empresas doaram R$ 8,83 milhões, somando a destinação de dinheiro ao Diretório Nacional do PT com doações diretas feitas a Dilma Rousseff e ao Comitê financeiro para a Presidência da República. Entre as cinco empresas que tiveram doações contestadas, a Gerdau foi a que enviou o maior montante à candidatura da presidente Dilma, R$ 5,01 milhões, seguida pela Minerações Brasileiras Reunidas, que doou R$ 2,80 milhões. A Solar Participações doou R$ 570 mil, a Ponto Veículos, R$ 450 mil e a Saepar, R$ 250 mil.

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Resolução do TSE em vigor nas eleições de 2014 prevê que as doações a candidatos sejam limitadas a 2% do faturamento bruto da empresa, levando em conta o ano-calendário anterior à eleição. No caso dessas contas, a porcentagem é calculada com base no faturamento de 2013. No início do mês, Mendes havia solicitado à Receita dados contábeis de empresas que fizeram doações à campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Após a resposta, o ministro pediu informações agora especificamente sobre as cinco empresas. "Considerando as informações contidas no ofício (...), que revelam fortes indícios de descumprimento do limite para doação, oficie-se, com máxima urgência, à Receita Federal para informar, com a brevidade possível, o faturamento bruto das empresas abaixo relacionadas", decidiu Mendes.

O advogado das contas do PT, Sávio Lobato, disse à reportagem que, mesmo que as empresas tenham excedido o limite de doações, as punições recairão sob elas, e não ao partido. "Pela legislação, quem faz doação acima do limite é que deve ser punido", justifica. A resolução do TSE prevê pagamento de multa pela empresa no valor de cinco a dez vezes a quantia extrapolada. Contudo, pode também o candidato responder por abuso do poder econômico. As empresas que ultrapassam o limite de doação ficam sujeitas também à proibição de participar de licitações públicas e de firmar contratos com o poder público por até cinco anos.

Em novembro, Mendes requisitou que as contas da presidente fossem analisadas também por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), da Receita Federal e do Banco Central. A análise das contas do comitê financeiro nacional do PT e da presidente Dilma está prevista para ser levada ao plenário do TSE nesta segunda, dois dias antes do prazo máximo que o Tribunal tem para julgar as prestações de contas.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comparou nesta quinta-feira, 2 as investigações na Operação Lava Jato ao processo do mensalão. Citando os valores envolvidos nos dois casos, o ministro afirmou que "agora, a ação penal 470 (mensalão) teria de ser julgada em juizado de pequenas causas, pelo volume que está sendo revelado" na Operação Lava Jato, que está revelando um esquema de corrupção na Petrobras.

"Nós falávamos que estávamos a julgar o maior caso, pelo menos de corrupção investigado, identificado. Mas nós falávamos de R$ 170 milhões", disse Gilmar, sobre o mensalão. Ao falar da Lava Jato, o ministro alertou que é um caso de proporções bem maiores. "Estamos a ver que esse dinheiro está sendo patrimonializado. Quando vemos uma figura secundária que se propõe a devolver US$ 100 milhões, já estamos em um outro universo, em outra galáxia", disse, em referência às notícias de que o ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, fechou acordo de delação premiada em que se compromete a devolver o valor e contar o que sabe sobre o esquema de corrupção e propina na estatal.

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O ministro avaliou como "lamentável" que o esquema revelado pela Lava Jato já estivesse em operação durante o julgamento do mensalão. "Nem o julgamento do mensalão e nem as penas que foram aplicadas tiveram qualquer efeito inibitório. Mostra que é uma práxis que compõe a forma de atuar, de gerir, administrar."

Tempo

Questionado se o processo que derivar da Operação Lava Jato pode se estender por anos no Supremo, como foi o caso do mensalão, Gilmar Mendes disse que hoje há "uma tecnologia processual mais moderna, com o trabalho das turmas". Desde junho, as ações penais são remetidas às turmas do STF e não ao plenário, como forma de agilizar o julgamento. "Mas certamente pode ser um caso trabalhoso. E também já se faz previamente a divisão dos processos. Haverá distribuição, definição de competência", disse Gilmar Mendes.

A situação do ex-governador José Roberto Arruda, que pretende concorrer nas eleições deste ano ao governo do Distrito Federal, continua indefinida. Nesta noite, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisaria um recurso da defesa de Arruda contra decisão da corte do último dia 27 que barrou a candidatura do ex-governador, o ministro Gilmar Medes pediu vista do processo. O recurso, um embargo de declaração, costuma ser utilizado para esclarecer algum ponto obscuro do julgamento, sem realizar alterações expressivas no resultado do julgamento.

O relator do caso, ministro Henrique Neves, votou pela procedência em parte do recurso. O ministro aceitou prestar esclarecimento requerido pela defesa, porém negou modificar a decisão da corte. Antes que os demais ministros votassem, Mendes pediu vista. Ao fim da sessão, Mendes admitiu que pode trazer o caso novamente na sessão de quinta-feira (11) e disse que precisa estudar o caso.

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Mendes foi o único ministro a votar pela liberação da candidatura de Arruda no TSE. Questionado se levará em conta o quanto a demora na definição pode prejudicar o resultado das eleições, Mendes afirmou que a lei permite esse tipo de situação atualmente e respondeu: "Falta combinar com os russos", sugerindo que isso é tarefa do Congresso Nacional.

Enquanto isso, a campanha de Arruda ao governo continua, mesmo após a justiça eleitoral ter negado o registro de candidatura. O ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, negou na semana passada pedido do Ministério Público Eleitoral para enviar a decisão da Corte ao tribunal regional e suspender imediatamente a campanha do ex-governador condenado por improbidade. Toffoli apontou que ainda estava no prazo para as partes de manifestarem nos embargos que declaração Arruda que tramitam na Corte.

A expectativa era de que hoje, na ocasião da análise dos embargos, os ministros chegassem a discutir o andamento ou não da campanha. Com a vista de Gilmar Mendes, contudo, o imbróglio continua. Após a decisão sobre este recurso no TSE, a defesa ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em recurso extraordinário.

Outra frente de batalha aberta pela defesa do político se encontra no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta tarde, a 1ª Turma da Corte negou recurso em que Arruda pretendia que fosse invalidada a decisão de primeira e de segunda instância que o condenou, a partir da alegação de suspeição do juiz de primeiro grau. No entanto, os ministros entenderam que o juiz do caso não era suspeito. Ainda cabe recurso especial no STJ contra a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que condenou Arruda por improbidade.

A condenação de Arruda por improbidade administrativa dolosa o enquadrou nas hipóteses da Lei da Ficha Limpa, o que fez com que sua candidatura fosse negada pelo TRE-DF. A defesa já apresentou ao STJ pedido de medida cautelar para suspender os efeitos da decisão do TJ-DF até que seja analisado o recurso especial - que sequer foi apresentado à Corte até o momento. Os advogados contam com esta decisão para que o político consiga concorrer nas eleições deste ano.

A operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal em 2009, revelou o chamado "mensalão do DEM" e levou o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda a permanecer preso preventivamente por cerca de dois meses e posteriormente ter seu mandato cassado pela justiça. Arruda foi flagrado por escutas conversando com seu secretário sobre a distribuição de propina a parlamentares. Um vídeo mostra o ex-governador recebendo R$ 50 mil.

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, criticou nesta quarta-feira (27) a decisão tomada na madrugada pela Corte, que foi contrária à candidatura do ex-governador José Roberto Arruda a um retorno ao Palácio do Buriti. De acordo com ele, o TSE mudou a jurisprudência no meio do processo eleitoral sem justificar. "Todo tribunal tem escrúpulo em mudar jurisprudência. E justifica. Quem tem responsabilidade institucional justifica. Estou mudando por causa disso. E não faz de conta que, ontem eu estava votando assim, e hoje é assado. Isso é brincadeira de menino", afirmou Mendes, o único a votar no TSE a favor da candidatura de Arruda.

Para o vice do TSE, é evidente que faltou uma justificativa. "Isso é evidente. Agora, para este caso, eu voto assim. A gente não cria jurisprudência ad hoc. Quem faz isso é tribunal nazista, né?", criticou. Antes do caso Arruda, o TSE entendia que as condições de elegibilidade de um candidato deveriam ser verificadas no momento em que é pedido o registro da candidatura. Agora, admitiu que essas circunstâncias podem ser analisadas após o pedido do registro.

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Em relação a Arruda, o pedido de registro foi feito no dia 4 de julho. Em 9 de julho, o Tribunal de Justiça (TJ) do DF confirmou uma condenação dele por improbidade administrativa. Conforme a Lei da Ficha Limpa, políticos condenados por tribunais não podem se candidatar. Arruda afirma que a confirmação da condenação ocorreu cinco dias após o pedido de registro e, portanto, segundo ele, a candidatura deveria ser liberada.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a instauração de inquérito contra o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). Conhecido como Paulinho da Força Sindical, o parlamentar é suspeito de corrupção. Acusam-no de comercializar 'cartas sindicais', como são chamadas as autorizações do Ministério do Trabalho para a criação de sindicatos.

A abertura do inquérito foi requerida pela Procuradoria Geral da República. O ministro Gilmar Mendes ordenou à Polícia Federal que realize diligências. Apura-se se Paulinho participou de esquema que vendia 'cartas sindicais' por R$ 150 mil. Deve-se a denúncia ao repórter Claudio Dantas Sequeira. Ele noticiou o caso em agosto de 2011.

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Nessa época, o ministro do Trabalho era Carlos Lupi, do PDT, o mesmo partido de Paulinho. Engolfado por outras denúncias, Lupi deixou o ministério em dezembro de 2011. Hoje, é candidato a senador pelo Rio de Janeiro, com o apoio de Dilma Rousseff. Paulinho era um feliz integrante da bancada governista. Fundou um partido novo, o Solidariedade. Deixou o PDT e associou-se ao projeto presidencial do tucano Aécio Neves.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal que instaure um inquérito para apurar suposta participação do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, do partido Solidariedade, em crime de corrupção passiva.

Conforme despacho assinado por Gilmar Mendes na quarta-feira, 20, há suspeita de venda de cartas sindicais, que seriam indispensáveis ao registro de sindicatos. Ao determinar a abertura do inquérito e a realização de diligências, o ministro do STF atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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