Na tarde desse domingo (19), foi realizada a prova da primeira fase do Exame de Ordem Unificado (EOU). Os candidatos tiveram cinco horas para responder a 80 questões de múltiplas escolhas. A avaliação da OAB 39 reuniu temas que integram disciplinas profissionalizantes obrigatórias e também integrantes do curso de Direito e de outros segmentos da área.
Durante uma live no Instagram do Vai Cair na OAB, o professor de Direito Internacional, Rafael Andrew, afirmou que o exame foi bastante positivo. "Foi um exame para fazer um pouco de justiça aos oabeiros. Foi uma prova tranquila", disse o profissional. Segundo Andrew, quem acompanhou as dicas dele na live do Vai Cair na OAB, na segunda-feira (13), deve ter se saído muito bem durante a prova.
##RECOMENDA##Assim como Rafael, Emília Queiroz também viu a avaliação da OAB 39 de forma produtiva. Questionada sobre as questões de Processo Civil, Emília declarou: "Foi muito tranquilo". Para o professor Matheus Barbosa, de Direito e Processo Penal, a elaboração do exame não seguiu anormalidade. "Considero a prova em um nível legal", disse.
"Direito Tributário foi de média para boa. Não estava difícil", assegurou Iva Mariz. Com relação à prova de Ética, Raphael Costa garantiu: "Foi bem elaborada e não apresentou um grau alto de dificuldade, embora na questão de colaboração premiada exigiu um pouco mais do oabeiro".
Após uma hora do término da avaliação, a OAB Nacional divulgou o gabarito preliminar. A segunda fase do exame, a prova prático-profissional, será aplicada no dia 21 de janeiro de 2024.
Questão com risco de anulação
A prova da OAB 39 gerou repercussão. Depois que a avaliação foi aplicada, nesse domingo (19), uma questão em Direitos Humanos deu o que falar. Em entrevista ao LeiaJá, a professora Maíra Kerstenetzky contou que a questão 18 da prova branca corre o risco de ser anulada.
"A questão diz que o cliente, estrangeiro, estaria coma documentação irregular, gostaria de permanecer no Brasil e trazer a sua esposa. Dá a entender que ela ainda não está em território nacional. Assim, neste caso, somente ele pode ser reconhecido como refugiado. Esses efeitos não alcançam a esposa dele, visto que ela não está no Brasil. Assim, a questão fica sem resposta", explicou Maíra.
De acordo com a docente da disciplina Direito Constitucional, uma anulação acaba beneficiando a quem errou: "A quem acertou, não faz muita diferença". Maíra ainda destaca que existem vários casos de anulação.
"Pode acontecer da resposta apontada não ser a correta e ficar sem resposta. Às vezes tem duas respostas corretas também; nesses casos anulam. Já houve casos de apenas trocarem o gabarito, apontaram como A, mas a melhor resposta seria B, por exemplo. Nesses casos alteram o gabarito e não anulam", afirmou. O prazo da possibilidade de recurso vai de 20 a 24 de novembro.