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Artistas saíram em defesa da candidatura de Alessandro Molon (PSB) ao Senado após o diretório fluminense do PT anunciar o fim da aliança estadual com o partido por não concordar com a manutenção do deputado federal na disputa. Anitta, Leo Jaime e Cissa Guimarães foram alguns dos que foram a público declarar voto no pessebista, a despeito da insatisfação da executiva petista.

O acordo no Rio era que o PSB abrisse mão da vaga para o Senado em troca do apoio do PT a Marcelo Freixo (PSB), que disputará o governo. Os petistas desejavam que André Ceciliano (PT) fosse o escolhido para concorrer à cadeira. Molon, contudo, não abdicou de sua candidatura, abrindo uma crise com o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta terça-feira (2), a executiva estadual do PT-RJ aprovou, por maioria, o rompimento da aliança com Freixo. Cabe ainda ao diretório nacional validar a decisão junto com os partidos que compõem a federação: PCdoB e PV.

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Anitta foi às redes sociais pedir que Molon "lance logo" sua candidatura. O deputado, então, perguntou se a cantora pretende apoiá-lo. Ela respondeu: "pois eu voltei do retiro espiritual achando que já tinha um candidato para votar. Estou te esperando".

Pelo fato de a cantora ser muito conhecida pelos jovens, os candidatos veem nela uma oportunidade para crescer nesse eleitorado e comemoram o apoio da artista, considerado estratégico para a campanha de internet. A carioca tem mais de 17 milhões de seguidores no Twitter e 63 milhões no Instagram, e suas publicações sobre política costumam reverberar nas redes sociais.

Recentemente, ela jogou holofotes sobre o PT ao declarar apoio em Lula e, em seguida, afirmar que não autoriza o partido a usar sua imagem para promover candidatos. A carioca também declarou apoio em Marina Silva (Rede), descrita por ela como sua "presidenta dos sonhos". Marina deve ser candidata a deputada federal por São Paulo, após Fernando Haddad (PT) tentar emplacá-la como sua vice na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Além dos artistas, Molon também comemora o apoio público do presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros. Em derrota para o PT, o dirigente gravou um vídeo descrevendo o deputado como o que "tem mais condições" para derrotar o candidato da chapa adversária, encabeçada pelo governador bolsonarista Cláudio Castro (PL).

O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que os oposicionistas vão votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. O plenário deve analisar nesta terça-feira as mudanças feitas pelo Senado na matéria.

Parte da PEC foi promulgada na semana passada, incluindo a alteração no cálculo do teto de gastos, o que garante uma folga de R$ 62,2 bilhões em 2022.

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O limite do pagamento de precatórios, que abre um espaço de R$ 43,8 bilhões, foi colocado em outra proposta que está pronta para ir a votação no plenário nesta terça-feira.

No entanto, líderes da Câmara discutem as mudanças na PEC e resistem a dar aval a todas as alterações feitas pelo Senado. A cúpula da Casa age para encaminhar os pontos aprovados diretamente para promulgação, sem devolver a proposta novamente para os senadores.

"A parte já promulgada garante um espaço fiscal de R$ 11 bilhões a mais do que o necessário para garantir o Auxílio Brasil. Portanto, é mentira que é preciso aprovar o calote na tarde de hoje para garantir o Auxílio", disse Molon.

O líder da oposição afirmou que a Câmara deve tentar tirar o limite para o pagamento de precatórios até 2026, estabelecido pelo Senado. "A dúvida é se a Casa vai deixar sem limite ou se vai restabelecer o limite de 2036. Qualquer alternativa é ruim", afirmou.

Na visão de Molon, a base do governo quer liberar mais espaço fiscal em 2022 para aumentar as emendas do relator, mecanismo central do orçamento secreto.

Mesmo votando contra, a oposição não alimenta expectativas de barrar a PEC. "Não estamos lutando contra 300 deputados. Estamos lutando contra R$ 16 bilhões em emendas do orçamento secreto", disse o líder da oposição.

O valor de R$ 16 bilhões corresponde ao patamar de verbas de emendas de relator articulado pelo Congresso no Orçamento de 2022.

O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), fez publicação no Twitter sobre os novos dados de pesquisa do Datafolha, divulgados nesta quarta-feira (12).

"A pior aprovação a Bolsonaro desde o início do seu governo é a resposta do povo para uma gestão marcada pela fome, desemprego e milhares de mortes por uma doença para a qual já existe vacina", escreveu o parlamentar.

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De acordo com o levantamento do Datafolha, a aprovação do presidente Jair Bolsonaro recuou seis pontos porcentuais em dois meses, para 24%, a pior marca de seu mandato. Na mesma pesquisa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva surge como líder de intenções de voto para o Palácio do Planalto em 2022. Com 41%, o petista aparece à frente de Bolsonaro, que soma 23%.

O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), apresentou nesta segunda-feira, 8, requerimento de convocação do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, para prestar esclarecimentos sobre transparência de dados. O órgão ampliou o sigilo de documentos que podem ser solicitados via Lei de Acesso à Informação.

Em seu pedido, o parlamentar argumenta que o governo tem dificultado o acesso à documentos, incluindo dados relacionados à pandemia do novo coronavírus. "É necessário que o Poder Executivo esclareça sua política de acesso à informação e as razões para dificultar que as mesmas sejam obtidas", escreveu. O documento ainda precisa ser aprovado pelos demais parlamentares.

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Saúde

A mudança na publicação do balanço diário de casos de covid-19 também motivou alguns parlamentares a apresentarem pedidos de informações para o Ministério da Saúde nesta segunda-feira. Em resposta, o ministro interino da pasta, Eduardo Pazuello, deve participar de reunião da comissão externa da Casa que debate temas relacionados ao novo coronavírus.

O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), propôs uma reunião de emergência entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e líderes dos partidos para decidir o que fazer diante das manifestações do presidente Jair Bolsonaro contra o Congresso.

"Temos que parar Bolsonaro! Basta! As forças democráticas deste País têm que se unir agora. Já! É inadiável uma reunião de forças contra esse poder autoritário. Ou defendemos a democracia agora ou não teremos mais nada para defender em breve", disse Molon.

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"Ao não encontrar soluções para o País, ao se sentir sozinho, isolado e frágil, Bolsonaro apela ao que todos temíamos: a um ato autoritário contra a própria democracia. Não dá mais. Esses absurdos, exageros e atropelos têm que parar agora".

Os líderes da oposição no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), pediram ao Procurador-Geral de Justiça do Rio, José Eduardo Clotola Gussem, para que sejam tomadas "medidas urgentes" para resguardar o sistema de gravação e computadores do Condomínio Vivendas da Barra, onde reside o presidente Jair Bolsonaro e também Ronnie Lessa, um dos dois acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes. A medida visaria garantir uma "futura perícia" do órgão técnico oficial.

O assassinato da vereadora e de Anderson completa 600 dias nesta segunda, 4.

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O ofício dos parlamentares foi enviado no sábado, 2, ao Ministério Público do Estado do Rio, após Bolsonaro afirmar ter obtido os áudios de ligações entre a portaria e as casas do condomínio no Rio, antes que elas tivessem sido "adulteradas".

"Nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de ano. A voz não é minha", afirmou Bolsonaro, que nega obstrução de Justiça.

Na avaliação de Randolfe e Molon, a "apropriação" do conteúdo por Bolsonaro teria extrema "gravidade", assim como o acesso do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) às gravações.

O filho do presidente havia mostrado os arquivos em vídeo divulgado nas redes sociais e alegou que não havia registros da ligação mencionada pelo porteiro à polícia. Segundo os líderes da Oposição no Congresso, é "fundamental" investigar as condições de tal acesso.

"Os dados aos quais Carlos Bolsonaro teve acesso são resguardados por sigilo, por conterem informações relativas à privacidade dos demais condôminos", escrevem os parlamentares.

Os líderes haviam indicado que acionariam a Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro, sob a alegação de que o presidente cometeu "obstrução de Justiça", ao "ter se apropriado de provas relacionadas às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes".

No documento, os parlamentares também mencionam os recentes desdobramentos do caso Marielle, chamando atenção para a perícia dos áudios feita pela Promotoria do Rio. Os líderes da oposição destacam que o procedimento foi feito pelo próprio Ministério Público, e não pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli.

O jornal O Estado de S. Paulo havia mostrado que a perícia foi finalizada em menos de duas horas e meia. Ao solicitar a perícia, a promotoria também ignorou possíveis adulterações nos arquivos em si, como exclusões ou renomeações. Apenas os áudios de interfone foram periciados - a fim de atestar que foi Ronnie Lessa, não Bolsonaro, quem autorizou a entrada de Elcio Queiroz no condomínio no dia do crime.

Na avaliação de Randolfe e Molon, a perícia teria sido realizada em circunstâncias que "chamam a atenção": "perguntas à perícia teriam sido protocoladas às 13h05 e a coletiva se iniciou às 15h30; quesitos de uma perícia de 3 meses de gravação teriam sido respondidos em menos de 3 horas; técnicos não teriam tido acesso ao computador ou ao sistema, mas exclusivamente às gravações, o que impediria saber se arquivos foram adulterados ou renomeados".

Os parlamentares ainda completam: "Não teria havido nem mesmo a conferência da voz do porteiro."

O ofício aponta que não houve apreensão do sistema de áudio e do computador do Condomínio Vivendas da Barra, por causa da citação ao nome do presidente, que detém foro por prerrogativa de função.

"Para se chegar à verdade real dos fatos, é necessária uma investigação criteriosa e baseada em provas sobre as quais não haja dúvidas. Os elementos acima suscitam as mais diversas indagações acerca das provas e das conclusões a se tirar delas", escrevem os parlamentares.

No texto, Randolfe e Molon pedem ainda que seja garantida a possibilidade de nomeação de assistente técnico pela família das vítimas.

Os últimos eventos no caso Marielle

A citação ao presidente no depoimento de um porteiro do condomínio, revelada por reportagem do Jornal Nacional veiculada na terça-feira, 29, gerou diferentes desdobramentos na investigação do caso Marielle.

Segundo o porteiro, antes do assassinato da vereadora e do motorista, o ex-PM Elcio Queiroz, suspeito de participação no crime, teria dito que iria à casa 58 - que pertence ao presidente.

De acordo com depoimento, uma ligação teria sido feita para a casa 58 e que "seu Jair" atendeu o telefone e autorizou a entrada. Ainda segundo o porteiro, Elcio Queiroz seguiu para a casa de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato. No entanto, registros da Câmara dos Deputados mostram que, no dia do assassinato de Marielle, Bolsonaro estava em Brasília.

A citação provocou forte reação de Bolsonaro que, durante viagem ao Oriente Médio, usou as redes sociais para rebater a acusação e anunciar que acionaria o ministro da Justiça, Sergio Moro, para que a Polícia Federal realizasse uma nova oitiva com o porteiro.

Horas depois, Moro pediu à Procuradoria-Geral da República que investigasse a "tentativa de envolvimento indevido" do nome de Bolsonaro na investigação. O pedido foi prontamente aceito por Aras.

No dia seguinte à reportagem, o Ministério Público do Rio, numa entrevista coletiva, afirmou que o porteiro mentiu no depoimento. Mais cedo, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, que mostrou ter acesso aos arquivos indicando que não havia registros da ligação mencionada pelo porteiro à polícia.

Após a coletiva, foi revelado que uma das integrantes do MP que participaram da entrevista coletiva, Carmen Bastos de Carvalho, fez campanha para Bolsonaro, e, na sexta-feira, 1, diante da repercussão negativa, ela deixou as investigações da morte de Marielle e do motorista.

O líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), fez duras críticas ao discurso de Jair Bolsonaro feito na manhã desta terça-feira, 24, em Nova York (EUA). Para Molon, o presidente "apequenou" o Brasil. "Ele deixou transparecer como conduz o País ao isolamento com sua cegueira ideológica", avaliou.

Em uma fala de aproximadamente meia hora, o presidente da República fez sua estreia na Assembleia Geral da ONU dizendo que há falácias sobre a Amazônia, citando a Venezuela, atacando o que ele chama de ambientalismo "radical", indigenismo "ultrapassado" e socialismo.

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"O presidente mentiu descaradamente sobre a situação da Amazônia, atacou países parceiros e posou de republicano e duro contra a corrupção, quando persegue minorias, é conivente com desvios e interfere em instituições pra dificultar o combate à corrupção", completou Molon.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que os deputados contrários ao governo combaterão "com todas as forças" o modelo de capitalização, defendido pela equipe econômica.

Em audiência na Comissão Especial da reforma da Previdência, na qual é ouvido o ministro da Economia, Paulo Guedes, Molon disse que concorda em discutir pontos como a criação de alíquotas progressivas para quem ganha mais, mas criticou mudanças como as alterações nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), para trabalhadores rurais e para professores. "Defender o modelo de capitalização é o mais grave da proposta, vamos combater com todas as forças", afirmou.

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O deputado disse ainda que, mesmo países que optaram pelo regime de capitalização, como o Chile, já fizeram mudanças no modelo. "Não somos contra por razão filosófica apenas, é porque não dá certo. Não deu certo em lugar nenhum", afirmou.

Molon disse ainda que a fórmula matemática adotada na proposta da reforma "está errada" e que permite quem contribuir com valor maior receber menos. Depois desse comentário, Guedes disse que, entre as críticas dos deputados e a afirmação dos técnicos de que a proposta está correta, ele "está com sua equipe".

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), usou sua conta oficial no Twitter nesta terça-feira (9) para lamentar a situação caótica que o Rio de Janeiro se encontra devido às fortes chuvas.

“Devastador! Já chega a sete o número de mortos em meio às chuvas no Rio. A cada temporal, vias alagadas, deslizamentos e vidas perdidas. O Rio precisa estar preparado para lidar com algo já conhecido”, escreveu o deputado.

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Molon ainda aproveitou para alfinetar a gestão do prefeito Marcelo Crivella (PRB). “Mas Crivella insiste em não reconhecer suas falhas. É um desrespeito!”, criticou o deputado.

Após perguntar se os cariocas estavam bem, Molon afirmou que “mais um temporal no Rio, mais mortes, mais abandono da Prefeitura, que insiste em não investir em prevenção: nenhum centavo foi gasto com drenagem urbana e contenção de encostas em 2019”.

“Desprezo com os cidadãos! Meu coração está com os afetados pela chuva”, finalizou Alessandro Molon.

Neste 1° de abril, dia conhecido nacionalmente como o Dia da Mentira, internautas têm aproveitado para fazer críticas com tom de brincadeira ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), inclusive fazendo alusão ao ‘Dia de Bolsonaro’.

Personalidades políticas não têm fugido da brincadeira e um exemplo é o líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB). Através de sua conta oficial no Twitter, o deputado fez uma série de afirmações que considera falsas.

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“Bolsonaro é patriota e não presta continência aos EUA; a Reforma da Previdência é justa com os que ganham menos; o governo está organizado e tem um projeto sólido para o país”, escreveu Molon em tom de sátira.

O deputado não deixou de fazer alusão ao que aconteceu no Brasil a partir do golpe militar de 1964. “Ah, sim: não houve golpe em 1964 ou Ditadura com tortura e mortes”, finalizou Molon.

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Após anunciarem a saída da Rede, partido da ex-senadora Marina Silva, os deputados Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR) formalizaram nesta terça-feira (27) a filiação ao PSB. Ambos vão concorrer à reeleição. O evento de filiação foi na sede do partido, em Brasília, com a presença das principais lideranças nacionais do PSB.

Presidente do partido, Carlos Siqueira disse que a chegada dos parlamentares acontece em um momento de "reencontro do PSB com a sua identidade e história", que ambos representam o "reposicionamento" da legenda no campo de centro-esquerda e que, principalmente, se colocam frontalmente contra o governo de Michel Temer. "O PSB tem cara, tem história e não abrirá mão dela, da sua identidade política e programática", disse Siqueira.

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Os deputados tiveram suas fichas de filiação assinadas por Siqueira, pelos governadores e vice-presidentes do partido Ricardo Coutinho (PB), Rodrigo Rollemberg (DF) e Paulo Câmara (PE), além do presidente do PSB fluminense, deputado federal Hugo Leal, e do deputado paranaense Luciano Ducci.

O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que vem articulando sua candidatura ao governo local, não participou do evento. Segundo fontes, França está se dedicando às negociações para formação de seu palanque em São Paulo.

Primeiro a discursar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse nesta terça-feira, 17, que a população apoia cada vez mais a instauração de processo contra o presidente Michel Temer. Em um discurso forte, o deputado de oposição disse que a "quadrilha" do PMDB continuou praticando crimes e que o grupo usou cargos para roubar o Estado brasileiro. "Temer usa o cargo para praticar crimes", acusou.

Ao defender o prosseguimento da denúncia, Molon lembrou que as pesquisas evidenciam a impopularidade do presidente e a necessidade de investigação. "(A autorização da denúncia) é a oportunidade dessa Casa se reencontrar com o povo brasileiro", declarou. Ele rebateu a tese governista de que há tentativa de criminalização da política e que na Câmara parlamentares usaram o mandato para vender legislação.

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Em 15 minutos de discurso, o deputado fluminense acusou o presidente da República de ser o "chefe da organização criminosa". "Temer atuava no atacado", reforçou. Para o deputado, houve obstrução de justiça ao haver pacto de silêncio com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Funaro. O deputado acusou o governo de usar cargos, emendas e agora uma medida para restringir a fiscalização do trabalho escravo para se manter no governo.

Molon também contestou a sessão relâmpago aberta nesta manhã no plenário da Câmara para contagem de prazo do pedido de vista ao relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). Molon argumentou que as sessões só podem ser encerradas imediatamente em caso de morte de parlamentar no exercício do mandato, tumulto grave na sessão ou falta de quórum. O deputado disse que a sessão mostra a tentativa do governo em "atropelar" os trabalhos e dar fim o quanto antes à tramitação da denúncia. "Ela (sessão) foi fraudulentamente encerrada", disse.

Governistas

Primeiro a discursar entre os governistas, Pedro Fernandes (PTB-MA), elogiou o relatório do tucano Bonifácio de Andrada (MG). "Vim homenageá-lo", afirmou o deputado, que não é membro da CCJ e falou por menos de 10 minutos. Em seu discurso, Fernandes disse que o País precisa ser levado com "seriedade", por isso apoiava a rejeição da denúncia.

Obstrução. Para postergar os trabalhos, a oposição pediu logo no início da reunião a leitura da ata da sessão anterior. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), levou meia hora lendo a ata. Vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), questionou a manobra de obstrução e lembrou que houve um acordo entre líderes para que não houvesse tentativa de obstrução ou apresentação de requerimento de encerramento de discussão. "Isso sinaliza uma tendência de esquecimento talvez do nosso acordo", disse Perondi.

Na sequência, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) leu o recurso que apresentou contra a decisão de Pacheco em não individualizar a votação da denúncia.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, indeferiu neste domingo (9) um mandado de segurança proposto pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) para que o procurador-geral da República Rodrigo Janot fosse ouvido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados.

O deputado ainda solicitava em pedido de liminar que fossem realizadas as oitivas dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, responsáveis pela perícia dos áudios envolvendo Temer, do empresário Joesley Batista, do executivo da J&F, Ricardo Saud, e do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

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O parlamentar alegava em seu pedido a necessidade de garantir o contraditório no processo e o princípio da igualdade entre as partes, uma vez que a defesa de Temer se pronunciará duas vezes na CCJ. O mandado de segurança citava ainda que a participação da acusação e das testemunhas na CCJ são essenciais "para a formação da convicção daqueles que decidirão o processo".

"Essa decisão preambular não representa antecipação de juízo definitivo sobre o mérito da questão posta em exame nem sinaliza o reconhecimento, ou não, do direito alegadamente titularizado pelo Impetrante (art. 7º, inc. III, da Lei n. 12.016/2010 e art. 203, ? 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)", decidiu Cármen Lúcia.

Após a notícia revelada pelo jornal O Globo que pode mudar o rumo da política brasileira, a oposição da Câmara dos Deputados entrou com um pedido de impeachment de Michel Temer. Segundo a denúncia, Temer teria acordado um esquema de compra de silêncio de Eduardo Cunha com uma “mesada” oriunda do dono da JBS, Joesley Batista.

O pedido foi protocolado pelo deputado federal Alessandro Molon (Rede) na Secretaria-Geral da Câmara. O plenário da Câmara estava composto por parlamentares com os ânimos exaltados que chegaram a gritar pelo impeachment do chefe do Executivo do país.

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O parlamentar Afonso Florence (PT) chegou a dizer que o governo Temer vai acabar, caso a gravação seja verdadeira. “Se confirmada a veracidade do conteúdo, acabou o governo”, disparou. O deputado e terceiro secretário da Mesa, João Henrique Caldas (PSB) também apresentou uma denúncia contra Temer por crime de responsabilidade.

Segundo o Globo, entre os escândalos envolvendo o nome do presidente, Temer teria ouvido do dono da JBS que ele estaria enviando para o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro “uma mesada” para que permanecessem em silêncio na prisão. Temer teria sido cúmplice ao dizer: “Tem que manter isso, viu”. 

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reagiu ao discurso do líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), que condenou a fala do peemedebista na sessão de ontem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quando disse que os parlamentares que o julgam hoje podem viver a mesma situação no futuro. Os parlamentares trocaram farpas na sessão da CCJ destinada a apreciar o recurso do peemedebista contra o processo de cassação aprovado pelo Conselho de Ética.

Ontem, Cunha disse que 117 parlamentares possuem inquéritos ou ações penais e que, se votarem contra seu recurso, poderiam abrir um precedente perigoso contra eles mesmos. "Hoje sou eu. É o efeito Orloff. Vocês amanhã", declarou. Hoje, o peemedebista reiterou que cabe a Justiça julgá-lo e, ao final, eventualmente determinar a perda do mandato.

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Nesta tarde, Molon afirmou que o País inteiro havia interpretado o discurso de Cunha como intimidação. "Esse recado em tom de ameaça é inaceitável para essa Casa", disse. Irritado, Cunha negou que tenha ameaçado e rebateu a interpretação de Molon: "Isso é má-fé", respondeu.

A sessão já dura cinco horas e tem sido marcada por manobras do grupo de Cunha para impedir que o recurso seja votado hoje. Aliados do peemedebista têm usado a todo momento o direito a palavra, feito discursos longos e questionamentos protelatórios. O presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), vem sendo tolerante com os pedidos do grupo do peemedebista.

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