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A crise financeira traz impactos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Os editais caíram a pouco mais de um terço em 2015, na comparação com os dois anos anteriores - de 45 para 18. A linha de financiamento, que garante incentivos para pesquisas sobre zika, dengue e chikungunya, lançada em dezembro, ainda não recebeu repasses. Os bolsistas estão há um mês com salários atrasados. "O jeito é canibalizar de outros financiamentos", disse o neurocientista Stevens Rehen, que tem seis linhas de pesquisa aprovadas pela Faperj - em um total de R$ 1,2 milhão. Ele ainda não iniciou todos os estudos porque não recebeu recursos.

Além do contingenciamento - de R$ 415 milhões do orçamento que deveria ter sido executado no ano passado, R$ 185 milhões caíram nos "restos a pagar" (despesas do ano anterior ainda não quitadas) -, a Faperj está sob ameaça desde o ano passado de ter o orçamento reduzido à metade. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estado tramita na Assembleia para que o repasse à fundação seja de 1% da receita líquida, até o fim deste governo, em vez dos 2% atuais.

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Com o preço do barril do petróleo em alta e a estabilidade financeira do Estado, o repasse de 2% da receita para a Faperj vinha sendo cumprido desde 2007. "Quinze meses atrás, se me perguntassem se chegaríamos à situação atual, diria ser totalmente impossível. Foram quase dez anos com financiamento robusto. Não precisávamos fazer edital de emergência para infraestrutura de pesquisa; os artigos científicos publicados subiram 80% entre 2006 e 2014.

Passamos a fazer editais temáticos, como o da zika. Com a crise, o Estado passou a ter dificuldade de arcar com a própria folha de pagamento. A gente vem lutando muito em um trabalho de convencimento de deputados para a PEC não ir adiante, até porque a redução não resolverá os problemas do Estado", disse o diretor científico da Faperj, Jerson Lima Silva.

Conforme levantamento de Lima Silva, o Estado contribuiu com 36% da pesquisa sobre dengue no País e 20% dos estudos sobre doenças negligenciadas, como malária e tuberculose. "Tudo está sob risco", disse.

Só em julho

O neurocientista Pablo Trindade, bolsista de pós-doutorado, voltou recentemente dos Estados Unidos. Está com a bolsa em atraso há um mês. A previsão é de que a defasagem só será acertada em julho. Ele trabalha no Laboratório Nacional de Células Tronco Embrionárias (Lance), coordenado por Rehen, e fez parte do grupo que se revezou em turnos de 24 horas para acompanhar a infecção de zika em modelos que representam o cérebro de feto humano. A bolsa de fevereiro está prevista para ser depositada em 14 de abril.

"O laboratório retirou dinheiro da compra de insumos para me pagar. Quando receber, vou devolver. É humilhante ter de depender de ajuda da família a essa altura da vida", afirmou.

Presidente eleito da Academia Brasileira de Ciências, o físico Luiz Davidovich diz que a crise na Faperj preocupa muito. "A agência tem tido papel muito importante para o avanço da ciência no Rio, com ações muito variadas que trazem impactos à população, como a sobre zika, que já dá resultados."

Ele lembrou que a interrupção do financiamento tem consequências graves por desmantelar redes de pesquisa que levaram anos para serem formadas. "Essa crise ocorre porque o Estado do Rio tem dependência forte dos royalties. É mais uma razão para investir em pesquisa. É a ciência que vai levar a novas fontes de energia e agregar valor à produção."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Considerado como um dos eventos mais importantes da Comunicação Social, o Intercom Nordeste chega a sua 18ª edição neste ano, com realização na cidade de Caruaru, Agreste de Pernambuco. O encontro será realizado de 7 a 9 de julho, no Centro Universitário Vale do Ipojuca (Unifavip| DeVry).

Segundo a organização do Intercom, são esperadas cerca de 2 mil pessoas, entre estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da área de comunicação. Estão programadas palestras, apresentações culturais, oficinas e minicursos, além de apresentações dos trabalhos acadêmicos, que poderão ser indicados para representar o Nordeste no Intercom Nacional, que terá suas informações divulgadas em breve.

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As inscrições para a edição nordestina devem ser feitas até 20 junho, através do endereço virtual do evento. As taxas de participação variam para cada categoria.

Esta é a primeira vez que o Intercom será realizado no interior de Pernambuco. Mas o evento já passou por solo pernambucano, quando suas atividades foram realizadas no Recife, em 2012. Mais informações podem ser encontradas no site do Intercom. 

A descoberta de fósseis de dinossauros e flora pré-histórica na Patagônia chilena reforça a teoria de que espécies pré-históricas da América e da Antártica migraram há milhões de anos por pontes que os uniam, assinalam pesquisadores do Chile e do Brasil.

Uma expedição de cientistas encontrou no cerro Guido - uma zona inóspita da Patagônia 3.000 quilômetros ao sul de Santiago - um depósito de fósseis de dinossauros e restos fossilizados de flora e folhas cuja idade seria remontaria a 68 milhões de anos atrás, quase no fim da era dos dinossauros.

"Na Antártica, foram encontrados restos de ossos de dinossauros típicos das zonas continentais (América), que tenham atravessado por pontes formadas entre a América do Sul e a Antártica", disse à AFP Marcelo Leppe, líder da expedição e do Departamento científico do Instituto Antártico Chileno (Inach). Leppe acredita que tudo começou com uma queda brusca de temperatura.

Isso "produziu queda da neve que se acumulou como gelo e causou o declínio dos oceanos entre 25 e 200 metros, permitindo a emergência para a superfície de porções de terra que estavam sob o mar, formando pontes", garante o paleontólogo, que foi responsável pela base do Inach na Antártica.

Entre os fósseis descobertos no continente branco estão o saurópode, o maior e mais meridional dinossauro encontrado no Chile em 2014, que chegou a medir 30 metros de comprimento e pesar 35 toneladas, e também o hadrossauro, um herbívoro que atingia 10 metros de comprimento e chegava a pesar 20 toneladas.

Ambas as espécies foram encontradas no depósito de fósseis de Cerro Guido, cuja extensão chegaria aos sete quilômetros. Neste local, um dos maiores da América, os dinossauros viveram milhões de anos antes de chegar à Antártica há 68 milhões de anos.

Os cientistas fizeram longas caminhadas e subiram uma colina de mais de mil metros de altitude para encontrar esses fósseis. Durante a expedição, que durou duas semanas, dormiram em barracas num acampamento montado cerca de três quilômetros de distância de qualquer contato humano, suportando frio intenso e fortes ventos patagônicos.

Vegetação da Antártica

No Cerro Guido, os cientistas também descobriram as folhas fossilizadas de nothofagus, uma espécie arbórea no hemisfério sul e cuja idade atinge 68 milhões de anos.

De acordo com os investigadores, estas folhas são as mesmas que foram descobertas na Antártida, mas que datam de 80 milhões de anos atrás. Elas são muito mais velhas do que as da Patagônia, indicando que são originárias do continente branco, quando esse tinha vegetação.

"Alguns fósseis de flores, folhas de árvores e plantas encontrados tinham como local de procedência a Antartica, o que reforça a teoria de que estes tenham migrado por pontes formadas entre o continente branco e o americano", acredita Leppe.

A pesquisa indica que na Antártica descobriram fósseis de espécies como canela, mirtasias, eucaliptos, pinheiros, manios, que atualmente são típicos das florestas do sul do Chile, e também migraram por essas pontes de vento, chuva e a estrada de terra. "Podemos dizer que as florestas dessas regiões chilenas são registros do que foi a vegetação na Antártica cerca de 70 milhões de anos atrás", disse o paleobotânico brasileiro Thiers Wilberger.

As plantas mais antigas da América do Sul estão no Brasil há mais de 120 milhões de anos, enquanto na Argentina há registros de fósseis de plantas de 80 milhões de anos, garante Wilberger.

O especialista brasileiro destacou o bom estado de conservação dos restos de folhas, flores e ossos de dinossauros encontrados em Cerro Guido, na fronteira com a Argentina, e que pode ser acessado a pé ou em um trator contornando colinas e cruzando rios.No local também foi encontrado pólen, algo muito raro devido à sua fragilidade.

Wilberger afirma que algumas espécies como as araucárias - uma árvore hoje típica do sul do Chile - migraram para o Brasil e outras até a Nova Zelândia e Nova Caledônia. "Apesar de não ter uma fronteira na atualidade,a conexão entre Chile e Brasil, graças a esta migração da flora, é muito próxima", disse o brasileiro.

Desde 2013, os pesquisadores viajam para esta remota região por duas semanas durante o ver]ao austral, já que no restante do ano a zona está coberta de neve e as temperaturas ficam perto de zero.

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Como forma de estudo e troca de conhecimentos em relação à epidemia de Zika Vírus que tem acometido o Brasil, pesquisadores se reuniram no Recife para discutir medidas e estudos que envolvem o vírus conduzido pelo mosquito Aedes aegypti

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Como Pernambuco tem o maior número de incidência de microcefalia – causados pela Zika - do Brasil, o cenário foi bastante propício para o encontro, visto que profissionais estavam presentes com a intenção de discutirem o tema. Pesquisadores de todo o país, inclusive do exterior marcaram presença no evento que dura até a próxima quarta-feira (2). 

Ainda sem conhecimento de como a epidemia foi iniciada no Brasil, o pesquisador do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, explicou que doenças dessa dimensão são difíceis de explicar em qual momento se deu o início. O profissional ainda explica que esta epidemia ainda está em processo de evolução e, por isso, não há como definir em qual momento irá parar. 

A pesquisadora Lyda Osorio, da Colômbia, contou que no país o cenário está em sua fase inicial, havendo a incidência da doença, no entanto, ainda não possui a dimensão existente no Brasil, pois não há infecção em crianças, por exemplo. 

A obstetra especialista em medicina fetal, Adriana Melo, é pesquisadora em Campina Grande e trabalha com casos controle para a realização de análise entre os pacientes. Durante o trabalho, são realizadas várias coletas e exames a fim de identificar causas dos problemas enfrentados. A profissional informa que há uma grande troca de informações com outros estados e países, no entanto, a forma mais eficaz de combater o vírus, é erradicando o mosquito, pois se ele não for combatido agora “ele ainda vai acabar com a humanidade”. 

Confira a matéria com os depoimentos dos pesquisadores:

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O sal, e não apenas o açúcar, desempenha um papel na diabetes - é o que dizem pesquisadores franceses que chegaram a esta conclusão após trabalharem com cirurgia para obesidade. No estudo, que acaba de ser publicado na revista médica norte-americana Cell Metabolism, os pesquisadores estimam que a descoberta pode levar a novas medidas de prevenção.

"Medidas nutricionais simples, como a diminuição da ingestão simultânea de sal e açúcar poderiam prevenir ou tratar a diabetes tipo 2 (a mais frequente)", escrevem os autores, evocando também a possibilidade de novos tratamentos. Eles chegaram a esta conclusão estudando porcos anões que passaram por uma cirurgia de obesidade do tipo bypass, que consiste em modificar o circuito alimentar ao dar um curto-circuito numa parte do estômago e do intestino.

Mais de 200.000 pacientes que sofrem com a obesidade foram operados nestes últimos anos na França, com resultados frequentemente positivos em termos de perda de peso, mas também no que diz respeito à diabetes, uma doença bastante associada à obesidade. "Nos perguntamos por que o bypass tinha um impacto tão positivo sobre a diabetes, com uma baixa espetacular da glicemia (taxa de açúcar no sangue) muito rápida, antes mesmo de qualquer perda de peso", explicou à AFP François Pattou, principal autor do estudo.

A pesquisa sobre os porcos anões - cuja alimentação parece com a dos seres humanos - permitiu mostrar que a absorção global de glicose pelo organismo ficou reduzida quando passou a ser absorvida apenas pela parte baixa do intestino, como ocorreu nos porcos operados, e não na parte alta, como nos porcos não operados. O sal é necessário para a absorção da glicose.

A operação empurrar o momento em que a bílis, que tem um elevado teor de sal, junta-se o bolo alimentar, "diminuímos assim a absorção da glicose", explica Pattou, cirurgião e pesquisador do Inserm em Lille. Para confirmar o papel do sal, os pesquisadores deram em seguida grandes quantidades aos porcos anões e observaram um aumento da glicemia após as refeições.

Para Pattou, estes resultados confirmam a influência do sal na alimentação sobre a elevação da glicemia, já sugerida por um estudo israelense publicado há alguns meses. No estudo, o conteúdo de sal vinha em quarto lugar nos critérios que influenciam a elevação da glicemia, atrás do conteúdo de açúcar das refeições, do fato de ser diabético e da hora das refeições (a glicemia aumentando mais após as refeições da noite).

Na guerra de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo um sensor capaz de identificar o sexo dos insetos pelo barulho que fazem. Conhecer tal característica é essencial neste caso, em que apenas as fêmeas são vetores das doenças. Segundo os cientistas, a tecnologia tem taxa de 90% de precisão.

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“Nossa meta, agora, é transformar esse sensor em um produto eletrônico, uma armadilha inteligente que possa ser comercializada”, disse o professor do ICMC Gustavo Batista, que também é coordenador do projeto. De acordo com o docente, quem possuir a armadilha em casa poderá realizar a contagem dos mosquitos em tempo real e tomar providências para o combate.

Com o apoio do Google, a pesquisa prosseguirá com a realização de testes fora do laboratório, onde não há controle em relação à temperatura, umidade e demais condições ambientais, nem sobre as espécies de insetos que poderão adentrar a armadilha. Depois desta fase, será preciso desenvolver um protótipo do equipamento. A estimativa é de que seu custo para os consumidores não ultrapasse R$ 200,00.

A ideia é que o usuário possa conectar o equipamento à internet, possibilitando que os dados obtidos pelas armadilhas gerem mapas de controle para os órgãos públicos. Também será possível criar aplicativos para alertar e orientar a população no combate ao Aedes aegypti. 

Se quiser um aparelho capaz de transformar seu chato uniforme de trabalho numa descolada roupa de festa, ou num dispositivo que ajude você a encontrar novos amigos, basta chamar Marcelo Coelho. Pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Coelho trabalha na pesquisa de ponta sobre dispositivos portáteis que podem ser mais inteligentes que a pessoa que os veste.

Uma das áreas mais promissoras é a de vestimentas que integram computadores e que praticamente podem pensar sozinhas. "Dá para programar para que sua camisa mude de cor ou de estampa", disse.

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"Talvez você esteja hoje do trabalho e queira sua camisa de um jeito, mas à noite você vai para uma festa e quer usar algo diferente", explica. Outra criação é um vestido com uma bainha que pode subir ou abaixar ou um vestido com flores que se abrem e fecham suavemente.

Coelho, de 35 anos, foi um dos palestrantes da conferencia MIT 2015 EmTech desta quarta-feira (18) no Rio de Janeiro, onde até esta quinta líderes do mundo inteiro em matéria de novas tecnologias falarão sobre suas perspectivas para o futuro. A mensagem é que invenções de ficção científica estão a caminho em áreas tão diversas quanto os drones ou a medicina.

Mas para o brasileiro Coelho, a alegria vem de aplicar os mistérios do laboratório a situações cotidianas. Pensando nesse cenário do escritório para a festa, Coelho desenvolveu um dispositivo que serviria para encontrar pessoas com quem há o interesse de conversar, flertar ou até evitar.

Com a forma de um relógio de pulso normal, o pequeno computador está programado com dados pessoais - informação do Facebook ou algo mais personalizado - e depois se comunica com outros dispositivos na mesma área. 

"Você vai a um evento e pode comparar seu relógio com o de outra pessoa", explicou. "Se você não tem nada em comum com um desconhecido no evento, vai aparecer uma luz vermelha, e se você tiver, será uma luz verde", ressalta.

Robôs são coisa do passado

Para onde tudo isso vai? Para Skylar Tibbits, outro pesquisador do MIT, direto para o faça você mesmo. Mas não no sentido de batalhar com um manual de instruções rodeado de peças e chaves de fenda para montar a cama que está dentro da caixa. Tibbits quer dizer no sentido de que a cama, ou o que quer que seja, se monte sozinha.

Esta é a ideia da impressão em 4D, especialidade de Tibbits. Se impressoras 3D podem produzir objetos tridimensionais com apenas um toque de botão, 4D significa que podem depois transformar-se ou organizar-se de maneiras úteis.

Diferentemente dos robôs, estes materiais não são computadorizados e não necessitam de energia elétrica. Reagem a forças simples como pressão ou calor ou água e mudam, mas não são pensados por cientistas para que mudem de forma de uma maneira pré-determinada.

Por exemplo, um sapato ou um pneu molhado podem mudar para ter melhor adesão, e voltar ao normal quando secarem. E o laboratório de faça você mesmo de Tibbits no MIT estuda se esta tecnologia pode ser aplicada a objetos muito maiores, inclusive na construção. 

"São materiais que se comportam como robôs, mas não precisam de robôs", disse numa transmissão por vídeo. "Eventualmente propomos que os materiais possam se montar sozinhos do zero", complemeta.

Se isso não parece suficientemente perturbador, considere o que Coelho garante que é a próxima fronteira. Não será a tecnologia vestível, mas chips e dispositivos com Wi-Fi embutidos no corpo humano. "A tecnologia migrará lentamente para a pele e depois para abaixo da pele, não vai mais se separar das pessoas", previu. "Estou trabalhando em algumas coisas nessa área das quais não posso falar muito", alegou.

E com cada nova revolução chegam novos riscos de que a tecnologia caia nas mãos erradas, como criminosos ou governos autoritários. "Com qualquer tecnologia, pode ser uma distopia total ou algo alucinante e empoderador", disse. 

Referindo-se aos pesquisadores do Manhattan Project, que inventaram as armas nucleares usadas pelos Estados Unidos contra o Japão em 1945, Coelho alertou que cientistas nas fronteiras de troca precisam ter uma profunda consciência. "Foram necessárias as pessoas mais inteligentes do mundo para criar uma máquina que pudesse eliminar o planeta", refletiu.

Pesquisadores alemães desvendaram o mistério sobre a morte repentina, em 2011, do urso polar Knut, astro do zoológico de Berlim, de uma doença até então desconhecida, anunciou o Instituto para Pesquisas sobre Animais Selvagens (IZW).

Knut, que conquistou o mundo com sua história de abandono e conta com um monumento dentro do zoo, morreu por causa de uma encefalite causada por uma doença autoimune, que até pouco tempo era conhecida entre os humanos, informou o neurologista Harald Prüss.

Realizada imediatamente após sua morte, em 19 de março de 2011, a necropsia do urso de 4 anos revelou uma infecção no cérebro, mas não foram determinadas as causas.

De acordo com Harald Prüss, esta enfermidade afeta o sistema imunológico e destrói as células nervosas. Depois de ter detectado nos humanos, os cientistas desconfiaram que também poderia afetar os grandes mamíferos.

Knut, o primeiro urso nascido em cativeiro em 30 anos no zoológico de Berlim, virou astro internacional e gerou milhões de euros em contratos publicitários e comercialização de produtos com seu nome.

Ele nasceu em 5 de dezembro de 2006 e comoveu o mundo com seu aspecto de bichinho de pelúcia. Foi abandonado pela mãe pouco depois de nascer e adotado, cuidado e alimentado com mamadeira por um funcionário do zoo que se tornou praticamente sua mãe postiça.

Mais de 500 jornalistas do mundo todo assistiram a sua primeira saída oficial em público, em 23 de março de 2007. A fotógrafa americana Annie Leibowitz o imortalizou na célebre revista Vanity Fair. Várias personalidades, como o ator Tom Cruise, viajaram à Alemanha para ver o ursinho.

De uma forma totalmente inesperada, cientistas brasileiros descobriram uma nova espécie de morcego e corrigiram um erro científico que se propagou por mais de um século. A nova espécie foi identificada quando os pesquisadores realizavam, em coleções de museus, estudos sobre o gênero Lonchophylla, de morcegos que se alimentam de néctar. Batizado de Lonchophylla inexpectata - em alusão ao caráter inesperado da descoberta -, o "novo" morcego foi coletado pela primeira vez em no início do século 20, mas acabou sendo registrado, na época, como pertencente à espécie Lonchophylla mordax.

O equívoco perdurou até a semana passada, quando Ricardo Moratelli, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Mata Atlântica e Daniela Dias, da Fiocruz, descreveram a nova espécie na revista científica ZooKeys. Ao avaliar os espécimes reconhecidos no Brasil como representativos do gênero Lonchophylla, os cientistas perceberam que alguns deles tinham o pelo mais claro na região ventral. Eles concluíram que essa característica - até então considerada uma mera variação da coloração - era uma característica típica de uma nova espécie. Um exame mais minucioso do novo animal revelou que a morfologia de seu crânio e dos seus dentes não eram consistentes com as do L. Mordax.

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"Estávamos conduzindo um projeto bastante normal na nossa área, de reavaliação da diversidade de espécies dentro do gênero Lonchophylla. Desde 1908, os pesquisadores brasileiros acreditavam que essa espécie de ventre claro era o L. mordax. Era justamente esse ventre claro que nós usávamos para reconhecer a espécie em campo", disse Moratelli à reportagem.

Durante o processo de revisão, no entanto, os cientistas perceberam que o morcego de ventre claro tinha características que não eram consistentes com a descrição do L. mordax. Eles resolveram então fazer algo que nenhum outro pesquisador havia feito: estudar o material original que fundamentou a classificação, em 1905. "Era totalmente diferente. Tudo o que chamávamos de L. mordax até hoje, era na verdade outra espécie", declarou.

Segundo Moratelli, o L. mordax foi coletado pela primeira vez em 1905, pelo pesquisador inglês Oldfield Thomas, em Lamarão, em uma região do agreste da Bahia. O material foi levado para o British Museum, na Inglaterra. Três anos depois, um coletor profissional do Museu de Zoologia da USP foi a uma localidade que fica a 500 quilômetros de Lamarão - já no sertão e não no agreste - e coletou alguns indivíduos de ventre claro. Esse material foi levado para São Paulo e depois distribuído para mais alguns museus do mundo. Com o conhecimento disponível na época, os pesquisadores do museu da USP se basearam na proximidade geográfica e morfológica do espécime registrado em 1905 e classificaram o novo morcego como L. mordax. Foi o início de uma confusão de mais de um século.

"A partir daí, todos os pesquisadores do Brasil assumiram que o L. mordax era aquela espécie de ventre claro que correspondia ao material coletado no sertão. Mas, quando vi os exemplares originais coletados no agreste, percebi que o verdadeiro L. mordax era outro animal, com ventre castanho", explicou Moratelli.

Desde então, a descrição de 1908 serviu de base para diversos outros estudos sobre o L. mordax - em 1926 e 1946, por exemplo -, sempre propagando o equívoco. O resultado disso, segundo Moratelli, é que agora os cientistas conhecem razoavelmente bem a "nova" espécie, L. inexpectata, mas não sabem quase nada sobre o L. mordax, descoberto em 1905.

"Hoje sabemos que o L. inexpectata está no sertão, em uma região um pouco mais ampla e o L. mordax ocorre no agreste, em uma região bem mais restrita. Nossa ideia agora é realizar estudos sobre a distribuição dessas espécies. A distribuição e a biologia do gênero Lonchophylla no Brasil é um verdadeiro quebra-cabeças. Sabemos pouco sobre sua alimentação, os abrigos que usam e assim por diante", disse o cientista.

Não foi a primeira vez que Moratelli descobriu uma nova espécie de morcegos e desfez confusões taxonômicas. Em 2013, em colaboração com Daniela Dias e Carlos Eduardo Esbérard, ele descreveu uma nova espécie de morcego que se alimenta de néctar, o Lonchophylla peracchii. O animal, até então, era Lonchophylla bokermanni, que tinha presença conhecida no cerrado da Serra do Espinhaço e na Mata Atlântica do Rio de Janeiro - em especial nas ilhas da Costa Verde.

"Chegamos à conclusão que as populações da Mata Atlântica eram uma nova espécie - L. peracchii - e o L. bokermanni ocorria apenas no cerrado. Depois dessa descoberta, uma espécie considerada comum no Sudeste do Brasil passou a ser vista como uma das mais ameaçadas: o L. bokermanni ficou restrito ao cerrado", afirmou Moratelli.

A gigante da informática norte-americana IBM anunciou nesta quinta-feira (9) que conseguiu fabricar microprocessadores com tecnologia de integração de apenas 7 nanômetros. Os atuais microprocessadores integrados nos computadores pessoais, laptops e telefones celulares usam tecnologia de integração de entre 22 e 14 nanômetros.

Os microchips de 7 nanômetros permitirão responder às necessidades dos sistemas cognitivos que buscam emular o cérebro humano, dos supercomputadores dedicados a "Big Data", ou para obter informações em nuvem, disse o grupo norte-americano em comunicado.

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A invenção vem de um plano de investimentos anunciado no ano passado, que envolveu alocar 3.000 milhões de euros para o desenvolvimento de novas tecnologias e métodos de fabricação de microprocessadores. Em sua corrida para produzir processadores cada vez mais finos, as gigantes da informática estavam encontrando obstáculos até agora com os materiais utilizados. 

A comunidade científica sempre foi cética quanto à confiabilidade desses chips de silício. Para superar esses obstáculos, a IBM disse que usou uma liga de silício e germânio. Os pesquisadores da IBM trabalharam neste projeto em parceria com os grupos GlobalFoundries e Samsung.

A 11ª edição dos Prêmios Santander Universidades está com inscrições abertas até 17 de setembro, por meio da internet. Podem ser inscritos projetos de alunos de graduação e pós-graduação, além de professores pesquisadores e instituições de ensino superior.

De acordo com o Santander, a categoria Biotecnologia, no Prêmio Santander Ciência e Inovação, dará destaque a agronegócios e dará R$ 100 mil em reconhecimento ao pesquisador que se destacar neste segmento. Já na categoria “empreendedorismo”, será entregue uma premiação ao melhor projeto de Soluções em Meios de Pagamento, entre outras atividades. Além do prêmio de R$ 100 mil, os vencedores receberão uma bolsa na Babson College (Boston, EUA) e mentoria da Endeavor para desenvolver seus negócios.

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Todos os candidatos inscritos poderão fazer cursos online de empreendedorismo, com direito a certificados. A divulgação dos projetos vencedores está prevista para o dia 12 de novembro. Veja no site do Prêmio outras informações sobre a iniciativa. Também confira abaixo detalhes da premiação:

Prêmio Santander Empreendedorismo

O Prêmio Santander Empreendedorismo é destinado aos alunos de graduação e pós-graduação, e tem por objetivo apoiar e reconhecer a criação e o desenvolvimento de projetos de estudantes com perfil e postura empreendedora. Cinco projetos serão premiados, incluindo a nova categoria Soluções em Meios de Pagamentos, e, neste ano, os vencedores receberão, além do prêmio de R$ 100 mil, uma bolsa de estudo na Babson College.

Os finalistas recebem feedback de seus projetos e uma capacitação para prepará-los para a banca de executivos de renome no Brasil, quando terão a oportunidade de apresentar e vender suas ideias, com todas as despesas de deslocamento e estadia por conta da organização dos Prêmios.

Prêmio Santander Ciência e Inovação

O Prêmio Santander Ciência e Inovação reconhece professores-doutores com pesquisas científicas de caráter inovador nas categorias: Indústria; Tecnologia da Informação, da Comunicação e da Educação; Biotecnologia; e Saúde. O vencedor de cada categoria recebe o valor de R$ 100 mil, líquido, sem a obrigatoriedade de vincular o uso do prêmio à execução do projeto. É um reconhecimento à contribuição do cientista para o desenvolvimento da pesquisa brasileira.

Prêmio Santander Universidade Solidária

O Prêmio Santander Universidade Solidária apoia projetos de extensão universitária voltados ao desenvolvimento sustentável com ênfase em geração de renda e que sejam elaborados e executados por universidades, com a participação de professores, alunos e da comunidade local.

O objetivo é colocar conhecimento acadêmico à disposição das comunidades de baixa renda, contribuindo para a melhoria da qualidade vida e renda, e para a formação cidadã do futuro profissional, a partir da troca de conhecimentos e do apoio à extensão universitária.

Cada um dos oito projetos vencedores recebe o valor de R$ 100 mil para implementação do projeto. Além de suporte técnico especializado, para que fortaleçam e ampliem suas práticas

Prêmio Guia do Estudante - Destaques do Ano

O Prêmio reconhece quatro instituições de ensino superior que se destacaram com iniciativas da gestão das universidades para o desenvolvimento da educação do País. Neste ano, as categorias são: Apoio ao aluno, Captação de recursos, Empregabilidade e Interdisciplinaridade.

Neste sábado (25) será realizado, no auditório do edifício JCPM, em Boa Viagem, o II Recife Gastrointestinal Cancer Symposium. O simpósio internacional trará renomados pesquisadores americanos que apresentarão os últimos avanços no tratamento do câncer gastrointestinal, pancreático e hepático.  

Os pesquisadores já se encontram na capital pernambucana. São eles: o Dr. Marsh Wallis, Dr. Michael Gibson, Dr. Weijing Sun, todos da Universidade de Pittsburgh (EUA), e o cirurgião líder no tratamento e pesquisa em câncer de pâncreas, Dr. Charles Brunicardi, professor da Universidade da California, em Los Angeles, e chefe de Cirurgia Geral do Hospital Santa Monica.

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Um dos destaques do simpósio será o debate do estudo do genoma do câncer de pâncreas, que apresenta alta taxa de mortalidade. Além disso, serão apresentadas recentes avanços no tratamento de câncer colorretal, como a Terapia Alvo Molecular. O câncer colorretal é o segundo tumor mais incidente nas mulheres, e o terceiro nos homens, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Terapia Alvo Molecular - é um tratamento que age em um foco específico, segundo as características tumorais de cada paciente. De acordo com o status genético dos tumores, é selecionado o tratamento mais adequado para o paciente. As chances de maior eficácia é com o tumor de menos toxicidade.

O Ministério da Justiça divulgou dois editais de projeto para seleção pública de consultores. São quatro vagas divididas em duas funções. Na primeira, o candidato deve ser um técnico especializado para sistematizar resultados, gerar subsídios e insumos para novas reflexões sobre as importâncias dos seminários “50 anos do golpe militar e a nova agenda da Justiça de Transição do Brasil” e “Memória: Alicerce da Justiça de Transição e dos Direitos Humanos”, realizados pela Comissão Nacional da Anistia em 2014. O contrato, de março a junho deste ano, é no valor de R$ 28.816,00. 

As outras três vagas são destinadas a consultores especializados para realizar pesquisar no acervo da Comissão da Anistia sobre as graves violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura civil-militar no Brasil, Argentina e Chile. O valor do contrato, também equivalente aos meses de março a junho deste ano, é de R$ 35.072,00. 

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Os candidatos devem enviar o currículo até o próximo dia 12 de março para os e-mails que constam no edital de lançamento do projeto.

Protetor solar à base do óleo extraído do farelo de arroz. Foi o que desenvolveram os pesquisadores na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o maior estado brasileiro com casos de câncer de pele.

A fórmula foi criada nos laboratórios do Programa de Ciências Farmacêuticas e Química da Universidade. Além do baixo custo, a produto tem ação antienvelhecimento, antioxidante e hidratante.

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Até o final do próximo ano, 100 mil unidades devem ser produzidas. A ideia é disponibilizar o produto de forma gratuita para os pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS), já que no Estado o fornecimento de protetor solar é uma exigência do programa de proteção à saúde do trabalhador rural.

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Os docentes, pesquisadores e discentes de pós-graduação interessados em fazer intercâmbio em Portugal terão mais um tempo para realizar a inscrição. Isso porque a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) prorrogou o prazo, do edital de nº 39, até a próxima sexta-feira (12). O programa tem como objetivo consolidar, expandir e internacionalizar as instituições de ensino superior e os institutos ou centros de pesquisa e desenvolvimento públicos brasileiros.

Para essa seleção está prevista a aprovação de até 30 projetos de pesquisa conjuntos com início das atividades previsto para 2015. Os projetos aprovados terão direito a financiamento de bolsas no exterior, auxílio deslocamento e instalação, seguro saúde, diárias e recurso para material de custeio. Para realizar a inscrição, os candidatos devem acessar o site da Capes, até a data limite estipulada pelo edital, disponível na mesma plataforma. 

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Pesquisadores da universidade japonesa de Nagasaki desenvolveram um método simples e barato que pode detectar a presença do vírus ebola em meia hora. Desenvolvido por cientistas em conjunto com a empresa Eiken, o novo método ajudará a detectar, de forma mais rápida, o vírus, que pode levar à morte e que está afetando gravemente vários países da África Ocidental, onde já causou mais de 1.500 mortes.

O novo exame, que utiliza uma substância desenvolvida para detectar, amplificando ou aumentando, apenas os genes específicos do vírus, pode pode ser feito em um tubo de ensaio aquecido até 60 ou 65 graus Celsius.

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Para a realização de todo o processo é necessária apenas uma pequena pilha, pelo qual o teste é adequado para as regiões afetadas pelo ebola, disse o responsável pelo Departamento de Doenças Infeciosas da Universidade de Nagasaki, Jiro Yasuda.

O procedimento mais utilizado atualmente, o teste molecular RT-PCR, demora até 24 horas, requer uma equipe dedicada e o fornecimento estável de eletricidade, o que torna difícil aplicá-lo nas regiões com escassa infraestrutura energética.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a epidemia de ebola, que afeta a África Ocidental, é uma das emergências sanitárias mais complexas dos últimos anos, e que são necessários pelo menos US$ 490 milhões para tentar conter os contágios, que estão aumentando de forma significativa.

No atual surto, o vírus ebola contagiou 3.069 pessoas, das quais 1.552 morreram, segundo o mais recente levantamento da OMS.

Os pesquisadores, vinculados a Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa no Estado de São Paulo, públicas ou privadas, têm até o dia 29 de agosto para apresentar propostas de projetos para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Intel. Para participar, os interessados devem acessar a plataforma digital do Programa e seguir os requisitos do edital disponível através do link.  

“A Intel tem interesse especial em tecnologias que deem mais segurança a dispositivos, tornando-os menos vulneráveis os a ataques por canais colaterais, e protegendo-os de ataques potenciais que possam ser desenvolvidos no futuro”, afirma Fabio Tagnin, Gerente de Pesquisas da Intel Brasil, conforme informações da assessoria de imprensa.

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A Chamada selecionará projetos sobre segurança em dispositivos Systems on a Chip (SoC), que evitem exploração de informações por canais colaterais (side-channel attack, em inglês), que exploram aspectos físicos de um sistema - como o tempo de execução, consumo de energia do chip ou uso da rede sem fio - para decifrar senhas e ganhar acesso indevido aos dispositivos.

Os trabalhos devem oferecer soluções com desenvolvimento de técnicas de criptografia, protocolos de comunicação de dados e métodos de execução de software. As soluções devem aumentar os requisitos para um ataque por canal colateral em até 100 vezes, ou seja, tornar este tipo de ataque praticamente impossível.

O Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento, lançado nessa quarta-feira (25), pelo governo federal, vai começar a valer a partir de 2015, mas a expectativa do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina Diniz, é que os primeiros editais sejam lançados ainda neste ano. Em entrevista a jornalistas, o ministro citou as áreas consideradas prioritárias e disse que a aplicação de recursos no programa vai depender de vontade política do governo.

De acordo com Clélio Campolina, os projetos prioritários do programa são saúde, agricultura e energia. “O projeto é uma articulação de conhecimento científico com o sistema produtivo empresarial. O que constitui a plataforma é a base científica - liderada por um ou mais cientistas, em uma instituição científica - e o sistema empresarial de outro lado”, explicou.

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Com base no programa, serão lançadas plataformas como medicamentos, vacinas e serviços na área de saúde, por exemplo. Outras previsões de plataformas são em petróleo, engenharia básica e bioenergia na área de energia, e de melhoramento genético e mudanças climáticas na agricultura.

O ministro disse que não é possível indicar o valor do orçamento federal que será investido no programa, mas adiantou o cenário com que se trabalha: “Nós temos uma ordem de grandeza que as plataformas deveriam ter da ordem R$ 2 bilhões por ano. É uma estimativa preliminar. Sendo que no primeiro ano, que será em 2015, você não terá essa demanda”, informou. Segundo ele, os exemplos internacionais indicam que cada plataforma pode custar entre US$ 100 milhões e 200 milhões por ano, dependendo da natureza.

De acordo com ele, um comitê gestor - integrado pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação - vai definir as plataformas que lançarão os editais. “Será uma composição de uma agência de fomento e uma agência de financiamento. Por exemplo: o CNPQ [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] lançam uma plataforma conjunta, e vai identificar o que precisa de suporte à pesquisa científica, como laboratórios - que seria o fomento - e o que vai ser financiamento para as empresas”, explicou.

Já no que diz respeito aos investimentos, o ministro disse que a parte de financiamento virá de cada uma das instituições que já o fazem no país, e que a parte de fomento vai depender da natureza de cada plataforma. “O sucesso e a quantidade da plataforma vai depender da quantidade de dinheiro que o governo esteja disposto a colocar”, disse, informando que devido a esse motivo o comitê gestor será composto também pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. “Não vai ter nenhum efeito sobre orçamento de 2014. No orçamento de 2015, vai depender da vontade política do governo de pôr mais ou menos dinheiro”, acrescentou Campolina.

O ministro disse ainda que poderão ser convidados especialistas internacionais para julgar, de modo mais criterioso, as plataformas, e elas deverão ter um sistema de acompanhamento para avaliar a sua execução e, se necessário, determinar a sua interrupção, caso não haja desempenho satisfatório.

O Programa Ciência sem Fronteiras prorrogou até o dia 15 o prazo de inscrição para pesquisadores internacionais atuarem no Brasil. As propostas para as bolsas de Pesquisador Visitante Especial e Atração de Jovens Talentos deverão estar vinculadas a programas de pós-graduação no Brasil, recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O início da vigência dos projetos aprovados está previsto para 16 de junho. O objetivo é incentivar a atração para o Brasil de cientistas renomados e líderes de grupos de pesquisa no exterior.

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A mensalidade da bolsa de Pesquisador Visitante Especial é R$ 14 mil, além de auxílios-deslocamento e à pesquisa, bolsa de doutorado sanduíche no exterior e bolsa de pós-doutorado no Brasil. A duração varia de dois a três anos, com permanência mínima no Brasil de 30 dias, e máxima de 90, a cada ano de projeto. As bolsas extras visam a manter as pesquisas no país e o contato com o pesquisador durante suas ausências no Brasil.

A bolsa Atração de Jovens Talentos é voltada à fixação no Brasil de jovens pesquisadores de talento, residentes no exterior, brasileiros ou estrangeiros e sua duração varia entre 12 e 36 meses, com mensalidades de R$ 4,1 mil e R$ 7 mil, a depender do nível e perfil do pesquisador. Também estão previstos auxílios-instalação, deslocamento e à pesquisa. A previsão é conceder aproximadamente 255 bolsas para jovens talentos.

O Programa Nexus, que selecionará pesquisadores brasileiros para grupos de pesquisa nos Estados Unidos e demais países das Américas e do Caribe, foi lançado nessa segunda-feira (24). As inscrições seguem até o dia 9 de abril e informações sobre as candidaturas devem ser obtidas pelos e-mails fulbright@capes.gov.br e rejania@fulbright.org.br.

Fruto de uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Comissão para Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e o Brasil (Fulbright), o programa tem como temas “Energia Sustentável” e “Mudanças Climáticas”. Até 20 pesquisadores locais serão selecionados. Pelos próximos dois anos, eles serão responsáveis por desenvolverem projetos.

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De acordo com a Capes, cada pesquisador receberá, em parcela única, apoio financeiro de R$ 35 mil dólares. O valor servirá para custear uma visita de dois a três meses em uma universidade nos Estados Unidos, bem como despesas com transporte para participação nas três reuniões plenárias (de planejamento, monitoramento e final), gastos com pesquisa e outras despesas necessárias para o bom andamento do programa.

A previsão de início das atividades do Nexus é para o mês de agosto deste ano. Os grupos de pesquisas serão coordenados por um pesquisador brasileiro e por um norte americano. Confira o edital do programa.   

 

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