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A partir de amanhã (23), o Pátio de São Pedro, Quartel General do Carnaval, volta a sediar as Terças Negras Especiais de Carnaval. O evento é gratuito e começa às 19h, com o Maracatu Linda Flor, o Bloco Afro Obirim, Anderson Miguel e a ciranda Raiz da Mata Norte, além do Afoxé Omin Sabá.

Criada há mais de 20 anos pelo Movimento Negro Unificado (MNU), a Terça Negra busca difundir e estimular reflexões a respeito da influência afro nas expressões artísticas do Estado. O projeto tem apoio da Prefeitura do Recife e a curadoria dos artistas que participam da grade é do próprio MNU. 

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História

A história da Terça Negra começa em 1998, no Pagode do Didi, localizado na Rua Ulhôa Cintra, no bairro de Santo Antônio. Em 2001, o projeto passou a acontecer no Pátio de São Pedro, tornando-se parte do calendário cultural oficial da cidade.

O encontro cultural foi criado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), que surgiu no Recife em 1979 e ganhou força na década de 1990. Em seus primeiros passos, o MNU pretendia ir além do chamado samba de raiz, divulgando outras vertentes da cultura negra, como o maracatu, o afoxé, o coco de roda e até o reggae e o hip hop.

PROGRAMAÇÃO 

Dia 23/01

Maracatu Linda Flor

Bloco Afro Obirim

Anderson Miguel e Ciranda Raiz da Mata Norte

Afoxé Omin Sabá

*Da assessoria de imprensa

Sexta-feira é dia de dar as mãos e celebrar a antiga tradição musical pernambucana, que surgiu embalada pelas pancadas do mar. A partir das 17h30 de amanhã (4), o Pátio de São Pedro recebe mais uma edição do projeto Ciranda no Pátio, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. 

Convidando o Recife para a roda, subirão ao palco três grupos cirandeiros tradicionais, com participação especial de Josildo Sá. A programação é gratuita e aberta ao público.

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A primeira atração da noite será Dona Del e sua Ciranda Vidas Importam, de Olinda. Em seguida, subirá ao palco a também olindense Ciranda do Amaro Branco. A noite encerra com a apresentação de Zeca Cirandeiro, de Paudalho. O cantor Josildo Sá, voz sempre dedicada à defesa e celebração das tradições da cultura popular nordestina, também vai entrar na roda, para cantar junto com os cirandeiros. 

Iniciativa de salvaguarda do ritmo declarado patrimônio imaterial do Brasil pelo Iphan, a Ciranda no Pátio resgata uma programação tradicional, oferecida desde os idos de 1970, naquele entorno histórico onde as mais profundas raízes culturais do Recife sempre encontraram palco para brotar.

Serviço

Ciranda no Pátio

Data: Sexta-feira (4)

Horário: A partir das 17h30

Local: Pátio de São Pedro

Atrações: Dona Del e a Ciranda Vidas Importam, Ciranda do Amaro Branco e Zeca Cirandeiro, com participação especial de Josildo Sá

*Via assessoria de imprensa. 

 

 

A cultura pernambucana possui fortes ligações com o continente africano. Criada há mais de 20 anos pelo Movimento Negro Unificado (MNU), a Terça Negra busca difundir e estimular reflexões a respeito da influência afro nas expressões artísticas do Estado. O projeto tem apoio da Prefeitura do Recife e, em tempos de festejos de Momo, ganha mais duas edições especiais - (a primeira aconteceu no dia 31 de janeiro) - nos dias 7 e 14 de fevereiro - quando trará nomes como Raízes de Quilombo e Coco Raízes de Arcoverde. O evento é gratuito e começa a partir das 19h. Confira a programação completa no serviço. A semana conta com pelo menos 15 eventos gratuitos, além do Baile Municipal do Recife. 

Hoje, segunda noite da Terça Negra Especial de Carnaval, o Pátio de São Pedro recebe o Afoxé Aféfé Lagbará. Abê Adu Lofé, Orquestra Iorubà, Trans Coco e Trans Coco e Marcelo Santana. Quem abre a noite é o Afoxé Afefé Lagbará, candomblé na rua dedicado a Exu. Na sequência quem sobe ao palco é o Abê Adu Fé, sambareggae elétrico capitaneado por Mamão do Xambá. Após o grupo, o Pátio de São Pedro será embalado pela Orquestra Yorubá, que reúne diversos musicistas de grupos afro e afoxés. Em seguida, a cantora Rafaela Ribeiro sobe ao palco com seu Trans Coco, primeiro grupo de coco pernambucano liderado por uma mulher trans. A noite especial será encerrada pelo reggae de Marcelo Santana, filho do bairro de Casa Amarela. 

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História

A história da Terça Negra começa em 1998, no Pagode do Didi, localizado na Rua Ulhôa Cintra, no bairro de Santo Antônio. Em 2001, o projeto passou a acontecer no Pátio de São Pedro, tornando-se parte do calendário cultural oficial da cidade. O encontro cultural foi criado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), que surgiu no Recife em 1979 e ganhou força na década de 1990. Em seus primeiros passos, o MNU pretendia ir além do chamado samba de raiz, divulgando outras vertentes da cultura negra, como o maracatu, o afoxé, o coco de roda e até o reggae e o hip hop.

 

PROGRAMAÇÃO TERÇA NEGRA ESPECIAL DE CARNAVAL 2023

Dia 07/02

Afoxé Aféfé Lagbará

Abê Adu Lofé

Orquestra Ioruba

Trans Coco 

Marcelo Santana

 

 

Dia 14/02

Suprema Corte

Raízes de Quilombo

Abulidu

Coco Raízes de Arcoverde

Edun Ará Sangô

Semana repleta de prévias. Pátio de São Pedro é epicentro da Cultura Popular

Entre os dias 7 e 12 de fevereiro, a cidade vai fervilhar com programação gratuita em mais de 15 eventos. Para quem está saudoso da folia, não faltarão opções entre terça e domingo. A programação faz parte do circuito de mais de 50 prévias promovidas pela Prefeitura do Recife. O Pátio de São Pedro protagoniza a Folia, com eventos gratuitos hoje (7), amanhã (Quarta, 8), na quinta e sexta (dias 9 e 10), além do domingo (12), com as mais legítimas e tradicionais manifestações da cultura popular recifense. 

Além da Terça Negra especial, na quarta e quinta o Pátio receberá os tradicionais Acertos de Marcha dos blocos líricos, saudando os Carnavais saudosos. Entre as novidades, haverá ensaio e Encontro de Afoxés no Pátio de São Pedro. As agremiações irão se reunir no Pátio de São Pedro nos dias 10 e 12 de fevereiro. No dia 10 acontece o ensaio para o Ubuntu, cerimônia que abençoa o Carnaval e que acontece no dia 16 de fevereiro, quinta da semana pré. No dia 12, acontece a primeira etapa do Encontro de Afoxés com 13 agremiações no Pátio de São Pedro. A tradicional reunião ocorre anualmente no Pátio do Terço no domingo de Carnaval, que este ano cai no dia 19 de fevereiro, quando acontece a segunda parte do encontro. 

 

Entre os grandes destaques da semana, o Classic Hall sediará a volta triunfal do Baile Municipal que, em sua 57ª edição, trará ao palco nomes como Daniela Mercury, Marina Sena e Geraldo Azevedo, além de Marron Brasileiro, Spok Frevo Orquestra, André Rio, Nena Queiroga, Almir Rouche, entre outros ícones do Carnaval recifense. O valor dos ingressos é o mesmo da última edição do baile: R$ 50,00 (pista) e R$ 600,00 (mesa para quatro pessoas), confirmando o Baile Municipal como a programação mais acessível e democrática entre as prévias na cidade. Os ingressos já estão à venda, no próprio Classic Hall, pelo site https://www.bilheteriadigital.com e nos pontos físicos do serviço, nas lojas Esposende dos shoppings Recife, RioMar e Tacaruna.

*Da assessoria de imprensa

Todo domingo, a cultura, a memória, as tradições e os sabores do Recife têm encontro marcado com o público, num dos mais emblemáticos entornos da cidade, que conta muito do Recife de ontem e de hoje. No próximo dia 11, quatro agremiações desfilam no Pátio de São Pedro, a partir das 13h30. A programação é uma iniciativa da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Desde o último mês de agosto, os domingos culturais no Pátio tornaram-se agenda fixa na cidade de tantas programações, abrindo alas para atrações contempladas no Plano Recife AMA Carnaval.Neste domingo, irão se apresentar: a Orquestra Majestade o Frevo, o Grupo de Dança e Passistas Pequenas Estrelas, o Afoxé Omô Obá Dê e o Urso Cangaçá de Água Fria.

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A iniciativa faz parte de uma série de ações e programações, previstas para os próximos meses, que integram o projeto Cultura que Toca no Pátio, convidando recifenses e visitantes de volta ao local. 

Nova exposição 

Além das tradições defendidas por brinquedos e brincantes, a programação cultural do Pátio celebra a memória. Todos os domingos, abrem as portas, das 13h às 16h, os espaços culturais mantidos pela Prefeitura do Recife: a Casa do Carnaval e os memoriais Luiz Gonzaga e Chico Science, além do Centro de Design do Recife, que acaba de abrir ao público a exposição “Recife, vou caminhar”.

Tendo como ponto de partida intervenções manuais e digitais em fotografias de paisagens bastante representativas da capital pernambucana, a mostra conta com 13 obras, assinadas pela artista Li Mendes, tendo como inspiração as músicas da cantora Isaar. A visitação é gratuita.

*Via assessoria de imprensa. 

 

Como parte da comemoração do aniversário de 485 anos do Recife, a prefeitura anunciou a reabertura do Memorial Chico Science no próximo domingo (13) - dia em que Chico Science completaria 56 anos, caso estivesse vivo. O museu com a obra e o legado do músico e mangueboy fica no Pátio de São Pedro.

Foto: Sol Pulquério/PCR

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Segundo a prefeitura do Recife, o Memorial teve instalações elétricas e hidráulicas recuperadas, coberta refeita, ganhou novo projeto de climatização e portas de vidro, para reforçar a interação com o entorno histórico. A sala de exposição recebeu novos piso e pintura e a sala de audiovisual passou a contar com novos equipamentos de TV e projeção.

O espaço é o quarto alvo do Movimento de Valorização dos Equipamentos Culturais – Move Cultura, que requalificou, desde o ano passado até agora, a Casa do Carnaval, a Escola de Frevo e a Casa do Conselho Municipal de Política Cultural.

O Memorial passará a funcionar de terça a sexta, das 10h às 16h. Aos domingos, também vai ter expediente de visitação: das 13h às 17h.

A partir desta quinta-feira (23), o lirismo vai encontrar a folia no Pátio de São Pedro, no Centro do Recife, como parte do extenso calendário de prévias carnavalescas oferecidas pela Prefeitura. Às 19 desta quinta, começam os acertos de marcha que reunirão 33 blocos de pau e corda até o próximo dia 14 de fevereiro, evocando os carnavais saudosos e convocando os foliões ansiosos para dar início à brincadeira.Deste primeiro acerto de marcha, participarão cinco blocos de pau e corda, além da Orquestra Evocações: Bloco Compositores e Foliões, Bloco Lírico Flores do Paulista, Bloco Carnavalesco Misto Flor da Lira de Olinda, Bloco da Saudade e Bloco de Pau e Corda Flor da Lira do Recife. Entre as agremiações que se apresentam neste primeiro acerto, o Flor da Lira do Recife se destaca entre os mais antigos, desfilando neste Carnaval seus 100 anos de tradição e história.Na sexta-feira (24), desfilam seu lirismo no Pátio de São Pedro mais cinco blocos: Bloco Carnavalesco Esperança de Campo Grande, Bloco Lírico Flabelo Encantado, Bloco Seresteiro de Salgadinho, Bloco Lírico Damas e Valetes e Trupe Lírico Musical Um Bloco em Poesia. Até o Carnaval, serão realizados mais quatro acertos de marcha, no mesmo Pátio de São Pedro, nos próximos dias 30 e 31 de janeiro e 6 e 14 de fevereiro. No dia 30, outro destaque da programação de acertos será o retorno do Batutas de São José, que retoma suas atividades nos festejos carnavalescos, depois de dois anos afastado dos ensaios, desfiles e concursos.Os acertos integram o extenso calendário de prévias momescas iniciado ontem (21), pela Prefeitura do Recife, entre Terças Negras Especiais de Carnaval, ensaios de maracatu e encontro de ternos de Caboclinho e Tribos de Índios. No total, serão quase 60 atividades que prometem fazer a alegria de foliões e turistas nas comunidades, no Pátio de São Pedro, Rua da Moeda, Marco Zero, Praça do Arsenal e em várias partes da cidade. Confira o calendário completo dos acertos de marcha:LOCAL: PÁTIO DE SÃO PEDRO23/01 - QUINTA-FEIRA19hACERTO DE MARCHA DE BLOCOS DE PAU E CORDA19:00ORQUESTRA EVOCAÇÕES19:30BLOCO COMPOSITORES E FOLIÕES20:00BLOCO LÍRICO FLORES DO PAULISTA20:30BLOCO CARNAVALESCO MISTO FLOR DA LIRA DE OLINDA21:00BLOCO DA SAUDADE21:30BLOCO DE PAU E CORDA FLOR DA LIRA DO RECIFE24/01 - SEXTA-FEIRA19hACERTO DE MARCHA DE BLOCOS DE PAU E CORDA19:00BLOCO CARNAVALESCO ESPERANÇA DE CAMPO GRANDE19:30BLOCO LÍRICO FLABELO ENCANTADO20:00BLOCO SERESTEIRO DE SALGADINHO20:30BLOCO LÍRICO DAMAS E VALETES21:00TRUPE LÍRICO MUSICAL UM BLOCO EM POESIA30/01 - QUINTA-FEIRA19:00ACERTO DE MARCHA DE BLOCOS DE PAU E CORDA19:00BLOCO DAS ILUSÕES19:30BLOCO LÍRICO SEMPRE FELIZ20:00BLOCO FLOR DO TAMARINDO20:30BLOCO EDITE NO CORDÃO21:00BLOCO CARNAVALESCO MISTO BATUTAS DE SÃO JOSÉ31/01 - SEXTA-FEIRA19:00ACERTO DE MARCHA DE BLOCOS DE PAU E CORDA19:00BLOCO LÍRICO INFANTIL SONHO E FANTASIA19:30BLOCO LÍRICO PIERROT DE SÃO JOSÉ20:00BLOCO CARNAVALESCO LÍRICO CORDAS E RETALHOS20:30BLOCO CARNAVALESCO LÍRICO COM VOCÊ NO CORAÇÃO21:00BLOCO LÍRICO BOÊMIOS DA BOA VISTA21:30BLOCO DAS FLORES06/02 - QUINTA-FEIRA19:00ACERTO DE MARCHA DE BLOCOS DE PAU E CORDA19:00BLOCO LÍRICO CARNAVALESCO MEMÓRIA DA INFÂNCIA19:30BLOCO LÍRICO FLORES DO CAPIBARIBE20:00BLOCO FOLGUEDOS DE SURUBIM20:30BLOCO FLABELO DO AMOR21:00BLOCO CARNAVALESCO LÍRICO ARTESÃO DE PERNAMBUCO21:30BLOCO CARNAVAL. AMANTE DAS FLORES DE CAMARAGIBE14/02 SEXTA-FEIRA19:00ACERTO DE MARCHA DE BLOCOS DE PAU E CORDA19:00BLOCO CARNAVALESCO O BONDINHO19:30O BONDE BLOCO CARNAVALESCO LÍRICO20:00BLOCO CARNAVALESCO LÍRICO FLOR DO EUCALIPTO DE MORENO20:30BLOCO CONFETE E SERPENTINA21:00BLOCO LIRA DO CARPINA21:30    BLOCO LÍRICO EU QUERO MAIS*Via Assessoria de Imprensa 

No ano em que completa duas décadas de história, a Terça Negra abre os trabalhos com uma edição especial. Na próxima terça (21), a festa aporta em um novo endereço, no Armazém do Campo, levando consigo o Coco Santiago, o Maracatu do Século 21 e o reggae da Jah Fé. O evento é gratuito. 

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--> Terça Negra: 20 anos de valorização do povo negro

Durante 20 anos de trajetória, a Terça Negra vem funcionando como um espaço não só de escoamento da produção de artistas da cultura negra como de resistência e representatividade. Em uma edição extraordinária, no dia 21 de janeiro, o evento acontece no Armazém do Campo para marcar o início das comemorações do aniversário. 

Em seguida, a Terça Nega volta para 'casa', no Pátio de São Pedro, para dar início às edições especiais de Carnaval. O calendário abre no dia 28 de janeiro e segue até os dias de Momo com muito reggae, coco, maracatu, afoxé e hip hop, entre outros ritmos. A programação completa será divulgada em breve. 

Serviço

Terça Negra no Armazém do Campo

21 de janeiro - 20h

Armazém do Campo - R. do Imperador Pedro II, Av. Martins de Barros, 387 - Santo Antônio

Gratuito

 

Como reza a tradição cultural nordestina, os festejos do Ciclo Natalino, promovidos pela Prefeitura do Recife desde o último dia 1º de dezembro, em vários locais da cidade, encerram nesta segunda-feira (6), com a Queima da Lapinha, que reunirá 11 pastoris no Pátio de São Pedro, a partir das 17h.

A Queima da Lapinha é uma tradição religiosa do século 19, trazida pelos jesuítas para o Brasil, cujo simbolismo está relacionado à manjedoura onde nasceu o Menino Jesus e ao dia em que ele foi visitado pelos três reis magos.

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Feita de folhagens secas e incensos, a lapinha é queimada aos olhos do público, que joga seus pedidos no fogo, na esperança de que sejam realizados. Todo o ritual é acompanhado de cânticos e jornadas, conduzidas pelas pastoras.

A concentração para o cortejo será no Pátio do Carmo, de onde cordões azuis, encarnados e pastoras seguem em cantoria até o Pátio de São Pedro, acompanhadas por Mendes e sua Orquestra.

Desta edição do evento, participarão os pastoris: Pastoris Estrela Brilhante, Angel de Brasília Teimosa, Giselly Andrade, Campinas Alegre, Tia Mariza, Estrela do Mar, Estrela Guia do Cabo, Rosa Mística dos Torrões, Sonho de uma Adolescente, Viver a Vida- 3ª idade e Tia Nininha - 3ª idade.

Ao final da cerimônia, Lapinha já queimada, os pastoris darão as boas-vindas ao próximo ciclo festivo da cidade, saudando o Carnaval que se anuncia, ao som do frevo. O encerramento será em grande estilo, com participação do Coral Edgar Morais e do Grupo Matulão de Dança.

Programação

17h às 20h30 - Mendes e sua Orquestra

Pastoril Estrela brilhante

Pastoril Angel de B. Teimosa

Pastoril Giselly Andrade

Pastoril Campinas Alegre

Pastoril Tia Mariza

Pastoril Estrela do Mar

Pastoril Estrela Guia do Cabo

Pastoril Rosa Mística dos Torrões

Pastoril Sonho de uma Adolescente

Pastoril Viver a Vida - 3ª idade

Pastoril Tia Nininha - 3ª idade

20h30 - Coral Edgar Morais e Grupo Matulão de Dança

Serviço

Queima da Lapinha

Data: 06/01

Local: Pátio de São Pedro

Horário: A partir das 17h

*Via Assessoria de Imprensa

Cravado no coração do centro do Recife, no Bairro de Santo Antônio, o Pátio de São Pedro é um espaço de energia incomum. Situado nas proximidades do Pátio do Carmo - onde foi exposta a cabeça do líder negro Zumbi dos Palmares, após sua morte -, e da casa de Badia - neta de africanos considerada símbolo da cultura negra na capital pernambucana -, no Pátio do Terço; o lugar costumava servir de palco para diversas atividades da cultura negra, no início do século 19. Ali aconteciam quermesses, feiras e apresentações musicais além de ter acolhido uma casa de candomblé dedicada à orixá Oyá, ou Iansã como também é conhecida. 

Essa energia continua sendo semeada através de um evento que começou um tanto descompromissado e acabou transformando a vida cultural da cidade bem como a de seus atores sociais. A Terça Negra vem agitando as noites do Pátio de São Pedro, bem no início da semana, dando espaço para grupos da cultura negra que fazem maracatu, afoxé, samba, samba reggae, hip hop e até manguebeat. Resistindo às mais diversas limitações e dificuldades ao longo das duas últimas décadas, a festa ganhou proporções inimagináveis e hoje figura como um movimento de identificação e valorização do povo negro, com caráter não só artístico e cultural, mas, também, político.  

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A Terça Negra começou a partir das reuniões dos integrantes do Movimento Negro Unificado do Recife, no final dos anos 1990, que costumam estender suas reuniões no Pagode do Didi, também no centro da capital. Demir da Hora, atual coordenador do evento, acompanhou de perto o início da festa, ainda como músico. Na época, ele não podia imaginar a dimensão que a Terça conquistaria: "Eu não imaginava nem chegar aos 20 anos e nem hoje ser o guardião da terça negra, eu hoje estou coordenador, então me sinto como um guardião desse projeto que a gente tem que insistir que viva pra sempre. Porque não é só resgate, é manutenção dessa cultura que a gente vive hoje em dia, que a gente sempre viveu, a cultura negra", diz. 

No início de 2000, a Terça Negra mudou de endereço e se instalou no Pátio de São Pedro. O casamento entre evento e local não poderia ter sido mais feliz e a festa encontrou ali sua casa definitiva. A princípio, o evento acontecia semanalmente, atraindo para o centro uma vida noturna inédita para o início de semana. Além do surgimento de outros eventos, como a Terça do Vinil, a Terça Negra passou a motivar o surgimento de novos grupos e artistas, como o grupo de samba reggae Raízes de Quilombo. "A importância da Terça Negra foi exatamente isso, esse tempo todo a gente estimulou muita gente a fazer arte e a correr atrás, sem citar os artistas que começaram aqui, como Lucas dos Prazeres. A sensação é de missão cumprida", comemora Demir. 

No entanto, a proliferação de arte e artistas a partir do evento é apenas um dos sintomas de sua força e importância para o povo negro. A pesquisadora  Maria Lúcia Gomes dos Prazeres, autora do livro Terça Negra no Recife: Música, Dança, Espiritualidade e Sagrado, aponta aquele espaço como sendo uma ferramenta de descoberta e afirmação: "O que nos atrai é a afirmação da nossa identidade, mas essa afirmação exige que a gente se aprofunde, que a gente conheça mais sobre a nossa história. Esse movimento de estudo fez com que eu escrevesse o livro. Eu quis mostrar como nós estamos construindo a nossa história", conta a estudiosa. 

No livro, 12 personagens que têm a Terça Negra como parte fundamental de suas histórias contam sobre seus processos de identificação e de sua vivência a partir do movimento. Para Lúcia, cada relato é uma manifestação de uma luta maior que ao ser registrado acaba ganhando outra proporção: "A história oral ela é vista, contada, vivida, mas o tempo vai fazendo com que ela tome uma outra dimensão. Então, quando a gente registra, a gente registra as pessoas. Cada uma dessas pessoas tem uma história significante para o fortalecimento da cultura negra no estado de Pernambuco".

20 anos

As comemorações pelos 20 anos da Terça Negra já começaram neste mês de dezembro de 2019. Para 2020, a ideia é continuar celebrando a despeito das dificuldades que se impuseram ao evento nos últimos anos. Desde 2012, a festa deixou de ser semanal e chegou a passar um período sem acontecer. Pela força de vontade de seus produtores, e pela necessidade de se haver um espaço como esse na cidade, a Terça voltou ao calendário oficial do Recife acontecendo em caráter especial com edições a cada 15 dias e, também, durante a semana pré-carnavalesca. 

Para o próximo ano, essa semana que antecede o Carnaval já está garantida, de acordo com o coordenador Demir. Um projeto para a comemoração das duas décadas do evento foi submetido ao Funcultura porém não saiu vitorioso. "Não fomos contemplados, fica aqui o meu protesto. Eles usam pareceristas de fora para analisar os projetos e no fim a gente vê que as mesmas pessoas são contempladas todo ano. Fica só o protesto, sem ‘mimimi’, continuamos na luta não vamos parar jamais", lamenta ele. 

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O sentimento de resistência é maior a cada ano, e o otimismo para que a Terça Negra se mantenha firme, também. "Aqui é o lugar em que a gente se alimenta e onde a gente doa. É o mesmo princípio da casa de religião de matriz africana, o axé é uma coisa que se recebe e que se doa", sintetiza a pesquisadora Lúcia dos Prazeres, que relembra que "desde que o primeiro negro pisou no Brasil", o movimento natural desse povo é resistir. "Já resistimos esses anos todos, não tem como não ser otimista". 

 

Lia de Itamaracá promove uma grande roda de ciranda no Pátio de São Pedro, nesta sexta (8). A cirandeira comanda a audição pública do seu novo disco, 'Ciranda Sem Fim', a partir das 19h. A festa terá a presença de DJ Dolores, produtor do álbum; DJ Adriana Pax e o Som na Rural. 

'Ciranda Sem Fim' conta com 11 faixas e chega após um hiato de quase 10 anos sem lançamentos da mestra cirandeira. Seu último disco havia sido 'Ciranda de Ritmos', em 2010 que também só chegou ao público uma década após 'Eu sou Lia', de 2000. Já o primeiro registro fonográfico da mestra havia sido feito em 1977, com 'Rainha da Ciranda'. 

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O quarto disco de Lia de Itamaracá foi lançado em todas as plataformas digitais no último mês de outubro. Após a audição desta sexta (8), a nova Doutora Honoris Causa se apresenta no Festival Coquetel Molotov, no dia 16 de novembro, e, em seguida, sai em turnê levando sua ciranda pelos quatro cantos do Brasil.

Serviço

Audição de 'Ciranda sem Fim', de Lia de Itamaracá

Sexta (8) - 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito

Este ano, no mês em que se celebra a Consciência Negra, a Terça Negra - evento que ocupa o Pátio de São Pedro com atrações da cultura afro brasileira - também comemora seus 20 anos de história. Para festejar, haverá edições da festa todas as semanas a partir desta terça (5). Os primeiros convidados para animar a celebração são o Maracatu Leão Coroado, Mago RM, Pretto Jamah e o Coletivo 21.

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Já tradicional no calendário semanal dos recifenses, a Terça Negra é realizada pelo movimento Negro Unificado (MNU), com apoio da Prefeitura do Recife (PCR). No entanto, tal apoio deixou de ser efetivo desde o ano de 2017 e o evento se viu forçado a parar.  À época, procurada pelo LeiaJá, a PCR afirmou estar passando por "dificuldades orçamentárias" e, por esse motivo, não poderia arcar com as quatro edições mensais da Terça. O proposto, então, foi que o evento seria realizado apenas em datas comemorativas ou específicas. 

Sendo assim, de acordo com o calendário comemorativo que impulsiona edições especiais da Terça Negra, neste mês de novembro a festa será realizada  por quatros semanas, nos dias 5, 12, 19 e 26. Além de celebrar o Dia e o Mês da Consciência Negra, o evento também vai comemorar seus 20 anos.  O evento acontece no Pátio de São Pedro e é aberto ao público. 

Serviço

Terça Negra - edição especial de novembro

Terça (5) - 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito

O Conservatório Pernambucano de Música realiza, nesta quarta-feira (19), um concerto especial de Natal. O espetáculo acontece na Concatedral de São Pedro dos Clérigos, no Pátio de São Pedro, às 19h30. A apresentação encerra a ‘Temporada no pátio’, projeto que promoveu vários espetáculos em 2018.

O concerto contará com a presença da Orquestra de Câmara de Pernambuco, Coro de Câmara do CPM e solistas, sob a regência do maestro José Renato Accioly. Serão apresentadas músicas do período natalino.

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O evento é gratuito e é fruto de uma parceria com o Instituto de Música Dom da Paz.

Serviço

Concerto de Natal

Concatedral de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro, Santo Antônio- Recife)

19 de dezembro | 19h30

Entrada gratuita

A Terça Negra homenageará o compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira baiano Moa do Katendê, assassinado após uma discussão política na madrugada do último dia 8 de outubro. O evento, promovido mensalmente e sempre às terças, pelo Movimento Negro Unificado, no Pátio de São Pedro, celebra a cultura de matriz africana

O show é gratuito e terá início com uma roda de capoeira às 19h, seguida de uma apresentação do Maracatu do Século XXI. Às 21h, a banda Bojo da Macaíba subirá ao palco e o encerramento do evento será por conta do Pandeiro do Mestre, às 22h.

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Serviço

Terça Negra em homenagem a mestre Moa do Katendê

Terça (23) | 19h

Pátio de São Pedro, Bairro de Santo Antônio

Gratuito

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Na próxima terça (21), a Terça Negra vai ocupar o Pátio de Sâo Pedro em memória de Marielle Franco, a vereadora carioca morta a tiros em março deste ano. Nesta edição, também será celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. O evento é gratuito.

Além de homenagear Marielle, a Terça Negra também comemora o Dia da Visibilidade Lésbica, que faz referência ao I Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), realizado em 1999, no Rio de Janeiro. Esta foi a primeira vez que mulheres homossexuais de todo o Brasil se reuniram oficialmene em uma organização.

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Programação

19h – Capoeira FPPPC

20h – Afoxé Exú Elegbará

21h – Thabata Lorena

22h – Coco Santiago

Serviço

Terça Negra

Terça (21) | 19h

Pátio de São Pedro 

Gratuito

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A Concatedral de São Pedro dos Clérigos, no Pátio de São Pedro, vai receber mais uma edição do Temporada no Pátio. O evento, na próxima quarta (8), receberá as flautista Daniele Cruz e Laurence Pottier, do Duo Colibri. 

As flautistas, juntas há 30 anos, já desenvolveram projetos no Brasil e na França, terra natal de Laurence; em 2015, se estabeleceram no formato de duo. No Temporada no Pátio, elas apresentarão canções de compositores como Lúcia Cysneiros e Emanuel Santana, presentes em seu novo disco, ainda a ser lançado, Continent(e)s. 

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O concerto também terá participações especiais dos gaúchos Paula Bujes & Pedro Huff, que também formam um duo. A proposta do Temporada no Pátio é movimentar a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, localizada no Pátio de São Pedro. O projeto marca a entrega da edificação religiosa aos recifenses após um período fechado para reformas em 2017. 

Serviço

Temporada no Pátio com Duo Colibri

Quarta (8)  | 19h30

Concatedral de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro - Centro do Recife)

Gratuito

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Nesta terça (22), o Pátio de São Pedro, na área central da cidade do Recife, recebeu a Feira Afro de Empreendedores. Integrando a programação da Terça Negra, a feira oferece artigos voltados à cultura negra, produzidos por artesãos e designers negros. As bancas estarão montadas até o fim das apresentações artísticas.

Cerca de oito afroempreendedores participam desta edição da feira, expondo bijuterias, roupas e acessórios, entre outros itens. O artesão Jamesson Henirque dos santos festejou a oportunidade: "Sendo um ato pelo Dia de África, neste lugar tão simbólico, é muito importante estar aqui hoje mostrando nosso trabalho que é voltado para essa temática negra", disse em referência ao tema do evento, o Dia da África, celebrado em 25 de maio. 

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O estilista africano Lassana Mangassouba também comemorou o evento. Ele cria roupas com tecidos africanos e viu na feira uma maneira de aumentar sua clientela: "É bom mostrar culturas negras", disse.  Para o Coordenador do Núcleo de Cultura Afrobrasileira da Prefeitura do Recife, o espaço visibiliza o trabalho dos empreendedores: "A gente tenta trabalhar essa questão dos afro-empreendedores porque é importante tanto para a economia criativa quanto para a população geral, ter um conhecimento do trabalho que eles executam dentro da comunidade." 

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Celebrando o Dia da África, a Terça Negra terá programação em dobro neste em maio. O evento, realizado pelo Movimento Negro Unificado, em parceria com a Prefeitura do Recife, será nos dia 15 e 22 deste mês no Pátio de São Pedro, área central do Recife.

Nesta terça-feira (15), a Terça Negra realizará um Bob Marley, com apresentações das bandas Massapê, às 20h, Marlevou, às 21h, e Positividade, às 22h. Já no dia 22, o evento terá uma edição extra e contará com oito horas de duração.

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A festa é a comemoração do Dia da África e começará às 16h. Na programação, nomes como Balé Afro Magê Molê, do Afoxé Omulu Pá Keru Awo e Coco dos Pretos. A data evoca a reunião de 32 chefes de estado africanos, em Addis Abeba, Etiópia, na defesa e emancipação do ambiente. O dia foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972.

Confira a programação completa:

Dia 15 de maio

20h - Massapê

21h - Marlevou

22h - Positividade

Dia 22 de maio

16h - Feira dos Afro empreendedores

19h - Apresentação do Fórum Permanente de políticas Públicas para Capoeira

20h - Balé Afro Magê Molê

21h - Afoxé Omulu Pá Keru Awo

22h - Coco dos Pretos

Serviço

Terça Negra

Terça (15)| 20h

Terça (22)| 16h

Pátio de São Pedro (Santo Antônio, Recife)

Gratuito

ESPECIAL/NÃOPUBLICAR-Rua do Hospício, Rua da Aurora, Avenida Dantas Barreto. As ruas do centro do Recife já integraram o itinerário cultural da cidade, levando a cinemas, teatros, museus e áreas de convivência onde os recifenses, e os turistas, podiam encontrar diversão, entretenimento e cultura. Porém, não mais. Os endereços mais tradicionais do coração da metrópole estão relegados ao esquecimento, com equipamentos culturais fechados, ou funcionando precariamente. Em consequência, com o público ausente, é cada vez mais difícil encontrar diversão e cultura na capital pernambucana, desde o bairro da Boa Vista até o Bairro de Santo Antônio.


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Talvez o exemplo mais notável desta triste realidade seja o Teatro do Parque. Localizado na Boa vista, mais precisamente, na Rua do Hospício, o lugar chegou a ser um dos palcos mais célebres da cultura no Recife e um verdadeiro centro cultural que agregava as mais diversas artes. Inaugurado em 1916, o Cineteatro do Parque, durante sua trajetória, recebeu grandes artistas e espetáculos, além de projetos como o Pixinguinha; Seis e Meia; Todos verão teatro; e sessões de cinema a R$ 1. Pessoas de todas as idades frequentavam o espaço que garantia diversão e dava vida àquela área do centro.


Mas, em 2010, o Parque foi fechado para reformas que não aconteceram até hoje. Durante estes oito anos de fechamento, o espaço foi se deteriorando cada vez mais. Atualmente, até a placa que sinalizava a reforma do equipamento cultural está toda desbotada, acompanhando as grades enferrujadas e vitrines quebradas na fachada do prédio.


O ator e produtor Oséas Borba tem acompanhado o calvário do Parque desde o fim de sua operação. Integrante de movimentos como o Guerrilha Cultural, OcuParque, ReExiste Teatro do Parque e Virada Cultural, ele tem lutado pela recuperação do espaço desde 2010: "O Teatro do Parque é um teatro chave na cidade do Recife. Além da localização geográfica, ele é um dos poucos teatros que envolve todas as artes, porque ele era um cineteatro, tinha festivais de dança, exposições, o cinema, grandes shows, peças de teatro, musicais; então é um teatro que faz muita falta. Sem contar que o entorno do Parque também foi ficando abandonado. Muitos bares e comércios ali na região fecharam.", lamenta o ator.



Em 2015, a Prefeitura do Recife (PCR), por meio de licitação, realizou um contrato de reforma do prédio mas, alegando um cenário de crise, paralisou as obras pouco depois de seu início. Agora, nova licitação foi feita e a empresa MultiCon Engenharia foi a escolhida para retomar os trabalhos de revitalização do Parque. A PCR, através de sua assessoria, informou, na última quinta (26), que "os próximos dias serão de preparação e mobilização para retomada das obras de reforma e restauro da edificação. O valor total para a continuidade dessa etapa é de R$ 5.652.904,38."  


Ainda através da assessoria, a PCR explicou que a reforma do teatro do Parque é "uma obra delicada" e que "exigiu cuidadosos estudos preliminares, feitos pela equipe técnica do gabinete de Projetos Especiais". Apesar das aparentes dificuldades inerentes à reforma, o órgão informou que a obra está prestes a começar e deve durar cerca de 12 meses: "Dada a complexidade do trabalho, que será iniciado no mês de maio, a finalização das obras deverá acontecer no prazo de aproximadamente um ano."


Para Oséas, o momento é de ficar atento a esta nova promessa do poder municipal: " A gente fica na expectativa e no aguardo para fiscalizar essa obra, até porque não é a primeira vez que a Prefeitura publica no Diário Oficial uma empresa para iniciar a reforma. Em 2015 começou-se a obra e foi paralisada. E quando eles pararam, negaram que estava parada quando já estava. Na véspera do aniversário do teatro, em agosto de 2015, eles chegaram a colocar funcionários lá dentro para dizer que a obra continuava funcionando. Espero que dessa vez eles realmente cumpram a promessa e deem prosseguimento à obra."


Pouco mais adiante, na Rua da Aurora, outro equipamento cultural acumula anos de fechamento e abandono. O Museu da Imagem e do Som de Pernambuco, o Mispe, antes um local de pesquisa e mergulho na cultura da música e artes visuais, hoje se resume a um sobrado lacrado com tapumes e caindo aos pedaços. Houve uma promessa de reabertura do lugar em 2014, porém esta se perdeu no tempo e continua sem explicação sobre não ter vingado. Atualmente, o acervo do Mispe está disponível apenas para pesquisadores em uma sala da Casa da Cultura.


A presidente da Fundarpe, Márcia Souto, afirmou, em entrevista ao LeiaJá, já haver um projeto concluído para a requalificação do Mispe e que este depende, apenas, de captação de recursos para poder iniciar. "A gente fechou o projeto para este imóvel da Rua da Aurora, orçamos e abrimos para captação do recurso. Ele prevê área de formação,acesso ao acervo, salas de consulta, auditório. Mas é um projeto caro, R$ 4 milhões só a parte física da obra. Conseguimos captar uma parte, R$ 1,300 mil e já estamos negociando com a Caixa o restante da captação para podermos abrir uma licitação. Já está bem encaminhado.", afirmou. Com um projeto grandioso a depender de verba e licitações, é impossível estimar quando o Mispe retornará ao seu funcionamento.


Até lá, existe um outro projeto, o de abrir uma unidade do museu na Casa de Capiba, desapropriada pelo Governo de Pernambuco em outubro de 2017. O imóvel, localizado no bairro do Espinheiro, Zona Norte da cidade, deve virar um equipamento cultural após votação favorável do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. "É uma unidade que a gente já pode ir adiantado", assegurou Márcia. O projeto, no entanto, também não tem previsão de entrega à população.


Ainda na Rua da Aurora, outro prédio tradicionalíssimo do centro do Recife abriga o não menos tradicional Cinema São Luiz. Inaugurada em 1952, a sala de exibição mais famosa e concorrida do centro já foi lugar de entretenimento para  diversas gerações além de ter recebido importantes festivais, inclusive, a nível internacional.



Em 2015, o São Luiz recebeu um aporte de R$ 1, 2 milhões para que seu maquinário fosse digitalizado e, assim, ficasse em condições de receber as novas produções da indústria cinematográfica. O moderno sistema de projeção e som contava com projetor digital 4k, 3D e som Dolby 7.1. Porém, o que deveria ser um ganho para o cinema acabou transformando-se em martírio pois o equipamento, que constantemente tem quebrado, é de difícil e dispendiosa manutenção. Só para ter ideia, na cidade do Recife não é possível encontrar peças para o conserto deste maquinário e a sala acaba sendo fechada para que técnicos e peças de fora possam ser solicitados.


É o que está acontecendo desde novembro de 2017. De lá até este mês de maio, o São Luiz permaneceu mais tempo fechado do que aberto. Em novembro, o festival Janela Internacional de Cinema por pouco não aconteceu no cinema do centro por conta de problemas técnicos como este e a equipe do evento precisou intervir para solucionar a dificuldade. À época, o realizador do festival, Kléber Mendonça, falou ao LeiaJá sobre o ocorrido: "Até quarta a gente estava com medo de não ter projetor pro Janela. Essa equipe milagrosa daqui faz um excelente trabalho mas a gente precisa de mais estrutura. Esse problema foi um bom alerta para que o governo tenha uma estrutura melhor pro São Luiz funcionar".


O público, muitas vezes pego de surpresa, fica sem entender o abre e fecha contínuo do São Luiz. Até porque, nestes últimos meses em que não funcionou, nenhum aviso foi afixado na porta do cinema, ou publicado em suas redes sociais. No entanto, a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, explicou que, neste meio tempo foram feitos os reparos nas placas do projetor e, em seguida, foi preciso fazer uma manutenção no ar condicionado da sala. Os serviços já estão em finalização e uma possível data de reabertura do cinema foi estimada: "A previsão é que por volta do dia 10 de maio, no máximo, deve estar abrindo. A ideia deles (equipe técnica) é liberar o cinema antes do dia 7 de maio." A presidente não soube informar o motivo pela ausência de informativos sobre o não funcionamento do São Luiz.  


Do outro lado da ponte Duarte Coelho, chegando ao bairro de Santo Antônio, outro espaço, antes de convivência, turismo e lazer, sofre paras manter-se vivo no cotidiano dos recifenses e visitantes. O Pátio de São Pedro, largo com alguns equipamentos culturais, restaurantes, bares, que costumava ser palco para eventos, como festas e shows, já não figura mais entre os destinos mais procurados daqueles em busca de diversão. Alguns destes equipamentos, como o Museu de Arte Popular, o Centro de Design do Recife e o Mamam no Pátio, seguem em uma manutenção eterna, os demais - o Núcleo de Cultura Afro, o Memorial Chico Science e Memorial Luiz Gonzaga e o anexo da Casa do Carnaval -, estão de portas abertas, mas com pouca sinalização.


Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife  afirmou que “o diagnóstico dos equipamentos já foi concluído e algumas intervenções e ações estão programadas”. Segundo o órgão, “o momento é de captação de recursos” e, portanto, é impossível estimar prazos e datas para a volta do funcionamento dos equipamentos fechados. Questionada, também, sobre reuniões e planejamentos em busca de uma nova ocupação para o Pátio, hoje usado quase que exclusivamente nos ciclos festivos como Carnaval, São João e Natal, informadas, em setembro de 2017, pelo Secretário Execuitivo de Cultura, Eduardo Vasconcelos, a PCR não deu resposta.


Mesmo assim, ainda há quem não desista do Pátio de São Pedro. Como os integrantes do Pátio Criativo, coletivo que, na casa 52 do largo, oferece brechó, oficinas de arte e eventos; o produtor da tradicional Terça Negra Demir Favela, que após bastante insistência conseguiu retomar o evento, ainda que somente uma vez ao mês; e o chef Thiago das Chagas que, sem temer o clima e abandono do lugar, abriu um novo restaurante no pátio, o Restaurante São Pedro, há cerca de um mês.


Uma “ousadia”, como o próprio chef coloca. Para ele, estar no Pátio de São Pedro é uma forma de se aproximar da essência do Recife e dos recifenses, além de poder estar mais perto dos produtos que compõem seu menu. A ideia é “fazer uma cozinha urbana, com a cara da cidade”: “Pra quem, é cozinheiro,o que dá mais satisfação é de fazer uma cozinha relacionada com os produtos da sua região, com a facilidade de acesso aos produtos. Compro os insumos do Mercado de São José, compro o camarão de bacia da esquina.”, diz Thiago.  


Ele assumiu o risco de tentar um novo negócio em um local em processo de degradação, e não foi por acaso: “O Pátio, de certa forma, era a praça de alimentação do recifense. Antes dos shoppings, todo mundo ia beber e almoçar lá. O Pátio tem cinco restaurantes tradicionais, hoje em dia a maioria está penando para se manter vivo. A principal motivação também é de fazer um processo de mudança ali no centro da cidade. Não só o Pátio, como o seu entorno, está todo degradado, é uma cracolândia.”.


O chef contou, também, sobre projetos que ele, junto a outros apaixonados pelo Pátio de São Pedro, e órgãos como o Sebrae estão planejando. São ações pensadas em diversas frentes como música, festival gastronômico e jantares dançantes, que devem compor um cronograma para preencher 12 meses do ano. “São iniciativas que a gente está tocando do ponto de vista privado que talvez revigore, de certa forma, o Pátio, sem depender da iniciativa pública”.

 

*Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Na próxima terça-feira (13), o Pátio de São Pedro será palco para uma celebração às raízes negras e femininas da cultura pernambucana. A Terça Negra realiza sua primeira edição de 2018 trazendo uma programação pautada no protagnosimo feminino.

A noie será majoritariamente composta por artistas mulheres. Subirão ao palco o Coco Zé Neguinho, a rapper Lady Lay e o Coco da Resistência. Esta é a primeira Terça Negra do ano, após as quatro edições carnavalescas. A periodicidade do evento passa a ser mensal, sempre com programação definida pelo Movimento Negro Unificado.

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Serviço

Terça Negra em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Terça (13) | 20h

Pátio de São Pedro (Bairro de São Pedro)

Gratuito

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O secretário executivo de Cultura do Recife, Eduardo Vasconcelos, falou sobre a situação de abandono do Pátio de São Pedro e um dos eventos mais expressivos que costumava ocorrer naquele Largo - a Terça Negra -, apontados em reportagem do Portal LeiaJá. Em entrevista, por telefone, o secretário declarou que a atual gestão não enxerga o Pátio como abandonado e garantiu ser compromisso da Prefeitura retomar o apoio para a realização da Terça Negra.

Eduardo Vasconcelos apontou uma dificuldade orçamentária como motivo para a não realização da Terça Negra, interrompida desde o início deste ano. "A gente reconhece a importância da causa, do evento em si, tão tradicional para a nossa cidade, com uma relevância muito grande. O nosso maior problema foi essa questão orçamentária". Ele também falou sobre a proposta feita pelo produtor da Terça Negra, Demir Favela, para a realização da festa neste mês de novembro e afirmou que não seria possível para a Prefeitura arcar com os cachês dos artistas convidados como foi solicitado.

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Em contrapartida, o secretário colocou que a PCR está trabalhando para a retomada do evento: "Já passei essa agenda para que a gente possa ter essa conversa com os realizadores com o objetivo construir as próximas edições. Eu tenho certeza que, juntos, a gente pode encontrar uma solução para que a gente consiga reafirmar esse compromisso usando tudo que a gente pode usar para que prefeitura esteja junto com eles".

Em relação a questões ligadas ao aumento da violência na região e a própria manutenção do espaço, que sofre com pouca iluminação pública, o secretário afirmou já ter feito uma reunião com o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, e ter realizado visitas técnicas ao local para levantar os ajustes necessários: "Com essa crise, os espaços públicos estão sendo utilizados dessa maneira errada e a gente vê isso não só no Recife mas no Brasil todo. A gente está procurando uma forma de, com iluminação adequada, utilização do Pátio com eventos que tragam cultura e informação, trazer uma rotina saudável para o Pátio. Isso faz com que a gente ocupe melhor o espaço. Quando o poder público consegue gerar essa ocupação a gente consegue dar uma nova cara ao lugar. É esse o compromisso."

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