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A cultura existe, é parte da identidade nacional, faz com que costumes e tradições permaneçam vivos na mente e no cotidiano das pessoas. Pensando nisso, a UNAMA – Universidade da Amazônia e a Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult) realizaram na segunda-feira (12), em Belém, uma Aula Magna como o tema "Cultura, arte e comunicação no âmbito governamental: perspectivas e possibilidades". O objetivo é promover políticas de acesso e incentivo aos jovens.

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O evento consolida a parceria entre governo e academia. No início do semestre, os programas de mestrado e doutorado da UNAMA convidam representantes da sociedade e agentes públicos para uma aproximação maior na formação acadêmica. 

A jornalista, cineasta e secretária de Cultura do Estado Pará, Úrsula Vidal, participou do encontro. Para ela, o governo precisa estar por dentro de todas as dinâmicas que ativam essas interações com a população. "A academia é o lugar de valorização do conhecimento. É aqui que medimos como a sociedade recebe as políticas públicas, para engrenarmos um serviço melhor”, afirmou.

“Ter a presença de uma das maiores influenciadoras de Belém sobre assunto que é a Úrsula Vidal foi o que me motivou a estar presente. Discutir mudanças através dessa conversa para que possamos realmente compreender as leis e valorizar ainda mais de forma social a cultura”, disse Saulo Tomkewitz, aluno de Geografia da Universidade da Amazônia, que participou da Aula Magna.

Para Ana Maria Vasconcelos, pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da UNAMA, é importante fazer com que a juventude se aprofunde sobre o papel social da cultura. "Ela é um elemento fundamental para que as novas gerações mantenham viva a memória histórica, assumindo sua identidade amazônica de forma global”, afirmou.

A cultura está na pele, no coração, é parte constituinte do indivídou. A juventude está muito presente no meio cultural que, com ao passar do tempo, vem se transformando. “Os jovens merecem ser ouvidos. Eles são a cultura viva da cidade e que precisam ser parte desse processo”, finalizou Úrsula.

Por Thalía Araújo.

 

Os produtores culturais pernambucanos não estão tendo um 2019 fácil. O atual cenário político e econômico do país tem tido reflexos consideráveis no que diz respeito à linhas de financiamento e a viabilização dos mais diversos produtos culturais se vê ameaçada. Em Pernambuco, um dos mais importantes editais de fomento à produção audiovisual, o Funcultura Audiovisual, corre o risco de funcionar pela metade este ano, com um corte de mais de 62% em seu aporte total. Os realizadores estão preocupados e temem sofrer as consequências dessa diminuição do aporte.

O Funcultura Audiovisual tem como objetivo beneficiar a cadeia produtiva do segmento, incentivando a produção de filmes de curta e longa-metragem, além de programas para televisão e projetos de difusão, como cineclubes, festivais e mostras. Em 2018, a 11ª edição do edital selecionou 121 projetos, de todo o Estado, destinando R$ 25.440 milhões aos contemplados. Deste valor, R$ 10.440 do próprio Funcultura e R$ 15 milhões advindos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado à Agência Nacional do Cinema, a Ancine.

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E é aí que está o maior problema. Em abril deste ano a Ancine teve a liberação de suas verbas públicas suspensa pelo Tribunal de Contas da União. Sendo assim, o aporte que vinha da Agência - e que significa maior parte do Funcultura - pode não chegar até que o edital 2019 seja publicado. Procurada pelo LeiaJá, a Ancine não se pronunciou a respeito até o fechamento desta reportagem.   

Outra dúvida que ronda os produtores e realizadores é quanto à data de publicação do Funcultura Audiovisual. Também no mês de abril, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) anunciaram o adiamento tanto deste quanto de outros dois editais, o Funcultura Geral e Música. Mesmo com a estimativa para lançamento para julho, a insegurança de realizadores, sobretudo quanto aos valores que serão praticados neste edital do audiovisual tem sido uma constante.

Em entrevista ao LeiaJá, Marco Bonachela, da Associação Brasileira de Documentaristas e Associação Pernambucana de Cineastas (ABD/APeci), afirmou que a classe está em constante debate com a gestão. "Ainda estamos formulando nossos encaminhamentos diante do contexto, mas ele nos preocupa sim e se soma a um contexto nacional igualmente alarmante, sobretudo pelas questões associadas a Ancine e a SAV, ambas sob gestão do Ministério da Cidadania (pasta que ficou responsável pela área após a extinção do Ministério da Cultura)".

Marco também teme o impacto da ausência do aporte vindo do FSA, da Ancine e diz que isso pode prejudicar drasticamente a produção local. "Representa mais de 62% dos recursos previstos para o Funcultura Audiovisual deste ano. Em números absolutos, o aporte do edital previa o total de R$ 24.280.000,00. Os recursos garantidos pelo governo do estado são de R$ 9.280.000,00. Participamos da construção dessa nova versão do texto, num GT especificamente destacado para essa adaptação no âmbito do Conselho. Uma redução tão alta de volume de recursos impactará todas as categorias, mas especialmente produtos para TV como séries de ficção e animação, por exemplo, além da redução expressiva de longa-metragens financiados, num momento de clara efervescência e reconhecimento internacional desses segmentos na cadeia produtiva do audiovisual pernambucano".

O que diz a Secult/Fundarpe

Procurados por essa reportagem, a Secult e Fundarpe falaram sobre o tema através de sua assessoria de imprensa. Segundo nota enviada, os órgãos ainda estão aguardando uma posição da Ancine em relação à sua participação no Funcultura Audiovisual 2018/2019. A previsão de publicação do edital é até o final deste mês de junho e, caso não seja possível contar com o aporte do FSA, o edital será realizado apenas com o fundo do próprio Funcultura não havendo risco deste exercício perder-se por conta desses prazos. "Estamos trabalhando com os prazos possíveis num cenário de dependência do retorno da Agência. No entanto, foi deliberado pelo Conselho o lançamento do edital sem os recursos do FSA, caso não haja resposta da Ancine ainda este mês".

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), lançou nesta segunda-feira (1º) mais dois editais para as artes cênicas: o Edital Pauta Livre e o Edital Salas de Ensaio. O objetivo é apoiar o processo criativo, a produção e a apresentação de espetáculos cênicos, permitindo o acesso dos artistas à estrutura mínima necessária ao aprimorando da linguagem e à difusão e circulação das montagens.

De acordo com a Secretária de Cultura, Ursula Vidal, os editais atendem a uma demanda antiga da categoria. "É uma felicidade a publicação desses dois editais, pois eles foram solicitados pelos próprios fazedores das artes cênicas, na primeira escuta do setorial que fizemos, ainda em fevereiro. Estamos apenas iniciando um processo que vai ganhar escala e atender também à necessidade de editais de fomento para a criação e circulação de novos espetáculos”, afirmou.

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O edital de seleção, além de criar o Projeto Pauta Livre, regulamenta a cessão de pautas em espaços administrados pela Secult, para a apresentação de espetáculos de artistas ou grupos, amadores ou profissionais das artes cênicas, vinculados aos segmentos de Teatro Infanto-Juvenil, Contação de Histórias e Dança de Rua. O Projeto Pauta Livre será executado no decorrer do ano de 2019.

O Projeto Ensaio Aberto regulamenta a cessão de salas de ensaio, em espaços administrados pela Secult, para atividades de estudo, pesquisa e montagem de espetáculos por artistas ou grupos, amadores ou profissionais das artes cênicas, como teatro, dança, performance e circo. O Projeto Ensaio Aberto será executado no período de 1 de abril a 30 de dezembro de 2019.

A inscrição obedecerá aos seguintes prazos para cada uma das seleções: 1ª Seleção de 01 a 30 de abril (para execução em maio, junho e julho); 2ª Seleção de 01 a 30 de julho (para execução em agosto, setembro e outubro) e a 3ª Seleção de 01 a 30 de setembro (para execução em novembro e dezembro). 

As inscrições para os dois editais são gratuitas e devem ser feitas presencialmente, com entrega de proposta em uma via, no protocolo da Secult (avenida Magalhães Barata, 830). É imprescindível que, antes de dar início aos procedimentos de inscrição, os interessados leiam o edital que pode ser baixado diretamente no site da secretaria. Mais informações pelo telefone (91) 4009-8466.

Da assessoria da Secult.

 

 

A Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco (Secult) está selecionando profissionais para o cargo comissionado de direção e assessoramente da Coordenação de Audiovisual. O salário previsto, para jornada semanal de 40 horas, é de R$ 4.651,09.

Os candidatos devem ser pernambucanos maiores de 18 anos ou domiciliados no Estado. O certame exige ainda formação superior em cinema ou segmentos afins das Ciências Sociais e Humanas. A seleção prevê análise curricular; uma vaga está disponível.

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As inscrições estão abertas até 5 de abril. Os profissionais devem enviar currículo, documentação de identificação pessoal, diploma de conclusão de curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), entre outros documentos, para o e-mail gpcsecultpe@gmail.com. “O participante deve detalhar ações que pretende implementar prevendo um tempo de exercício de gestão de, no mínimo, 3 anos 6 meses”, informou a Secult.

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (81) 3184.3072 / 3073. Acesse também o edital do processo seletivo.

A Secretaria de Estado de Cultura do Pará anunciou, durante o evento #CulturaPresente, na sexta-feira (18), no Teatro Gasômetro, do Parque da Residência, em Belém, a volta do Projeto Preamar de Cultura, festival que reúne artistas populares em espaços públicos. Produtores culturais e artistas de várias linguagens, como música, dança, teatro, artes visuais e cultura popular, participaram do encontro. 

A secretária de Cultura Úrsula Vidal dividiu a abertura do evento com a professora Glória Caputo, que está de volta à superintendência da Fundação Carlos Gomes, e com o advogado João Marques, que acaba de assumir a presidência da Fundação Cultural do Pará. Além de apresentar os diretores e coordenadores de cada área, assim como dos espaços gerenciados pela Secult, a nova gestão antecipou alguns projetos que serão prioritários já em 2019.

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O Preamar da Cultura Popular será realizado ao longo do ano, em museus e espaços públicos e sedes de agremiações populares, envolvendo música, teatro, dança, audiovisual, artes visuais, manifestações folclóricas, moda e cultura alimentar. Outro pilar da gestão cultural será o Programa Cultura Presente, estratégia de desenvolvimento de políticas públicas de educação patrimonial, histórica, ambiental e artística.  

“Não temos a pretensão de chegar aos territórios para ensinar algo, porque nesses locais já existem dezenas, centenas de pessoas que estão fazendo cultura, de forma independente, na maioria das vezes sem recursos. A nossa missão é alargar a compreensão dessa função social, para que cada fazer tenha enraizamento e permanência. Seremos instrumentos nas mãos, nos corações e nas vozes de vocês”, disse Úrsula Vidal. “Queremos dizer a todos e todas que as portas da Secult estão abertas, para que vocês entrem e façam parte do nosso planejamento.” 

Dois projetos importantes que já integram o calendário cultural do Estado serão ampliados. O Festival de Ópera do Theatro da Paz levará apresentações de orquestras, operetas e cameratas também para o interior do Pará, em áreas de grande vulnerabilidade social, realizando ainda doze recitais no Theatro da Paz, em Belém. A Feira do Livro será transformada em Feira do Livro e das Multivozes da Amazônia, para contemplar as tradições orais da região, além de promover ações de incentivo à leitura em áreas de grande vulnerabilidade social, alcançando ainda cinco municípios importantes na visão estratégica da política cultural e de segurança pública do Estado.  

CONHEÇA OS NOVOS DIRETORES DA SECULT 

Sistema Integrado de Museus – Armando Sobral 

Museu de Arte Sacra – Emanuel Franco

Museu do Estado do Pará – Marcel Campos

Museu da Imagem e do Som – Januário Guedes

Sistema Integrado de Teatros – Sérgio Oliveira 

Theatro da Paz – Daniel Araújo

Departamento de Música – Allan Carvalho 

Teatro Estação Gasômetro – Leonardo Santos 

Diretoria de Cultura – Luiz Soares Junior

 Editoração e Memória – Cássio Tavernard 

 Patrimônio – José Maria Reis 

 DPHAC – Lucineide Rodrigues

 Arquivo Público – Leonardo Torii

 Departamento de Projetos – Helder Moreira 

Departamento de Economia Criativa e Promoção Cultural – Lorena Saavedra

Da assessoria da Secult.

 

 

Nesta sexta (28), último dia útil do ano, a Secretaria de Cultura do Governo do Estado (Secult) e Fundarpe divulgam o resultado do edital geral e de música do Funcultura 2018/2019. Com dois meses de atraso, o anúncio revelou mais de 329 projetos que receberão o incentivo.

Considerado um dos mais importantes editais de fomento à cultura em Pernambuco, o Funcultura deu um susto nos artistas e produtores que inscreveram projetos no último edital. A demora na divulgação do resultado trouxe o temor de que mais um ano se perdesse nas contas do financiamento, a exemplo do ocorrido em 2015.

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Porém, aos '45 do segundo tempo', os aprovados foram conhecidos através de anúncio feito no site oficial da Secult/PE e Fundarpe. Ao todo, 271 projetos receberão o incentivo na ordem de R$ 17.562.210,29, nas mais diversas áreas como dança, circo, teatro e fotografia, entre outras; e 58 receberão R$ 4.672.946,18, no segmento da música.

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Entre os aprovados estão o espetáculo Miró, do grupo teatral Magiluth; a 25ª edição do festival Janeiro de Grandes Espetáculos; a oficina de figurino e maquiagem Aprimorando conhecimento na composição de personagens, da atriz Agrinez Melo; o 14º Encontro Nordestino de Xaxado; e as turnês nacionais de Jr. Black e Sofia Freire; além da gravação de CDs do projeto Sambas de Erasto e do Mestre Zé Negão. A lista com todos os selecionados pode ser vista aqui (geral) e aqui (música).

Após comunicado oficial, emitido pela Secretaria de Cultura e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu' volta a integrar a programação do 28º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).

No texto, os órgãos afirmaram que informações, como dia, local e horário, seriam divulgadas na manhã desta sexta-feira (27), após diálogo com a produção do monólogo. Em entrevista ao LeiaJá, a diretora do espetáculo, Natalia Mallo, confirmou o contato da Secult e Fundarpe. "Houve diálogo com as instituições. No momento, estamos em negociação sobre o horário e local para apresentação", disse.

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Além disso, Mallo contou que o monólogo terá duas sessões, uma promovida pelo financiamento coletivo, realizado por artistas e produtores independentes, e outra na grade oficial do festival, ambas serão nesta sexta-feira (27).

Após determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), acatando o pedido do Ministério Público (MPE), a Secult e Fundarpe decidiram reinserir a peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que conta com uma atriz trans no papel de Cristo, na programação do FIG.

A montagem foi censurada e retirada da grade do evento devido ao posicionamento contrário do prefeito de Garanhuns, Izaías Regis (PTB), que alegou não concordar que a triz trans, Renata Carvalho, desse vida a Jesus Cristo na peça.

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Após dois meses de portas fechadas, o Cinema São Luiz, equipamento cultural localizado no centro do Recife, deve retomar suas atividades dentro de poucos dias. Nesta terça (27), a Secretaria de Cultura de Pernambuco informou, através de sua assessoria, a compra dos equipamentos necessários para reparos no maquinário do cinema. 

A nota informou que a Fundarpe já realizou a aquisição das placas do projetor e que nos próximos dias será feita sua instalação acompanhada por profissionais especializados. Também foi explicado o motivo da suspensão das atividades do cinema, que se deu pela queima da placa IPC, que impossibilita o projetor de funcionar normalmente. 

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Os reparos nos equipamentos acontecem às vésperas da realização de um grande evento, a Semana Arte Mulher, que abre sua programação na próxima segunda (5). Problema parecido ocorreu em novembro do último ano e quase inviabilizou o festival Janela Internacional de Cinema do Recife. À época, o projetor do São Luiz voltou a funcionar em virtude da ação da equipe do Janela para que o festival pudesse acontecer. 

Confira a nota da Secult na íntegra:

NOTA SOBRE PROJETOR DIGITAL DO SÃO LUIZ

A Fundarpe já adquiriu as placas do projetor digital do São Luiz. Nos próximos dias será feita a instalação das peças, que será acompanhada por profissional especializado. A suspensão temporária das exibições deveu-se à queima da placa IPC, que impossibilita o projetor de funcionar regularmente. Tão logo foi detectado o problema, a Fundarpe iniciou processo da compra das placas TI ICP MOD e IMB 4k do projetor digital.

Foram realizados dois certames licitatórios, através do processo administrativo nº 2211/017, e do processo administrativo nº 2663/017, que não obtiveram êxito legal. De modo que a Fundarpe, por meio da Comissão Permanente de Licitação, pôde efetuar a compra por Dispensa de Licitação, com base no art. 24, inciso V, da Lei Federal nº 8.666/1993. Segundo a lei, é dispensável a licitação: “quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas”.

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Dois anos e quatro meses. Esse é o tempo que Marcelino Granja está à frente da Secretaria de Cultura de Pernambuco. O período coincide com a que seja talvez a maior crise política da história do Brasil, acompanhada por um crise econômica grave. E, em momentos assim, é mais do que comum o governo ter na Cultura o primeiro alvo de cortes orçamentários. Em mais uma da série de matérias publicadas pelo LeiaJá como resultado de uma conversa de duas horas com o secretário e com a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, Granja faz um balanço do período, elencando ações e projetos para o futuro.

Nas matérias anteriores, já foi dito que a lei que inclui o brega na lista de valores culturais de Pernambuco não muda a exclusão do gênero das programações bancadas pelo governo estadual, que o Sistema de Incentivo à Cultura será reformulado e passará a ter também mecenato e que o próximo edital do Funcultura já deve ter a entrega dos projetos on-line, com a digitalização doprocesso.

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Confira o que disse o secretário Marcelino Granja:

O desafio 

"Levamos em conta um duplo desafio: garantir o legado dos avanços conquistados no oito anos de governo de Eduardo Campos na política cultural do Estado e ao mesmo tempo fazer uma crítica desse legado para ajustá-lo às novas condições. Num balanço, destaco também o desafio de 'não deixar a peteca cair'.  Isso pode parecer óbvio, mas o período que vivemos de 2014 para cá é de recessão, então o risco do retrocesso é enorme. Nós sabíamos que haveria restrições financeiras duríssimas, drásticas. E De 2015 para 2016 foi um verdadeiro 'cavalo de pau'. Vários Estados do Brasil simplesmente quebraram, e mesmo nesse ambiente nós soubemos administrar a diminuição de recursos e não permitir descontinuidade. Nenhuma política pública pode existir sem meios, sem recursos, portanto ter recursos é um dos elementos centrais." 

Funcultura 

"Em primeiro lugar, precisávamos garantir e ampliar aquilo que foi a 'joia da coroa' na política cultural no período anterior, o fortalecimento do Funcultura. Precisamos lembrar que o fundo saiu de um recurso de 3 milhões para 30 milhões e se tornou o principal instrumento de fomento em Pernambuco. E tínhamos aqui este primeiro desafio: garantir que o Funcultura não tivesse nenhum retrocesso. Quanto a isso não tenho dúvida que nós temos não só garantido, mas avançado, e em duas direções. Tanto do aumento de recursos – passamos de 30 para 36 milhões de reais -, como de uma outra conquista que foi a implantação dos fóruns de pactuação: o Conselho do Audiovisual, o de Política Cultural e o de Preservação do Patrimônio Cultural. Com isso, pudemos levar para o Funcultura debates que estavam represados. Alguns eram consenso no meio cultural, como mais democratização do Funcultura, no sentido de desconcentração e regionalização e inclusão social de segmentos da sociedade majoritários como no caso das mulheres, dos negros, que são elementos fundamentais na produção de arte no Estado de Pernambuco."

Fizemos também um edital para música, mas ainda com o formato do edital anterior. Agora, Márcia Souto, presidente da Fundarpe, está focada nisso, tem um grupo de trabalho no Conselho de Cultura para que o próximo edital da música seja voltado para a crítica que o setor está fazendo em relação às demandas da cadeia produtiva da música." 

Eventos e prêmios 

"Garantimos os ciclos de festivais, que na nossa ótica ficaram até melhor. Fizemos com menos recursos e ainda fomos atrás de novas coisas o Carnaval, São João, Ciclo das Paixões, Ciclo Natalino, o Festival de Inverno de Garanhuns.  Criamos dois novos prêmios culturais: o Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia e o Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho para a área de preservação de patrimônio cultural. Ampliamos as ações do patrimônio: o patrimônio vivo saiu de três para seis titulações anuais e também houve aumento das bolsas. E na questão dos grandes ciclos, houve uma busca para fazer os eventos com menos recursos e mais foco na cultura popular, com clara prioridade, do ponto de vista de segmento, para a cultura popular e, do ponto de vista de linguagem, para a literatura. Mas elegemos a prioridade como a literatura, porque ela tá presente no cinema, na música, no teatro, em todo canto. Por ser uma linguagem transversal, mãe de todas as artes, que está presente em toda forma de expressão. No período, a gente conseguiu ainda dar curso ao programa Pernambuco Criativo, que é um programa muito importante para ajudar no empreendedorismo cultural."

O maior mecanismo de incentivo à Cultura em Pernambuco, o Funcultura distribui anualmente R$ 36 milhões para a cadeia produtiva do segmento no Estado. No último edital, o fundo trouxe uma grande novidade, fruto de uma demanda antiga dos produtores culturais: o lançamento de um edital exclusivo para a área de música.

Marcelino Granja, secretário de Cultura de Pernambuco, e Márcia Souto, presidente da Fundarpe, conversaram com exclusividade com o LeiaJá sobre este e vários assuntos. O resultado das duas horas de entrevista está sendo publicado desde a última terça (18), quando o tema foi a exclusão do brega dos eventos bancados pelo governo estadual. Na quarta, o assunto foi a reforma no Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) de Pernambuco, que está tramitando na Assembleia Legislativa.

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Confira mais um trecho da entrevista, e saiba o que os gestores da Cultura no Estado de Pernambuco preparam para o Funcultura:

A Secretaria e a Fundarpe já falaram bastante em editais do Funcultura que contemplassem separadamente todas as regiões de Pernambuco, mas eles nunca foram realizados. Esse plano foi revisto?

Marcelino Granja - Em todos os editais, desde o ano passado, o sistema de pontuação passou a ter 'origem étnica', 'gênero' e 'origem regional' como itens que valem pontos. Os editais específicos para cada área geográfica não foram ainda implementados porque há uma heterogeneidade absurda entre as linguagens sobre isso. Então esse processo de inclusão social e regional depende da evolução daquela linguagem em cada área do Estado. Quando a gente foi ver o cadastro de produtores culturais, é muito pouco representativo ainda no interior. Então tem que se fazer uma trabalho de cadastrar quem existe em cada região.

Márcia Souto - Não adianta abrir editais regionais se esses editais não derem retorno. A gente precisa preparar esse ambiente, incentivar mais o cadastro cultural, fazer esse levantamento das demandas do interior, são estudos que levam um certo tempo e precisam ser mais detalhados. A gente não tem como, hoje, imaginar que, lançando editais para o interior a gente tá regionalizando. Seria fazer apenas uma coisa de fachada. Para regionalizar de fato, a gente precisa preparar esse ambiente nas regiões. Tem que trabalhar o cadastro nessas áreas, levantar as potencialidades de cada uma, ver as oportunidades, além da demanda de público também. Tem todo um estudo que precisa ser feito e um incentivo a outras fontes. Por exemplo: a gente discute hoje muito a questão da formação, porque os editais de formação, de maneira geral, são muitos abertos e a gente precisa saber o que a gente está precisando hoje formar no Estado em cada cadeia produtiva, pra que se possa ter o resultado e em seguida dar outro passo. E não ficar à mercê da demanda que a produção existe para a formação.

Marcelino Granja – E como a demanda está concentrada na Região Metropolitana, acaba ficando tudo aqui.

E esse cadastro está sendo feito de maneira ativa pela Fundarpe?

Marcia Souto - Está sim. E a gente está informatizando o Funcultura, e nesse pocesso mesmo a digitalização ajuda muito. É difícil trabalhar um cadastro do tamanho do Funcultura manualmente.

E quando a digitalização vai incluir os projetos que são apresentados ao fundo?

Marcelino Granja – Vai ser um processo. Primeiro digitaliza o cadastro, digitaliza o edital. Depois vai digitalizando os documentos. O Funcultura só termina para o produtor quando o projeto dele é arquivado.

Márcia Souto - Quando a gente lança o edital, tem alguns projetos em aberto ainda, em execução. E a gente não pode parar e dizer: 'Não vamos lançar edital para digitalizar tudo', não é o caso.

No próximo edital então os projetos deverão ser ainda entregues em papel?

Marcelino Granja - Nós vamos tentar e tudo indica que este ano a gente já vai receber os projetos on-line. O processamento dos projetos é uma terceira etapa.

Márcia Souto - Porque a gente vai ter que trabalhar com dois processos simultâneos, não adianta se esforçar para digitalizar projetos que já estão sendo encerrados. Então a gente precisa pensar numa transição. Depois vai ter o processo de digitalizar todo o passado, mas como arquivo, é diferente. Mas para a digitalização na execução dos projetos, vai ter esse processo de transição.

Continuando a série de matérias sobre a gestão da Cultura em Pernambuco, iniciada nesta terça (16) com reportagem 'Lei não muda exclusão do brega, diz secretário', o LeiaJá traz, como resultado da entrevista exclusiva com Marcelino Granja, secretário de Cultura, as mudanças que estão sendo gestadas no Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) do Estado. Hoje, a maior parte do incentivo público se concentra no Funcultura, que financia - a fundo perdido - R$ 36 milhões a cada edital para os diferentes segmentos culturais e artísticos, com destaque para cinema e música, únicas áreas que têm um edital específico.

Com as mudanças previstas pelo governo, cujo projeto de lei está tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), novas formas de incentivo serão adicionadas ao Funcultura. Entre elas está o formato de mecenato, em que produtores procuram empresas - após aprovação do projeto pela Secretaria de Cultura - para conseguir recursos para seus projetos. As empresas, por sua vez, têm esses recursos devolvidos via renúncia fiscal. Outra novidade proposta é o CredCultura, que financiará diferentes ações culturais, mas, diferente do Funcultura, os produtores culturais deverão pagar o dinheiro emprestado com juros subsidiados.

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Confira a entrevista com o secretário Marcelino granja, que explica as mudanças no SIC de Pernambuco, que devem ser votado no plenário da Alepe ainda neste semestre:

Está tramitando na Assembleia um projeto de lei com mudanças substanciais no Sistema de Incentivo à Cultura de Pernambuco. Quais são as mudanças que este projeto implementará?

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Dá para falar de prazos para a análise deste projeto pelo plenário da Alepe?

Marcelino Granja – Estamos acatando algumas sugestões que melhoram o texto. Segundo a deputada Teresa Leitão, que é relatora do projeto, até o fim de maio deve ser votado no plenário da Alepe. Aí vai para a sanção. Depois disso tem o processo de regulamentação, que envolve outras questões, por exemplo: para ter o mecenato funcionando precisamos montar uma equipe de profissionais. E tem uma outra coisa que eu ainda não disse: o mecenato de Pernambuco terá uma originalidade. Ele será um fundo, a empresa não vai depositar o recurso diretamente para o produtor cultural, ela vai enviar para uma conta da Secretaria de Cultura e nós vamos destinar o recurso para o produtor. A secretaria da Fazenda terá todo o controle do valor da dedução fiscal, o que previne os riscos de fraude. Vai para um fundo, assim como o Funcultura.

As empresas precisam aderir a esse sistema? Serem cadastradas para poder participar? 

Marcelino Granja – As empresas não precisarão ser previamente cadastradas. A secretaria da Fazenda baixará uma norma dizendo quais faixas de arrecadação e segmentos podem participar. Aí vamos divulgar quais ramos econômicos estão habilitados. O produtor cultural, depois de ter seu projeto aprovado pela comissão, vai até a empresa, que mandará uma carta pra o governo, dizendo que apoia tal projeto com tantos mil reais. A gente aponta a conta do fundo e avisa a Secretaria da Fazenda, que faz o controle. A empresa precisa apenas estar dentro de um dos segmentos apontados pela Fazenda. 

Já existe uma conversa com as empresas no sentido de garantir a participação delas e, com isso, os recursos para os projetos? 

Marcelino Granja - O que nós sempre tivemos foi o feedback de muitas empresas, especialmente as grandes prestadoras de serviço. As grandes empresas como Itaú, Natura, dão esse retorno, de que fazem projetos na Bahia, no Ceará, porque lá tem mecenato, e em Pernambuco não. O sucesso da parceria com as empresas vai depender dos nosso produtores culturais, pois não seremos nós que indicaremos os projetos para elas.Outra característica do mecenato estadual é que arrecada ICMS, que é de arrecadação mensal, não é como o imposto de renda, que é anual. A empresa comprova que depositou o recurso no fundo e é reembolsada no mês seguinte, então ele é mais atrativo para as empresas.

No último grande ciclo de eventos culturais, o Carnaval de 2017, o governo de Pernambuco resolveu deixar bem claro que alguns estilos musicais não seriam aceitos na programação oficial da festa. Segundo a convocatória publicada em dezembro de 2016, "não se enquadram (...) os seguintes gêneros musicais: Forró Eletrônico, Forró Estilizado, Brega, Swingueira, Arrocha, Funk, Sertanejo e Pagode Estilizado".

A exclusão causou imediatamente uma reação. De um lado, artistas locais manifestaram contentamento, por achar que tais estilos descaracterizam a festa; do outro, classificaram a postura de ser preconceituosa e uma espécie de censura. O público também tomou parte, e muitos debates foram travados em redes sociais por pessoas com visões opostas sobre o posicionamento da Secretaria de Cultura.

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Em abril, a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou o projeto de lei 1176/2017, que inclui o brega na lista das expressões artísticas consideradas genuinamente pernambucanas. O projeto altera a lei 14.679, de 2012, que traz em seu artigo 3º o rol das expressões que podem ser beneficiadas pela determinação de que 60% das apresentações artísticas resultantes de convênio entre o governo estadual e as prefeituras sejam garantidas a elas.

Na primeira de uma série de matérias sobre a gestão cultural de Pernambuco, resultado de uma conversa de cerca de duas horas com os gestores do segmento no Estado - Marcelino Granja, secretário de Cultura, e Márcia Souto, presidente da Fundarpe -, o LeiaJa.com traz o posicionamento do governo sobre a limitação de gêneros nos ciclos de grandes eventos incentivados com recursos públicos. Com o São João se aproximando, Marcelino e Márcia garantem que a política será a mesma do Carnaval: nada de brega ou forró estilizado nas programações.

Confira a entrevista com Marcelino Granja e Márcia Souto:

O governo do Estado tomou a decisão de não trazer para as programações dos grandes ciclos de eventos culturais determinados tipos de atrações munsicais. Representantes de diferentes estilos, identificados de maneira genérica pelo termo 'brega', protestaram, e recentemente a Alepe aprovou uma lei que inclui o brega na lista de  expressões culturais genuinamente pernambucanas. A Secretaria de Cultura vai rever sua postura e incluir esses artistas nas programações?

Marcelino Granja - Não vai mudar a política cultural. É preciso compreender que a política cultural não é baseada no formalismo legal, numa regulação de leis. Debater o que é uma linguagem cultural, o que é bom ou ruim, não há lei no mundo que vá resolver o problema, porque nós estamos tratando da pura subjetividade humana. Nós vemos aqui uma discussão muito intensa que é permanente, não tem como resolver por lei.

Mas o governo, de forma objetiva e documental, através da convocatória, barrou este tipo de música em suas programações. 

Marcelino Granja - Não. O governo disse apenas que a nossa contratação, com recurso público, para os ciclos, não consideraria a disponibilidade de recurso para determinadas linguagens da música. Tão somente isso. Não fizemos juízo de valor, não dissemos que brega ou funk não são música popular. É evidente que é musica popular, mas duvido que uma lei ou uma universidade sejam capazes de definir algo que seja minimamente consensual a respeito do que é brega. Ao mesmo tempo, todos sabem do que estamos tratando.

Essa lei então não muda nada para este ciclo do São João, que se aproxima?

Marcelino Granja - Não muda nada. Nem para esse nem para os outros ciclos. 

Márcia Souto - A intenção da Secretaria não é excluir, mas valorizar a música e as tradições daquele ciclo. O brega, por exemplo, tem um período específico que toca no ano? Não. Mas o frevo tem. Ele faz parte da formação do nosso povo, na dança, na expressão cultural, na história do povo pernambucano. O frevo está vinculado a Pernambuco. O que a gente quer garantir é a valorização das tradições dos ciclos. É por isso que a gente vai dar prioridade à cultura popular, ao frevo, à música da tradição. É isso que está colocado, não há nenhuma exclusão do brega ou do funk. Uma coisa é a música, o estilo brega, outra coisa é a música que comete crimes de racismo, de homofobia. Essa daí não é contratada por nós em época nenhuma. Independentemente de ser brega, ou samba, ou o que for. Esse tipo de agressão a gente não contrata. O que a gente percebia era que muitas vezes o palco em que a gente precisava mostrar nossa tradição era ocupado por outros ritmos. E cabe ao poder público dar esse direcionamento também. A gente tem a obrigação como poder público de garantir a tradição do ciclo. O frevo, por exemplo, é patrimônio da humanidade. Cabe ao governo de Pernambuco ser o principal responsável por garantir a preservação dessa tradição. No São João também nós temos os melhores artistas nessa área, então não é um problema de exclusão, mas de dar um direcionamento correto para a preservação da tradição cultural do Estado.

Não estaria o governo ignorando uma expressão cultural popular contemporânea, ou tendo uma visão engessada do que é cultura?

Marcelino Granja – O brega é um valor cultural, isso é óbvio. Não está se discutindo isso. Outra coisa é dizermos que vamos deixar de priorizar o forró no São João, por exemplo. O gestor público pode sim dizer: 'O brega toca o ano todo. É mais beneficiado pela indústria cultural de massa, tem muito mais empresários botando dinheiro neles, as rádios resolveram tocar eles, isso faz parte da estratégia de certa dominação político-ideológica porque não desenvolve o espírito crítico'. E eu digo. Nós vamos sim ter escolhas e não vai ter nenhuma lei no âmbito da cultura que impeça essas escolhas porque isso é impossível.

Nesta segunda-feira (12), A Secretaria de Cultura e do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE) divulgaram algumas mudanças relacionadas ao fomento da produção artísticas e cultural do Estado de Pernambuco. Entre as alterações anunciadas estão: a criação do Funcultura Musical e o aporte de R$ 36 milhões para 2017.

Em 2016, o orçamento e os aportes ao Fundo chegaram a R$ 35 milhões. Em 2017, o estado anunciou que o incentivo checará a R$ 36 milhões. Com este aumento no orçamento, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundarpe anuncia um conjunto de mudanças.

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Os Editais para a produção independente subirão dos R$ 30 milhões do ano passado para R$ 30,975 milhões. Segundo o secretário de cultura Marcelino Granja, as alterações representam demandas antigas da sociedade civil que irão impactar a democratização do acesso, desconcentração dos recursos, regionalização e valorização dos equipamentos culturais do estado.

"Após muito trabalho interno e ampla participação dos representantes da Comissão Deliberativa do Funcultura e dos três Conselhos Culturais em funcionamento hoje no estado, tomamos o posicionamento político de apresentar agora essas mudanças, em reposta a algumas questões que há muito já vinham sendo debatidas por artistas e produtores", anunciou o secretário de Cultura, Marcelino Granja.

Uma das novidades é o Edital da Música que segundo o Governo, até o final deste ano, terá sua primeira versão lançada, juntamente com os editais Geral e do Audiovisual. O segmento da música era contemplado dentro do edital Funcultura Geral, que continuará com as demais linguagens, mas que também passará por modificações.

Distribuição - Os recursos, por edital, também será diferente. Não será mais por valor, e sim, por percentual do orçamento do Fundo. Dessa forma, a distribuição apresentará da seguinte forma: Geral com 46,5%, o que nos valores atuais do Fundo (R$ 35 milhões) representa R$ 16,275 milhões; Audiovisual com 29%, o que significa R$ 10,15 milhões; Música com 13%, que representa R$ 4,55 milhões.  Destacando que, nos editais de 2015/2016, o segmento de Música ficou com R$ 2,25 milhões dos recursos do edital. Com este edital exclusivo, o setor terá uma ampliação de R$ 2,3 milhões.

Também fica fixado um teto para o Funcultura Governamental, no valor de 9% do orçamento do Funcultura. E também 2,5% do orçamento para o edital do Microprojeto Cultural, cuja criação está prevista projeto de lei que altera o SIC.

Audiovisual - Para os editais vinculados ao audiovisual, o Governo também lançou algumas mudanças.  Serão criados critérios com pontuação adicional para projetos cujos proponentes são de fora da RMR. Além disso, também será garantida a aprovação, nas categorias longa-metragem, produto para TV e curta-metragem, cota de pelo menos dois projetos vindos da Zona da Mata, dois do Agreste e dois do Sertão. No segmento de formação em audiovisual, os cursos deverão prever, no mínimo, 50% das vagas destinadas para mulheres, negros (as), indígenas, estudantes e pessoas com deficiência.

Com a proposta de promover a inclusão social de origem social, de raça, gênero e étnica, o edital do Audiovisual estabelecerá cota de 20% para projetos de obras  audiovisuais (longas, curtas, produtos para TV) – para profissionais negros/as e indígenas nas funções de direção e roteiro. Haverá pontuação diferenciada para profissionais negros/as e indígenas nas demais categorias.  Também está previsto aumento da pontuação específica no critério Mulheres (peso 2), a diminuição da pontuação do critério Currículo (de peso 2 para peso 1) e estabelecimento de critério de pontuação mínima para garantir  a viabilidade financeira e a exequibilidade dos projetos.

O Governo do Estado de Pernambuco, através da Secult-PE/Fundarpe, confirmou que o prazo para inscrições no projeto “A Gente da Palavra” está prorrogado até o próximo dia 7 de julho. A convocatória irá selecionar mediadores de leitura para promover atividades e circulação de livros em dez comunidades contempladas pelo Programa Governo Presente na cidade do Recife, além de Caruaru e Jaboatão dos Guararapes.

A seleção é destinada a candidatos entre 18 e 29 anos e que tenha Ensino Médio completo. No caso do Recife, os jovens devem residir nas comunidades Lagoa Encantada, UR-3 ou Ilha de Santa Terezinha; em Jaboatão dos Guararapes, em Cajueiro Seco, Jaboatão Velho ou Prazeres; e no caso de Caruaru, em São Francisco, Monte Bom Jesus ou Centenário. 

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Para realizar a inscrição, os candidatos devem incluir no envelope ou anexar ao e-mail agentedapalavra@gmail.com cópias do formulário de inscrição preenchidos e assinados. Além de documento de identificação com foto, certificado de conclusão do Ensino Médio ou declaração de vínculo no Ensino Superior e comprovante ou declaração de residência. 

Em comunicado enviado à imprensa, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) esclareceram detalhes acerca dos editais do Funcultura 2015/2016. Entre outros detalhes, foi informado que há a previsão de que os editais do próximo recebam um aporte no valor total de R$ 35 milhões. 

Na nota de esclarecimento, a Secult e a Fundarpe informaram que, diante de um quadro de queda nas receitas do Estado, não haverá incremento nos valores dos editais, mas que será garantida a execução de várias linhas de ação do Funcultura. Também será feita uma reserva dos recursos para pagamento de débitos de exercícios anteriores, que totaliza um déficit orçamentário em torno de R$ 7 milhões de projetos que estarão em execução ao longo de 2016, 2017 e 2018. Ainda foi informado que o Projeto de Lei que propõe uma série de mecanismos de diversificação dos recursos do SIC ainda não foi aprovado sendo um dos principais objetivos desta lei garantir um valor mínimo de R$ 35 milhões para o Funcultura, que deverá ser coberto pelo tesouro estadual no caso do valor total não ser aportado pelas empresas incentivadoras dos editais.

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Em escuta realizada na última segunda (14) com algumas classes artísticas, teria sido anunciado aos produtores culturais presentes na ocasião o corte de cerca de R$ 3 milhões no orçamento dos editais para o próximo ano. Segundo o jornalista e pesquisador da área de teatro Leidson Ferraz, foi proposto às classes que escolhessem em que linhas de ações deveriam ser feitos os menores cortes. "Mais uma vez o governo nos obriga a engolir goela abaixo uma decisão que é arbitrária. Entendemos toda a problemática do momento mas a gente fica trancafiado nas decisões que o governo nos traz", disse em entrevista ao Portal LeiaJá

Confira o comunicado:

Os editais do Funcultura 2015/2016 somarão R$ 30 milhões para o próximo ano, sendo 2/3 para o Funcultura Geral (antes chamado de Independente), destinado a todas as linguagens e 1/3 para os projetos de Audiovisual.

A previsão para os valores a serem aportados no Funcultura em 2016 é de R$ 35 milhões, já inclusos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. Tendo em vista, no entanto, um quadro de queda expressiva das receitas, em todo estado, a Secult e Fundarpe não irão incrementar valores nos editais e sim garantir a execução de várias linhas de ação do Funcultura, como a informatização e modernização do Funcultura e a contratação de um quadro técnico capaz de desburocratizar o Fundo e tornar mais ágeis os seus procedimentos.

Também é necessária uma reserva destes recursos para pagamento de débitos de exercícios anteriores, quando foram laçados editais que somaram R$ 33,5 milhões/ano, durante cinco anos, quando o Fundo estadual contou apenas com os R$ 30 milhões/ano. Ao final deste ano de 2015, a execução do Funcultura atingirá os R$ 30 milhões, recorde de execução em toda sua história, mas restará um déficit orçamentário em torno de R$ 7 milhões, de projetos que estarão em execução ao longo de 2016, 2017 e 2018.

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A Secult-PE e a Fundarpe realizam, neste mês de abril e em maio, audiências públicas para discutir a reformulação do Conselho Estadual de Cultura. Podem participar artistas, produtores, gestores e demais agentes culturais. As reuniões ocorrerão no Recife, em Caruaru e em Salgueiro. 

Na pauta estarão aspectos como a composição do Conselho Estadual de Política Cultural e do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, instâncias de participação já instituídas pelas leis estaduais 15.429/2014 e 15.430/2014, respectivamente. Para o secretario estadual de Cultura, Marcelino Granja, deve ser garantido o debate democrático com todos os setores da arte e da cultura do Estado para que possa ser implementada uma rotina efetiva de cogestão das políticas culturais em Pernambuco. 

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Entre outras atribuições, caberá ao Conselho Estadual de Política Cultural propor normas, diretrizes e linhas de ação da política pública, além de aprovar os planos estaduais, regionais e setorias de cultura. Já o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural será voltado para deliberações sobre tombamentos e aprovação dos planos de porteção, restauração e intervenção de bens culturais, tanto materiais como imateriais.

Serviço

Audiência no Recife

Quarta (22) | 16h

Auditório da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco - FCAP (Av. Sport Club do Recife, 252 - Madalena)

Gratuito

 

Audiência em Caruaru

28 de abril | 16h 

Auditório do Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP (Rua Dalto Santos, 319 - Bairro de São Francisco)

Gratuito

 

Audiência em Salgueiro

5 de maio | 16h

Auditório do Salgueiro Plaza Hotel (Av. Cel. Veremundo Soares, 551)

Gratuito

Projetos culturais de diferentes áreas tiveram seus cronogramas adiados, graças aos atrasos do repasse do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), referente ao edital 2013/2014. A verba é o principal recurso para o fomento cultural no Estado, garantindo que os projetos selecionados através de edital possam ser viabilizados e destina, ao todo, mais de R$ 30 milhõs anuais a centenas de projetos em diversas áreas da cultura.

Um dia antes do encerramento das inscrições do edital de 2014/2015, na última segunda-feira (30), os profissionais da cultura se depararam com uma realidade nada satisfatória. Um levantamento realizado pela Sapiens Consultoria mostrou que cerca de 80% dos projetos aprovados na edição passada ainda aguardam os repasses. A amostra realizada pela empresa, a pedido de alguns produtores, tomou como base as informações divulgadas no portal da transparência até o dia 27 de março de 2015. “Conforme divulgado pela própria Fundarpe, apenas 7,29% dos recursos do edital 2013/2014 foram pagos e 37 dos 289 projetos tiveram o dinheiro creditado”, afirma o produtor cultural Thiago Dantas, responsável pela consultoria.

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Mas o que leva a tamanho atraso dos recursos, que necessariamente deveria estar em caixa, já que trata-se de um fundo - portanto de recursos garantidos - oriundo de parte da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)? As justificativas apresentadas aos produtores são um pouco desencontradas, mas todos os argumentos fazem referência à burocracia. Para a produtora Elis Costa, que recebeu o pagamento da verba no início de março, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) informou que a Secretaria da Fazenda de Pernambuco é que havia ‘barrado’ a transferência dos recursos. “Pelo o que eles me falaram é como se a Fundarpe tivesse feito todo procedimento necessário para o repasse do fundo e a Secretaria empacou, pedindo novamente os processos. É uma questão de gestão”, pontua.

Apesar dos atrasos para execução das suas exposições, Elis ocupa a estatística dos profissionais que se encontram numa situação mais amena. No entanto, ela ainda participa de outros dois projetos, que se quer tiveram os termos assinados. Um deles é a Circulação Internacional da Cia. Etc. Sob o comando de Marcelo Sena o projeto previu uma turnê pela Europa, em comemoração aos 15 anos da companhia, celebrados em 2015. 

O atraso na execução do projeto gera uma série de transtornos aos seus idealizadores. Com o crescimento da inflação e alta do dólar, os recursos destinados acabam sendo insuficientes. “Para diminuir os custos, a gente precisa casar as nossas apresentações de acordo com os eventos que estão acontecendo na mesma época, nos respectivos países, que são cinco. Sem  contar que as coisas também estão subindo bastante, e o que  a gente tinha orçado já não encontra com os mesmos valores. Cada dia de atraso prejudica o projeto  ainda mais”, explica Marcelo Sena.

De acordo ele, a Fundarpe disse que a paralisação temporária dos repasses são motivados pela ausência de assinaturas da gestão anterior. E para que tudo seja concluído, é necessário que a nova administração formalize as pendências, para dar continuidade a liberação da verba.

Segundo Thiago Dantas, a mudança de gestão não é um motivo plausível para os atrasos do Funcultura, tendo em vista que a administração anterior também era comandada pelo PSB.

Como também é produtor cultural, Thiago levanta um questionamento referente às mudanças nos editais, que passaram a contemplar dois ciclos, deixando um ano sem repasses efetivos. “Se você pegar o edital de 2013, que deveria ter sido executado em 2014 e não foi porque os recursos não foram liberados, podemos verificar um hiato de recursos durante um ano completo do Funcultura que não foi liberado. Se são R$21 milhões de reais e só executou, aproximadamente, R$2 milhões. Cadê os R$19 milhões que deveriam ter sido executado em 2014 e não foram?”, questiona.   

Outro ponto em questão é o cancelamento de mais de 120 empenhos realizados em 2014. Thiago aponta que a justificativa da Fundarpe de não ter empenhado novamente os projetos e não ter pago os recursos daqueles que já firmaram termo de compromisso, dentro do prazo estabelecido por lei, não são esclarecedoras: “É uma questão de desrespeito às clausulas constantes nos contratos e ao desembolso da lei do Funcultura, que exige que exista um edital para cada ano e o mesmo seja executado no respectivo ano”.

O produtor ainda lembrou que o prazo para prestação de contas da Fundarpe em relação ao último exercício do Funcultura se encerrou em 31 de março de 2015. E tal relatório servirá como base para um novo levantamento realizado pela Sapiens. “Não sei se eles vão colocar no demonstrativo os empenhos que foram cancelados como execução financeira liquidada. Se isso acontecer, caberá uma fiscalização intensiva pelos órgãos de cultura do Estado”, avisa Thiago.

Segundo o produtor Marcelo Sena, os atrasos nos recursos do Funcultura levantam rumores de corrupção. “O que estão dizendo por aí de todo esse atraso é que, provavelmente, o dinheiro foi desviado. Mas isso ninguém tem provas. No entanto, é um fundo, necessariamente o recurso deveria estar lá. Então pra gente, ter esse tipo de noticia é ainda mais desestimulante”, diz.

Alguns profissionais que tiveram projetos aprovados nos editais e aguardam pagamentos dos respectivos empenhos estão se organizando para marcar uma reunião com a superintendência da Fundarpe. De acordo com Ana Frazão, que teve dois empenhos cancelados, pelo menos um representante de cada categoria deve compor a comitiva que vai solicitar aos gestores da Fundarpe esclarecimentos oficiais sobre os atrasos. “Até o momento só tivemos desculpas renovadas. A última vez estive lá, os funcionários me informaram que a expectativa de assinatura seria até o dia 15 de abril. Mas a superintendência deveria prestar esclarecimentos oficiais com a gente, sobretudo sobre o critério de prioridade para os lançamentos. Não podemos ficar a mercê dos atendentes e das redes sociais, pois acaba gerando um terror”, ressalta Frazão.

Resposta da Fundarpe

O Portal LeiaJá entrou em contato com a Fundarpe para saber os motivos dos cancelamentos dos empenhos, os novos prazos para assinatura dos contratos e os respectivos critérios para ordem de liberação dos recursos do Funcultura. De acordo com a assessoria de comunicação da fundação, em resposta por email, os empenhos foram cancelados em virtude do cumprimento do ano fiscal. Logo, os processos que não foram finalizados precisam ser cancelados e empenhados novamente no ano fiscal seguinte.

Quanto ao pagamento dos empenhos que não foram cancelados, a Fundarpe afirma que é preciso avaliar cada caso isoladamente. “Cada um tem seu próprio cronograma financeiro, suas etapas de execução e uma nova parcela só é liberada mediante a prestação de conta de uma etapa anterior”, diz a resposta.

No que diz respeito aos novos prazos, eles ressaltaram que os proponentes dos projetos que ainda não receberam a primeira parcela de pagamento serão chamados para firmar o Termo de Compromisso durante os meses de abril e maio. Só assim eles estarão aptos a receber a primeira parcela.

“Os repasses obedecem a um cronograma de execução dos projetos, que deve constar 12 meses. Mas os projetos possuem dinâmicas de execução particulares e, mediante pleito oficiado à Secretaria Executiva do Funcultura, devidamente justificado e fundamentado pelo proponente do projeto, a Comissão Deliberativa do Funcultura pode julgar pelo deferimento ou não da sua extensão, que pode ser de até mais 12 meses. Portanto, um projeto aprovado através do Edital 2014 pode ser executado até 2016”, informou a Fundarpe, respaldando que “O critério adotado obedece a existência do empenho no passado, a antiguidade do projeto e a ordem do número de inscrição do projeto”.

Os recursos do Funcultura são as principais formas de incentivo à produção cultural no Estado. Os produtores reclamam que os demais mecanismos existentes estão escassos e não atendem à demanda. “O Funcultura é a única ferramenta que a gente tem com o Governo do Estado para trabalhar com cultura aqui. Também existe o Festival Nação Cultural, mas há duras criticas em relação ao formato. Existia o circuito pernambucano de artes cênicas que foi interrompido e não teve nenhuma ação que deu continuidade ao projeto”, atesta Marcelo Sena.

"Compromisso do Governo de Pernambuco"

Durante a campanha política, o hoje governador de Pernambuco, Paulo Câmara, defendeu a valorização da cultura no Estado. No mês de agosto, ele afirmou que no seu governo o Funcultura seria ampliado. “Vamos ampliar o Funcultura. Além de garantir um acesso mais fácil aos recursos, nos vamos empoderar o fundo. O volume total do Funcultura hoje é de R$ 32 milhões, distribuídos aos projetos selecionados. Vamos elevar esse valor no nosso primeiro ano de governo para pelo menos R$ 40 milhões”, defendeu o então candidato.

A declaração de valorização da cultura tem sido constantemente ressaltada pelo gestor do Executivo. Durante a pré-estreia da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, na última sexta-feira (27), Câmara voltou a falar sobre o assunto, enfatizando o compromisso com o setor, nos próximos quatro anos da sua gestão. 

“Precisamos estar sempre apoiando a nossa cultura, pois Pernambuco é um estado muito rico em termos culturais, com expressões que precisam ser apoiadas. Como está no nosso programa de governo, a gente vai trabalhar nisso nos próximos 4 anos. Queremos dar oportunidade para que nossos artistas continuem a viver da cultura, para que as novas  gerações também tenham acesso a nossa belíssima cultura”, concluiu o governador.

Os profissionais que pretendem concorrer às bolsas do edital de Artes Visuais promovido pela Prefeitura do Recife têm até a próxima sexta-feira (20) para realizar a inscrição. Podem participar da seletiva projetos nas áreas de design, fotografia, formação e artes plásticas, além dos saberes relacionados com essas linguagens. As propostas aprovadas serão beneficiadas com bolsas que variam de R$3 mil a R$20 mil. 

O edital de Artes Visuais tem como objetivo incentivar a valorização do setor e facilitar o acesso do público as atividades relacionadas à área, de forma gratuita. Dentre os critérios de seleção dos projetos estão clareza e qualidade do projeto, viabilidade da implementação da proposta, relevância do tema, além da importância histórica, cultural e artística do projeto para enriquecimento cultural das comunidades. 

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As inscrições podem ser realizadas pessoalmente no Museu Murillo La Greca ou via Sedex. A lista dos projetos aprovados será divulgada em 5 de março, no Diário Oficial do Recife. A data prevista para início dos projetos é 3 de abril. 

Serviço

Museu Murillo La Greca (Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim, Recife – PE, CEP 52060-030)

(81) 3355 3129

A Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult) anunciou nesta quinta-feira (31) à tarde os vencedores do Prêmio Pernambuco de Literatura. O grande prêmio, no valor de R$ 20 mil, foi para o romance Ascensão e queda, do escritor Wander Shirukaya, natural de Itambém. O edital da premiação recebeu 115 inscrições, vindas de 34 cidades.

Ascensão e queda apresenta estrutura narrativa 'polifônica', com diversos narradores/personagens e uma temática que explora um enredo memorialístico em torno das agruras e angústias existenciais de uma banda de rock diante do suicídio de seu líder e vocalista.

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Mais três livros foram premiados, com o valor de R$ 5 mil - o também romance Associação Robert Walser para Sósias anônimos, de Tadeu Sarmento, o livros de poesias Rinoceronte dromedário, por Helder Herik, e a compilação de contos Dois nós na gravata, de Rômulo César Lapenda Rodrigues de Melo. Além do prêmio em dinheiro, todas as obras serão editadas pela Secult e publicadas pela CEPE - Companhia Editora de Pernambuco.

A Secretaria de Cultura do Recife (Secult) publicou, no último sábado (22), no Diário Oficial do município, a Portaria 0009/2014, que traz novas datas e critérios definidos para as escolhas dos representantes dos segmentos que têm cadeiras vagas no Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC). A eleição está marcada para o dia 5 de maio e definirá os novos titulares e suplentes em Artes Visuais, Música, Produtores Culturais e Artes Cênicas.

No dia 1° de março passado, em pleno Carnaval, a Secult chegou a publicar a Portaria 0008/2014, que conta com os nomes dos integrantes da Comissão Eleitoral e um cronograma para a escolha dos novos representantes do CMPC. Mas a publicação passou batida por conta do período carnavalesco e, por este motivo, a Comissão Eleitoral decidiu prorrogar todos os prazos. Este grupo é formado por seis membros que compõem o atual CMPC, a exemplo de Roberto Azoubel, assessor técnico do MinC. “Como a portaria demorou demais para ser publicada no Diário Oficial do Recife, os prazos tiveram que ser prorrogados e só podíamos começar a divulgar alguma coisa a partir da nova publicação. O Conselho não está na melhor de suas fases e desde a gestão passada estamos atrás de mais estruturação. Se você for visitar a Casa 08, no Pátio de São Pedro, verá que as coisas por lá não andam nas melhores fases”, comenta Azoubel ao LeiaJá.

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A partir da nova publicação da Secretaria de Cultura do Recife, os representantes dos segmentos que queiram ter direito a voto têm até o dia 31 de março para realizar o cadastramento, através do Sistema Municipal de Informações Culturais, ou pessoalmente, na Casa 25 do Pátio de São Pedro. É necessário que os interessados apresentem cópia de RG, CPF, comprovante de residência, diploma de formação na área ou currículo que comprove a atuação no segmento nos últimos três anos. No caso de Pessoa Jurídica os documentos necessários são CNPJ, Contrato Social ou Estatuto e um currículo.

Para formalizar a candidatura a conselheiro(a) de Artes Visuais, Música, Produtores Culturais ou Artes Cênicas, o período é de 7 a 11 de abril. Os interessados devem comparecer à Casa 08 do Pátio de São Pedro, onde irão preencher uma ficha de inscrição. Para validar o cadastro, será preciso apresentar uma subinscrição com assinaturas de 5% dos representantes cadastrados do segmento escolhido.

O período de solicitação de impugnação de candidatos será de 14 a 17 de abril. A última etapa preparatória será realizada no dia 28 de abril, às 19h, quando os candidatos confirmados participam de um debate, no CTEC (antigo Colégio Nóbrega), na Boa Vista, para apresentarem seu currículo e suas propostas. A eleição ocorrerá no dia 5 de maio, das 14h às 20h, também no CTEC. A última vez que um processo eleitoral envolvendo o CMPC aconteceu foi em dezembro de 2012 e o mandato dos conselheiros de Política Cultural do Recife será até dezembro de 2014.

Conselho Municipal de Política Cultural

É um órgão de caráter deliberativo, normativo e consultivo, que institucionaliza a relação entre a Administração Municipal e os setores da Sociedade Civil ligados à cultura, e participa da elaboração e do acompanhamento da política cultural do Recife. Para outras informações, os interessados devem entrar em contato nos telefones (81) 3355 6290 ou 3355 3298.

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