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A nadadora italiana Linda Cerruti, do nado artístico, compartilhou em suas redes sociais uma foto com suas oito medalhas - seis de prata e duas de bronze - conquistadas no Campeonato Europeu de Esportes Aquáticos, realizado neste mês em Roma. A atleta posou de cabeça para baixo, com as conquistas apoiadas em suas pernas.

No entanto, esse registrou gerou uma repercussão negativa para Linda nas redes. Após a postagem, ela foi alvo de comentários sexistas e abusivos, que a atleta denunciou em seu Instagram. "A foto me mostra em uma pose artística, típica do meu esporte, de cabeça para baixo, junto com as oito medalhas conquistadas naquele que foi o melhor campeonato europeu da minha carreira", contou a nadadora.

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Nas mensagens, é possível perceber o teor do assédio e comentários sexistas recebidos por Linda. "Belas medalhas, mas o espaço entre as medalhas 4 e 5 também não é ruim", escreveu um perfil no Instagram. "Este porta medalhas está à venda?", disse outra conta.

"O mínimo, e a única coisa que posso fazer, é denunciar esses comentários, espelho de uma sociedade ainda muito machista e muito diferente daquela em que um dia eu gostaria de ter meus filhos", reafirmou Linda.

"Depois de mais de 20 anos de treino e sacrifício, é nada menos que vergonhoso e dói muito no meu coração ler essa horda de pessoas fazendo piadas que sexualizam meu corpo. Será que um bumbum e duas pernas são realmente o que importa, o principal assunto a ser discutido?", desabafou a atleta em suas redes sociais.

O primeiro Campeonato Europeu disputado por Linda foi em 2010, na Hungria, mas sua primeira medalha só foi conquistada em 2016, com o nado artístico em equipe, pela seleção italiana. Apesar das oito medalhas alcançadas em 2022, a nadadora ainda busca sua primeira de ouro na carreira.

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O deputado estadual Arthur do Val (sem partido) apresentou, nessa sexta-feira (25), a sua defesa de mérito contra as 21 representações aceitas pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que pedem sua cassação. Acusado de quebra de decoro parlamentar por áudios de cunho sexista enviados sobre mulheres ucranianas, o parlamentar alega que a censura, mais branda, seria "suficiente para cumprir a função jurídica da pena".

Segundo o Código de Ética da Alesp, a censura é uma advertência mais grave, verbal ou escrita, aplicada pelos presidentes da Casa e do Conselho.

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A defesa assinada pelo advogado Paulo Bueno entende que Arthur não violou os preceitos que levariam a uma cassação. Ele afirma que o parlamentar não abusou das prerrogativas constitucionais, não houve vantagem indevida e prática de irregularidades.

Também disse que as mensagens são "repulsivas e repugnantes", mas não seriam graves a ponto de levar à perda de mandato.

O advogado ainda retomou o caso do deputado Fernando Cury, flagrado apalpando os seios da deputada Isa Penna (PSOL) no plenário da Alesp em dezembro de 2020, que recebeu pena de suspensão de mandato por seis meses.

Além de questionar o mérito, Paulo Bueno também retomou a defesa anterior em que cita o Código Penal. Afirmou que os tribunais brasileiros não teriam competência para analisar o caso dada a "presunção de privacidade", ao ter áudios privados divulgados sem consentimento, e ao fato do suposto ilícito ter sido praticado fora do Brasil. Para isso, equiparou a fala do parlamentar a um "crime de opinião".

Dez testemunhas foram apresentadas como "prova oral" a serem ouvidas pelo Conselho de Ética, entre elas a ex-namorada de Arthur, Giulia Passos Blagitz, que terminou a relação após a divulgação dos áudios.

Com a defesa protocolada, a deputada Maria Amary (PSDB), presidente do Conselho, deve nomear o deputado Delegado Olim (PP) como relator do processo. Ele terá 15 dias para apresentar um relatório, a ser votado no Conselho. Se aprovado, leva a questão a plenário. Clique aqui para entender o andamento do processo.

Para aprovar a cassação, é necessário o apoio de 48 deputados, além de relatório favorável do Conselho. Conforme o Estadão mostrou, ao menos 40 parlamentares já pediram a cassação de Arthur do Val por meio de representações.

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo abriu processo de cassação contra o deputado Arthur do Val (sem partido) por suas declarações sexistas sobre mulheres ucranianas.

Em reunião nesta sexta, 18, os parlamentares que compõem o grupo rejeitaram alegações da defesa e acataram por unanimidade as 21 representações que pedem a cassação de seu mandato por quebra de decoro. Agora o deputado tem o prazo de cinco sessões legislativas para argumentar contra o mérito das acusações.

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Com exceção do deputado Delegado Olim (PP), que não estava presente, oito parlamentares que ocupam cadeiras efetivas no Conselho decidiram pelo encaminhamento do processo. Também foi favorável o corregedor da Alesp, Estevam Galvão (União Brasil).

Próximos passos do processo contra Arthur do Val

Após a nova defesa de Arthur, Olim será nomeado relator do processo pela presidente do Conselho, deputada Maria Amary (PSDB), e terá até 15 dias para apresentar seu parecer sugerindo uma das quatro punições possíveis: advertência, censura verbal ou escrita, suspensão do mandato ou cassação.

Na sequência, o Conselho vota o parecer e, se aprovado, leva a questão a plenário.

Para aprovar as punições, é necessário o apoio de 48 deputados. Conforme o Estadão mostrou, ao menos 40 parlamentares já pediram a cassação de Arthur do Val por meio de representações.

Em defesa inicial, o advogado de Arthur do Val, Paulo Bueno, defendeu que as representações contra ele são "juridicamente impossíveis". Alegou, por exemplo, que os áudios foram "vazados" sem o seu consentimento, eram privados, o que constituiria obtenção ilícita de provas.

Também defendeu a "extraterritorialidade do ato". Segundo ele, as gravações foram feitas fora do país e, por isso, só seriam passíveis de julgamento no Brasil se tivesse cometido um delito listado no rol de crimes passíveis de extradição.

A defesa do deputado afirmou ainda, em documento entregue ao Conselho, que Arthur estava em licença e, portanto, não pode ser acusado no âmbito da Alesp pelo que teria feito.

Ao Estadão, a presidente do Conselho afirmou que Arthur do Val é um "homem público" e que não é possível separar esta condição dele. "Pode estar em qualquer lugar, ele continua deputado. Deve ter postura como representante do legislativo apesar de não estar em missão pela Assembleia", disse.

Procurada, a assessoria de Arthur do Val não respondeu até a conclusão da reportagem. Em carta enviada aos parlamentares, o deputado pediu para não ser cassado. Ele também afirmou que este é seu "último ano" na Casa, e que não vai se candidatar a deputado estadual neste ano.

Membra efetiva da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a deputada Erica Malunguinho (PSOL) confirmou, na tarde desta sexta-feira (18), que os processos de cassação do deputado Arthur do Val (sem partido) foram admitidos por unanimidade.

“A admissibilidade dos processos apresentados contra o deputado Arthur do Val acaba de ser aprovada, por unanimidade, no Conselho de Ética da Alesp: 9 X 0. Na próxima reunião do Conselho de Ética, será nomeado o relator”, informou Maluguinho no Twitter.

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De acordo com a deputada do PSOL, após a nomeação – ainda sem data agendada - o relator terá 15 dias para apresentar o relatório sobre os processos apresentados contra o deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei.

"Fáceis porque são pobres"

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo unificou em um documento, no último dia 9, as 21 representações que pedem a cassação do deputado estadual Arthur do Val (sem partido) por comentários que fez sobre as mulheres ucranianas.

Em áudios que acabaram viralizando, Arthur do Val diz que mulheres ucranianas são "fáceis porque são pobres". O parlamentar viajou à Ucrânia, acompanhado do dirigente do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan dos Santos, para relatar o conflito no leste europeu.

"Vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas 'minas', em dois grupos de 'mina', e é inacreditável a facilidade", disse o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Da Redação, com informações da AE

O relator da CPI da Violência Contra a Mulher na Assembleia Legislativa de São Paulo, Thiago Auricchio (PL), pediu no relatório final das investigações a cassação do mandato do deputado Arthur do Val (sem partido). O parlamentar se desfiliou do Podemos e saiu do MBL depois da divulgação de áudios sexistas em que ele faz ofensas a mulheres ucranianas.

O relator da CPI afirma que Arthur do Val "violou a dignidade da pessoa humana, extrapolando o seu direito de expressão como Deputado Estadual e, desta forma, excedendo o manto da sua imunidade parlamentar". Auricchio acrescenta que "a liberdade de fala não se deve constituir em liberdade de ofensas à honra das mulheres".

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Recomendações

O relatório também lista uma série de recomendações ao governo estadual. Entre as principais, estão o aumento do número de delegacias de defesa da Mulher. Atualmente, há 138 unidades em todo o Estado, e apenas 11 funcionam 24 horas por dia.

O relator ainda propõe que medidas as medidas de proteção a mulheres não sejam condicionadas à apresentação de um boletim de ocorrência. O documento recomenda ao Judiciário que essas medidas não dependam da duração do processo ou da investigação contra o agressor.

Entre as propostas legislativas, está a promoção de cotas para vítimas de violência em programas habitacionais. "Não temos dúvidas de que a habitação deve ser usada como estratégia de enfrentamento à situação de violência, afastando a vítima da convivência com seu agressor", conclui.

No mesmo relatório, não há referência a outro caso que marcou o Legislativo paulista: o assédio sexual cometido pelo deputado Fernando Cury (sem partido), que recebeu uma pena de seis meses de suspensão após apalpar a deputada Isa Penna (PSOL).

O documento foi protocolado na última sexta-feira. O presidente da CPI, Delegado Olim (Progressistas), vai pautar o relatório para votação hoje. Com a desistência de duas deputadas, Isa Penna (PSOL) e Professora Bebel (PT), o colegiado ficou com cinco homens e duas mulheres entre seus membros efetivos.

A maior parte dos integrantes é aliada de Cury, o que inclui o presidente da CPI. Olim foi defensor de uma pena mais branda para o colega, de suspensão de quatro meses. Além dele, integram a CPI Milton Leite Filho (Democratas), Delegado Bruno Lima (PSL), Marcio Nakashima (PDT), Analice Fernandes (PSDB), Marina Helou (Rede), e o relator, Thiago Auricchio (PL). 

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo unificou em um documento, nessa quarta-feira (9), as 21 representações que pedem a cassação do deputado estadual Arthur do Val (sem partido) por comentários que fez sobre as mulheres ucranianas, que considerou "fáceis por serem pobres". A presidente do colegiado, Maria Lucia Amary (PSDB), notificou o parlamentar, que deve apresentar defesa prévia no prazo de cinco dias úteis.

Em entrevista ao Estadão, Maria Lucia se disse chocada e constrangida pelas declarações do colega. Uma nova reunião do Conselho está prevista para a semana que vem, quando seus integrantes julgarão a admissibilidade das representações. Ao todo, existem quatro possibilidades de punição: advertência, censura verbal ou escrita, suspensão do mandato ou cassação.

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"Há uma consciência coletiva. Todos nós estamos conscientes da urgência de uma decisão. Os fatos são muito claros e evidentes. Não há muita coisa a ser questionada", disse ao Estadão o vice-presidente do órgão, Barros Muniz (PSB) nesta segunda-feira (7).

Caso seja admitida a abertura de processo contra o deputado, Maria Lucia deverá nomear um relator. O parecer desse ou dessa parlamentar vai propor uma das opções de punição, que será votada pelo Conselho. Em caso de empate, a presidente tem o voto de Minerva. O passo seguinte é a votação em plenário, onde são necessários 48 votos para aprovação.

Os parlamentares podem alterar o resultado proposto pelo parecer. Foi o que ocorreu no caso do deputado estadual Fernando Cury, que assediou a colega Isa Penna (PSOL). Naquela ocasião, o Conselho havia aprovado a suspensão de três meses. Mas o plenário da Casa optou por dobrar o período de exclusão.

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, uma moção de repúdio ao deputado estadual Arthur do Val (sem partido) por suas declarações sexistas sobre as mulheres ucranianas. O requerimento, de autoria da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e de outros 11 parlamentares, recebeu voto favorável de todos os partidos com representação na Casa.

Até mesmo o Podemos, partido ao qual Do Val estava filiado há cerca de 30 dias, votou a favor da moção de repúdio. O vice-líder da legenda na Câmara, deputado José Nelton (GO), destacou que o partido já não tem o ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL) como um de seus quadros. "Ele já não pertence mais ao nosso partido, mandamos toda a nossa solidariedade às mulheres ucranianas que estão sofrendo com essa guerra terrível e também a todas as mulheres do nosso país", disse.

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A coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputada Celina Leão (PP-DF), ressaltou o fato de a moção ter sido analisada em uma "data simbólica" e disse considerar que a postura do parlamentar paulista fez mal à imagem do Brasil. "São atos de um parlamentar que deveria defender toda a sociedade e nos envergonha internacionalmente", afirmou.

Motivo do repúdio

Arthur do Val, também conhecido como "Mamãe Falei", viajou à fronteira da Ucrânia sob a justificativa de acompanhar "in loco" o conflito daquele país com a Rússia. Na última sexta-feira (4), vazaram áudios do parlamentar classificando as mulheres daquela região como "fáceis por serem pobres" e comparando a fila de refugiadas à entrada de uma balada.

Após a divulgação dos áudios, o deputado tornou-se alvo de um processo disciplinar no Podemos que poderia levar à sua expulsão da legenda - em seguida, ele próprio solicitou sua desfiliação. Também perdeu espaço no palanque do pré-candidato à Presidência Sérgio Moro, do mesmo partido, que repudiou suas falas e se negou a apoiá-lo nas eleições. Além disso, 40 deputados pedem sua cassação no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O parlamentar, por sua vez, pediu desculpas, se afastou do MBL e retirou sua pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

Em carta divulgada na terça-feira, o deputado pediu novamente desculpas pelo ocorrido, afirmou ter sido "machista, desrespeitoso e imaturo" e disse que aceita sofrer punição, embora discorde que mereça ter o mandato cassado por quebra de decoro.

No Dia Internacional da Mulher, o Podemos acatou o pedido de desfiliação do deputado estadual Arthur do Val, após a divulgação de áudios sexistas em que diz que mulheres ucranianas são "fáceis porque são pobres".

"A legenda recebe e acata desfiliação do deputado estadual Arthur do Val (SP), diante da abertura do processo disciplinar que poderia resultar em cassação do parlamentar. Ele estava filiado ao partido há cerca de 30 dias", afirmou o Podemos em nota.

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Na segunda-feira, 7, o partido abriu um procedimento disciplinar interno para avaliar um pedido de expulsão do deputado protocolado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin.

Na ocasião, do Val disse que não tinha pensado sobre o processo de expulsão, mas que não pretendia pressionar a legenda a aceitá-lo. "Não quero que o partido seja forçado a me aceitar lá dentro, se o partido não me quiser, eu saio", disse do Val.

O deputado já havia retirado a pré-candidatura ao governo de São Paulo. Ele migrou ao Podemos no começo do ano junto a lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL), como forma de impulsionar o nome do presidenciável do partido, Sérgio Moro, na corrida presidencial.

Após a divulgação dos áudios, contudo, o ex-juiz foi bastante criticado pela aliança com do Val e divulgou nota de repúdio às declarações.

Na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado enfrenta ainda nove representações individuais e três coletivas que pedem sua cassação por quebra de decoro. Ao menos 38 parlamentares já solicitaram sua punição formalmente.

Em "live" nessa segunda-feira (7), Renan Santos, coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), se revoltou com a possibilidade de cassação do mandato de Arthur do Val (Podemos) e, usando palavras de baixo calão, fez um apelo para que a militância do movimento de renovação impeça a perda de mandato do deputado estadual.

Exaltado, o ativista defendeu que o MBL deixe de lamentar o ocorrido, disse estar preocupado com o futuro de outros parlamentares ligados ao movimento e chegou a arremessar uma caneca em direção à câmera. "Já deu o luto. Já deu o 'ai, olha só, desculpa'. Vai deixar ele ser cassado? Amanhã é o Kim (Kataguiri, deputado federal), depois é o Rubinho (Nunes, vereador de São Paulo)!", afirmou.

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Renan também disse que, segundo ele, não seria suficiente a substituição de Arthur do Val, conhecido como "Mamãe Falei", por outro integrante do grupo para disputar o governo de São Paulo. Em meio a xingamentos, ele afirmou não se importar com as eleições e que não pretende disputar um mandato em um "País de gente covarde".

'Tour de blonde'

Sob a justificativa de ajudar refugiados ucranianos, Renan esteve com o deputado na fronteira do país europeu na semana passada e foi mencionado nos áudios do parlamentar, vazados na última sexta-feira (4), com conteúdo sexista. Ao falar das mulheres ucranianas, Arthur do Val disse que o coordenador do MBL viaja ao leste europeu todos os anos para fazer um "tour de blonde" - em outras palavras, para tentar ter relações com mulheres loiras.

Após a divulgação dos áudios, Arthur do Val tornou-se alvo de um processo disciplinar no Podemos que pode levar à sua expulsão do partido. Também perdeu espaço no palanque do pré-candidato à Presidência Sérgio Moro, do mesmo partido, que repudiou suas falas e se negou a apoiá-lo nas eleições. Além disso, 37 deputados pedem sua cassação no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O MBL divulgou nota lamentando as declarações do deputado, mas reforçou que o objetivo da viagem à Ucrânia foi acompanhar "in loco" o conflito com a Rússia e arrecadar fundos para os refugiados da guerra. O parlamentar, por sua vez, pediu desculpas e retirou sua pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

O Podemos iniciou nesta segunda-feira (7) um processo interno que pode resultar na expulsão do deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, por declarações consideradas depreciativas às mulheres ucranianas e deu abertura hoje ao processo disciplinar interno.

"A realização do procedimento é necessária para qualquer tipo de punição, em respeito à ampla defesa e ao contraditório", escreve o partido em nota. O pedido foi assinado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin.

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Do Val terá cinco dias para apresentar sua defesa à Comissão de Ética e Disciplina do Podemos, que fará um parecer à Comissão Executiva estadual.

O parlamentar também enfrenta pressão na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao menos 37 deputados assinaram representações no Conselho de Ética da Casa pedindo a cassação de seu mandato.

Duas organizações também pediram a cassação de Arthur do Val: o Movimento Contra a Corrupção Eleitoral e a Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.

Em nota, Arthur do Val afirmou que lutará "contra a injustiça", se referindo à iniciativa de parlamentares que pedem a cassação do seu mandato.

"Dei uma declaração lamentável, admito e peço desculpas por isso; além de tudo, perdi minha noiva e prejudiquei meus amigos. Isso tudo é sinal dos tempos: ladrões ficam impunes, gente honesta perde o mandato. Lutarei até o fim contra esta injustiça.", escreveu. O deputado não se manifestou sobre o processo de exclusão do Podemos.

A Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil realiza na tarde desta segunda-feira, 7, a 'Marcha contra a Misoginia', em frente ao Monumento às Bandeiras, próximo à Assembleia Legislativa de São Paulo, em um protesto contra as declarações do deputado Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, sobre mulheres ucranianas.

Após o ato, que está ma entidade vai protocolar uma representação contra o parlamentar, com mais um pedido de cassação de seu mandato. A solicitação da OAB-SP conta com o apoio de todas as deputadas paulistas, que vão subscrever o documento que será apresentado à Alesp, segundo a entidade.

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A presidente da seccional paulista da OAB, Patrícia Vanzolini, explicou que a entidade considerou as declarações de Arthur do Val 'afrontosas ao Estado de Direito e à democracia'. "Consideramos que são falas muito ofensivas não só às mulheres, mas à cidadania, com um induzimento, ainda que implícito, ao turismo sexual, com a legitimação do abuso sexual contra pessoas em situação de vulnerabilidade econômica", afirmou ao Estadão.

Vanzolini defende uma atuação 'contundente' da OAB-SP no processo, para mostrar que a "sociedade civil como um todo está indignada, exige providências, reclama uma ação firme da Assembleia". Segundo a criminalista, a representação elaborada pela ordem, enquanto instituição, junto da assinatura conjunta das deputadas da casa legislativa, visa 'dar o recado' de que trata-se de uma pauta suprapartidária, da dignidade da pessoa humana.

"Acho que a OAB pode contribuir para estabelecer o mínimo civilizatório, o mínimo que deve ser comum do cidadão. Independentemente do partido político ou a qual ele com o qual ele simpatize. Eu acho que isso falta um pouco nesse momento. A gente estabelecer que há um piso mínimo de dignidade, de respeito", afirma.

Nessa linha, a advogada considera que a 'Marcha contra a Misoginia', que será realizada antes da entrega da representação, visa mostrar a posição do eleitorado, dando um peso ainda maior para o documento.

A presidente da seccional paulista da entidade máxima da advocacia afirma ainda que são examinados outros caminhos jurídicos para tratar do caso, mas ressalta que o 'importante é que fique claro que uma pessoa portadora de um mandato eletivo não pode impunemente expressar posições como essa, misóginas, preconceituosas e de grande crueldade, falta de empatia, falta de compreensão daquele momento'.

Entenda o caso

Em áudios que acabaram viralizando, Arthur do Val diz que mulheres ucranianas são "fáceis porque são pobres". O parlamentar viajou à Ucrânia, acompanhado do dirigente do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan dos Santos, para relatar o conflito no leste europeu.

"Vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas 'minas', em dois grupos de 'mina', e é inacreditável a facilidade", disse o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

Como mostrou a Coluna do Estadão, os deputados estaduais Paulo Fiorilo, Emídio de Souza e José Américo, do PT, e a deputada Isa Penna, do PSOL, já acionaram o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo contra o 'Mamãe Falei', por quebra de decoro parlamentar.

Neste domingo, 6, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral Estadual São Paulo(MCCE) também apresentou à Alesp pedido de cassação de Arthur do Val.

O Podemos instaurou processo disciplinar para apurar o caso e há a preocupação de como o episódio pode respingar sobre a pré-candidatura de Sérgio Moro. O presidenciável considerou as declarações 'incompatíveis com qualquer homem público'.

Após a repercussão sobre o episódio, Arthur do Val decidiu retirar sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Em vídeo publicado no Youtube, ele disse que suas falas foram 'escrotas' e 'machistas', atribuindo o áudio a um 'momento de empolgação'. "Eu estou sendo moleque. Essa não é a postura que as pessoas esperam de mim".

Para a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o Partido dos Trabalhadores só repreende atitudes machistas quando é conveniente. A parlamentar se refere ao episódio de ofensas proferidas pelo ator José de Abreu (PT-SP), militante da esquerda e possível candidato à Câmara pela sigla em 2022. Em entrevista à BBC no início de outubro, mas com divulgação apenas nesta quarta-feira (27), Amaral lamentou o silêncio da legenda e alegou que os dirigentes não estão comprometidos com as pautas abordadas pelos petistas.

No final de setembro, após a deputada defender em uma entrevista a necessidade de "furar a bolha da esquerda e da direita" e "chegar ao povo", José de Abreu compartilhou um tuíte de outro perfil que dizia querer socar a parlamentar. O caso gerou grande solidariedade à Tabata nas redes sociais, mas também silêncio de parte das lideranças da esquerda, inclusive de deputadas feministas, assim como da cúpula do PT, partido ao qual o ator é filiado desde 2013.

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"Toda vez que alguém se silencia diante de um caso como esse, a pessoa é conivente com o que está acontecendo. Então, na hora que as principais lideranças do PT silenciam sobre o que ele fez e o apresentam como candidato à Câmara dos Deputados, o partido está mostrando que, na prática, não só não é comprometido contra o machismo, como despreza essa luta dependendo de quem é o alvo e dependendo de quem é o agressor", criticou, em um segundo encontro com a BBC News Brasil em outubro, dessa vez virtual.

Não só a sigla não repudiou sua atitude publicamente, como Zé de Abreu anunciou pouco depois que pretende se candidatar pelo PT à Câmara dos Deputados em 2022. Para Tabata, a postura do partido no episódio demonstra conivência com o ataque que sofreu, o que a deputada classifica como crime de incitação à violência. À época que o tuíte foi compartilhado, Tabata confirmou que tomou medidas legais diante do caso.

"Da mesma forma que é lamentável que tenha uma pessoa como (o presidente Jair) Bolsonaro na política, que diz tantos absurdos contra mulheres como a (deputada do PT) Maria do Rosário, é lamentável que o Partido dos Trabalhadores tenha uma pessoa que incita a violência contra as mulheres por discordância (política). É um desserviço para as mulheres, é um desserviço para a política, para o nosso Brasil, mas acho que entra na lista de incoerência na luta dos partidos como um todo contra o machismo", diz ainda, recordando o episódio em que Bolsonaro, quando era deputado, disse à Rosário "não te estupro porque você não merece", continuou.

A deputada atribui os ataques ao fato de “não rezar fielmente a cartilha de nenhum dos lados, intensificada por sua condição de jovem mulher”, referindo-se à direita e à esquerda. Ela contou que é justamente nesses encontros com novas lideranças, especialmente femininas, que renova sua motivação na vida pública. Na sua visão, apenas com o aumento das mulheres na política, em uma transformação estrutural que deve levar anos ainda, esse ambiente se tornará menos hostil e violento para elas.

Após a ampla repercussão, José de Abreu publicou um artigo no jornal Folha de S.Paulo com o título "Peço desculpas, Tabata; errei redondamente", em que diz que agiu por "impulso", argumenta que retuitar mensagem "não é endosso" e faz críticas a sua atuação parlamentar. Para Tabata, "as desculpas ficam apenas no título".

"É um artigo em que ele se autopromove. Em que basicamente ele justifica a agressão pelos meus posicionamentos políticos. E aí eu sou muito firme em dizer que, da mesma forma que não tem minissaia, não tem comportamento que justifique o assédio, não tem posicionamento político que justifique alguém te intimidar", afirma.

"Incitação à violência é crime. Nunca fiquei sabendo de crime que foi resolvido porque alguém escreveu um pedido de desculpas. Então, para mim, não muda nada", acrescentou, decidida a não recuar de providências judiciais contra o ator.

A gigante dos jogos eletrônicos Activision Blizzard é alvo de uma série de acusações de sexismo, discriminação e assédio sexual de suas funcionárias em um processo movido por uma agência estadual da Califórnia.

O Departamento de Moradia e Emprego Justo (DFEH, em inglês) do estado do entrou com uma ação civil na quarta-feira, alegando que o criador de "Call of Duty" e "World of Warcraft" violou as leis estaduais ao permitir uma "cultura generalizada de machismo no ambiente de trabalho".

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No caso mais recente de acusações de sexismo dentro da indústria dos jogos eletrônicos, o processo alega que a empresa da Califórnia "alimentou uma cultura sexista e pagou menos às mulheres do que aos homens, embora fizessem um trabalho basicamente semelhante; designou mulheres para empregos de nível inferior e as promoveu em um ritmo mais lento do que os homens".

Também alega que as mulheres "foram submetidas a assédio sexual constante, incluindo apalpadas, comentários e insinuações" e que os executivos sabiam disso, mas não agiram. Ao invés disso, eles retaliaram as mulheres que relataram a situação, de acordo com um comunicado da agência estadual.

A ação movida em Los Angeles indica que as mulheres eram submetidas a uma prática chamada em inglês de "cube crawls" - uma referência ao "pub crawl", uma espécie de tour por bares - onde homens bêbados iam de cubículo em cubículo engajando em "comportamento impróprio" com suas colegas de trabalho.

Uma funcionária cometeu suicídio durante uma viagem de negócios com um colega que havia levado brinquedos sexuais, de acordo com o processo.

A Activision Blizzard negou as acusações, dizendo que o processo "inclui descrições distorcidas e em muitos casos falsas do passado da Blizzard".

A declaração da empresa acrescenta: "Não há lugar em nossa empresa ou setor, ou em qualquer setor, para conduta sexual inapropriada ou assédio de qualquer tipo. Levamos todas as alegações a sério e investigamos todas as denuncias. Em casos que envolvem má conduta, medidas foram tomadas para resolver o problema".

A Activision Blizzard também disse que cooperou com a agência da Califórnia, mas "se apressou em abrir um processo impreciso e isso será provado no tribunal".

O DFEH busca indenização para as funcionárias afetadas por assédio, bem como outras penalidades que busquem remediar o problema.

A empresa francesa de videogames Ubisoft, assim como a americana Riot Games - criadora de "League of Legends" - também foram alvo de processos semelhantes.

Nas redes sociais, a personal trainer Vanessa Del Solar, de 35 anos, afirmou que foi impedida de entrar em uma academia da rede Bluefit por vestir um short considerado "curto" pela gerência do estabelecimento. O caso ocorreu na segunda-feira (20), em uma unidade na Asa Norte, em Brasília, no Distrito Federal.

A treinadora diz utilizar o espaço há cerca de um ano para dar aulas aos seus alunos e era credenciada, mas, após o constrangimento, afirma que tanto ela, quanto o aluno que a esperava no momento em que foi barrada, cancelaram os contratos com a Bluefit.

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“Após 17 anos trabalhando em academias, hoje aconteceu algo muito desagradável e inacreditável. Trabalho como personal trainer nessa academia há alguns meses. Hoje cheguei para atender meu aluno que já estava na esteira e fui barrada na recepção porque meu short era curto. Sempre atendi nessa academia com esse short e nunca ouvi sequer alguma reclamação ou aviso. Eles chamaram a gerente para dizer se eu poderia entrar pelo menos hoje e ela disse que não, ou seja, eu tive que ir embora junto com o meu aluno e não pude atendê-lo. Viemos para a academia aqui de casa e obviamente cancelamos o contrato com essa empresa”, escreveu a educadora, em relato público nas suas redes pessoais.

Vanessa alega ter sido repreendida pela recepcionista da unidade, no momento da sua entrada. “Disse que o short é curto. Eu falei que já usei a mesma roupa outras vezes e me disseram que a gerência mudou. Questionei se não haveria uma cartilha, algo que explicasse o que é adequado para adaptação”, conta. A personal afirma que tentou argumentar para saber se poderia entrar ao menos daquela vez, para não deixar o aluno, que já estava fazendo aquecimento na esteira, sem atendimento. No entanto, foi informada que não poderia entrar.

Em nota que circula nas redes sociais, a Bluefit afirmou que exige dos personais um uniforme padronizado que os diferencie dos profissionais das unidades. “Apesar dos cuidados que tomamos, qualquer reclamação ou equívoco nas exigências pode ser levada à ouvidoria da rede. A empresa lamenta o ocorrido e já está em contato com a unidade e com a cliente para avaliar a situação”, disse o texto.

Após o caso viralizar na internet, a personal trainer agradeceu o apoio majoritário do público, após receber milhares de mensagens em seu perfil, e diz que o caso em nada afetou a sua rotina, já de volta ao normal.

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A Polícia Civil de Alagoas prendeu em flagrante, pela segunda vez, um indivíduo de 21 anos de idade, acusado pela prática de lesão corporal, violência doméstica e familiar contra sua companheira, que está gestante.

A vítima declarou que desde a noite de terça-feira (29) vinha sofrendo ameaças e agressões físicas por parte de seu companheiro. Ela contou que o homem a derrubou no chão em via pública e a arrastou puxando pelos cabelos.

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Nessa quarta (30), segundo a polícia, o agressor voltou a ameaçar a mulher – grávida de 5 meses – com uma faca na cintura. Agentes se dirigiram ao local e prenderam o homem, que chegou a tentar se esconder em um matagal.

Histórico de violência

A polícia informou que o preso é recorrente no cometimento de violência doméstica e familiar contra mulher. A mesma equipe de policiais civis também o havia prendido em flagrante noutra oportunidade, pela prática do mesmo tipo de crime, contra a ex-companheira dele. Ele responde ao processo pela Lei Maria da Penha.

No mês em que é celebrado o Dia da Mulher, uma campanha contra o sexismo na moda começa a tomar vulto. Idealizada pela Hering, o movimento pede pelo fim do uso do termo 'tomara que caia' para peças femininas que não têm alças. A hashtag #blusasemalça foi criada para a campanha e a revista Harper's Bazaar engrossou o coro colocando a atriz Mariana Ximenez levantando essa bandeira em sua capa. 

No site da Hering, a campanha é explicada da seguinte maneira: "Tomara que caia é um termo sexista que precisa ser extinto do mundo da moda, das notícias e do nosso vocabulário. Esse movimento começou para valorizar e reconhecer as causas das mulheres". Além disso, cada peça sem alças comprada no site da marca terá sua renda revertida para o Programa Bem Querer Mulher, que ajuda mulheres vítimas de violência. 

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Engrossando a campanha, a revista Harper's Bazaar colocou a atriz Mariana Ximenez em sua capa com uma blusa sem alças no qual está escrito: "Isso não é um tomara que caia". No Instagram, Mariana falou sobre a importância da campanha: "Um orgulho estar nessa edição da Bazzar nessa campanha tão importante de respeito a mulher. Como a minha querida @patriciacarta disse, tomara que caia de uma vez por todas, e o quanto antes, qualquer juízo de valor sobre as nossas escolhas". 

 

Cleo sempre foi conhecida por falar abertamente sobre os mais diversos assuntos, mesmo quando eles estavam relacionados a sua vida íntima e suas relações a dois. E em conversa com Leo Dias, publicada pelo colunista nesta quinta-feira (31), não foi diferente. A atriz e cantora falou de como os homens se apaixonam por uma idealização do que ela é, além de falar que sempre sonhou em se casar.

Mas o que mais chamou a atenção mesmo foi o fato de ela afirmar que seus relacionamentos passados foram tóxicos, isso quando passou a falar sobre o grande amor da sua vida.

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"Acho que ainda não tive. Tive longos relacionamentos, mas foram tóxicos. Amei muitas pessoas. Mas tive relacionamentos tóxicos. Tóxico é quando tem chantagem emocional, muita manipulação, tem muito sexismo, muita hipocrisia. Às vezes, você mesma se torna tóxica numa situação emocional sufocante. Meu grande amor ainda não chegou", disse, lembrando que os atores João Vicente de Castro e Rômulo Arantes Neto são dois de seus namorados mais conhecidos, o que causou certo desconforto entre os galãs, segundo o colunista. 

Por conta disso, Leo também procurou os atores, que preferiram não tecer qualquer comentário sobre a fala da ex. João Vicente e Cleo ficaram juntos por cerca de quatro anos, entre 2009 e 2012, e, apesar do fim da relação, se mantiveram amigos. A atriz chegou a declarar que o casamento com o ator chegou ao fim porque ela era libertária, enquanto João tinha uma postura mais tradicional.

Já Rômulo ficou por cerca de três anos com Cleo. Os dois chegaram até a fazer tatuagens juntos, mas, após o término, ela preferiu cobrir a dela com outros símbolos, fato que, segundo Rômulo, não lhe causou nenhum impacto, embora o ator tenha admitido que não foi fácil se recuperar emocionalmente do fim da relação.

Ainda sobre sua vida sexual, Cleo também admitiu que se satisfaz sozinha. "Sexualmente, sim. Na vida, não. Sex shop está aí para isso. Mas na vida eu preciso dos meus amigos. Preciso de pessoas", admitiu.

E o assunto acabou esbarrando, ainda, nas mudanças físicas provocadas pela compulsão alimentar que descobriu recentemente e que fez com que ela virasse alvo constante de críticas.

"Eu entendo há muito tempo o que é a compulsão e via que eu estava ali perto. Me identificava com aquilo. Mas nunca fui a fundo nisso e acho que neste ano eu realmente vi que tinha essa questão: compulsão com a comida. Você está feliz e quer comemorar. Tristeza, alegria, ansiedade, depressão. Não é que é uma desculpa, mas é para onde meu organismo vai. Descobri que tinha muitos gatilhos e que eu acabava indo para um lugar de descontrole total, em forma de autopunição. Não é saudável. Dava prazer, mas não era saudável. Amo comer, mas, quando você perde o controle e aquilo vira um foco, fica doentio e problemático", contou.

Sua fala, aliás, casou espanto, já que quando posou nua ela estava com uma silhueta magérrima.

"Eu fazia muita dieta maluca e tomava remédio. Tirava compulsão da comida e, às vezes, conseguia colocá-la em exercício e em querer ficar magra. A compulsão para comida foi para esses outros lugares, mas eles não duram. E é tudo doentio. Você pode estar magra, mas a sua cabeça é doente ainda. Não quero que seja uma coisa pesada, mas é uma questão séria", afirmou.

Se ela vê vê beleza na gordura? A atriz também comenta: "Não existe só um tipo de beleza. Vejo beleza na gordura. A pessoa para mim pode ser bonita, magra ou gorda. Ou feia magra e feia gorda. A beleza nem sempre está ligada ao corpo."

Isso esbarra, inclusive, em sua Playboy, que vendeu 40% a mais do que a história da revista. Leo, então, propõe que a Cleo de hoje vá para aquele momento, falando se ela faria de novo a revista com esse corpo.

"A minha questão não é o corpo e, sim, o momento. Eu faria com este corpo. Eu não sou muito bem relacionada com meu corpo, tem dias em que odeio meu corpo. Mas sexualmente sou muito bem relacionada, sim. Me conheço muito bem e sei o que me dá prazer", garantiu.

E por falar em suas novas formas, ela também comentou sobre sua vida sexual nos dias de hoje, afirmando se o sexo mudou ou se ela continua com a mesma intensidade de tempos atrás.

"Sou sexual, acho que todos somos. Mas, para mim, sexual não é dar para todo o mundo. Ser sexual é você saber da sua energia. A sua energia de vida é a sua energia sexual. A questão não é se eu tive muitos parceiros. Ser sexual é ter noção do poder da sua energia e usá-la. Isso não quer dizer que você transe muito ou pouco. Eu gosto dessa energia sexual. [Hoje minha vida sexual está] como sempre esteve. Sempre tive fases de muito, fases de pouco, fases de uma pessoa só, fases de várias pessoas. Estou no mesmo lugar. O que tem mudado para mim é o amadurecimento. A questão virou muito mais a troca específica com alguém e não o tesão em si. E a troca vai além do sexo. O sexo de que eu mais gosto e que procuro é quando vira consequência de uma troca com alguém. Não só do meu tesão", disse.

E por falar em relacionamento, Cleo ainda revelou que sua última relação íntima foi há um mês, em uma viagem para fora do país, mas que não está namorando ninguém. Essa, aliás, é uma questão importante para a atriz e cantora, que ficou frustrada ao saber como os homens se relacionam com ela nos dias de hoje.

"Ultimamente, os caras que têm se apaixonado por mim se apaixonam por um ideal e não por mim. Eu me decepciono muito quando percebo isso", relatou.

Mesmo assim, seu sonho continua sendo ter um casamento feliz: "Não sei, porque eu já nasci querendo me casar. Sonhava com isso. Não véu e grinalda, mas casar. Sempre acreditei numa coisa 'juntos vamos dominar o mundo'. Ter um parceiro de vida. E quando chega no quesito de atração física, eu sou muito hétero nesse sentido e aí é difícil, porque a maior parte dos homens héteros é péssima."

O programa Encontro, apresentado por Fátima Bernardes pelas manhãs na TV Globo, levantou uma discussão muito importante atualmente em sua última exibição, na terça-feria, dia 9. Durante um bloco de conversa, a questão de atividades de homens e mulheres foi trazida à tona e, de uma forma diferente, o assunto foi debatido.

Ao passo em que o bate-papo acontecia, Fátima e os convidados argumentaram a respeito da cor rosa, pois, até hoje, ainda não é vista por muitos como comum entre os meninos. Logo, a apresentadora falou que essa distinção nunca foi um problema em sua casa e, enquanto uma das convidadas ressaltava a importância dos pais nessa desconstrução social sobre as cores, Fátima, que é mãe de trigêmeos fruto de seu casamento com William Bonner, aproveitou para citar exemplos.

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- Meu pai, por exemplo, usa rosa. O William sempre usou também. Então, lá em casa, para o Vinícius nunca foi uma questão, porque eu acho que também ele tinha firmeza de que se alguém dissesse qualquer coisa para ele, ele falaria Meu avô e meu pai também usam, contou a apresentadora.

Fátima e o âncora do Jornal Nacional se separaram em 2016, após 26 anos de casados. No momento, a apresentadora namora Túlio Gadelha e Bonner se casou recentemente com a fisioterapeuta Natasha Dantas.

Centenas de estudantes do Ensino Médio protestaram nesta quarta-feira (9), no centro de Santiago, para exigir uma "educação não sexista", em meio a uma onda de ocupações de sedes universitárias pedindo medidas contra o abuso sexual e uma maior inclusão das mulheres.

Convocados pela Coordenadora Nacional de Estudantes Secundários (Cones) em apoio às ocupações que se estendem por vários dias em ao menos 10 faculdades do país, os estudantes foram autorizados a marchar pela comuna de Recoleta, vizinha a Santiago.

Mas a direção se opôs e convocou a marcha para a Avenida Alameda. Sob um grande tecido com inscrições que exigiam "Educação sexual, pública, feminista e não sexista", os estudantes só conseguiram avançar alguns metros antes de serem dispersados pela Polícia, que usou jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo.

Os estudantes atacaram os policiais com pedras e pedaços de pau.

Há três semanas começou no Chile uma série de ocupações feministas nas faculdades, entre elas a de Direito da Universidade do Chile, a mais importante do país, que permanece tomada por seus alunos desde 27 de abril.

"Nossas instituições não conseguiram levar a sério a violência de gênero, de abordá-la e entendê-la como um fenômeno estrutural", disse Emilia Schneider, uma das porta-vozes da mobilização.

Entre as reivindicações dos estudantes está a implementação de protocolos para casos de denúncias de abuso sexual e violência de gênero junto com a introdução de matérias sobre gênero e a contratação de mais professoras.

O presidente da Sampdoria, Massimo Ferrero, deu uma declaração polêmica no último sábado (8) após o empate sem gols entre sua equipe e o Genoa, no tradicional "Derby della Lanterna".

Para explicar a falta de gols da Sampdoria no clássico, Ferrero afirmou, em entrevista ao jornal "Gazzetta dello Sport", que "a bola é como mulher, tem que ser penetrada". Além disso, o polêmico presidente do clube genovês culpou o técnico da Sampdoria, Marco Giampaolo, pelo empate.

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"Ele escalou bem o time, mas não fez as mexidas certas. Ele passa 12 horas com os jogadores, mas quando vem uma bola não conseguem colocar dentro do gol", afirmou.

Apesar das críticas de Ferrero, Giampaolo vem fazendo um grande trabalho pela Sampdoria, que ocupa a 8ª colocação do Campeonato Italiano e briga por uma vaga na Liga Europa. Já o rival Genoa, após brigar para não cair, se recuperou na tabela e agora está na 11ª posição.

Da Ansa

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