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A Secretaria de Saúde do Mato Grosso confirmou o primeiro caso de um morcego que portava o vírus da raiva, no Bairro Pioneiro, em Lucas do Rio Verde, no interior do estado. No município, não havia registros de raiva em morcego, mas um caso registrado de raiva em bovino no ano de 2019. Nos registros gerais do estado, não há menções a outros casos, com exceção de um registro no ano de 2000. 

Após a nova infecção, a Vigilância Sanitária emitiu alerta epidemiológico. De acordo com a Prefeitura, o morcego foi encontrado em uma residência no bairro. A análise do exame foi feita pelo Laboratório de Apoio à Saúde Animal, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT). 

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A raiva é transmitida ao homem quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele lesionada ou mucosa, por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. Segundo a Vigilância Sanitária, caso haja possível exposição ao vírus ou contato com o animal, deve-se lavar imediatamente o local com água e sabão e procurar uma unidade de saúde para atendimento, se necessário, aplicação de vacina ou soro antirrábico. 

Com a confirmação do caso, a Secretaria alerta sobre os cuidados que precisam ser tomados: 

- É importante que cães e gatos domiciliados estejam vacinados contra a raiva; 

- Se encontrar um morcego, não toque no animal e nem deixe que outras pessoas ou animais se aproximem; 

- Isole o morcego em um recipiente para evitar fugas e utilize baldes ou caixas; 

- Após isso, é preciso entrar em contato com a Vigilância Sanitária. 

Casos de raiva humana no Brasil 

Os casos da doença têm ressurgido no país, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. No mês de abril, o Governo de Minas Gerais confirmou o quarto caso suspeito de raiva humana no estado. O caso mais recente, registrado em 23 de abril, tratou-se de uma menina indígena de 11 anos, que precisou ser internada no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte. 

Ela é moradora da reserva indígena maxakali, no município de Bertópolis, no Vale do Mucuri, onde foram confirmados dois casos da raiva humana: de um menino de 12 anos, que morreu em 4 de abril; e de uma garota da mesma idade, que também precisou ser internada. 

A indígena de 12 anos que foi diagnosticada com raiva morreu na UTI do Hospital João Paulo II, no Centro de Belo Horizonte, Minas Gerais. O caso foi notificado no dia 5 de abril e o resultado de exames confirmaram a doença no dia 19. 

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que o óbito ocorreu na última sexta-feira (29) e que a causa pode ter relação com um morcego. No dia 4 de abril, um indígena de 12 anos também não resistiu à doença após dar entrada na UPA de Teófilo Otoni. 

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Outra criança, de 5, que morava na mesma aldeia, na Zona Rural de Bertópolis, no Vale do Mucuri, morreu no dia 17 de abril. Ela não apresentou sintomas, mas a pasta investiga o caso como raiva devido à proximidade das outras ocorrências. 

Quarto caso

Uma menina, de 11, parente do segundo caso, está hospitalizada em leito clínico, com sintomas da raiva, como febre e dor de cabeça. Ela apresenta quadro estável e segue em observação enquanto aguarda o resultado de exames.

Investigação epidemiológica

No domingo (24), a SES-MG enviou doses de vacina antirrábica humana para a comunidade. A pasta também enviou soro específico para humanos e imunizante animal para cães e gatos da região. A investigação epidemiológica foi ampliada para identificar a existência de novos pacientes e as causas do contágio. 

A DC anunciou, no seu site oficial, uma nova minissérie do Batman, chamada "Batman: The Imposter" (Batman: O impostor). O título será publicado pelo selo adulto da editora, DC Black Label.

A história do novo quadrinho será escrita por Mattson Tomlin, ilustrada por Andrea Sorrentino e dividida em três partes. A nova jornada do "morcego" terá lançamento global em 12 de outubro.

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O escritor e roteirista Tomlin trabalhou com o diretor Matt Reeves no novo filme do "homem morcego".  Tomlin falou em nota, no site oficial da DC, sobre a satisfação de escrever a nova minissérie do Batman. "Como um fã do Batman, colocar minha versão em Gotham City foi um sonho que se tornou realidade", comenta.

Além disso,  Tomlin trará um tom maior de realidade para sua HQ. "Levantar a questão 'e se o Batman fosse real?' trouxe um potencial incrível que não foi explorado recentemente", disse Tomlin. "'Batman: O Impostor' trata Bruce e as pessoas ao seu lado como falhos e reais, com os obstáculos que o homem morcego enfrenta em uma realidade como a nossa", completou.

Confira a prévia oficial: "A missão de Bruce Wayne como Batman está em andamento há um ano ou mais, mas ele pode dizer que está fazendo a diferença. Infelizmente, ele fez alguns inimigos poderosos. Todos os corretores tradicionais de poder de Gotham se ressentem da perturbação que o Batman trouxe à cidade… e parece que um deles tem um plano para neutralizá-lo. Há um segundo Batman assombrando os telhados e becos de Gotham — e este não tem escrúpulos em assassinar criminosos.‎ ‎Com todo o poder do Departamento de Polícia de Gotham City e os ricos e poderosos de Gotham caindo em sua cabeça, Batman deve encontrar este impostor e de alguma forma limpar seu nome, mas como você pode provar sua inocência por trás de uma máscara?”.

Na província chinesa de Shandong, um achado incomum dentro de uma embalagem de molho deixou um habitante da cidade de Jinan sem apetite por alguns dias. O chinês Guo encontrou uma carcaça de morcego no frasco em que havia seis quilos de condimento feito à base de ostras. Ele e a família vinham consumindo o tempero há cerca de três meses.

Para o canal de TV local Qilu, o chinês alegou que a mãe cozinhava e lhe pediu ajuda para tirar o molho do fundo do frasco. Com dificuldades para escoar o caldo, Guo percebeu que algo dentro da embalagem o impedia de praticar o processo rotineiro. Ainda na reportagem, o jovem ainda alega que notou algo parecido com um pássaro e só reconheceu o morcego quando o retirou do fundo do recipiente com as mãos.

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De acordo com a imprensa local, o rapaz procurou a empresa responsável pelo condimento. A companhia garantiu que toda a produção respeita as normas de segurança e inspeção de alimentos do país asiático. Os fabricantes ofereceram ao cliente duas unidades do molho de ostra, mas se recusaram a pagar alguma indenização, exceto se ficar comprovada a presença do animal durante o processo de preparo do tempero. Ainda segundo a reportagem, Guo vai procurar a vigilância sanitária local para providências.

O canal Vídeo Viral, do YouTube, fez uma curta montagem com as imagens da matéria da TV Qilu. Assista aqui

Um grupo de pesquisadores italianos identificou a mutação genética que permitiu ao coronavírus infectar seres humanos e não mais apenas animais. O estudo foi conduzido pela equipe de estatísticas médicas e epidemiologia molecular da Universidade Biomédica de Roma e foi publicado no Journal of Clinical Virology.

Ao estudar as sequências genéticas do vírus, os pesquisadores reconstruíram as mutações até descobrirem o que era decisivo para o chamado "salto de espécies", a alteração que permitiu a um vírus típico de animais, em particular de morcegos, tornar-se capaz de atacar o homem. "Foi uma mudança decisiva, uma mutação muito particular que ocorreu entre 20 e 25 de novembro", disse Massimo Ciccozzi, professor responsável pelo estudo.

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"Como todos os vírus, o SarsCoV2 muda constantemente e busca alterar sua aparência para estar em equilíbrio com o sistema imunológico do hospedeiro", explicou ele. A mutação ocorreu em uma proteína de superfície chamada "spike", que o vírus utiliza para agredir as células e se multiplicar. "Foi assim que fez o salto de espécie. E é uma proteína bastante comum na história evolutiva dos vírus."

Vacina

A descoberta pode acelerar estudos sobre a doença. Alguns dos principais infectologistas e epidemiologistas do mundo - como Marc Lipsitch, da Universidade de Harvard - temem que, no ritmo atual, o coronavírus contamine até um terço do planeta em um ano.

Neste domingo (1º), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse à Fox News que os ensaios clínicos de uma vacina começarão em seis semanas, mas ela provavelmente não estará disponível nesta temporada - considerando a necessidade de mais estudos que garantam segurança e eficácia. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Uma das hipóteses para a ágil disseminação do coronavírus está associada a uma iguaria do cardápio chinês. Um grupo de especialistas aponta que cobras são os transmissores, entretanto, uma ala de cientistas liga os casos ao consumo de sopa de morcego. Cerca de 600 casos foram confirmados e 17 mortes foram confirmadas.

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"O hospedeiro natural do coronavírus pode ser morcego [...] mas entre morcegos e humanos, pode haver um intermediário desconhecido", informaram os pesquisadores ao South China Morning Post. O único mamífero voador é o ingrediente principal do caldo. Nesta semana, imagens de pessoas comendo a sopa repercutiram nas redes sociais.

Devido ao fácil contágio, os locais tidos como focos da epidemia estão isolados. As cidades de Wuhan e  Huanhhang estão em estado de quarentena e não recebem visitantes, o extremo oriente segue em alerta, segundo o Daily Star.

O Brasil ainda não ganhou um Nobel, mas acaba de ser agraciado com dois Ig Nobel, a paródia do conceituado prêmio que homenageia pesquisas que, apesar de parecerem esdrúxulas, são aquelas que "primeiro fazem rir e depois, pensar", como explicam os organizadores.

A láurea de Biologia vai para a descoberta de um inusitado inseto de cavernas que tem o sexo trocado - machos têm vaginas e fêmeas, pênis. A de Nutrição vai para um trabalho que identificou que uma espécie rara de morcegos desenvolveu preferência por sangue humano.

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Parecem brincadeira, mas são pesquisas sérias. A dieta do morcego vampiro, por exemplo, trouxe à tona um cenário de desequilíbrio ambiental. O trabalho, publicado em dezembro de 2016 na revista Acta Chiropterologica por um trio da Universidade Federal de Pernambuco, foi o primeiro relato de sangue humano na alimentação da espécie Diphylla ecaudata.

O morcego de perna peluda era conhecido por se alimentar só do sangue de aves. Se ele passou a avançar sobre humanos é porque há algo errado na oferta natural de presas.

O biólogo Enrico Bernard, líder do grupo, admite que o resultado do trabalho, que envolve coletar fezes do morcego e fazer a análise de DNA das presas, é engraçado. Ele diz que ficou gargalhando o dia inteiro quando soube do prêmio. "Perguntei qual era a categoria e disseram Nutrição. Ri mais ainda", contou à reportagem. "Mas é uma descoberta que traz uma reflexão", pondera. "Esse animal só deveria consumir sangue de aves. E não encontramos DNA de nenhuma ave nativa, só de galinha, e de gente. É sinal de defaunação e antropização da Caatinga, onde ele vive", explica.

Com bom humor, Bernard diz que agora vai acrescentar na assinatura de seu e-mail que ele é um "orgulhoso ganhador do Ig Nobel". "Neste momento de crise financeira da ciência brasileira, estamos mesmo precisando de bom humor. Dois prêmios neste ano. Estamos lavando a égua", brinca.

Sexo trocado

A segunda láurea brazuca vai para o ecólogo Rodrigo Ferreira, da Universidade Federal de Lavras, que descobriu quatro espécies de inseto da ordem Psocodea, que vivem em caverna, cuja fêmea tem pênis e o macho tem vagina, algo que parece impensável em termos de Biologia. O trabalho foi publicado na revista Current Biology em 2014.

Para a pergunta imediata - "mas como vocês sabem que quem tem a vagina não é a fêmea e quem tem pênis é que é o macho?" -, o pesquisador explica com toda a paciência do mundo: "Em Biologia, e vale lembrar que várias espécies não têm genitália, se convencionou definir o gênero pelo tamanho do gameta (óvulos e espermatozoides). As fêmeas produzem os gametas maiores e os machos, os menores. É isso que separa gênero."

Ah, tá. Mas e como fica o sexo, então? "É a fêmea, com o órgão erétil, que penetra a vagina do macho e ele pressiona o esperma para dentro do pênis dela", conta Ferreira. "Houve uma inversão da seleção sexual aqui, temos os machos selecionando. Por que será que houve essa inversão? Que tipo de processo pode ter levado a isso", questiona o pesquisador.

Além dos dois prêmios, outros oito foram distribuídos nesta quinta-feira, 14, em concorrida cerimônia no Teatro Sanders, na Universidade Harvard. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com colaboração de Renato Torres

A cidade de Salvador, na Bahia, tem vivido um fenômeno incomum nas últimas semanas. No centro histórico da cidade, a população vem sendo atacada por morcegos -  mais de 30 pessoas foram mordidas. As causas dos ataques ainda estão sendo investigadas. Entretanto, os indícios apontam que há intervenção humana no ocorrido.

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Para o doutor em Biologia e professor do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Enrico Bernard, é possível inferir a participação humana no desequilíbrio. Uma pesquisa recente realizada por Bernard no Parque Nacional do Catimbau, caatinga de Pernambuco, revelou que a espécie de morcego Diphylla ecaudata, popularmente conhecida como morcego-vampiro-de-pernas-peludas, passou a se alimentar de sangue humano – antes, a  alimentação do animal era exclusivamente de aves.

Apesar das diferenças nos casos de Salvador e Pernambuco, Bernard visualiza a provável influência do homem em ambas. “No caso de Catimbau, essa redução de presas [as aves] se deu muito pela caça e pela alteração do ambiente natural. No caso de Salvador, as cidades estão ocupando os espaços naturais e várias dessas construções oferecem abrigo para morcego”, explica o professor.

Para o biólogo, é preciso que a discussão sobre a intervenção no meio ambiente seja mais presente. “Todas essas questões precisam ser discutidas, a perda da área natural e como isso afeta os humanos. Tem que se discutir como interagir com a fauna, como conviver com os animais”, complementa. 

A equipe do LeiaJá.com foi até Salvador conhecer de perto o problema. No vídeo abaixo, a Prefeitura de Salvador comenta a campanha que tem sido feita para a vacinação de animais e o que acontece com os morcegos capturados. A reportagem também foi à Rua dos Ossos, no centro histórico, o local onde mais ataques foram registrados.

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Recife

Enrico Bernard visualiza uma intervenção descontrolada no espaço natural no Recife e em Pernambuco. Entretanto, reforça que não há motivos para a população entrar em pânico e começar a temer os morcegos.

“O que aconteceu em Salvador não quer dizer que vai acontecer aqui, pode ser algo de um bairro só ou de uma área dentro de um bairro”, justifica. O especialista destaca também que Recife ainda tem muitas áreas verdes e animais de tração, que acabam sendo preferência dos morcegos.

Ele ainda acrescenta que há espécies que são beneficiadas com a urbanização. “Você tem uma fauna de morcegos que é capaz de sobreviver dentro de cidades e algumas espécies são favorecidas, por exemplo, pela iluminação pública, que atrai insetos. Também existe grande número de espécies que não toleram urbanização. Você tem dois lados: favorecidas pela urbanização e prejudicadas”, disse Bernard. 

Deixar a população em pânico pode se reverter em grandes prejuízos. A avaliação do professor é que a primeira consequência quando ocorrem casos como o de Salvador é que a população começa a matar os animais. O Coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador, Aroldo Carneiro, diz não ter recebido informações do tipo na capital baiana, mas o centro já foi acionado nas últimas semanas por causa de animais encontrados mortos.

Segundo Enrico Bernard, isso é muito ruim porque "os morcegos prestam serviços ambientais super importantes para a gente e para um grupo rico de espécies. Existem mais de 180 espécies de morcego no Brasil e só três se alimentam de sangue, sendo que duas são raras e praticamente não ocorrem dentro de cidades. Todo um conjunto de espécies acaba pagando pelo descontrole de uma espécie". 

Os morcegos participam da polinização de plantas utilizadas na produção de bebidas como tequila e marguerita – por isso o símbolo da Bacardi é um morcego. O mamífero também poliniza a planta da castanha do baru e há várias espécies de cacto na caatinga que são exclusivamente polinizadas por tais animais. 

Dezesseis equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) estão nas ruas de Belém, desde terça-feira (9), para proceder à vacinação antirrábica de cães e gatos nos quarteirões próximos à residência onde um morcego infectado com o vírus da raiva foi encontrado, no bairro do Marco. O trabalho de bloqueio de foco é fundamental para minimizar as chances de transmissão do vírus da raiva para pessoas e animais domésticos.

Junto com a vacinação, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, está orientando a comunidade sobre o vírus da raiva, transmissão e sintomas, cuidados nos domicílios para impedir a entrada de morcegos e monitoramento dos animais domésticos. Também realiza inquéritos com os moradores dos quarteirões selecionados sobre possíveis contatos com os morcegos. “O trabalho foi iniciado com a captura no Bosque Rodrigues Alves, Batalhão de Polícia e no Parque do Utinga. Os morcegos hematófagos encontrados foram encaminhados para exames no Instituto Evandro Chagas. Hoje, estamos fazendo, ao mesmo tempo, a vacinação antirrábica de cães e gatos, o inquérito e a parte pedagógica de orientação”, explicou Roberto Brito, médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses.

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Quem encontrar morcego morto deve entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses para que seja feita a remoção do animal. O Zoonoses fica localizado na avenida Augusto Montenegro, km 11. Os telefones para contato são (91) 3227 2088, (91) 3247 3001, (91) 3344 2350 e (91) 3227 0355.

Por Márcio Harnon Gomes (com informações da assessoria da Sesma).


 

Super-Homem pode até lutar contra o Batman em novo filme, mas na vida real, quando o herói deixa sua identidade secreta de lado, ele até consegue conviver pacificamente com morcegos! E é isso que Henry Cavill, que interpreta o Super Homem, provou, ao aderir a uma campanha que estimula a adoção dos animaizinhos, que muitas vezes são rejeitados por parecerem assustadores.

Além disso, ele gravou um vídeo no Durrell Wildlife Park, que fica na França, para mostrar o quão inofensivos são os morcegos:

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- Eles são lindos, parecem muitos filhotinhos que podem ficar em casa!, disse o ator rindo, antes de dar comida a um dos animais.

Além disso, Henry postou no Instagram a foto que você vê logo acima, e escreveu na legenda:

Aqui está a chance de você adotar Ben, o morcego! Segue o link para o mais novo pacote de adoções da Durell Conservation que será lançado nesta semana! www.cavillconservation.com/ben #cavillconservation

De uma forma totalmente inesperada, cientistas brasileiros descobriram uma nova espécie de morcego e corrigiram um erro científico que se propagou por mais de um século. A nova espécie foi identificada quando os pesquisadores realizavam, em coleções de museus, estudos sobre o gênero Lonchophylla, de morcegos que se alimentam de néctar. Batizado de Lonchophylla inexpectata - em alusão ao caráter inesperado da descoberta -, o "novo" morcego foi coletado pela primeira vez em no início do século 20, mas acabou sendo registrado, na época, como pertencente à espécie Lonchophylla mordax.

O equívoco perdurou até a semana passada, quando Ricardo Moratelli, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Mata Atlântica e Daniela Dias, da Fiocruz, descreveram a nova espécie na revista científica ZooKeys. Ao avaliar os espécimes reconhecidos no Brasil como representativos do gênero Lonchophylla, os cientistas perceberam que alguns deles tinham o pelo mais claro na região ventral. Eles concluíram que essa característica - até então considerada uma mera variação da coloração - era uma característica típica de uma nova espécie. Um exame mais minucioso do novo animal revelou que a morfologia de seu crânio e dos seus dentes não eram consistentes com as do L. Mordax.

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"Estávamos conduzindo um projeto bastante normal na nossa área, de reavaliação da diversidade de espécies dentro do gênero Lonchophylla. Desde 1908, os pesquisadores brasileiros acreditavam que essa espécie de ventre claro era o L. mordax. Era justamente esse ventre claro que nós usávamos para reconhecer a espécie em campo", disse Moratelli à reportagem.

Durante o processo de revisão, no entanto, os cientistas perceberam que o morcego de ventre claro tinha características que não eram consistentes com a descrição do L. mordax. Eles resolveram então fazer algo que nenhum outro pesquisador havia feito: estudar o material original que fundamentou a classificação, em 1905. "Era totalmente diferente. Tudo o que chamávamos de L. mordax até hoje, era na verdade outra espécie", declarou.

Segundo Moratelli, o L. mordax foi coletado pela primeira vez em 1905, pelo pesquisador inglês Oldfield Thomas, em Lamarão, em uma região do agreste da Bahia. O material foi levado para o British Museum, na Inglaterra. Três anos depois, um coletor profissional do Museu de Zoologia da USP foi a uma localidade que fica a 500 quilômetros de Lamarão - já no sertão e não no agreste - e coletou alguns indivíduos de ventre claro. Esse material foi levado para São Paulo e depois distribuído para mais alguns museus do mundo. Com o conhecimento disponível na época, os pesquisadores do museu da USP se basearam na proximidade geográfica e morfológica do espécime registrado em 1905 e classificaram o novo morcego como L. mordax. Foi o início de uma confusão de mais de um século.

"A partir daí, todos os pesquisadores do Brasil assumiram que o L. mordax era aquela espécie de ventre claro que correspondia ao material coletado no sertão. Mas, quando vi os exemplares originais coletados no agreste, percebi que o verdadeiro L. mordax era outro animal, com ventre castanho", explicou Moratelli.

Desde então, a descrição de 1908 serviu de base para diversos outros estudos sobre o L. mordax - em 1926 e 1946, por exemplo -, sempre propagando o equívoco. O resultado disso, segundo Moratelli, é que agora os cientistas conhecem razoavelmente bem a "nova" espécie, L. inexpectata, mas não sabem quase nada sobre o L. mordax, descoberto em 1905.

"Hoje sabemos que o L. inexpectata está no sertão, em uma região um pouco mais ampla e o L. mordax ocorre no agreste, em uma região bem mais restrita. Nossa ideia agora é realizar estudos sobre a distribuição dessas espécies. A distribuição e a biologia do gênero Lonchophylla no Brasil é um verdadeiro quebra-cabeças. Sabemos pouco sobre sua alimentação, os abrigos que usam e assim por diante", disse o cientista.

Não foi a primeira vez que Moratelli descobriu uma nova espécie de morcegos e desfez confusões taxonômicas. Em 2013, em colaboração com Daniela Dias e Carlos Eduardo Esbérard, ele descreveu uma nova espécie de morcego que se alimenta de néctar, o Lonchophylla peracchii. O animal, até então, era Lonchophylla bokermanni, que tinha presença conhecida no cerrado da Serra do Espinhaço e na Mata Atlântica do Rio de Janeiro - em especial nas ilhas da Costa Verde.

"Chegamos à conclusão que as populações da Mata Atlântica eram uma nova espécie - L. peracchii - e o L. bokermanni ocorria apenas no cerrado. Depois dessa descoberta, uma espécie considerada comum no Sudeste do Brasil passou a ser vista como uma das mais ameaçadas: o L. bokermanni ficou restrito ao cerrado", afirmou Moratelli.

A Secretaria de Saúde de Campinas, no interior de São Paulo, convocou, na segunda-feira (15), 17 crianças, com idades variando de 9 a 10 anos, além de três funcionários de um buffet infantil para tomar vacina antirrábica depois que um menino de nove anos foi mordido no tornozelo por um morcego, na tarde da última sexta-feira (12). O morcego estava dentro da piscina de bolinhas, na área de recreação do buffet. Todos os que entraram no brinquedo, incluindo até mesmo adultos, deverão tomar a vacina.

Uma das preocupações é a transmissão da raiva. "Se o morcego tiver raiva, a consequência é a morte. Quando os morcegos apresentam hábitos fora do comum, como por exemplo voar durante o dia, é porque estão doentes", explica a médica veterinária e coordenadora da aérea técnica de zoonoses do Departamento de Vigilância e Saúde de Campinas, Andrea Von Zuben.

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Andrea alerta ainda para os cuidados que se deve ter em uma situação dessas. "É importante que as pessoas não toquem em hipótese alguma em um morcego. Se um cachorro, gato, ou animal de estimação entrar em contato com um, o ideal é que se busque qualquer serviço de saúde o mais rápido possível".

Uma das funcionárias do buffet conseguiu capturar o morcego, que foi levado, dentro de um recipiente de vidro, para o Instituto Pasteur, na Capital, onde deverá ser determinada a qual espécie pertence. Os responsáveis pelo buffet afirmam que o brinquedo onde o morcego foi encontrado passou por uma higienização na quinta-feira (11).

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