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Sem bebidas alcoólicas, sem abraços, sem alegria e sem autógrafos. Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio revelaram nesta quarta-feira (23) novas regras anticovid muito rigorosas para os espectadores do evento, a apenas um mês da cerimônia de abertura.

A presidente do comitê organizador, Seiko Hashimoto, declarou que "o ambiente festivo terá que ser suprimido para que os Jogos sejam seguros". Também afirmou que será necessário ter "criatividade" para estimular um ambiente positivo, apesar das restrições.

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Na segunda-feira (21), o comitê anunciou a permissão de no máximo 10.000 torcedores que moram no Japão em cada local de competição, mas Hashimoto advertiu que não devem esperar algo parecido com Eurocopa, por exemplo.

"Na Europa, os lugares estão cheios de comemorações. Infelizmente, talvez não possamos fazer o mesmo", frisou.

No Japão, os espectadores deverão cumprir requisitos anticovid para entrar nas sedes olímpicas.

Uma pessoa com temperatura corporal superior a 37,5 graus durante dois controles terá a entrada negada, assim como qualquer torcedor que tossir, ou não usar máscara.

Se a entrada for rejeitada, a pessoa não terá o ingresso reembolsado.

Uma vez dentro do local de competição, os torcedores poderão aplaudir, mas não terão o direito de estimular os atletas "nem entrar em contato direto com outros espectadores". A recomendação será de sair imediatamente após as competições.

- Nem autógrafos nem álcool -

Também será proibido pedir autógrafos aos atletas, ou "expressar apoio verbal", agitar uma toalha, ou participar de "qualquer forma de aclamação que possa resultar em uma multidão".

Durante os Jogos Olímpicos, os espectadores não terão acesso a bebidas alcoólicas, que são permitidas em outros eventos esportivos organizados atualmente no Japão. A decisão foi tomada "para atenuar, na medida do possível, as preocupações da população", explicou a presidente do comitê Tóquio-2020.

A oposição interna aos Jogos parece ter registrado queda nas últimas semanas, mas quase metade dos japoneses permanecem contrários à organização do evento dentro de quatro semanas, segundo as pesquisas.

"As pessoas podem sentir alegria no coração, mas não podem fazer barulho e devem evitar as multidões", disse Hashimoto. "Estamos nos esforçando muito para encontrar uma nova forma de celebrar", completou.

Ela disse que os Jogos de Tóquio ressaltarão os "verdadeiros valores" do evento olímpico.

Para Hashimoto, as restrições são uma oportunidade para transcender a pompa que acompanha os Jogos Olímpicos e se concentrar no esporte.

Nos últimos anos, "os Jogos tendiam a um entusiasmo extremo, mas, com isto, o significado e os valores originais... não eram transmitidos completamente", afirmou à imprensa.

"Desta vez, acredito que serão abordados os verdadeiros valores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos", completou.

Hashimoto participou de sete edições dos Jogos Olímpicos, de verão e inverno, na patinação de velocidade e no ciclismo de pista.

Ela assumiu a presidência do comitê organizador depois que seu antecessor, o ex-primeiro-ministro Yoshiro Mori, renunciou após declarações machistas. Mori afirmou que as mulheres falavam muito nas reuniões.

Hashimoto nega que as dificuldades de Tóquio-2020 desanimem os anfitriões.

"Eu vejo como uma oportunidade para apresentar a essência dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e para mudar o formato dos Jogos", disse.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio serão diferentes de todas as edições anteriores. Os torcedores procedentes do exterior estão vetados, e os atletas permanecerão afastados do público.

Os atletas serão submetidos a fortes restrições que incluem testes diários e a proibição de deslocamentos, exceto entre os locais de competição e treinamento e a Vila Olímpica.

Um dia depois que o número 2 do principal partido que governa o Japão afirmou que os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados no ano passado por causa da pandemia do novo coronavírus, podem ser cancelados como último recurso, no momento em que o país enfrenta um novo surto de casos da covid-19, a presidente do Comitê Organizador, Seiko Hashimoto, disse nesta sexta-feira (16) que o país está comprometido a realizar um evento seguro em julho e agosto, ao mesmo tempo em que uma disparada de casos levou a uma ampliação dos controles de contágio e apesar dos novos pedidos para que haja um novo adiamento ou o cancelamento.

O governo japonês expandiu medidas quase emergenciais a 10 regiões agora que uma quarta onda de infecções se dissemina, criando mais dúvidas sobre a possibilidade de sediar a Olimpíada na capital Tóquio daqui a menos de 100 dias. "Não estamos pensando em cancelar a Olimpíada", disse Seiko Hashimoto, falando em nome do comitê organizador. "Continuaremos a fazer o que pudermos para implantar um regime de segurança minucioso que fará as pessoas se sentirem completamente seguras".

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As cidades de Aichi, Kanagawa, Saitama e Chiba foram acrescentadas às seis outras regiões já sujeitas a controles de contágio, entre elas Tóquio e Osaka. Os principais especialistas de saúde japoneses reconheceram que a pandemia de covid-19 entrou em uma quarta onda no país.

Os casos diários atingiram um recorde de 1.209 em Osaka nesta sexta-feira, impulsionados por uma linhagem virulenta do vírus identificada pela primeira vez no Reino Unido. Tóquio teve 729 infecções novas na quinta, o maior número desde o começo de fevereiro, quando a maior parte do país estava em estado de emergência.

Quase dois terços dos japoneses disseram que a Olimpíada deveria ser adiada ou cancelada, de acordo com uma pesquisa da TV local Jiji News nesta sexta-feira.

Apesar dos obstáculos, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o australiano John Coates, declarou na quarta-feira que a organização não contempla de nenhuma maneira um cancelamento. "Claro que estamos preocupados, claro que a segurança continua sendo nossa prioridade, mas pensamos que estamos preparados para as piores situações", afirmou.

A ministra dos Jogos Olímpicos, Seiko Hashimoto, foi nomeada nesta quinta-feira (18) a presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, substituindo no cargo Yoshiro Mori, que se demitiu na última sexta após a polêmica criada por suas declarações machistas. "Não vou poupar esforços para o sucesso dos Jogos de Tóquio", garantiu a ex-atleta, de 56 anos, que já apresentou a demissão do cargo no governo japonês ao primeiro-ministro Yoshihide Suga.

A nomeação de Hashimoto, que competiu três vezes nos Jogos Olímpicos e quatro nos Jogos de Inverno, é considerada um sinal importante em um país em que as mulheres continuam a ser raras em cargos de poder. Ela era também a responsável no governo pela igualdade de gênero desde setembro de 2019.

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A história pessoal de Hashimoto tem além disso muitas ligações com os Jogos Olímpicos. Nasceu em Hokkaido, no norte do Japão, cinco dias depois da cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio em 1964. O seu nome Seiko vem de "seika", que quer dizer "chama olímpica" em japonês.

A agora responsável pelo Comitê Organizador de Tóquio-2020 competiu nos Jogos Olímpicos de 1988 (Seul - Coreia do Sul), 1992 (Barcelona - Espanha) e 1996 (Atlanta - Estados Unidos), em ciclismo de pista, e nos Jogos de Inverno em 1984 (Sarajevo - Iugoslávia), 1988 (Calgary - Canadá), 1992 (Albertville - França) e 1994 (Lillehammer - Noruega), como patinadora de velocidade no gelo.

Hashimoto ganhou uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Inverno, em 1992, em Albertville, nos 1.500 metros de patinagem de velocidade no gelo.

A japonesa substitui no cargo Yoshiro Mori, de 83 anos, forçado a se demitir após ter feito comentários sexistas, afirmando que "as mulheres têm dificuldade em ser concisas", durante uma reunião do organismo a que presidia. "As reuniões dos conselhos de administração com a presença de muitas mulheres demoram demasiado tempo. Se for aumentado o número de membros femininos e o tempo de intervenção não for limitado, será mais difícil concluí-las, o que é irritante", sustentou Mori.

O ex-dirigente disse ainda que "as mulheres têm espírito competitivo" e "se uma levanta a mão (para poder intervir), as outras sentem-se na obrigação de também falarem", fazendo com que as reuniões demorem muito tempo a serem concluídas.

A polêmica gerada pelas declarações de Mori, que o próprio reconheceu "contrárias ao espírito olímpico" em um pedido de desculpas, levou à demissão de centenas de voluntários para os Jogos e causou profundo mal-estar entre os patrocinadores do evento.

O Japão ocupa o 121.º lugar no mais recente relatório do Fórum Econômico Mundial sobre a igualdade de gênero, entre 153 países, e o 131.º na proporção de mulheres em lugares de topo em empresas, política e administração pública.

O Japão está determinado em realizar "a qualquer custo" os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus, por consideração a atletas e patrocinadores. A afirmação foi dada nesta terça-feira (8) pela ministra japonesa para a Olimpíada, Seiko Hashimoto, em uma entrevista coletiva.

"Acreditamos que temos tudo para acolher os Jogos a qualquer custo", disse a ministra, que é ex-patinadora, considerando que "os esforços devem ser concentrados na luta contra o coronavírus", responsável pela pandemia da covid-19 que obrigou ao adiamento das competições, olímpica e paralímpica, de 2020 para 2021.

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Seiko Hashimoto, que seguiu a linha de pensamento do australiano John Coates, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), comentou que os Jogos de Tóquio devem realizar-se por respeito "às muitas pessoas que trabalham na sua preparação e sobretudo aos atletas que estão fazendo esforços consideráveis para se prepararem para o próximo ano, num contexto difícil".

Um grupo de trabalho foi designado pelo governo japonês para formular medidas para conter a pandemia nos Jogos de Tóquio. O painel realizou a sua primeira reunião na última sexta-feira, em cooperação com o Governo Metropolitano de Tóquio e o Comitê Organizador. Nesta quarta, uma comissão executiva do COI, que em julho passado recebeu novos membros, vai se reunir para analisar os preparativos para a Olimpíada, prevista para acontecer entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.

A reunião da comissão executiva coincide com o anúncio da retomada de algumas modalidades olímpicas, como o judô e a ginástica (artística, rítmica e de trampolim).

O surto global do novo coronavírus, denominado Covid-19, continua dando dor de cabeça para as autoridades japonesas a poucos meses dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020. Nesta quarta-feira (11), Seiko Hashimoto, ministra olímpica do Japão, afirmou que é "inconcebível" adiar ou cancelar os eventos, no momento em que a epidemia da doença provoca enormes dúvidas sobre a realização deles este ano.

"Do ponto de vista dos atletas, que são os principais atores dos Jogos de Tóquio, quando se preparam para este evento que acontece uma vez a cada quatro anos (...) é inconcebível cancelar ou adiar", afirmou Seiko Hashimoto em uma reunião no Parlamento Japonês, em Tóquio.

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A ministra reconheceu, porém, que o "Comitê Olímpico Internacional (COI) deve tomar a decisão final sobre os Jogos". "Pensamos que é importante que o governo ofereça uma informação correta para que o COI possa tomar a decisão apropriada", completou. Essa definição tem como data máxima o final de maio, já que a Olimpíada começa no dia 24 de julho.

A rápida propagação do Covid-19, que contaminou mais de 560 pessoas e já provocou 12 mortes no Japão, criou um clima de dúvida no momento em que a preparação da Olimpíada está na fase final. As declarações de Hashimoto foram feitas depois que um integrante do Comitê Organizador dos Jogos, Haruyuki Takahashi, afirmou que um adiamento de um ou dois anos era uma possibilidade.

Os organizadores mantêm a preparação do evento como estava previsto inicialmente, afirmou Hashimoto. O comitê de Tóquio-2020 exigiu "explicações" a Takahashi, que em um comunicado oficial explicou que "expressou de forma infeliz sua opinião pessoal em resposta a uma questão hipotética".

"Como o presidente do COI, Thomas Bach, declarou recentemente, nem o COI nem o Comitê Organizador planejam adiar ou cancelar os Jogos de Tóquio-2020. Continuamos com os preparativos para a abertura na data inicialmente prevista", insistiu a organização.

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