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Morreu na tarde dessa segunda-feira (17), por volta das 14h45, Jefferson Nagô, presidente da Tribo de Caboclinho Carijós. O líder espiritual do Centro Espírita Cigana Saray, de 29 anos, estava internado desde novembro. Ele sofreu uma parada cardíaca em um hospital privado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), lamentou a morte do presidente da agremiação. "Jefferson era referência na luta pela preservação das nossas tradições populares e sua partida foi uma perda enorme para a cultura do Recife e de Pernambuco. Quero mandar meus sentimentos para a sua família, amigos e para a Tribo Carijós do Recife, que encontrem força nesse momento de dor", disse o gestor em nota.

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Em 2017, Pai Jefferson Nagô foi um dos homenageados do Carnaval do Recife. Em defesa da cultura, Jefferson afirmou durante entrevista ao LeiaJa.com, em março deste ano, "que os caminhos de Carijós são traçados pela espiritualidade". O sepultamento de Pai Jefferson será no Cemitério de Casa Amarela, nesta terça-feira (18), às 16h.

Era março de 1896, quando o estivador Antônio da Costa recebeu uma missão: ele deveria organizar um grupo fantasiado de índio, para ganhar as ruas do Recife no Carnaval e, assim, preservar a cultura regional. O recado foi passado em uma reunião de Jurema Sagrada - religião de matriz indígena -, através do caboclo Carijós. Antônio, que tinha por guia este caboclo, acatou a ordem e montou o Caboclinho Carijós do Recife, que passou a brincar os dias carnavalescos sem descuidar dos preceitos e fundamentos da espiritualidade. Hoje, 122 anos depois, a agremiação tornou-se uma das mais importantes de Pernambuco, além de ser a mais antiga em atividade, e continua preservando o seu legado ancorada na fé e na ancestralidade.

Em 2017, o Caboclinho Carijós foi o homenageado do Carnaval do Recife, levou o título de campeão e, em 2018, conquistou o bicampeonato pelo grupo especial, no concurso carnavalesco da cidade, levando 180 integrantes à passarela no dia de seu desfile oficial. Todos desfilaram sob a proteção do patrono da agremiação, o Caboclo Carijós, pois, segundo Jefferson Nagô, presidente da agremiação, se diferente fosse, "nada daria certo": "Carijós vem de um povo antigo que cultuava aquela Jurema raiz. A tribo foi fundada, praticamente, numa mesa de reunião de Jurema, então a ligação é muito forte.", explica. Ele conta que 15 dias antes do Carnaval são feitas obrigações e rituais para pedir a permissão para participar da festa e proteção durante ela: "Não se pode ir para a rua sem fazer as oferendas. Carijós é movido a fé", completa.

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Não são todos os integrantes que participam dos rituais, embora todos sejam atingidos por eles: "Quando a gente faz o trabalho espiritual é para segurar a tribo toda. A gente dá e pede por todo mundo, todo o povo que sai na tribo Carijós", diz Jefferson. É dele, também, a responsabilidade de cuidar da espiritualidade da agremiação através das obrigações feitas em matas ou na própria sede do caboclinho, que também é um terreiro. Antes de "ir para a rua", os integrantes mais fundamentais do brinquedo, como caboclos, os músicos do terno, rei e rainha, tomam banhos preparados com ervas e passam por defumadores. "Não é chegar, botar uma roupa e desfilar, isso não é correto. É um diferencial de Carijós, a espiritualidade na nossa agremiação é muito forte. Os antepassados deixaram esse legado, de sempre preservar a religiosidade dentro do caboclinho", diz Jefferson.

Ele próprio foi levado à agremiação por um chamado espiritual. Após um sonho com o Caboclo Carijós, em 2011, o jovem assumiu a presidência do caboclinho que estava, então, desativado: "Ele me mostrou em sonhos e recados transportados por outros guias espirituais que queria que os momentos em que ele brilhou na avenida se repetissem no Carnaval", relembra. A missão, porém, não é fácil: "Muita gente desacreditou de mim, achou que eu não teria força para manter esse legado. Eu, um jovem de 27 anos à frente de uma agremiação de 122. Mas eu pedi à espiritualidade e Carijós me mostrou todo o caminho".

Jefferson fala sobre o patrono da tribo com muita reverência. De acordo com os preceitos da Jurema Sagrada, Carijós é um caboclo "muito antigo, um caboclo de ciência, de luz, muito elevado e que já não incorpora mais". Segundo o presidente, toda a comunicação com o caboclo é feita através de sonhos e recados, pelos quais ele indica como deseja ver a agremiação no Carnaval: "É uma ligação muito forte, se não fosse nada daria certo. É toda uma ciência que o caboclo mostra pra gente. Por terem sido os primeiros habitantes da Terra, eles são de uma espiritualidade muito forte e muito presente em nossas vidas". Além de Carijós, a tribo possui outra guia espiritual, a cabocla Nanci. A questão religiosa se mantém inabalável no cotidiano da agremiação e dela depende todo o seu funcionamento: "A agremiação pode um dia parar, mas a espiritualidade é sempre viva dentro dos nossos corações", afirma o presidente.

                                              

Ciência

Passado o Carnaval é hora de agradecer pela proteção e cuidado dos seres superiores. Em abril, é realizada uma grande festa, na sede do caboclinho, em louvor ao patrono da agremiação: "Depois do Carnaval, a primeira festa é o Toré de Caboclo, que a gente dedica a Carijós em agradecimento por toda a trajetória do ano que passou, independente de resultado. A gente agradece com cânticos, com rezas e oferendas. A gente louva à Jurema e aos caboclos", conta Jefferson Nagô. No resto do ano, são feitas, ainda, de duas a três obrigações para Carijós, até que chega o período de preparação para a festa carnavalesca do ano seguinte. "Muito caboclinho esquece a parte principal, que é a religiosa. É uma agremiação que requer todos os preceitos dentro da religião. Se não existir Jurema, não existe caboclinho".

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Aniversário

Na próxima segunda (5), o Caboclinho Carijós do Recife promove uma grande festa, em sua comunidade, na Mangabeira, para celebrar o aniversário de 122 anos. A festa, aberta ao público e com direito a cortejo, também vai comemorar o título de bicampeão do Carnaval recifense, conquistado um ano depois da agremiação ter sido uma das grandes homenageadas nesta que é, talvez, a maior festa do Estado: “O coração fica a mil! Ano passado fomos homenageados do Carnaval e campeões. A gente foi trabalhando, se apertando de um lado e de outro, para que as coisas pudessem fluir e alcançar o bicampeonato. Foi muita luta e pra gente é um orgulho muito grande hoje ser uma das agremiações mais antigas dentro do Carnaval, dando continuidade a essa história. É muito importante”. diz Jefferson.

Serviço

Aniversário do Caboclinho Carijós do Recife - 122 anos

Segunda (5) | 18h30

Rua Coremas, 40 – Mangabeira (Perto do Mangabeira Clube)

Gratuito

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Em um depoimento postado nas redes sociais no dia 26 de janeiro, Iara Campos, integrante do 'Caboclinho Sete Flexas", do bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, denunciou uma possível falta de pagamento da Secretaria de Cultura de Pernambuco e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), no que diz respeito aos festejos carnavalescos de 2016. "Nós, integrantes do Caboclinho Sete Flexas do Recife, viemos tornar público o descaso do Governo do Estado de Pernambuco em honrar com os compromissos financeiros assumidos com a agremiação no ano de 2016", escreveu a postagem.   

O LeiaJá conversou com vice-secretário do caboclinho, Douglas Francisco, que confirmou a denúncia. De acordo com ele, o Caboclinho Sete Flexas está sem receber o valor de R$ 12 mil de "patrocínio e investimento", referentes ao Carnaval do ano passado e em relação ao Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Os cachês deveriam ser pagos a partir de março e julho, respectivamente. 

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"Isso é um absurdo, estamos preocupados com o nosso Carnaval. Não temos dinheiro para o transporte, para as competições, e para comprar coisas simples, mas de grande valor", disse o vice-secretário. "Somos considerados patrimônio, e todas as vezes nos chamam para as apresentações nos polos. A Fundarpe sempre adia os pagamento, diz que vai pagar e estamos esperando há mais de ano, queremos uma resposta", finalizou Douglas.

Ao LeiaJá, a Secretaria de Cultura informou que ainda não tem um prazo para efetuar o pagamento, mas garantiu que está trabalhando para honrar o compromisso. Veja a seguir a nota da pasta: 

O Governo de Pernambuco, por meio da Secult e da Fundarpe, confirma a tramitação de processos de pagamento de cachês para o Caboclinho 7 Flexas, referentes a apresentações realizadas pelo grupo em 2016. Reafirmamos o compromisso com todos os artistas e grupos culturais contratados. 

Reafirmamos, ainda, o compromisso com uma política cultural democrática, inclusiva e de valorização da nossa diversidade e identidade cultural, em especial das expressões da cultura popular. Exemplos nesse sentido são a sanção da Lei que ampliou a quantidade dos Patrimônios Vivos; a Convocatória do Carnaval 2017, que preza pelas nossas tradições; o fortalecimento do Funcultura, expresso nos Editais deste ano, que garantem mais recursos e o 1º Edital da Música; entre outras conquistas alcançadas em meio a uma enorme crise política e econômica que o país atravessa. 

Estamos enfrentando a questão dos cachês com ampla participação popular. O Conselho Estadual de Política Cultural já aprovou minuta de Projeto de Lei (PL) que altera, de forma ousada, a Lei 14.104/2010, desburocratizando processos de contratação e ampliando garantias de pagamento. O referido PL seguirá em breve para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, resultando em mais uma grande conquista dos fazedores da cultura pernambucana. 

Nesta quinta-feira (24), durante a reunião no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou o pedido de registro do Caboclinho pernambucano. O pedido de Registro para o Caboclinho ao Iphan foi apresentado pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, com a anuência dos representantes e membros da comunidade.

A manifestação cultural é marcada por uma presença religiosa afro-indígena-brasileira que está ancorada principalmente no culto à Jurema. Os instrumentos musicais são outra singularidade da expressão cultural, sendo o Caracaxá e a Preaca. Além disso, a performance artística reúne elementos de dança e música, que elaboram narrativas de guerreiros e heróis, sendo capazes de conectar a vida cotidiana ao elemento mítico do caboclo brasileiro.

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Os grupos de Caboclos ou Caboclinho são conhecidos, principalmente, pelas atividades realizadas no carnaval pernambucano, existente oficialmente desde o final do século XIX e simboliza a memória do encontro cultural, da resistência das populações indígenas e dos povos africanos escravizados. De acordo com a Superintendente do Iphan em Pernambuco, Renata Duarte Borba, os grupos de Caboclinhos integram um importante conjunto de formas de expressão características da Zona da Mata de Pernambuco, juntamente com o frevo, o Maracatu Nação, o Maracatu de Baque Solto e o Cavalo-Marinho - esses já registrados como Patrimônio Cultural do Brasil.

O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, diversas instituições.

A Tribo Carijós do Recife comemora, em 2016, 120 anos de história e tradição. Para celebrar, no próximo dia 22 de agosto entra em cartaz, na Casa do Carnaval - Pátio de São Pedro - a exposição 120 anos da Tribo Carijós do Recife. A mostra conta um pouco da história da agremiação através de fotografias, figurinos e instrumentos. 

Através do acervo exposto na mostra, os visitantes poderão conferir parte da evolução da Tribo Carijós no decorrer de mais de 100 anos de história além de conhecer mais sobre o caboclinho São fotografias antigas e atuais, fantasias e instrumentos musicais, entre outros objetos, que materializam a importância da agremiação para o carnaval e cultura pernambucanos e, também, os seus esforços na manutenção deste brinquedo popular. 

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No dia 23 de agosto, às 14h, será realizada uma roda de diálogos com o tema Caboclinhos, Tribo Carijós e a Preservação dessa manifestação cultural no Carnaval do Recife. Estarão presentes a historiadora e pesquisadora Carmem Lelis (Gestora dos Ciclos Festivos da SECULT - Recife), Claudio Nascimento (Gestor da Casa do Carnaval) e Jefferson Nagô (Diretor da Tribo Carijós). A mostra fica em cartaz até o dia 23 de setembro.

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

Exposição de 120 da Tribo Carijós do Recife 

De 22 de agosto a 23 de setembro 

Segunda a sexta | 9h às 17h

Casa do Carnaval (Pátio de São Pedro, n° 38)

LeiaJá também

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O Brasil, e principalmente Pernambuco, é conhecido pela sua diversidade cultural. Um dos representantes da cultura popular é o Balé de Cultura Negra do Recife- Bacnaré, fundado em 1985, pelo Filho de Santo, professor, pesquisador e coreógrafo Ubiracy Ferreira. A bisavó dele foi escrava. Na senzala, ela entrou em contato com a Capoeira e participava dos Maracatus. As influências das danças afro-brasileiras e também da religião Candomblé passaram de geração em geração até chegar aos olhos de Ubiracy, cuja luta era pela preservação e reconhecimento de sua cultura. Em outubro do ano passado, o fundador do Balé Bacnaré faleceu, aos 75 anos, devido a um câncer na próstata. 

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No entanto, o legado cultural de Ubiracy continua vivo na sua família. Atualmente, o Bacnaré está sob responsabilidade do filho Thiago e da viúva Antônia Ferreira, presidente e vice respectivamente. A atual sede fica na própria residência de dona Antônia, uma casa simples, no Bairro da Bomba do Hemetério, local onde são realizadas oficinas de máscaras, ensaios de dança e de percussão do Maracatu Sol Nascente, que nasceu dentro do Balé. Além destes, o balé também trabalha a capoeira, o caboclinho, samba de roda e o pastoril, que integra o ciclo de festas natalinas do Nordeste. 

O primeiro espetáculo realizado pelo Bacnaré foi Memórias, em meados dos anos 1980, com coreografia e história próprias, retratando a vinda dos escravos para o Brasil. Nos anos 2000, ele ganhou uma nova apresentação, no Teatro Santa Isabel, em homenagem ao fundador Ubiracy que, inclusive, foi o primeiro negro a se apresentar no local, palco de vários espetáculos e ensaios do Bacnaré. De acordo com Antônia, a renda adquirida com as apresentações realizadas no Santa Isabel é totalmente revertida para o balé. 

O contato do Bacnaré com as raízes africanas também veio através dos festivais internacionais. Nas viagens, os integrantes realizam um intercâmbio cultural com alguns representantes de tribos africanas como os Zulus, Camarões e os Massais. “Enquanto eles ficam admirados com a nossa capoeira, nós ficamos maravilhados com a cultura de raiz”, comenta Antônia. 

O LeiaJá visitou a casa de Antônia e conferiu o espaço no qual os ensaios são realizados. O local é pequeno para comportar cerca de 40 pessoas, mas, segundo dona Antônia, quando não é possível ensaiar no terraço, eles vão para a rua. Os recursos do Bacnaré vêm de iniciativas próprias dos membros, com confecções de bonecas de orixás, chaveiros e camisas. O balé também participa do edital Ponto de Cultura, que é promovido pelo Ministério da Cultura, porém o valor só cobre os custos das realizações de oficinas. 

Muito além de um espaço cultural, o Bacnaré também tem um cunho social. Com integrantes de sete a 49 anos, o balé resgata muitas crianças, que estão sem rumo na vida, e as trazem para um mundo de possibilidades. “Só o esporte e a cultura podem tirar os meninos das ruas”, completa dona Antônia. A entrada no balé é voluntária, com uma pequena ajuda de custo aos integrantes em dias de espetáculos. “É importante que a pessoa tenha um compromisso sério e real com nosso balé”, lembra dona Antônia.

O Bacnaré tem o apoio de algumas empresas, mas quer distância de atos de politicagens. Dona Antônia conta que alguns políticos já se ofereceram para ajudar na realização de eventos do balé, mas ela rejeita. “Não aceitamos propostas de políticos que buscam ganhar através do auxílio ao balé. É como se tirassem nossa liberdade. Iríamos trabalhar para outra pessoa”, declara. Entre apresentações nacionais e internacionais, o Balé Bacnaré já conquistou 165 prêmios.

Em busca de recursos

Através da integração do balé ao projeto Bombando Cidadania, que proporciona visita de turistas a alguns pontos culturais do bairro da Bomba do Hemetério, o Bacnaré ganhou ainda mais visibilidade, principalmente na mídia. A riqueza cultural do balé é tão grande, que chamou atenção de várias pessoas interessadas em ajudar a companhia. A partir disso, surgiu a iniciativa de colaboração na plataforma Impulso, a fim de arrecadar fundos para a reforma da sede provisória. 

A reforma consiste na implantação de um letreiro com o nome do balé; na pintura; e na mudança de piso do local. Além disso, também está prevista a criação de um salão, na parte de trás da atual sede, para os integrantes realizarem seus ensaios. Ao LeiaJá, dona Antônia conta que tem planos maiores para o balé. “Eu queria que o Bacnaré tivesse uma sede própria, em outro lugar, com mais espaço para os ensaios e para guardar os materiais”, comenta. A professora aposentada vai mais além: “Queria que o Bacnaré se transformasse num espaço cultural para atender também as escolas, pois nossa cultura precisa ser ensinada e preservada. Temos muitos arquivos que dariam para fundar uma biblioteca e videoteca”.

A proposta é divida em duas etapas. A primeira tem o objetivo de arrecadar R$ 3 mil. Com o alcance desse valor, começa a segunda fase, na qual será preciso arrecadar R$ 30 mil. Restam apenas 35 dias para encerrar a primeira etapa e, até o momento, foram doados R$ 665, vindos de sete pessoas. Para ajudar na preservação desse tesouro da cultura afro-brasileira, basta acessar o site do Impulso e seguir o passo a passo. “A gente está suplicando, pedindo por doações”, ressalta dona Antônia. 

Carnaval

Muitos membros do Maracatu Sol Nascente são integrantes do Balé Bacnaré. Desde muito tempo, eles participavam da tradicional abertura de Carnaval comandada por Naná Vasconcelos. Mas em 2011, eles deixaram de se apresentar junto aos batuqueiros. Isso porque o Sol Nascente tem uma política de não participar de competições. Segundo dona Antônia, “a cultura não é para competir, mas sim para fazer bonito”.

Na época da exclusão, Ubiracy havia ficado profundamente triste. Emocionada, dona Antônia relembra a fala do falecido marido no Carnaval do ano passado. “Enquanto arrumava o estandarte, ele chorava e dizia que este seria seu último carnaval. E acabou sendo mesmo”, comenta.

A organização do Maracatu reivindicou com a atual secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, e no Carnaval deste ano eles voltam a se apresentar juntamente com Naná Vasconcelos. Na abertura do próximo dia 28, o Sol Brilhante subirá ao palco do Marco Zero e todos os mestres utilizarão uma camisa com a foto de Ubiracy estampada. “Será uma grande homenagem a um grande mestre”, declara dona Antônia. 

O Maracatu Sol Nascente existe há muitos anos, inclusive a avó de Ubiracy era uma das integrantes. Durante décadas, o maracatu foi desativado, retornando graças ao mestre Ubiracy na comemoração dos seus 50 anos e do aniversário da cidade do Recife. Além da abertura do Carnaval, o Maracatu Sol Nascente também se apresenta na tradicional Noite dos Tambores, realizada no Pátio do Terço.

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A sede do Galo da Madrugada inicia a temporada 2014 do projeto Quinta no Galo. A primeira edição do ano acontece, nesta quinta-feira (9), com o show de Marrom Brasileiro, intérprete da música popular brasileira. O repertório do músico inclui sucessos dos pernambucanos Lenine e Alceu Valença.

O primeiro Quinta no Galo de 2014 começa a partir das 19h e ainda terá apresentações de passistas de Frevo das companhias de dança Saltos, Renascer no Coque e Aje. A programação da festa também inclui a participação do bloco lírico Um Bloco e Poesia, dos caboclinhos Tapirapé e dos Maracatus Rural Leão Formoso e Virada Rosa Vermelha. 

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Os ingressos custam R$ 30 por pessoa e R$ 140, a mesa para quatro pessoas. As entradas podem ser adquiridas na própria sede do Galo da Madrugada, localizada no Palácio Eneias Freire, na Rua da Concórdia, 984, bairro de São José.

Serviço

Quinta no Galo com Marrom Brasileiro

Quinta-feira (9) | 19h

Sede do Galo da Madrugada (Rua da Concórdia, 984, 1º Andar, bairro de São José)

 R$30 (individual) e R$140 (mesa para quatro pessoas)

 (81) 3224 2899

A partir desta quinta-feira (24), até o dia 26 de janeiro, o Caboclinho deixará de ser apenas uma manifestação cultural para se tornar fonte de renda para os empreendedores de Goiana. Promovido pelo Sebrae, em Pernambuco, o evento tem como objetivo fazer com que a dança, bastante comum no período carnavalesco, possa ser reprocessada em produtos como roupas e bolsas.

A partir das atividades, o Sebrae tentará buscar tanto a orientação dos empresário locais em temas como gestão e empreendedorismo como a capacitação dos mesmos na customização de camisas, sandálias e outros produtos, tendo as tribos de caboclinho que representam o carnaval de Goiana como ponto de partida. O objetivo é preparar esses empresários para que eles possam incrementar sua renda através do próprio Carnaval e em eventos como o mundial de futebol em 2014.

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O projeto busca divulgar o destino entre os turistas que irão visitar o Estado, no período. A iconografia que será apresentada pelo Sebrae em Pernambuco pode ainda ser utilizada como um selo de origem dos produtos fabricados na cidade, a exemplo dos automóveis que serão produzidos na unidade da FIAT, em Goiana. As intervenções possuem consultoria técnica do Centro Pernambucano de Design (CPD).  A programação contará, ainda, com palestras e apresentações culturais próprias da região. Outras informações pelo telefone 0800.570.0800.





Eles seguram as bandeiras, flabelos ou estandartes e abrem com roupas elegantes o cortejo das troças e agremiações carnavalescas, sempre com muita força nos braços e mãos e o ritmo na ponta dos pés. Eles são os porta-estandartes, porta-bandeiras e mestre salas do carnaval e mantêm viva uma tradição de muitos anos.

Setenta candidatos disputam o título nas categorias infantil e adulto em três modalidades distintas: índios, caboclinhos e maracatu de baque-virado. A final ocorre segunda (14) no Pátio de São Pedro às 19h e oferece uma premiação de até R$ 1 mil.

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O corpo de jurados é formado por Carlos Ataíde, ator e mestre em artes cênicas, NA Miranda, bailarina e diretora da Escola de Frevo do Recife e Goreti Caminha, carnavalesca e presidente do bloco Pierrot de São José. Serão avaliados a desenvoltura, coreografia e o conjunto.

“Haverá um acompanhamento musical diferenciado para cada categoria. Os caboclinhos, por exemplo, dançam ao som do terno Kapinawá, enquanto os índios se apresentam com o baque da Tribo Tupinambá e o maracatu do baque virado com a Nação Aurora Africana”, explica Williams Sant’Anna, coordenador do concurso.

Por Tarcísio Acioli

De 04 a 13 de janeiro, os turistas e pernambucanos têm mais de duzentos bons motivos para visitar a Fenahall, feira de artesanatos nacionais e internacionais, que ocorre a 10 anos no Chevrolet Hall. São 220 expositores de todo o Brasil e de vinte países, em uma área de sete mil metros quadrados.

Além das barracas com artesanatos diversos, o visitante vai aproveitar as atrações culturais como bandas de pífano, blocos carnavalescos, maracatus, caboclinhos e shows com Almir Rouche. Labaredas, Faringes da Paixão e outros.

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Espera-se que a feira traga 110 mil pessoas ao espaço, movimente cerca de R$ 2 milhões em negócios e gere cerca de mil empregos diretos e indiretos.

Serviço

Fenahall

04 a 13 de janeiro

Chevrolet Hall (Av. Agamenon Magalhães,s/m, Olinda)

3427 7500

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