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No último sábado (11), uma falha técnica nas travas da montanha-russa do parque de diversões Hopi Hari, localizado em Vinhedo, no interior de São Paulo, assustou o público. Nesta segunda (13), a administração do estabelecimento confirmou que uma parada técnica foi necessária em razão do incidente. Nas redes sociais, circulam imagens dos usuários do equipamento levantando a peça que se desprendeu. Ninguém ficou ferido.

Por meio de nota, o Hopi Hari informou que a montanha-russa estava no início do seu percurso quando o problema foi identificado nas travas que ficam no colo dos usuários, prendendo as áreas do abdômen e das pernas. O brinquedo possui altura máxima de 44 metros.

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"Logo após o início do ciclo, ainda no princípio da primeira subida da atração, o visitante sinalizou a necessidade de parada, fazendo o sinal de ‘X’ com os braços acima da cabeça (protocolo utilizado em todas as atrações do parque, quando um visitante, por alguma razão, solicita a parada do brinquedo), imediatamente, a equipe responsável pela operação suspendeu o ciclo, e iniciou a análise da ocorrência", diz o posicionamento do parque.

Depois da sinalização dos usuários, a parada técnica ocorreu às 17h40, com o desembarque dos carrinhos. Os visitantes foram retirados do brinquedo por funcionários, através dos trilhos.

"Desceu [sic] todos os visitantes pela lateral do vagão, temos um sistema de segurança ali em diversos lugares. [...] Até o desembarque de todos os visitantes, com toda a segurança, descer, esvaziar a plataforma, e depois descer o trem .O trem não tem ré, é mecânico, então se solta os freios, ele desce. Até fazer todos os procedimentos de segurança, analisar todos os sistemas e trocar a peça, colocar uma peça nova no lugar, demorou mais de uma hora", explicou o presidente do parque, Alexandre Rodrigues, ao G1.

Autor e relator de proposta de emenda à Constituição (PEC) que permitiria eleições diretas para presidente até o primeiro semestre de 2018, os deputados Miro Teixeira (Rede-RJ) e Esperidião Amin (PP-SC) acusaram nesta segunda-feira, 12, o Palácio do Planalto de atuar para travar a tramitação da matéria na Câmara.

Segundo os parlamentares, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Osmar Serraglio (PMDB-PR), relatou a eles que o governo o pediu para que não pautasse a votação da admissibilidade da PEC no colegiado.

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"O Esperidião me ligou no sábado e disse que conversou com Serraglio e que ele relatou que recebeu pedido da Casa Civil para não pautar", afirmou Miro, um dos deputados mais antigos da Casa, com 11 mandados. "Isso antigamente era uma denúncia pública. Agora o presidente da comissão mesmo é que fala com naturalidade. Tempos obscuros", acrescentou.

Amin confirmou a história. O relator disse que procurou Serraglio há cerca de dois meses para pedir que pautasse o parecer pela admissibilidade da PEC. "Ele autorizou. Mas depois mudou de ideia por interferência do governo", afirmou.

Procurado, Serraglio não atendeu às ligações nem respondeu mensagens até a conclusão desta edição. O Palácio do Planalto não se pronunciou.

A proposta foi protocolada por Miro em 1.º de junho deste ano, com apoio de 174 deputados, entre eles, os líderes do PMDB, Baleia Rossi (SP), do PSD, Rogério Rosso (DF), e do DEM, Pauderney Avelino (AM), além de deputados próximos de Temer, como o 1.º secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), e Darcísio Perondi (PMDB-RS).

No mesmo dia em que a proposta foi apresentada, ela foi enviada para a CCJ, onde Esperidião Amin foi escolhido relator. Em 7 de junho, o deputado apresentou parecer pela admissibilidade e, desde então, a matéria está parada na comissão.

A PEC autoriza eleição direta para presidente e vice-presidente da República caso haja vacância dos cargos entre o penúltimo ano e os últimos seis meses do mandato. Caso a vacância ocorra nos seis meses finais, a proposta mantém a previsão de eleição indireta, quando o novo chefe da Nação é escolhido por deputados e senadores.

Atualmente, a Constituição prevê que, se tanto o presidente quanto o vice forem derrubados nos últimos dois anos do mandato, a nova eleição deve ocorrer de forma indireta. Nos outros períodos, a eleição é direta, via voto popular - o que não é alterado pela PEC. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os planos da AES Brasil de construir uma fazenda de energia solar nos arredores da usina hidrelétrica de Água Vermelha, em Minas Gerais, estão na gaveta. O grupo desistiu de submeter o projeto no último leilão de geração de energia, em abril, por considerar que ele se tornou inviável. Com cerca de 70% do projeto financiado, a AES teria de gastar mais do que previu para construir a fazenda solar, diante da alta do custo do crédito. A avaliação da empresa era de que a tarifa máxima para a venda de energia teria de ser reajustada para o projeto valer a pena.

"O preço teto da energia não refletia a nova realidade de custo de financiamento e as mudanças da taxa de câmbio", explicou o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da AES Brasil, Francisco Morandi. Segundo ele, a AES tem 1.200 megawatts em projetos de energia solar e térmica prontos para serem lançados, que não se concretizam agora por inviabilidade financeira ou incertezas sobre fornecimento de gás para as térmicas.

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A AES não é a única. Um estudo da consultoria Accenture aponta que o custo do capital das grandes empresas brasileiras subiu de 10% para 16,4% ao ano entre 2012 e 2015. O capital ficou mais caro em um momento em que elas já estão endividadas e tentam preservar o caixa para sobreviver, afirma Leonardo Framil, presidente da Accenture na América Latina. "É uma tempestade perfeita. Nesse cenário, o custo de oportunidade sobe e os retornos têm de ser maiores", disse. "A consequência é que vários projetos não fazem mais sentido."

Risco

A onda de rebaixamentos das notas de crédito das empresas brasileiras dá uma ideia de quanto a percepção de risco - e consequentemente o custo do capital - piorou. Só na agência Fitch, foram 188 rebaixamentos de notas de crédito nacional e internacional entre 2014 e o primeiro semestre de 2016, um volume superior ao número de rebaixamentos nos dez anos anteriores.

"O ambiente ruim de negócios têm reflexo nas companhias", explicou Ricardo Carvalho, diretor sênior de Corporate na Fitch. Ele lembra que o PIB brasileiro terá uma queda acumulada de 8% em dois anos. "Isso chegou ao balanço das empresas. Elas estão com menos caixa e menor capacidade de pagamento."

Já a Standard&Poor’s (S&P) rebaixou neste ano cerca de 80 notas de empresas brasileiras de um grupo de 170 avaliadas em 2016. "É atípico. Não temos essa situação em outros países da região ou do mundo", afirmou Diego Ocampo, diretor sênior e especialista em rating corporativo da S&P. Ele ressalta que a onda de rebaixamentos pode continuar e piorar ainda mais a situação das empresas. O risco soberano do Brasil e a nota de crédito de cerca de 70% das empresas avaliadas têm perspectiva negativa na S&P.

A redução da nota de crédito torna o crédito mais escasso e caro, explica Ocampo. Um relatório de junho do Itaú BBA traz estimativas do prêmio de risco médio que cada nota de crédito requer sobre o rendimento do Tesouro Americano.

No caso da Odebrecht Engenharia, por exemplo, que tinha nota BBB em maio de 2014 e hoje está classificada pela S&P cinco níveis abaixo (B+), o spread que a empresa teria de pagar subiria de 3 para 10 pontos porcentuais, de acordo com a tabela.

As novas captações mostram que o mercado já cobra o prêmio de risco das empresas brasileiras. Em 2013, a AES pagou a taxa de CDI mais 0,79% ao ano em uma emissão de debêntures com prazo de pagamento de seis anos. No fim do ano passado, o mercado cobrou taxas mais altas (CDI + 2,15%) e o prazo de pagamento caiu para três anos.

No caso do crédito ofertado pelo BNDES, que antes cobria 70% dos financiamentos de infraestrutura, há uma incerteza sobre qual montante o banco vai liberar, diz Morandi. "Isso muda a conta. Com o crédito do BNDES, o custo era TJLP mais uma taxa. No mercado, é CDI mais uma taxa."

A melhoria das condições de crédito depende da uma retomada do crescimento do País, explica Carvalho, da Fitch. Ele ressalta que o reflexo será gradativo. "A taxa de juros sobe de elevador e desce de escada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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