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A digitalização da música transformou completamente a maneira como consumimos esse produto. Mas, apesar de compradores de CDs e outros suportes físicos do tipo serem cada vez mais raros, a real situação do consumo da música digital, no Brasil, não é bem o que parece. Representantes de serviços de streaming como Deezer e Youtube, no país, falaram sobre esse cenário em um painel realizado nesta sexta (7), na Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM).

Walter Vinício (Youtube Music), Fernando Spuri (Spotify), Arthur Fitzgibbon (OneRPM) e Felipe Callado (Gig Loop), falaram sobre suas plataformas e como elas mudaram a maneira de ouvir música. Mas, apesar da enormidade de serviços de streaming, o Brasil ainda enfrenta desafios para se tornar um consumidor pleno dessas tecnologias. 

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Walter enumerou algumas dessas dificuldades, como acesso à banda larga e a um celular com conexão rápida, bem como condições para o pagamento de uma assinatura mensal.  Ele observou, e os demais concordaram, que a grande maioria da população brasileira ainda não tem acesso pleno a isso. Felipe, da Gig Loop, complementou: "A gente ainda não está tão online assim". 

Outro fator que transformou o consumo se música em uma experiência mais ampla foi o 'casamento' dessa com o vídeo. Como observou Jui Baldi, mediadora do debate, hoje em dia as duas linguagens caminham juntas: "É quase impossível um artista lançar música sem vídeo. A gente vê música agora". As plataformas, inclusive, já contam com um novo produto, a playlist de vídeo.

Mas, apesar das dificuldades mencionadas, todos vêm com ânimo o caminho da música digital no país. "A indústria da música digital é uma das poucas que cresceram durante a crise. Há um potencial enorme pra esse mercado se firmar com a chegada dos players globais", pontuou Walter, do YouTube Música.

São Paulo - Uma iniciativa promovida pela união e trabalho coletivo dos músicos da Argentina foi tema para um dos painéis da Sim, nesta sexta (7). Paula Rivera e Diego Boris, do Instituto Nacional de lá Música (INAMU), falaram ao público da feira sobre como a organização tem favorecido os profissionais da música no país. 

O INAMU nasceu em 2014 da necessidade de se organizar a cadeia produtiva e, também, otimizar o trabalho dos músicos e profissionais da área na Argentina. Espalhadas pelas mais de 20 províncias do país, eles se organizaram em grupos específicos para debater suas necessidades e como conseguir melhores condições de trabalho. “A Argentina é um pais muito extenso. Então o desafio de criar uma ferramenta que contemplasse os músicos de diferentes lugares era essencial”, disse Diego.

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Eles fizeram diversas plenárias e sua organização acabou virando, além da INAMU, a promulgação, por unanimidade, da Lei Nacional da Música, que regulamenta o ofício e o fomento da produção cultural.

Além disso, o Instituo trabalha para que a lei se converta em ação. Desde então, criou-se o registro nacional dos músicos e o registro da atividade musical. Também foram beneficiados cerca de 1760 projetos e os músicos vêm sendo beneficiados com atividades formativas, descontos em passagens aéreas, a criação de uma rede de estabelecimentos para receber shows e a promoção da música Argentina no exterior. “As políticas culturais não precisam ser feita somente pelo Estado. A cultura é um fenômeno muito complexo, trabalhamos para intermediar esse processo entre estado e iniciativa privada”, explicou Diego.

São Paulo - Uma das mais importantes convenções do mercado musical, a Sim - Semana Internacional de Música de São Paulo (CCSP), ocupa as salas e jardins do Centro Cultural São Paulo até o próximo domingo (9). A feira reúne profissionais dessa indústria, de bandas a produtores e realizadores de festivais, pra uma vasta programação formada de showcase, painéis, debates e festas. A programação é gratuita.

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Nos auditórios do CCSP, acontecem ós painéis que debatem temas como novos festivais do país, a presença feminina na música, a profissionalização dos músicos e as novas formas de consumir música. Já no espaço Oi Labsonica, na área externa do centro, o público pode conferir uma série de shows gratuitos, de atrações nacionais e internacionais. 

Na sala Adoniran Barbosa acontecem os showcases. Nesta edição da Sim, foram selecionados 27 artistas que se apresentam ao vivo. Entre eles estão, Miss Bolívia, da Argentina, Alfonsina, do Uruguai, e as brasileiras, Plutão já foi Planeta, Àttoxa e Filipe Catto.

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