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O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (21) que o governo está propondo uma reforma da Previdência “dentro do estritamente necessário” para o país. Segundo Dyogo, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da reforma, não é “exagerada” nem “duríssima” e “protege a maior parte das pessoas”.

“Não há redução de benefício, não há aumento de contribuição, não há nenhuma penalização para quem está aposentado. Aqueles que já têm condições de se aposentar [também estão] preservados”, afirmou Oliveira, em audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados para análise da PEC. Ele disse também que o país tem uma janela de oportunidade para fazer a reforma.

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“O Brasil tem uma janela de oportunidade histórica de fazer uma reforma gradual, de fazê-lo sob controle, sem os credores batendo à porta”, disse. Segundo o ministro, essa possibilidade existe graças a ações do governo que ajudaram na recuperação da confiança na economia. Entre as medidas, Oliveira citou a aprovação da PEC do Teto de Gastos, que atrela o gasto público à inflação do ano anterior por um período de 20 anos. De acordo com ele, isso ajudou o país a ganhar tempo.

O ministro também disse que não procedem as afirmações de que o brasileiro será obrigado a trabalhar por 49 anos. De acordo com a PEC 287, esse será o tempo de contribuição necessário para ter acesso ao benefício integral. O tempo mínimo de contribuição para pleitear a aposentadoria, pela proposta do governo, é de 25 anos de contribuição, com no mínimo 65 anos de idade.

“Aos 25 [anos de contribuição] você vai se aposentar e ganhar 76% do salário de contribuição. Não é verdade que vai ter que trabalhar 49 anos. Não existe aposentadoria integral [nem mesmo no sistema atual]”, argumentou Dyogo Oliveira.

Trabalhador rural

O ministro do Planejamento também defendeu a proposta da PEC 287 para a aposentadoria rural. Atualmente, o trabalhador rural tem direito à aposentadoria contribuindo ou não para a Previdência. A reforma prevê contribuição individual e obrigatória para esse grupo.

Segundo Dyogo Oliveira, o previsto para o trabalhador rural com a reforma é um sistema semelhante ao do Microempreendedor Individual (MEI), modelo simplificado de recolhimento de impostos para pequenos prestadores de serviços e comerciantes. “[Seria] uma contribuição de R$ 50 por mês. Ao longo da vida laboral, ele teria contribuído com 16 salários mínimos”, afirmou.

Além do ministro do Planejamento, participa da audiência pública nesta terça-feira o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), Vilson Antonio Romero. A Anfip questiona a metodologia de cálculo do governo e argumenta que não existe déficit da Previdência.

O Ministério do Planejamento publicou nesta segunda-feira (20) no Diário Oficial da União portaria que estabelece normas para transferência de recursos da União por meio de convênios e contratos de repasse.

Entre as regras previstas na portaria está a vedação de celebração de convênios para execução de obras e serviços de engenharia, salvo algumas exceções, como projetos com valor inferior a R$ 250 mil e destinados à defesa nacional.

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Também está vedada a realização de convênios para pagar servidores públicos e despesas com publicidade e também utilizar, ainda que em caráter emergencial, os recursos para finalidade diversa da estabelecida no instrumento firmado.

Está prevista ainda a obrigação de que o celebrante do convênio comprove regularidade no pagamento de tributos e contribuições previdenciárias e também quanto a contribuições ao FGTS.

O novo técnico do Santa Cruz, Vinícius Eutrópio, chegou ao Recife na noite da última sexta-feira (16) e quer o quanto antes iniciar o trabalho visando a próxima temporada. Já mirando a montagem do elenco que foi praticamente desfeito após o término da Série A, o novo comandante coral afirma que espera ter já na reapresentação da equipe, em janeiro, boa parte dos novos atletas trabalhando. Para isso, o treinador garante: “Se tivermos que atravessar Natal e Ano-Novo trabalhando, a gente vai fazer”.

Com reuniões marcadas com a direção coral, ele destaca o desafio que terá à frente do clube e relembra que já viveu situações semelhantes em outras equipes. “É um grande desafio, isso me motivou a vir para cá. Já tive experiências assim em outras equipes e tive êxitos junto com colaboradores e amigos. Estou chegando hoje e não temos hora para voltar porque no primeiro dia do trabalho, em janeiro, temos que ter 80% do elenco montado, com todo grupo já sabendo o que queremos para que possamos afinar o discurso e otimizar nosso tempo”, declarou Vinícius em rápida coletiva no Aeroporto Internacional dos Guararapes.

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Tendo a missão de resgatar a autoestima do Santa Cruz após um segundo semestre desastroso para o clube, o treinador espera contar com o apoio dos torcedores para a retomada dos bons momentos do time em campo. “A gente conta muito com a torcida. O clube já teve momentos difíceis e quem ajudou foi a torcida. Por isso, nessa retomada, é fundamental estarmos em conjunto diretoria, comissão técnica e torcida. Tenho certeza que 2017 vai ser o ano para o Santa Cruz voltar a se encontrar no ponto em que começou 2016”, concluiu.

Confira a entrevista do novo técnico do tricolor para a TV Coral, onde comenta sobre os planos para a próxima temporada no Santa Cruz:

Eleito com 2509 votos contra 1554 de Wanderson Lacerda, o novo presidente do Sport, Arnaldo Barros, se mostrou bastante empolgado com a responsabilidade que terá no biênio 2017/2018. Exaltando agora a união que o clube precisará ter após o período eleitoral, o mandatário rubro-negro destacou que neste início de trabalho o foco prioritário estará na composição da diretoria de futebol para pensar a próxima temporada dentro das quatro linhas.

Logo após o seu discurso da vitória, Arnaldo fez questão de ressaltar que sua chapa já tem um planejamento inicial para o futebol, mas colocará em prática somente após a formação da nova diretoria, além disso, fora de campo, os planos do Leão também estão bem traçados. “Já temos uma estrutura, um planejamento preparado, aliás, o planejamento estratégico do Sport sem ser o futebol já está preparado até 2020. Agora o planejamento do futebol também está pronto, sabemos o que precisamos, quem achamos que fica, quem achamos que não deve ficar, nossas carências. Agora temos que submeter isso ao grupo que vai ser escolhido para gerir o futebol”, declarou o novo presidente do Sport.

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Na composição dessa diretoria, o mandatário leonino já traça um perfil do que espera nos próximos dois anos em que estará à frente do clube. “O nosso perfil será de vitórias maiúsculas, regionais e nacionais. E vamos também para cima de clubes internacionais, na Sul-Americana”, pontuou.

Arnaldo ainda não estabelece um prazo para que essas definições sejam tomadas, mas espera não perder muito tempo e quer que as reuniões entre os integrantes da chapa ocorram o mais brevemente possível. “Primeiro preciso primeiro assimilar essa honra que estou recebendo, e logo em seguida vamos pensar em trabalhar. Espero me reunir o quanto antes com as forças que nos apoiaram para essa condição de presidente do Sport para que possamos definir o que é melhor para o Sport e quem vai comandar o futebol. Isso e o que urge fazermos o quanto antes. Após, vamos gradativamente dando sequência ao planejamento que já existia, mas que em respeito a eleição tínhamos suspendido”, finalizou o presidente que irá tomar posse oficialmente no dia 2 de janeiro.

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Após a saída de Sandro Barbosa, no início de 2015, a direção do Santa Cruz ficou com uma lacuna na vaga de executivo de futebol. A princípio, um problema que não preocupou o clube, já que conquistou o acesso para a primeira divisão no mesmo ano. Porém, após os erros cometidos nesta temporada que resultaram no rebaixamento da Série A e a sobrecarga exercida em alguns profissionais que têm compromissos dentro e fora do tricolor, a figura de um diretor que trabalhe exclusivamente para o clube passou a ser cobrada pela torcida, e em 2017 o cargo deverá ser preenchido novamente.

Segundo o coordenador de futebol do Santa Cruz, Ataíde Macedo, a direção já tem conversado com alguns nomes para a próxima temporada, mas ressalta que o profissional a ser contratado precisa conhecer bem o clube previamente. “Existe essa possibilidade de trazer um executivo de futebol sim, e isso requer atenção, porque você não pode trazer uma pessoa que não conheça a instituição, o processo que é desenvolvido no Santa Cruz. A contratação dele passa por entrevistas, por conversas, não é da noite para o dia que vamos trazer. Requer um cuidado. As tratativas estão adiantadas neste sentido”, declarou o dirigente.

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Além do executivo de futebol, a direção coral tem trabalhado na procura por um novo técnico. Sem dar prioridade em quem trazer primeiro, alguns treinadores já estão em conversas com o clube também. “Vários nomes de treinadores estão sendo especulados, mas tem nomes que a direção já tem conversado para definir o perfil do nosso comandante. É uma decisão que requer cuidado grande, tem que ser um treinador que se adeque às diretrizes do clube”, traçou Ataíde.

Em relação aos atletas, a direção trabalha com mais cautela. Ainda com salários atrasados contratações e renovações estão sem um encaminhamento definido. Contudo, Ataíde ressalta que durante o decorrer das competições alguns nomes de atletas já foram analisados e podem surgir como reforços do clube. “Estamos em negociações e tanto pode o atleta permanecer como pode o atleta sair, já que existe o impasse em relação ao meses que estão em aberto. Essas negociações demandam certo tempo, os jogadores retornaram as cidades de origem para suas férias e estão aguardando a definição da direção. Também estamos monitorando alguns jogadores. Já temos nomes monitorados dentro de competições desde o momento que estávamos rebaixados”, revelou. “Tudo esta sendo tratado com cautela. Nomes chegam toda hora, se nós erramos nesse ano, e sabemos que erramos, então temos que procurar minimizar esse erros no próximo ano”, complementou.

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Sem a vaga para a Libertadores, o Corinthians inicia a temporada 2017 com os pés no chão e com um planejamento mais tímido do que teria se voltasse a disputar a competição continental. Quem pode ganhar espaço com isso são atletas que estavam emprestados e deverão ser aproveitados pelo técnico Oswaldo de Oliveira. São os casos do lateral-esquerdo Moisés e do volante Maycon.

A ausência na competição continental fará com o que clube deixe de arrecadar pelo menos R$ 7 milhões de premiação, além de quase R$ 3 milhões de renda bruta em jogos no Itaquerão. O valor ajudaria a equilibrar as finanças do clube, que fechará o ano no azul graças ao recebimento de luvas pagas pela Rede Globo por ter renovado o contrato para a transmissão dos jogos a partir de 2019.

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O clube deve fechar o ano com R$ 70 milhões de renda. Número muito bom, mas pequeno se comparado ao fato de o Corinthians ter encerrado as últimas duas temporadas com R$ 97 milhões negativos. Esse déficit ajuda a explicar a falta de grandes investimentos.

Em relação aos reforços, a falta da vaga para a competição continental deve dificultar a chegada de grandes nomes. O meia Wagner, que era dado como certo, pode ter a transferência cancelada. Ele ainda não acertou a rescisão contratual com o Tianjin Teda, da China.

No domingo, após o jogo com o Cruzeiro, Oswaldo pediu a contratação de jogadores experientes, algo que a diretoria já havia detectado como necessário. Enquanto os dirigentes correm atrás de nomes que se encaixam como ideais, alguns garotos já têm futuro definido.

NOVA CHANCE - Um dos destaques da Ponte Preta na temporada, o volante Maycon voltará ao clube cheio de moral e até com possibilidades de brigar por uma vaga entre os titulares. O jogador, chamado de "novo Elias" pelo técnico Tite, foi emprestado para ganhar experiência e parece ter aproveitado o tempo fora do clube.

Moisés foi um dos destaques da campanha do Bahia, que ascendeu para a Série A do Brasileiro. O lateral, que antes tinha sido emprestado para o Bragantino e tem contrato até dezembro do ano que vem, deve finalmente ter chances na equipe.

O colombiano Stiven Mendoza também estava nos planos de Oswaldo, mas a diretoria já o avisou que o atacante será negociado. Atualmente, ele está no New York City FC, dos Estados Unidos. Outros que também retornam de empréstimo e não deverão ser aproveitados são Gustavo Viera, Rodrigo Sam, Rafael Castro, Claudinho e Léo Artur.

Justamente por não fazer grandes investimentos, os dirigentes tentarão segurar os principais jogadores. O meia Rodriguinho tem sido alvo de clubes do exterior e, por enquanto, deve ficar, já que não apareceu nenhuma proposta tentadora.

Nos bastidores, os dirigentes acreditam que não exista o risco de ocorrer um novo desmanche, pois a equipe não demonstrou talentos individuais.

A saída mais provável está no gol. Dono do salário mais alto do elenco e cobiçado por outros clubes dentro e fora do Brasil, o goleiro Cássio pode ser negociado depois de ter se tornado reserva de Walter. O próprio titular, no entanto, foi sondado por clubes europeus e não tem presença certa para 2017.

Mais do que dentro de campo, o atacante Grafite tem tido participação fora dele no Santa Cruz. O camisa 23, que tem contrato com o tricolor até o final de 2017, já começa a projetar o futuro na carreira. Já tendo declarado anteriormente que pretende assumir funções administrativas após encerrar a carreira nos gramados, ele tem participado de reuniões com o presidente Alírio Morais visando o planejamento do clube para a próxima temporada e acredita que essa transição deva se intensificar a partir do ano que vem.

Desde que chegou ao tricolor, em 2015, Grafite revela já ter participação nos bastidores corais, algo que já tem o ajudado na fase de transição para uma nova função. “Esse ano e ano passado foram assim, não tenho só o papel dentro de campo, tenho também papel dentro do clube, sei o que acontece aqui, claro que não de tudo, mas sempre perguntam minha opinião e já estou nessa fase de transição”, comentou o atleta coral.

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No entanto, mesmo já mirando o futuro, ele ainda espera continuar rendendo bem em campo e até desconversa sobre a aposentadoria no final do próximo ano. “Espero em 2017 fazer um bom ano como esse dentro de campo, onde tive números muito bons, e em 2018 ainda não sei como vai ser. Até porque ano que vem acaba o mandado de Alírio, talvez eu chegue no ano que vem como o Zé Roberto, querendo estender mais, até porque gosto de jogar. Mas, sim, a tendência é que já esteja nessa transição”, ressaltou.

Grafite, inclusive, diz ter se reunido com o atual presidente coral no início desta semana para conversar sobre pautas referentes ao próximo ano, como a renovação de atletas e sua própria continuidade no Santa Cruz. “Tive um encontro com Alírio na segunda-feira e conversamos sobre planejamento, sobre esse ano, onde tivemos acertos e erros, e ele não tem ainda essa definição para o ano que vem dos jogadores que permanecem. O clube tem interesse que eu permaneça e eu falei que tenho interesse de ficar, mas sabemos das dificuldades financeiras. Vamos ficar na expectativa de quando terminar o jogo da última rodada da Série A possamos definir o futuro”, concluiu mirando o jogo restante no dia 11 de dezembro contra o São Paulo.

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O Ministério do Planejamento autorizou nesta quarta-feira, 23, a contratação de 70 pessoas aprovadas em concurso do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), dos quais 40 são tecnologistas e 30 são pesquisadores em propriedade industrial. A contratação ocorrerá a partir de dezembro de 2016, "mediante a utilização do saldo remanescente das autorizações para provimento de cargos, empregos e funções" autorizado ao órgão.

As contratações são condicionadas à existência das vagas na data da nomeação é à adequação orçamentária e financeira das novas despesas decorrentes do ato.

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A recomposição dos quadros do INPI é uma das prioridades do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. Ele vinha negociando com o Planejamento a autorização para essas contratações.

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no ano passado mostrou que, com a estrutura deficiente do Instituto, a tramitação dos pedidos de patentes consome até 11 anos. No mês passado, foi assinado um acordo entre o INPI e o Escritório Europeu de Patentes (EPO) para acelerar a tramitação de pedidos de brasileiro lá e de europeus aqui. Já há programas pilotos em moldes semelhantes operando com o Japão e os Estados Unidos.

A autorização está publicada em portaria no Diário Oficial da União (DOU).

Com a volta do Santa Cruz para Série B concretizada, o técnico Adriano Teixeira aponta que é hora do time tricolor começar a traçar os planos para 2017. Com salários atrasados do elenco e de funcionários, a saída iminente de alguns atletas como Keno e João Paulo, e ainda sem um treinador efetivo, o interino reforça que a hora é de ‘organizar a casa’ para a próxima temporada. Enquanto isso, a equipe tentará, em campo, fazer boas partidas nas últimas rodadas da Série A. 

“O Santa Cruz já pode pensar em 2017, começar um planejamento. Ainda temos três jogos pela frente e temos que seguir uma linha de trabalho. Vamos honrar o clube. Os jogadores estão decepcionados pela nossa situação, mas é preciso honrar a camisa”, declarou o técnico, que ainda comandará o tricolor diante de Atlético-MG e Grêmio, no Arruda, e São Paulo, fora de casa.

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Depois de um primeiro semestre vitorioso e um segundo semestre para ser esquecido, Adriano evitou colocar a culpa em um único fator que levou o time à queda, mas acredita que tropeços sofridos durante a competição e a maior qualidade técnica dos adversários foram essenciais para decretar o rebaixamento com antecipação do clube pernambucano. “É difícil dizer em qual momento o Santa Cruz caiu. Fizemos um primeiro semestre muito bom e fomos campeões do Pernambucano e da Copa do Nordeste, mas o Brasileiro é totalmente diferente. É um campeonato duro e longo. Não se pode bobear, senão fica difícil recuperar. Tivemos erros, mas esse não é o momento de expor. Agora é unir a casa e buscar organizar. Trabalhar nesses três últimos jogos e pensar em 2017”, reforçou sobre o início de um novo planejamento.

Já pensando na próxima temporada, Adriano analisa a qualidade que o grupo tem e que pôde ser vista diante do Coritiba, onde creditou a derrota a uma falta de sorte. “A gente sabe que o momento é delicado e difícil, mas muitas coisas servem de lição. Temos um grupo e uma equipe muito boa, isso foi demonstrado no jogo de hoje. Infelizmente, o resultado não condiz com o que foi a partida. O Santa se comportou muito bem dentro de campo e tivemos várias oportunidades. A bola não entrou. O Coritiba também chegou algumas vezes e fez o gol”, finalizou citando a partida contra os paranaenses que decretou o rebaixamento coral.

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Assumindo a missão de comandar o Santa Cruz nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, o técnico interino Adriano Teixeira recebe a responsabilidade sem colocar como objetivo a permanência na função para a próxima temporada. Mirando apenas terminar a Série A de uma forma digna, ele reconhece que seu trabalho terá efeitos na temporada de 2017, mas evitar colocar como desejo a permanência como treinador coral.

Auxiliar permanente do clube, Adriano se coloca a disposição caso o clube precise, mas sabe que não é possível fazer projeções a longo prazo no futebol se os resultados não vierem. “É um desafio grande, sou funcionário do clube e estarei aqui para o que der e vier. Vou me empenhar e dedicar ao máximo para poder fazer um bom trabalho. Temos uma cobrança grande e buscamos fazer o melhor”, destacou. “Vamos esperar o decorrer desses jogos não podemos fazer previsão dentro do futebol, a gente sabe que tem técnico que planeja uma, duas temporadas e não fica nem três meses no clube. Vou no jogo a jogo, treino a treino, e esperar o que vai ser definido”, complementou se traçar grande objetivos.

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No entanto, o interino comenta que seu trabalho irá ter ligação direta com o ano que vem quanto ao aproveitamento de atletas e já nessas últimas rodadas deve auxiliar a diretoria quanto a quem deve ficar no clube ou não no clube e, inclusive, indica um possível aproveitamento de jovens da base. “A gente pensa no geral em reformulação do elenco e acabar a competição dignamente. Não podemos ser atropelados como estamos sendo. Me deram carta branca para eu fazer o que fosse necessário. Temos uma base forte, que foi vice campeã, estamos olhando o que tem de bom e podemos trazer para o profissional. Isso tudo está sendo conversado”, revelou.

Apesar de procurar promover algumas novidades, Adriano Teixeira garante que na base titular pouco será modificado, pela falta de opções e para não atrapalhar o entrosamento que já existe no time. “Pensamos em desenhar a equipe dentro do que a gente imagina e do que a gente quer, exceto que situações estão acontecendo e temos que esperar até o último momento para definir, mas não vamos fugir do padrão. Não temos tantas peças para fazer as modificações que a gente queira. É trabalhar e focar, não tem o que inventar”, concluiu.

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Depois da 20ª derrota do Santa Cruz na Série A, o técnico Doriva abandonou de vez o discurso otimista que vinha tendo de acreditar numa possível reabilitação do time. O comandante coral reconheceu a dificuldade do clube em permanecer na primeira divisão, já que precisa de sete vitória nos últimos sete jogos restantes da competição. Segundo ele, chegou a hora do clube começar a planejar a próxima temporada. Mas, apesar disso, não garante o desejo de continuidade no clube. 

“O meu contrato é até dezembro, minha ideia era fazer um segundo turno de recuperação, mas isso não aconteceu. Temos que sentar e conversar com a diretoria com a cabeça mais fria. Não é o melhor momento de falar renovação depois de mais uma derrota”, lamentou o técnico que já possui 13 jogos no comando coral somando duas vitórias, um empate e 10 derrotas.

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Com esse aproveitamento, Doriva sabe que não deve conquistar as sete vitórias necessárias para uma continuidade na primeira divisão, por isso ressalta que agora é hora do clube iniciar um novo planejamento. “É uma situação praticamente irreversível, a não ser que a gente ganhe sete jogos. Sabemos que não é fácil ganhar sete jogos no brasileiro, nós só ganhamos seis até agora. Então a gente tem que ser realista. Lamentamos pelo torcedor, o sonho de permanecer estava vivo, mas os resultados não vieram e a gente lamenta, mas já olha para frente”, declarou.

Ainda precisando motivar o time para os próximos jogos, na tentativa de melhorar um pouco a situação em que o clube se encontra, o treinador diz que o pensamento para próxima temporada também deve motivar os atletas, seja para irem para outros clubes ou renovarem com o Santa Cruz. “É difícil jogar nessa situação, mas eles tem que entender que o brasileiro em si é uma grande vitrine, então não dá para jogar a toalha. Temos que continuar focados porque individualmente muita gente vai se interessar nos nossos jogadores e até mesmo o clube fazer propostas de renovação. O atleta tem que pensar sempre no futuro e se doar a cada jogo”, concluiu.

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Imagine uma linha de metrô ligando a capital de São Paulo à cidade de Bauru, no centro-oeste paulista. Agora, imagine esses 284 quilômetros de trilhos com trens de alta capacidade distribuídos em uma gigantesca rede conectando todas as regiões da Grande São Paulo. Imaginou? O governo de São Paulo também.

Em julho de 2000, o então governador Mário Covas (PSDB) lançou o primeiro Plano Integrado de Transportes Urbanos (Pitu) que previa investir cerca de R$ 30 bilhões para construir 173,4 km de metrô e outros 52,2 km monotrilho até 2020, quando a rede de São Paulo chegaria aos 284 km de extensão, o que seria hoje a oitava maior do mundo - é a 35ª.

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Passados 16 anos, muitos projetos foram para a gaveta, como o da Linha 8-Rosa (Raposo Tavares-Vila Guilherme) e o da Linha 23-Preta (Pari-São Miguel). Outros mudaram de cor, como a Linha 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes). E os que começaram acumulam atrasos e ainda não foram concluídos completamente.

O saldo é que São Paulo tem uma rede de 78,4 km - que em linha reta levaria apenas até Itu -, e com previsão de chegar em 2020 com 109,1 km, ou seja, só 38% do previsto no Pitu de Covas. À época, São Paulo tinha 49,2 km em três linhas de metrô: 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. As linhas 5-Lilás e 4-Amarela foram inauguradas parcialmente em 2002 e 2010, respectivamente, e um pequeno trecho de 2,3 km da Linha 15 em 2014.

Para os próximos quatro anos, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu mais 31,6 km de metrô, com a entrega parcial da Linha 17-Ouro (Congonhas-Morumbi) e as extensões da Linha 4 até Vila Sônia, da Linha 5 até Chácara Klabin e da Linha 15 até São Mateus, na zona leste.

O então secretário de Transportes Metropolitanos do governo Covas, Cláudio de Senna Frederico, ressaltou à época que, para que as obras fossem concluídas dentro do prazo, o Pitu precisaria ser adotado por todas as prefeituras da Grande São Paulo e pelo governo federal, o que não ocorreu.

Além do metrô, o plano previa também a ampliação da rede da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a construção do Rodoanel e a criação do pedágio urbano, entre outros projetos.

Já em 2005, no governo Alckmin, o Pitu ganhou uma versão mais enxuta, com planejamento para 2025. É com este plano que o Metrô trabalha hoje. Nele, a previsão de expansão da rede metroviária é de 110 km em 20 anos, ou seja, sobre a rede existente em 2005, que tinha 57,6 km de extensão.

Previsão. Segundo a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, estão previstos mais 46,9 km até 2021, com a conclusão da Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim), paralisadas nesta semana pela concessionária responsável pelas obras. "Somando o que já foi feito com o que está em andamento e previsto para ser a entregue antes de 2025, serão totalizados 67,7 km de novas linhas dos 110 km previstos (61,5%), com a possibilidade de novas obras serem iniciadas e concluídas nestes próximos 10 anos", afirma.

Ainda de acordo com a pasta, o governo Covas já havia afirmado há 16 anos que o Pitu 2020 não era um "plano acabado" e que continha "premissas e informações finitas, conhecidas em determinado tempo, com determinados recursos". Segundo o governo, "o planejamento da expansão de um sistema de alto investimento como o metrô está sujeito à disponibilidade orçamentária de cada ano fiscal que varia conforme a realidade econômica do país". Em todo esse período, foram investidos R$ 23,5 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta quinta-feira (28) o presidente em exercício Michel Temer chamou o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, para uma conversa, no Palácio do Planalto. Explicou a ele que o governo, de fato, está estudando a possibilidade de transferir a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), hoje sob seu comando, para o Ministério da Fazenda, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. Na conversa, Temer disse que o objetivo não é esvaziar a pasta, mas promover uma mudança no acompanhamento da execução do Orçamento porque não está satisfeito com o modelo vigente.

Essa mudança, só ocorreria depois do envio do Orçamento ao Congresso, que, por lei, tem de ser feito até 31 de agosto. Coincidentemente, a alteração na estrutura viria logo após a votação no Senado do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

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O presidente em exercício sabe das críticas à concentração de novas áreas cruciais no Ministério da Fazenda, principalmente pelo poder que isso deixaria nas mãos do titular, Henrique Meirelles. Mas o presidente considera importante, neste momento, reorganizar essa área cujo formato não considera bom, como uma maneira de melhorar o controle dos gastos.

A mudança, de acordo com interlocutores de Temer, ajudará o governo federal, por exemplo, a enfrentar as pressões corporativas, como a da Receita Federal. No Planalto, há uma desconfiança em relação aos dados repassados pela Receita. Com a transferência do Orçamento para a Fazenda, esse controle poderia ser ampliado.

Temer já pensou até, quando discutiu a reestruturação dos ministérios, juntar o Planejamento à Fazenda. Mas houve pressões, principalmente da área política e Temer preferiu fazer mudanças pontuais e começar a estudar outras, como de transferir a Secretaria do Orçamento do Planejamento para a Fazenda. Consultado, Dyogo preferiu não comentar.

Remanescente da equipe da presidente afastada Dilma Rousseff, e tendo atuado durante muitos anos como o braço direito do ex-ministro Nelson Barbosa, Dyogo nunca foi visto como um membro pleno da equipe econômica de Temer.

Ele sobreviveu à saída da equipe de Dilma pelas mãos do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que o escolheu para ser seu número dois, mas ficou poucos dias no cargo.

Mesmo fora do Planejamento, Jucá continuou influenciando as decisões de governo e teve em Dyogo um aliado em embates nos bastidores contra Meirelles. A dupla defende medidas de corte desenvolvimentista.

Caso a mudança da Secretaria de Orçamento se concretize, será selada uma perda de espaço para o senador peemedebista. Meirelles, por sua vez, será fortalecido num momento em que sua política fiscal começa a ser criticada por especialistas. A secretária de Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, é cotada para chefiar a SOF sob a Fazenda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério do Planejamento informou nesta sexta-feira, 22, que eliminou mais 101 cargos e funções comissionadas da pasta. Com isso, um total de 309 cargos e funções já foi extinto da estrutura do Ministério desde novembro do ano passado, quando foram cortados 208 cargos comissionados. A decisão está formalizada em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Em nota, o Planejamento afirma ser o primeiro ministério "a contribuir para a meta de redução de 4.307 funções e cargos comissionados, anunciada no início de junho pelo governo federal". "O gestor público deve buscar incessantemente a eficiência. Com a reforma administrativa, haverá racionalização de estruturas, mas será garantida a qualidade da prestação dos serviços públicos", afirmou o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, na nota.

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O Planejamento explica que o decreto também trouxe mudanças na estrutura do órgão. A Assessoria Econômica (Assec) da pasta teve parte de suas atribuições remanejadas para a recém-criada Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (Seplan), que também agregou competências da extinta Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos (SPI). A Secretaria do Programa de Aceleração do Crescimento (Sepac) foi extinta, com suas funções atribuídas à nova Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura (SDI). Além disso, foi criada a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).

Ainda foi publicado hoje decreto que permite aos dirigentes máximos dos órgãos e autarquias fazer permuta entre DAS e FCPE dentro de suas próprias unidades. Segundo o Planejamento, "a medida flexibiliza a alocação das FCPE, evitando o engessamento desnecessário nas estruturas organizacionais". Essas funções terão os mesmos níveis dos extintos cargos DAS e só poderão ser ocupadas por servidores públicos efetivos com vínculo permanente.

O presidente em exercício Michel Temer se reúne, na tarde desta segunda-feira (18), com a equipe econômica do governo. Devem participar da reunião, agendada para às 14h30, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, além de membros das pastas do Desenvolvimento e da Casa Civil. 

O núcleo de economia deve tratar, entre outros assuntos, do pacote de estímulo ao crescimento do país que está previsto para ser lançado por Temer em agosto. Nesta semana, a expectativa é de que o ministro do Planejamento entregue uma lista com 20 medidas, entre elas a ampliação dos prazos das concessões públicas para atrair investidores externos.

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O encontro faz parte da serei de “despachos internos” previstos na agenda de Temer para hoje. No mês passado, o presidente em exercício dividiu a gestão federal em núcleos, além do econômico, também existe o de infraestrutura, social e institucional. "Como são cinco, seis ministros, é mais fácil discutir e trocar ideias do que se você reunir os 23 ministros ao mesmo tempo. E tem dado um resultado extraordinário", comentou recentemente o peemedebista sobre a divisão. 

*Com a Agência Estado

O ex-ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu nesta quarta-feira, 5, o reajuste dos servidores federais já aprovados pela Câmara dos Deputados. Segundo ele, se todas as despesas da União aumentassem em um ritmo dentro da meta de inflação - como é a proposta de reajuste -, o problema fiscal do governo seria resolvido mais rapidamente.

"Aumentar em 5% os salários dos servidores ao ano é um bom negócio", afirmou, em audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. "Se depender de mim, vamos aprovar esses aumentos, que estão dentro do limitador de despesas que propomos para os próximos anos", afirmou.

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Jucá chegou a bater boca com o senador Armando Monteiro (PTB-PE), ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) até o afastamento de Dilma Rousseff, que questionou o fato de o governo do presidente em exercício, Michel Temer, estar apoiando medidas de aumento de gastos públicos, apesar do discurso de austeridade. "Temos apenas 45 dias de governo Michel Temer. O governo atual não vai fazer receita (do ex-ministro da Fazenda) Joaquim Levy. Não vamos jogar para o mercado e fazer superávit de ocasião, queremos uma ação sustentável", completou.

Após críticas à política econômica do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, Jucá foi confrontado pelos senadores petistas por ter feito parte da base governista na ocasião. O senador peemedebista respondeu chamando a bancada do PT na Casa de "Walking Dead". "Parecem a caminhada dos mortos", afirmou.

Em linha com o encaminhamento dado pelo líder da minoria, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a senadora Gleisi Roffmann (PT-PR) afirmou que irá votar favoravelmente ao aumento do salário do funcionalismo, mas ressaltou que não concorda com um aumento dos rendimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. "Temos que proteger os que ganham menos porque os que ganham mais seguram as pontas", disse.

Em audiência pública conjunta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para ouvir o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a senadora aproveitou sua fala para afirmar é necessário realizar uma discussão sobre um limite de despesa financeira. "A culpa da crise financeira é de gente que especula no mercado e depois vem com discurso barato para cortar benefício social para pagar conta de juros", disse.

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No mesmo bloco de perguntas, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) afirmou que a discussão de reajuste é, neste momento, "inadequada e inapropriada". "Não estou discutindo mérito, merecimento e defasagem. Mas será que temos como olhar para desempregados e empresas que fecham e dizer que vamos dar esse aumento neste momento?", questionou ao ministro do Planejamento.

A senadora, que é ex-ministra da Agricultura da na gestão Dilma Rousseff, acusou Oliveira de ter dado parecer para as pedaladas fiscais que são o centro do processo de impeachment da presidente afastada. "Qual o preço desse silêncio para não defender a honra de um ministro com quem o senhor trabalhou?", questionou.

O governo aposta que o teto dos gastos públicos, previsto para vigorar a partir de 2017, vai forçar o Congresso a aprovar reformas e abrir espaço no orçamento para bancar investimentos e programas sociais prioritários. Com o limite aprovado, ficará mais difícil acomodar as despesas, já que não há como deixar de pagar as obrigatórias.

Na prática, a trava no crescimento das despesas tendo como limite a inflação do ano anterior vai significar um arrocho nos gastos que não são obrigatórios - o governo não pode deixar de pagar aposentadorias, pensões e benefícios assistenciais, além da folha de pagamento dos servidores públicos. Essas despesas, que continuarão com dinâmica própria, vão continuar pressionando o orçamento, o que vai fazer com que o teto comprima os outros itens.

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"O caminho é perseguir as reformas estruturais para que não haja essa compressão dos outros gastos", disse à reportagem o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Ele cita, como exemplo, o endurecimento nas regras para a aposentadoria.

O tema está em discussão num grupo formado por representantes do governo, dos trabalhadores e dos patrões, mas que enfrenta forte resistência das centrais sindicais e dos parlamentares. O governo passou a estimar que a reforma da Previdência será enviada em julho. O prazo era no fim deste mês.

"É a maneira que vamos trabalhar. Temos senso de urgência em relação a essas reformas, mas não adianta atropelar", afirmou o ministro. Com o envelhecimento muito rápido da população, a fixação de uma idade mínima para aposentadoria se torna necessária como medida para que as despesas sejam acomodadas no teto, que é de 20 anos. Hoje, as despesas com a Previdência respondem por 32% dos gastos.

Ao contrário de estudos feitos por alguns economistas, Dyogo disse que a PEC atinge quase a totalidade das despesas públicas. Ele calculou que as exceções de despesas que não serão atingidas pelo teto não passam de R$ 20 bilhões por ano, valor bastante inferior ao total das despesas, que gira em torno de R$ 1,4 trilhão.

Por isso, considerou a equivocadas estimativas feitas por analistas que incluíram os repasses constitucionais a Estados e municípios e as complementações do fundo de educação básica (Fundeb) como despesas da União, em vez de compartilhamento de receitas.

O teto, porém, tem como enfoque somente o lado das despesas e por isso, sozinho, não será suficiente para garantir resultado fiscal positivo em 2017, disse o ministro. "O que estamos vendo é que o lado das receitas tem tido um desempenho muito abaixo das expectativas", afirmou. Segundo ele, o nível de frustração de receitas é de quase dois pontos porcentuais do PIB por ano. Já as despesas subiram 6% acima da inflação entre 1997 e 2015.

Embora muitos economistas apontem que a volta de um resultado positivo para as contas públicas vai demorar, o Ministério da Fazenda avalia que o superávit pode vir antes do que o mercado espera se as concessões e privatizações forem bem sucedidas.

A equipe econômica considera que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contém três incentivos de responsabilidade fiscal, que devem mudar a cultura de elaboração do orçamento e execução das despesas. Os parlamentares não poderão mais inflar as previsões de receitas para acomodar novas despesas. Foi com essa prática que o orçamento de 2016 foi aprovado, no ano passado, depois de passar por uma maquiagem que transformou um déficit de R$ 30,5 bilhões num superávit de R$ 24 bilhões.

Orçamento

"O que se espera é que a estimativa aprovada no Orçamento seja a mesma que foi enviada pelo governo ao Congresso", disse uma fonte do Ministério da Fazenda. "Pela primeira vez, teremos uma discussão de orçamento sério", completou. Os chamados restos a pagar- despesas não pagas transferidas de um ano para outro - terão um novo regime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem garantias de que poderá fazer a gestão completa do novo Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, para além dos próximos 12 meses, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) não escondeu a frustração na cerimônia que marcou o início das atividades do espaço. Andrew Parsons reclamou que até a parceria com o governo do Estado estava ameaçada com alterações que ele não esperava no decreto que regula a atuação do CPB no centro.

"A gente veio aqui para um momento de celebração e de início de trabalho. Mas a gente sai daqui com muita dúvida sobre o nosso papel na gestão do centro de treinamento e nosso relacionamento com o governo do Estado de São Paulo", afirmou Parsons, visivelmente abalado. Ele não quis se alongar na resposta e evitou fazer mais comentários sobre o assunto.

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O evento contou com a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Leonardo Picciani, o novo ministro do Esporte. Apesar de muitos atletas e medalhistas paralímpicos estarem presentes, Parsons não foi convidado a falar no microfone para os presentes e o nome do CPB não apareceu nas comunicações oficiais do governo. Isso já causou uma estranheza inicial para a entidade, mas a ducha de água fria foi quando descobriu que o texto a ser publicado nesta terça-feira no Diário Oficial será diferente do discutido no processo de construção do espaço.

Pouco antes da cerimônia, Parsons deu entrevista falando sobre a importância daquele centro de treinamento de alto rendimento e de como o CPB pretendia investir para manter o local funcionando. Mas, logo que subiu ao palco, mudou a fisionomia e lamentou a mudança de rota. A ideia inicial era que o trabalho pudesse ser realizado lá a longo prazo. A entidade construiria academia e laboratório, por exemplo, mas agora já não sabe como será em 2017.

A secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, afirmou que não percebeu qualquer constrangimento entre CPB e governo do Estado e minimizou o ocorrido. Ela informou que será preciso esperar a publicação do decreto, mas que ele contará com o termo de "permissão de uso" para o CPB.

"O decreto diz que nos próximos 12 meses o CPB tem uma permissão de uso do Centro. A linguagem oficial é diferente, não usa expressões como 'gerir'. Mas eles (CPB) estarão aqui dentro tomando conta das instalações. Os empréstimos precisam ser pontuais, têm de ter data para começar e acabar, depois vamos fazer uma parceria com um outro formato, com outra dimensão legal que certamente vai privilegiar a presença do CPB aqui por muito mais tempo", completou.

A secretária revelou que após a Paralimpíada será feito um chamamento público para que surjam propostas para o CT e espera que o CPB participe. "O governo tem que trabalhar com transparência", frisou. Linamara explica que o Centro de Treinamento está dentro do Parque Fontes do Ipiranga e que o Estado não pode abrir mão da responsabilidade que tem. "O CPB vai se encarregar de todas as atividades relacionadas a treinamentos, isso significa também áreas como fisioterapia e condicionamento físico. Essas ações estão dentro do termo de cooperação e serão responsabilidades deles."

Inicialmente, o CPB se mostrou disposto a bancar os R$ 30 milhões anuais para a gestão do espaço em recursos advindos da Lei Piva. A entidade tem receita estimada em R$ 130 milhões. Porém, com o imbróglio sobre quem vai gerir de fato o espaço, a entidade está com dúvidas se vai fazer todos os investimentos necessários com equipamentos porque não sabe quem tomará conta do espaço, que abrigará 15 modalidades paralímpicas, no futuro.

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse nesta segunda, 16, que a proposta de meta fiscal do governo para este ano não está fechada em razão de questões ainda não definidas pelo governo. As principais dúvidas são o impacto da renegociação da dívida dos Estados com a União e o possível prejuízo decorrente de uma eventual deslistagem da Eletrobras na Bolsa de Nova York.

Ainda assim, o ministro disse que o governo quer levar a proposta à votação pelo Legislativo até domingo, dia, data-limite para que o governo não precise fazer um novo contingenciamento. "Acredito que é possível votar ainda nesta semana", afirmou. Segundo ele, a proposta pode ir à votação direto para o plenário. Basta uma convocação do Congresso Nacional pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Ainda estamos conversando e vamos fazer reuniões para fechar a meta", afirmou.

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Segundo Jucá, ainda é preciso definir a proposta que a União fará aos Estados para resolver a questão da dívida, que foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) após alguns governos estaduais conseguirem liminares para pagar juros simples, em vez de juros compostos. No dia 27 de abril, o STF deu 60 dias para que as partes entrem em acordo. "Essa também é uma das incógnitas", afirmou.

Apesar da preocupação fiscal, Jucá disse que a primeira opção do governo não deve ser o aumento de impostos. Embora o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenha sinalizado a possibilidade de manter a proposta de recriar a CPMF, Jucá disse que a União deve focar no corte de despesas. "Se pudermos, vamos cortar mais de quatro mil cargos comissionados. Esse é o piso. Essa meta não nos contenta", disse.

A despeito da demora em anunciar medidas concretas, Jucá disse que as metas e ações a serem anunciadas devem ser definitivas. Por isso, não podem ser feitas com muita pressa. "A população precisa acreditar no que o governo anuncia. Aquilo que o governo falar tem que acontecer. Tem que ser a verdade", afirmou. "É preciso ajustar as contas, diminuir despesas, atrair investimentos e reanimar a economia. Isso traz confiança e segurança jurídica."

Nesse mesmo sentido, o ministro disse que ainda não há uma proposta para a reforma da Previdência, cuja intenção já tem sido combatida no Congresso por parlamentares como Paulinho da Força (Solidariedade-SP), até então visto como aliado do novo governo. "Temos que discutir diversas ações ao mesmo tempo, entre elas o modelo da Previdência", afirmou. "Há uma preocupação grande com o futuro da Previdência."

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