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A 8ª Vara da Fazenda Pública determinou a retirada imediata de caminhões-cegonha estacionados no centro do Recife. Os veículos estão estacionados em vias da cidade desde o dia 31 de julho em protesto contra o que eles chamam de cartel de empresas, que estaria controlando o transporte dos produtos da Fiat Chrysler.

O pedido de retirada dos veículos havia sido feito em conjunto pela Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) e Procuradoria Geral do Município do Recife. A multa diária é de R$ 10 mil caso a determinação não seja obedecida pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos e Micro Empresas de Veículos Congêneres do Estado de Pernambuco Cegonheiros (Sintraveic-PE) e 40 proprietários dos caminhões-cegonhas identificados a partir das placas dos veículos.

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Os caminhões estão estacionados nos arredores da Praça da República, na Avenida Martins de Barros, na Rua do Imperador, no Cais de Santa Rita e nas Pontes Maurício de Nassau, Buarque de Macedo e Princesa Isabel. 

Na liminar do juiz Lúcio Grassi Gouveia é destacado a necessidade de urgência da retirada. "O fato de os cegonheiros (...) estacionarem nas vias públicas do Recife (...) cerca de 50 caminhões de grande comprimento, causando inúmeros transtornos e dificultando a locomoção de pedestres, ciclistas, transporte coletivo, veículos e a população em geral, em detrimento da ordem pública e da regular ocupação do espalo urbano", frisa.  

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Em protesto que se estende desde o dia 31 de julho, os trabalhadores responsáveis pelos caminhões cegonha - que fazem o transporte de outros carros - fizeram mais um ato na frente do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, na manhã desta terça-feira (8).

Integrantes do Sindicato dos Transportadores Autônomos e Microempresas de Veículos Congêneres e Cegonheiros de Pernambuco (Sintraveic) mais uma vez estacionaram as carretas no centro da cidade. Segundo o presidente do Sintraveic, Milton de Freitas, o ato só vai acabar quando o Governo do Estado receber os representantes e ouvir as reivindicações. 

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O documento, que esperava-se que fosse recebido pelo Chefe de Gabinete, João Campos, exige a adoção de medidas governamentais para que os trabalhadores de Pernambuco tenham acesso aos veículos produzidos em Goiana, na fábrica da Fiat/Jeep.

Os trabalhadores da categoria denunciam o cartel no setor de transporte de veículos novos, afirmando que esse serviço, atualmente, é executado por empresários de Minas Gerais e São Paulo. Em detrimento disso, é exigido pelo Sintraveic um percentual mínimo de contratação de trabalhadores locais pelas empresas transportadoras do Estado. 

De acordo com Freitas, com a instalação da montadora da Fiat, a taxa de empregabilidade no setor dos cegonheiros deveria ter subido em 78%. 

Outra exigência do Sintraveic é um posicionamento sobre a criação de um falso sindicato, em um endereço diferente, pela empresa SADA que detém o monopólio dentro da Fiat. "Estamos movendo mais de 40 processos, Ministério Público, Polícia Federal, esse problema já vem desde 2011 e nunca tivemos um posicionamento do governo", diz o presidente a respeito da segunda reivindicação da categoria. 

A empresa SADA estaria tentando tomar o Sintraveic para que as contratações dentro da Fiat se encaixem na lei. Segundo o presidente, foi alugado um imóvel em Jaboatão e, desde então, todos os processos que deveriam ser destinados à sede, em Goiana, foram endereçados ao novo local. 

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