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A Polícia Federal prendeu, na última sexta-feira (16), Dalton Wagner da Silva, de 26 anos. Dalton é o último suspeito que faltava ser preso na Operação Positus, que desarticulou uma quadrilha de assaltantes de caminhões de carga dos Correios. 

O suspeito foi encontrado dentro de uma casa em uma comunidade de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Ele não ofereceu resistência. Dalton responderá pelos crimes de roubo com emprego de arma de fogo, com concurso de duas ou mais pessoas, mantendo a vítima em seu poder e associação criminosa. Se condenado, poderá pegar até 14 anos de reclusão.

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A Operação Positus foi deflagrada no dia 17 de junho deste ano, quando policiais federais foram às ruas cumprir três mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva - apenas o mandado contra Dalton ficou aberto na época.

Segundo a Polícia federal, as investigações tiveram início com a prisão em flagrante de Elde Alexandre Alves, durante assalto ocorrido no dia 19 de junho de 2016, na BR-232, em Pombos, no Agreste pernambucano. Na ocasião, um dos suspeitos fugiu e outro foi preso. Após uma longa perseguição, o suspeito fugitivo se jogou do caminhão em que estava após os policiais acertarem o pneu do veículo com um tiro.

Durante a Operação Positus foram presos Nilson Ferreira Gonçalves, 25; Jonathan Aliff Ribeiro de Andrade, 23; e Tiago Roberto da Silva Ferreira. A organização criminosa estaria atuando com monitoramento dos caminhões SEDEX, realizando a abordagem em rodovia e mantendo o motorista da empresa em cárcere privado até o descarregamento das encomendas. 

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A Polícia Federal indiciou sete investigados na Operação Positus por fraudes no período entre 2006 e 2011 na gestão de recursos do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios. O indiciamento - por crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de dinheiro e apropriação de recursos de instituição financeira - ocorreu no relatório final do inquérito da PF enviado à Justiça Federal em março.

O documento indica que a PF descobriu uma primeira série de operações ilícitas que comprovam fraude de US$ 16 milhões. Uma segunda sequência de operações levou ao desvio de US$ 79 milhões.

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Entre os indiciados da Operação Positus - deflagrada em dezembro - estão o ex-presidente do fundo Alexej Predtchensky e o ex-diretor financeiro Adilson Florencio da Costa, ambos ligados ao PMDB do senador e ex-ministro Edison Lobão (Minas e Energia).

Cinco administradores de corretoras de valores também foram indiciados. O inquérito da PF foi instaurado em 2012 e identificou que dois fundos de investimentos do Postalis promoveram transações por meio de uma administradora de valores com sede em São Paulo, porém, executadas em Miami, nos Estados Unidos.

Fabrizio Neves, apontado como operador do esquema, está entre os indiciados no inquérito Positus. Quando a operação foi deflagrada, em dezembro de 2015, ele estava na Espanha. A Justiça Federal chegou a decretar sua prisão, na época, mas ele não foi localizado. Depois, a Justiça revogou a ordem de prisão de Fabrizio, embora ele não tenha regressado ao Brasil.

Também foi indiciada a sogra de Fabrizio. Segundo a PF, ele a usava para gerenciar uma offshore, ocultar valores e efetuar desvio de recursos do fundo de pensão do Postalis em prejuízo de milhares de funcionários e aposentados dos Correios.

De acordo com a PF, a fraude consistia na compra de títulos do mercado de capitais, por uma corretora americana, que os revendia por um valor maior para empresa com sede em paraísos fiscais ligadas aos investigados. Em seguida, os títulos eram adquiridos pelos fundos do Postalis com um aumento ainda maior no valor dos papeis. Assim, em um período de dois dias apenas e, sem justificativa, a aquisição era realizada por um preço mais de 60% maior do que o real valor de mercado.

O inquérito concluído irá agora para manifestação do Ministério Público Federal. Os indiciados pelo rombo no Postalis poderão ser denunciados e processados.

Quando a Operação Positus foi deflagrada, o criminalista José Luís Oliveira Lima rechaçou com veemência a informação que envolve seu cliente, Alexej Predtcchensky, nos desvios do Postalis. "O dr. Alexej enquanto esteve à frente do Postalis pautou sua atuação pela legalidade. Já prestou depoimentos esclarecendo os fatos e a lisuta da sua postura. Continua à disposição das autoridades competente para colaborar com as investigações."

Oliveira Lima ponderou nesta segunda-feira, 11, que precisa ter acesso ao relatório final da PF para poder se manifestar.

A Polícia Federal deflagrou duas operações nesta quinta-feira (17) que atingem o Postalis, pelo fundo de pensão dos funcionários dos Correios, e a empresa SBM. A Operação Positus mira em esquema de corrupção no fundo de pensão. A Operação Ouro Negro envolve uma empresa que teria intermediado os contratos entre a SBM e a Petrobras.

A Positus apura irregularidades no fundo de pensão, controlado pelo PT e PMDB, que teriam ocorrido entre 2006 e 2011. Estão entre os investigados o ex-presidente Alexej Predtechensky e o ex-diretor financeiro Adilson Florencio da Costa. A PF apura operações envolvendo a criação de dois fundos de investimentos que foram ingeridos pela empresa Atlântica Administradora de recursos.

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O inquérito descobriu que os valores dos dois fundos foram transferidos para os Estados Unidos e passaram a ser movimentados por ordem da Atlântica, de propriedade dos empresários Fabrizio Dulcetti Neves e André Barbieri.

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