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Na manhã desta quarta (9), o Sindicato dos Rodoviários do Grande Recife voltou a paralisar o fluxo de ônibus no centro da capital em um novo ato contra o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE). A categoria alega que os empresários não cumpriram o acordo pelo fim de greve firmado com anuência da Justiça do Trabalho. 

A paralisação de seis dias dos motoristas de ônibus chegou ao fim na segunda (31), após o acordo feito com os empresários que garantia o reajuste linear de 4% e que os dias de greve não fossem descontados em folha. Conforme negociado, apenas dois dias seriam compensados com horas extras, num prazo de até 60 dias.

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No entanto, o sindicato denuncia que as rodoviárias Caxangá, Consórcio Recife e Metropolitana descontaram os dias não trabalhados nos contracheques deste mês. 

"Parece que os coronéis do transporte não aprenderam que a época do chicote e da sociedade sem lei acabou. Respeitem os rodoviários, respeitem a população. Cumpram o acordo já!", cobraram em um comunicado que indicava a possibilidade de novas paralisações.

Também em nota, a Urbana-PE assegurou que cumpriu o que foi decidido no acordo coletivo e que tem buscado o diálogo com o sindicato para evitar novas mobilizações. 

A Urbana-PE informa que as suas associadas estão cumprindo estritamente o que foi estabelecido no acordo coletivo com a categoria dos rodoviários. 

Confira o comunicado na íntegra:

"Não apenas as empresas de ônibus agiram corretamente na compensação das horas não trabalhadas durante a greve da campanha salarial, como se disponibilizaram a apresentar as apurações e prestar os esclarecimentos necessários ao Sindicato dos Rodoviários sobre o procedimento adotado. Entretanto, até o presente o momento, as empresas não obtiveram qualquer resposta das lideranças rodoviárias. 

Ao contrário do Sindicato dos Rodoviários, a Urbana-PE tem buscado o diálogo e seguido rigorosamente todos os termos do acordo firmado e das decisões judiciais sobre a matéria.  

Infelizmente, o Sindicato dos Rodoviários persiste em promover a desinformação, criando narrativas enganosas na tentativa de justificar os inaceitáveis transtornos que vem causando à população e à economia local." 

O Consórcio Metropolitano de Transporte (CTM) publicou, nesta quarta-feira (25), a portaria Nº167/2020, proibindo a dupla função dos motoristas no Recife e Região Metropolitana. A publicação ocorre dois dias depois da negociação entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), que resultou na suspensão da greve prevista para a última terça-feira (24).

Além de questionar o acúmulo de função, os rodoviários pediram por chances de negociação, estabilidade semestral, fim da intrajornada e reposição salarial.

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Por meio de um acordo acertado entre os sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), a última greve, que aconteceria nessa terça (24), foi anulada. Os rodoviários dizem que entre os termos acertados para suspensão do movimento paredista estão estabilidade de seis meses, fim da intrajornada, reposição de 2,69% sobre o salário e o auxílio alimentação e permanência da negociação em torno do reajuste definitivo do ticket.

“Em virtude disso [fim do acúmulo de função], fica determinado que os veículos somente irão circular com a presença do cobrador no ônibus”, determina a portaria, que começará a valer em 3 de dezembro.

Até ser sancionada pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB), a lei em que se baseou o CTM circulou na Câmara de Vereadores por cerca de um ano e meio, ainda como o Projeto de Lei Ordinária 05/2019, de autoria do vereador Ivan Soares (PSOL). A aprovação veio em outubro deste ano, com 32 votos favoráveis e apenas um contrário, do vereador André Régis (PSDB).

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Duas pernambucanas foram presas em flagrante com mais de 11 kg de cocaína na Rodoviária Interestadual de Brasília, no Distrito Federal, nessa terça-feira (25). Segundo as informações repassadas pela Polícia Federal nesta sexta (28), a dupla confirmou que vinha de São Paulo e pretendia entrar com a droga em seu estado natal.

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Após receber uma denúncia, os agentes localizaram uma das mulheres em atitude suspeita. Natural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, ela carregava cinco tabletes na mala, escondidos entre as roupas. A pequena carga correspondia a 1,6 kg de pasta-base de cocaína e 4 kg do tipo "escama de peixe" - uma versão mais pura da droga. 

A outra é do Recife e levantou suspeita ao apresentar nervosismo durante a fiscalização de rotina no terminal rodoviário. Cães farejadores indicaram a presença do entorpecente na mochila, que escondia cinco invólucros revestidos com bexigas. No total, foram apreendidos em sua posse 5 kg da droga.

Elas foram encaminhadas à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde foi registrado o crime de tráfico interestadual de drogas. As pernambucanas seguem detidas e estão à disposição da Justiça.

Na manhã desta segunda-feira (20), um ato organizado pela Frente de Luta pelo Transporte Público critica a qualidade do sistema rodoviário do Grande Recife e a relação entre a Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) e o Governo do Estado. Utilizando um mini trio elétrico estacionado em frente aos Correios, na Avenida Guararapes, no Centro do Recife, o grupo reivindica melhorias e cobra promessas do governador Paulo Câmara. O trânsito não foi bloqueado.

O coordenador da Frente, Pedro Joseph, explicou que este movimento não vai interromper a mobilidade e que o ato é o segundo de uma série de protestos descentralizados que vão ocorrer durante o mês de janeiro. Uma nova ação está programada para próxima sexta-feira (24). Mais cedo, o grupo participou do protesto na Vila dos Milagres, bairro do Ibura, no qual a BR-101 foi fechada e dois ônibus foram queimados.

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Dentre as reinvindicações estão o retorno da meia passagem aos domingos, a exclusão dos anéis B e G para que seja adotada uma tarifa única, a suspensão da demissão dos cobradores que acarreta no acúmulo de função dos motoristas e o fim da validade na bilhetagem eletrônica. A frente formada por sindicatos e movimentos sociais também denúncia a falta de transparência do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE) e sua relação do o Governo do Estado.

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Manifestantes interditam a BR-101, no bairro do Barro, Zona Oeste do Recife, na manhã desta quarta-feira (30). O protesto é contra a demissão de cobradores e o exercício de dupla função pelos motoristas de ônibus.

O ato é articulado por moradores da comunidade Carolina de Jesus, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e rodoviários. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há cerca de 25 pessoas no local. 

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Pneus foram queimados para impedir o fluxo de veículos, inclusive no Terminal Integrado do Barro. O Grande Recife Consórcio de Transporte acionou a Polícia Militar para liberar a entrada e saída dos ônibus. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para apagar o fogo.

Rodoviários fazem um protesto no Recife na manhã desta segunda-feira (12). A manifestação é organizada pelo grupo Família Rodoviária, oposição do sindicato, que fez panfletagem e convocação para o ato na sexta-feira (9), porém não há adesão e só participam os integrantes do grupo. A principal reivindicação dos manifestantes é o acúmulo de função ao qual estão sendo submetidos alguns motoristas de linhas sem cobrador.

O grupo passou em vias importantes como a Avenida Cruz Cabugá e a Avenida Conde da Boa Vista. Durante a passagem do grupo, que está acompanhado de um carro de som, houve congestionamento. A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanha o protesto.

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“Os motoristas estão tendo que assinar um pré-contrato assumindo que aceitam acúmulo de função e que não recorram futuramente à Justiça”, diz Ellison Ferreira, representante da Família Rodoviária. A fala de Ellisson é contrária ao que diz o Sindicato dos Rodoviários e o Grande Recife Consórcio de Transportes, de que o operador não é obrigado a aderir a medida.

Até o momento, 23 linhas que já operavam sem cobrador estão com motoristas acumulando esta função. Confira a relação abaixo:

Empresa Metropolitana

115 – TI Aeroporto/Afogados

106 – Parque Aeronáutica/TI Santa Luzia

204 – Loteamento Jiquiá/TI Santa Luzia

222 – Jardim Uchôa

242 – Pacheco

220 – TI Jaboatão/TI Cavaleiro

412 – San Martin (Largo da Paz)

424 – CDU/Torrões (San Martin)

Empresa Caxangá

717 – José Amarino dos Reis

721 – Água Fria

812 – Sítio Novo (Av. Norte)

831 – Aguazinha/TI Xambá

841 – Nova Olinda/TI Xambá

847 – Alto Nova Olinda/TI Xambá

883 – TI Xambá/TI PE-15

892 – Alto do Cajueiro/TI Xambá

894 – Alto da Sucupira (Córrego do Abacaxi)/TI Xambá

895 – Alto do Sol Nascente/TI Xambá

Transcol

330 – Casa Amarela/CDU

Pedrosa

621 – Alto Treze de Maio

901 – TI Abreu e Lima/TI Macaxeira

São Judas

139 – TI Cabo/TI Cajueiro

129 – Paiva/TI Cabo

Com informações de Jameson Ramos

Um grupo de sete rodoviários fez um ato de panfletagem e conscientização no cruzamento da Avenida Guararapes com a Rua do Sol, em Santo Antônio, na manhã desta sexta-feira (9). Eles são contrários à acumulação da função de cobrador pelos motoristas, o que passou a ocorrer no dia 1º de novembro. O grupo, que se intitula Família Rodoviária, está convocando a categoria de rodoviários para um protesto às 7h da próxima segunda-feira (12).

O Grande Recife Consórcio de Transporte informa que uma cláusula da convenção coletiva dos motoristas e cobradores do transporte público permitiu que o motorista passasse a acumular a função de cobrador nas linhas que já operam sem o profissional. O Consórcio defende que o motorista não é obrigado a aderir, mas se o fizer terá uma gratificação em cima do salário, que é de R$ 100. Até o momento, a medida atinge 23 linhas das empresas Caxangá, Metropolitana, São Judas Tadeu, Transcol e Pedrosa.

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Um dos coordenadores da Família Rodoviária, Ellison Ferreira, que é despachante da empresa Vera Cruz e ligado à União Geral dos Trabalhadores (UGT), diz que a cláusula da convenção coletiva aprovada não permitiria o acúmulo e que o Sindicato dos Rodoviários teria enganado a categoria. “A gente tem gravações da assembleia. Nós não aprovamos essa situação da dupla função, jamais iríamos fazer isso porque causa risco de vida. Motorista já vive se afastando do serviço por conta de estresse, por conta de assalto. O cadeirante quando vier, no horário de pico, como é que ele [motorista] vai passar troco, botar o cadeirante pra cima, o pessoal querendo passar na catraca e gente invadindo por trás?”, questiona Ellison. O manifestante acusa as empresas de colocar para reserva aqueles motoristas que não aceitam a dupla função.

A panfletagem também ocorreu em terminais de ônibus. A Família Rodoviária ainda tem conversado com a categoria através de grupos de WhatsApp. Segunda-feira, segundo a Família Rodoviária, o ato ocorrerá novamente no cruzamento da Avenida Guararapes e eles também devem seguir até o Palácio do Governo. Eles dizem que não pretendem interditar vias, mas motoristas e cobradores serão convidados a deixar os veículos e participarem da manifestação. “Não dá para saber se haverá adesão ou não. São os rodoviários que decidem os rumos do protesto”, afirma Francisco Miranda, motorista da Caxangá e integrante da Família Rodoviária.

O Grande Recife, através de nota, salienta que apenas validou a ação de acúmulo, visto ser legal juridicamente. No momento, o Consórcio avalia a mudança e o impacto na operação, para verificar se haverá atraso nas viagens e aumento na demanda de passageiros. Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) argumenta que a mudança atende aos pedidos da população, que solicitava a possibilidade de pagar a passagem também em dinheiro. O sindicato das empresas diz, entretanto, que tem investido na modernização da bilhetagem eletrônica e na ampliação da rede de venda de créditos eletrônicos de transporte. O LeiaJá procurou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, mas ele não atendeu aos telefonemas.

Confira abaixo quais são as linhas que estão operando com o motorista acumulando a função de cobrador:

Empresa Metropolitana

115 – TI Aeroporto/Afogados

106 – Parque Aeronáutica/TI Santa Luzia

204 – Loteamento Jiquiá/TI Santa Luzia

222 – Jardim Uchôa

242 – Pacheco

220 – TI Jaboatão/TI Cavaleiro

412 – San Martin (Largo da Paz)

424 – CDU/Torrões (San Martin)

Empresa Caxangá

717 – José Amarino dos Reis

721 – Água Fria

812 – Sítio Novo (Av. Norte)

831 – Aguazinha/TI Xambá

841 – Nova Olinda/TI Xambá

847 – Alto Nova Olinda/TI Xambá

883 – TI Xambá/TI PE-15

892 – Alto do Cajueiro/TI Xambá

894 – Alto da Sucupira (Córrego do Abacaxi)/TI Xambá

895 – Alto do Sol Nascente/TI Xambá

Transcol

330 – Casa Amarela/CDU

Pedrosa

621 – Alto Treze de Maio

901 – TI Abreu e Lima/TI Macaxeira

São Judas

139 – TI Cabo/TI Cajueiro

129 – Paiva/TI Cabo

Um motorista se acorrentou ao portão da garagem da empresa Transcol Viação Satélite, em Cariacica, no Espírito Santo, impedindo a saída de ônibus nesta segunda-feira (2). Foi dessa forma que Claudemir Fernandes decidiu protestar contra sua demissão por justa causa.

O manifestante chegou ainda de madrugada ao local. Os ônibus só começaram a sair por volta das 6h30 após a chegada da Polícia Militar. Mesmo com a liberação dos veículos, o ex-empregado permaneceu acorrentado até as 10h, quando saiu depois da empresa abrir um portão lateral para a entrada e saída de veículos.

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Após quatro anos e seis meses na empresa, Claudemir considera que a justa causa não é cabível e acusa ter sido demitido por ter publicado um vídeo nas redes sociais defendendo a categoria. “Deram a justa causa e estou aqui mostrando que nós temos força. Nossa luta não vai parar até eles aparecerem para poder a gente conversar aqui e resolver nossa situação”, disse Claudemir durante o ato.

De acordo com o motorista de transporte coletivo Jean Carlos Gomes, a empresa alega que a demissão foi por falha grave. “Não houve falha grave. Ele não agrediu nem atropelou ninguém. A empresa pode demitir e contratar quem ela quiser, desde que pague os direitos que a pessoa merece”, diz Gomes, que é integrante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que faz oposição ao sindicato.

Gomes acusa que o sindicato da categoria de manter um conluio com as empresas. “Na última quarta-feira à noite o presidente do sindicato ligou para o motorista dizendo que ia colocá-lo na Justiça e dar queixa na delegacia se não apagasse o vídeo. Na quinta-feira, o companheiro foi demitido”, afirma o opositor do sindicato. O LeiaJá.com procurou a assessoria do sindicato, mas não conseguiu contato com algum representante ou assessoria de imprensa.

No vídeo que gerou toda a polêmica, Claudemir cobra reajuste salarial e chama o sindicato de ‘comprado’. Segundo a CUT, a recomendação da empresa é que o motorista procure discutir a questão na Justiça. A Transcol Viação Satélite tem 1,2 mil funcionários.

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Após vigília e missa em frente à Igreja Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua, foi iniciada a segunda procissão do Círio de Nazaré. No início da manhã deste sábado (8), uma multidão de devotos acompanhou a Romaria Rodoviária com destino à orla do Distrito de Icoaraci, em Belém.  

Durante a missa, celebrada pelo pároco João Mendonça, centenas de fiéis tentavam se aproximar da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Depois, a berlinda começou o percurso de 24 quilômetros da procissão, criada pelo Sindicato das Empresas de Transporte e Cargas do Pará, em 1989.

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No percurso entre as duas maiores cidades da Região Metropolitana de Belém, a imagem peregrina recebeu diversas homenagens e foi recebida com festa em Icoaraci, após duas horas e meia de procissão. O distrito é ponto de partida do Círio Fluvial.

Devoção - Há décadas, a auxiliar contábil Ana Maria Silva, 64 anos, vai à avenida Augusto Montenegro para aguardar a passagem da procissão pelo bairro da Marambaia. “Como não posso me deslocar para as maiores procissões, aproveito que a Santa passa perto de minha casa para agradecer pelas bênçãos”, disse.  

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Um homem foi atropelado por um ônibus da empresa CRT na Avenida Conde da Vista, bairro da Boa Vista, Centro do Recife. O acidente aconteceu por volta das 9h30 desta terça-feira (14), no cruzamento com a Rua da Soledade. De acordo com a Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU), o motorista era novato e havia sido contratado para suprir a demanda devido à greve dos rodoviários.

O atropelado, identificado como Alessandro Hilário da Silva, de 36 anos, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Movél de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby. Segundo testemunhas, ele foi atingido na cabeça pelo vidro frontal do coletivo que fazia a linha CDU/Várzea, quando estava na calçada e esticou a cabeça para conferir o movimento do trânsito.

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Nesta segunda-feira (13), uma mulher morreu após ser atropelada por um ônibus no cruzamento do Parque Treze de Maio com a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Centro do Recife. A vítima foi atingida pelo coletivo na faixa destinada à pedestres e arrastada pelo veículo por 50 metros.

Com informações de Chico Peixoto

Um setor controverso, de empresas bilionárias, prepara-se para disputar uma das maiores licitações de transporte público do mundo, com contratos que podem atingir um valor de R$ 90 bilhões em 15 anos. O processo envolve a troca das empresas de ônibus da cidade de São Paulo, hoje com uma frota de 15 mil veículos. A Prefeitura espera que as companhias vencedoras sejam conhecidas ainda em julho e que a disputa atraia fundos de investimento estrangeiros e até multinacionais.

A nova configuração do sistema de transporte paulistano tem tudo para mexer com um mercado controlado por discretos grupos familiares que movimentam, por ano, no País, uma cifra superior a R$ 50 bilhões. De acordo com um levantamento exclusivo feito pela butique de assessoria financeira Advisia, o setor conta com 2,1 mil empresas que são controladas por quase 1 mil grupos. As cinco maiores companhias respondem por apenas 14% de tudo que esse mercado movimenta por ano, segundo dados de 2013, que são os mais recentes disponíveis.

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Entre as gigantes, estão nomes tradicionais como a Guanabara, do empresário Jacob Barata, conhecido no Rio como o "Rei do Ônibus", que voltou ao noticiário há duas semanas por ter aparecido na lista dos clientes do HSBC com contas milionárias na Suíça. A segunda maior empresa do setor, com receita aproximada de R$ 1,5 bilhão, é a Comporte, da família Constantino, fundadora da aérea Gol. Bancaf e Ruas operam, respectivamente, as viações Sambaíba e Campo Belo na capital paulista e também figuram entre as maiores, assim como a JCA, dona da Viação 1001.

A maioria das empresas começou no negócio com um ou dois veículos, carregando gente na carroceria de caminhões dirigidos pelos próprios fundadores nos anos 40 e 50. Elas cresceram, compraram concorrentes e deram origem a conglomerados que chegam a ter dezenas de bandeiras de ônibus.

No meio do caminho, os donos de muitas dessas companhias se envolveram em polêmicas - o que ajuda a explicar a total aversão deles à mídia. A reportagem tentou contato com os principais empresários por quase um mês, mas só teve o pedido de entrevista atendido pela Comporte, da família Constantino.

Elas já foram alvo de investigações sobre conluio com políticos para receber concessões, de processos por sonegação fiscal e suspeita de fraudes em licitações. Belarmino Marta Júnior, filho do fundador da Bancaf, de Campinas, chegou a ser preso em 2011, acusado pelo Ministério Público Federal de liderar um cartel para fraudar licitações na região. No Ministério Público de São Paulo as empresas são investigadas, desde 2008, por irregularidades no contrato com a Prefeitura.

Berlinda

Há dois anos, o aumento da cobrança da tarifa de ônibus em São Paulo colocou essas companhias novamente na berlinda. O reajuste foi o estopim para uma onda de manifestações populares pelo Brasil. Os protestos fizeram a Prefeitura de São Paulo contratar a auditoria Ernst&Young para abrir a chamada "caixa-preta" do transporte. Os auditores identificaram, por exemplo, que 10% das saídas programadas de ônibus na cidade de São Paulo não estavam sendo cumpridas e indicaram que a taxa de lucro das empresas poderia ser reduzida de 18%, no contrato atual, para 7%.

Na nova licitação, a Secretaria Municipal de Transportes, comandada por Jilmar Tatto, prevê a criação de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) para aumentar o controle e dar mais eficiência à gestão do sistema, que será redesenhado. A área central, que responde por 40% do sistema municipal, ficará a cargo de uma única SPE. "Queremos atrair gente parruda, com poder para fazer investimento e que entenda do assunto", diz Tatto. Como parte do esforço para atrair grupos estrangeiros, a Prefeitura já começou a desapropriar 42 áreas, entre garagens e pátios de ônibus, para que as atuais concessionárias não saiam em vantagem na licitação. "Está todo mundo como siri dentro de uma lata." Ele não revela quais empresas de fora já sinalizaram interesse em participar da disputa, mas, segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, companhias britânicas e americanas estão entre as interessadas.

Consolidação

A possível chegada de estrangeiras pode acelerar, na visão dos sócios da consultoria Advisia, um processo de consolidação que começou há algum tempo e ainda está em curso. O setor está no meio de uma corrida para ganhar escala, que já motivou uma série de fusões e aquisições. A mineira Saritur, por exemplo, comprou pelo menos quatro bandeiras desde 2012. Uma das maiores aquisições do setor foi a compra da Pássaro Marrom, em 2011, pelo grupo Comporte, dos irmãos Constantino, fundadores da companhia aérea Gol, em um negócio estimado pelo mercado em R$ 400 milhões. "É um segmento muito pulverizado. No Reino Unido, por exemplo, as cinco maiores empresas têm 60% do mercado", disse Rodrigo Leite, da Advisia. Entre os fatores que, segundo ele, impulsionam esse movimento estão o aumento do custo com salários e as pressões contra reajustes de tarifas. "Escala é essencial nesse negócio."

Também pesa a favor das fusões e aquisições o movimento de sucessão dentro das empresas familiares. "Eu tinha primos que nem sabiam o endereço da empresa", disse o neto do fundador de uma das empresas vendida ao grupo Comporte. O próximo passo esperado pelo mercado é a entrada no segmento de gestoras de private equity, que compram participação em empresas para vender no futuro com lucro. O presidente do conselho do grupo Comporte, Henrique Constantino, afirma que já foi procurado por fundos desse tipo. "Esse é o nosso negócio e não queremos vender. Mas, claro, podemos avaliar a entrada de sócios dependendo do porte dos nossos projetos." O Grupo Guanabara disse, em nota, que "não está descartada uma eventual parceria com fundos de investimento".

Até o momento, no entanto, não há nenhum negócio conhecido no setor envolvendo investidores institucionais. "Esse ainda é um segmento muito complicado, que assusta o investidor", diz um assessor financeiro que já trabalhou para empresas de ônibus. A concorrência internacional, se vier, pode mudar essa lógica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quarenta miniaturas de ônibus dividem espaço com um pequeno avião da Gol e uma estátua de São Cristóvão, o protetor dos caminhoneiros, na sede da Comporte, em São Paulo. Com faturamento aproximado de R$ 1,5 bilhão, em 2013, a empresa concentra os negócios de transporte rodoviário dos irmãos Constantino (Henrique, Joaquim, Ricardo e Júnior), que fundaram e são controladores da companhia aérea Gol.

A origem do grupo é o negócio criado pelo pai deles, Nenê Constantino, no fim dos anos 40. Ele era caminhoneiro e entrou no ramo depois de levar uma carga de manteiga para Recife. Na busca do que trazer de volta para encher o caminhão, Nenê recebeu a sugestão de levar gente. Colocou uma placa "Rio-São Paulo" no veículo e transportou um grupo no pau de arara para a Região Sudeste.

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Nenê dividiu seus negócios entre os filhos em 1994. Os quatro irmãos se juntaram e as irmãs ficaram com outras empresas de ônibus. "Assumimos a dívida e tivemos de pagar pela empresa", disse Henrique, presidente do conselho de administração da Comporte. "Aquela empresa de ônibus de antigamente não existe mais. Hoje somos um grupo de mobilidade profissionalizado."

Os irmãos decidiram diversificar a atuação geográfica para reduzir o risco político, com trocas de governos e revisões contratuais. "Hoje não temos mais de 7% da receita vindo de um único lugar." Segundo Henrique, a empresa já teve prejuízo em São Paulo, quando as gestões de Celso Pitta e Paulo Maluf deixaram de repassar subsídio para as companhias. Disputar a nova licitação da Prefeitura de São Paulo não está no planejamento estratégico do grupo.

A Comporte fez sua estreia nos trilhos, em dezembro, ao vencer a licitação para operar o VLT de Santos, e também vê oportunidades de crescer em concessões de transporte urbano em cidades médias, com ampliação da malha rodoviária e eventuais aquisições. "As pressões populares são positivas para o setor. Elas podem ajudar a destravar vários investimentos", disse Henrique.

Aviação

No setor aéreo, a família atua desde 2001, quando fundou a Gol, segunda maior companhia de aviação do País. Para quem pensa em canibalização, com a as passagens aéreas mais baratas concorrendo com as de ônibus, o executivo se apressa a dizer que os setores são diferentes e se complementam. "O transporte aéreo não atende a distâncias muito curtas nem rotas com baixa demanda." As empresas irmãs tentam se ajudar na medida do possível. A inteligência por trás da movimentação de passageiros de ônibus pelo Brasil pode ser usada pela Gol na definição de novas rotas. "É lógico que aproveitamos isso", diz Henrique, que é vice-presidente do conselho da aérea. Júnior é presidente e seus outros dois irmãos também estão no conselho da companhia.

Diferentemente da postura que adotam na Gol, que tem capital aberto e faz campanha na televisão, os Constantinos costumam ser mais discretos com os negócios de transporte rodoviário. A reserva em relação aos negócios da família passa por uma acusação de assassinato contra Nenê Constantino, que teria mandado matar um líder comunitário em 2001. O caso está na Justiça e a família não comenta a questão.

Sobre o perfil discreto da companhia, Henrique responde com bom humor. "Até o meu sósia é mais famoso do que eu", brinca o executivo, numa referência a Marcelo Nascimento da Rocha, o falsário que se passou por ele em um carnaval, no Recife, e inspirou o filme Vips - História Reais de um Mentiroso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) regulamentou especificações do óleo diesel de uso rodoviário. As regras foram publicadas na edição desta terça-feira, 24, do Diário Oficial da União.

Na norma, a ANP informa que a medida foi tomada considerando a necessidade de atendimento à fase L6 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) para os veículos leves do ciclo Diesel, com início de vigência em 1º de janeiro de 2012. A resolução cita situação de obrigatoriedade de comercialização do óleo diesel B S10 (óleo diesel A, o diesel comum, adicionado de biodiesel, com teor de enxofre máximo de 10 mg/kg). Essa determinação envolve, por exemplo, frotas cativas de ônibus urbanos de diversos municípios e regiões metropolitanas fixados pela ANP. Para os segmentos agrícola, de construção e industrial somente é permitida a comercialização dos óleos diesel B de uso rodoviário.

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O óleo diesel S500 (com teor de enxofre máximo de 500 mg/kg) deverá conter corante vermelho, fixou a resolução. É de responsabilidade exclusiva dos produtores e importadores a adição de corante vermelho, nesses casos. Fica proibida, no entanto, a adição de corante ao óleo diesel S10, assim como fica proibida a adição de óleo vegetal ao óleo diesel.

A resolução estabelece, ainda, que a ANP poderá, a qualquer tempo, submeter produtores, importadores e distribuidores à auditoria da qualidade, a ser executada por seu corpo técnico ou por entidades credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), sobre os procedimentos e equipamentos de medição que tenham impacto sobre a qualidade e a confiabilidade.

Em greve desde a meia noite desta segunda-feira (1°), os rodoviários bloqueiam desde o início da manhã rodovias estaduais travando o trânsito no local. De acordo com o Cabo Muniz, da Polícia Rodoviária Estadual, os grevistas interditam a PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, a PE-42, que dá acesso a Escada e a PE-28, em Gaibu.

O congestionamento já chega a BR 101, na altura do Hospital Dom Helder Câmara. A Polícia está no local para tentar negociar com a categoria. 

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Uma colisão entre dois automóveis vitimou fatalmente cinco pessoas na manhã deste domingo, no interior do Rio Grande do Sul. O acidente ocorreu no km 252 da RSC-153 em Barros Cassal, no Vale do Rio Pardo, e envolveu um Gol com placas de Barros Cassal, e um Vectra, de Canoas.

Por volta das 9h10min, o Vectra, conduzido por Fernando Toigo, invadiu a pista contrária e se chocou de frente com o outro veículo, conforme informações do Comando Rodoviário da Brigada Militar. Morreram no local o motorista do Vectra e a passageira Geise Franciele dos Santos. Viajando no Gol, Ivo Soldi Canabarro, 65 anos, sua esposa, Denoli Pinheiro Canabarro, 58 anos, e o neto David Canabarro da Mota, três anos, morreram na hora.

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Os dois sobreviventes são os passageiros do Vectra Cintia Graziela dos Santos e Emerson Elias dos Santos, filhos de Geise, que foram socorridos e encaminhados ao Hospital de Soledade com ferimentos sem gravidade.

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