A Bovespa garantiu mais uma alta e encerrou com valorização de 1,06%, aos 65.917,02 pontos - maior pontuação desde 29 de abril de 2011. Perto do fechamento dos negócios, a Bolsa registrou um pequeno rali de alta, com o índice alcançando novas máximas. Para Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo, o desempenho da Bolsa hoje se explica por uma antecipação de expectativa. "Os sinais são mais positivos. Temos a negociação na Europa (sobre a Grécia) avançando e também os recentes números internos no Brasil, que indicam um cenário mais positivo. O mercado antecipa movimento", disse.
Na mínima, o índice paulista registrou 64.800,64 pontos (-0,65%), na máxima, atingiu 65.944 pontos (+1,10%). Embora o fluxo financeiro hoje tenha ficado abaixo da média diária, a entrada de recursos externos continua forte, o que garante a valorização da Bolsa, disse o operador de uma corretora. "Contra fluxo não há argumento", disse a fonte para justificar o avanço da Bolsa.
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Internamente, a notícia de que o Itaú Unibanco pretende realizar operação para fechar o capital da Redecard, sua controlada, fez as ações serem destaque de alta e terminarem o dia com ganho de 10,49%, ajudando na performance da Bolsa. A Cielo acompanhou o movimento e subiu 4,22%. Petrobrás também contribuiu para a Bolsa fechar no azul. As ações ON subiram 2,10% e as PN, +2,98. Já a Vale terminou em direção distinta. PNA +0,11% e ON, -0,02%.
A Bolsa iniciou o dia tentando uma realização de lucros, assim como aconteceu no mercado de ações dos EUA e da Europa, mas mudou de direção após uma fonte do governo grego afirmar que as conclusões para a versão final do documento sobre o segundo pacote internacional devem sair em breve, e se manteve mais forte do que seus pares externos.
No fim da tarde, uma fonte do gabinete do premiê grego disse que a reunião prevista para hoje do primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, com os líderes dos partidos que compõem o governo de coalizão grego foi adiada para quarta-feira.