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A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de longo alcance, afirmou o exército da Coreia do Sul nesta quarta-feira (12), poucos dias depois de Pyongyang ameaçar derrubar qualquer avião espião dos Estados Unidos que violar seu espaço aéreo

As relações entre as duas Coreias estão em um dos piores momentos, sem contatos diplomáticos entre os países e com o aumento dos testes de armas do Norte, onde o ditador Kim Jong Un determinou o desenvolvimento do arsenal nuclear.

Estados Unidos e Coreia do Sul intensificaram os exercícios militares conjuntos na região e prometeram o "fim" do regime norte-coreano caso utilize armas nucleares contra seus aliados.

O comando militar de Seul detectou o lançamento de um míssil balístico de longo alcance às 10h (22h de Brasília, terça-feira) a partir da região de Pyongyang.

"O míssil balístico foi disparado em uma trajetória vertical e percorreu 1.000 quilômetros, antes de cair no Mar do Leste", também conhecido como Mar do Japão, anunciou o Estado-Maior Conjunto.

A Coreia do Norte já utilizou em vários momentos os lançamentos com trajetória vertical para evitar que o projétil entre no espaço aéreo de países vizinhos.

O lançamento "é uma provocação grave que prejudica a paz e a segurança na península da Coreia" e viola as sanções da ONU contra Pyongyang, afirmou o comando militar de Seul.

O último disparo por parte do regime comunista de um de seus mísseis balísticos intercontinentais (ICMB) aconteceu em abril, supostamente o Hwasong-18 que utiliza combustível sólido.

Em fevereiro, o país lançou um Hwasong-15, que percorreu 989 km. Os especialistas destacam que o tempo de voo de 70 minutos também é similar ao de outros ICBM.

"Com o que temos no momento é quase 90% seguro que foi um lançamento de ICBM", disse à AFP Choi Gi-il, professor de estudos militares na Universidade de Sangji.

O analista destacou que o disparo pode ter sido um novo teste da Coreia do Norte antes de uma eventual nova tentativa de colocar um satélite de reconhecimento em órbita, depois do fracasso de maio.

- Ameaça -

O lançamento aconteceu apenas dois dias após a Coreia do Norte acusar o governo dos Estados Unidos de violar seu espaço aéreo com aviões de espionagem e criticar os planos de Washington de enviar um submarino com mísseis nucleares para a região da península coreana.

Um porta-voz do ministério norte-coreano da Defesa Nacional disse que Washington "intensificou as atividades de espionagem além dos níveis próprios de períodos de guerra".

"Não há garantia de que não aconteça um acidente tão chocante como a queda de um avião de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos Estados Unidos" no Mar do Leste da Coreia, afirmou o porta-voz em um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.

O disparo coincide com a participação do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, na reunião de cúpula da Otan esta semana na Lituânia, na qual busca mais cooperação com a aliança militar diante das crescentes ameaças da Coreia do Norte, segundo o governo de Seul.

"Pyongyang costuma programar suas demonstrações de força para perturbar o que percebe como uma coordenação diplomática contra o país, neste caso, os líderes da Coreia do Sul e do Japão reunidos durante a cúpula da Otan", afirmou Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha de Seul.

A Coreia do Norte disparou, nesta segunda-feira (noite de domingo, 26, no Brasil), pelo menos um míssil balístico, o mais recente em uma série de testes com armamentos nas últimas semanas, informaram as forças armadas sul-coreanas.

"A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado" na direção do Mar do Japão, informou o estado-maior conjunto de Seul.

O lançamento ocorreu dias depois de Seul e Washington terem concluído, na quinta-feira, seus maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos.

Pyongyang considera que estas manobras são um ensaio de invasão e declarou, na sexta-feira, que os exercícios recentes, denominados Escudo de Liberdade, foram um treinamento para "ocupar" a Coreia do Norte.

Pyongyang realizou exercícios militares próprios, incluindo o segundo lançamento do ano de um míssil balístico intercontinental e o teste de um drone submarino de ataque nuclear.

Após um ano recorde de testes com armas e crescentes ameaças nucleares de Pyongyang em 2022, Seul e Washington intensificaram sua cooperação de segurança.

A Coreia do Norte se proclamou no ano passado uma potência nuclear "irreversível" e o líder Kim Jong Un pediu recentemente um aumento "exponencial" na produção de armas, inclusive as de tipo nuclear táctico.

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance neste domingo (19) – informaram as Forças Armadas de Seul, na quarta demonstração de força por parte de Pyongyang em uma semana, no momento em que Estados Unidos e Coreia do Sul conduzem um exercício militar conjunto.

Coreia do Sul e Estados Unidos estreitaram sua cooperação em defesa ante as crescentes ameaças militares e nucleares da Coreia do Norte. Nos últimos meses, Pyongyang lançou uma série de testes de armas proibidas e mantém um tom cada vez mais belicoso.

Washington e Seul estão no meio do maior exercício militar conjunto em cinco anos, um treinamento de 11 dias denominado "Escudo da Liberdade". A Coreia do Norte percebe esses exercícios como preparativos para uma invasão e advertiu sobre uma resposta "esmagadora".

"Nossas Forças Armadas detectaram um míssil balístico de curto alcance disparado da zona de Tongchang-ri, na província de Pyongan do Norte, às 11h05 (horário local)", em direção ao mar do Japão, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JME).

O míssil percorreu 800 quilômetros e está sendo analisado pelas Inteligências americana e sul-coreana, acrescentou o EME.

"Nossas Forças Armadas mantêm uma postura de plena disponibilidade baseada em sua capacidade de responder de forma esmagadora a qualquer provocação da Coreia do Norte, enquanto acontecem exercícios e manobras conjuntos", completou.

O Japão também confirmou o lançamento.

O vice-ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino, disse aos jornalistas que seu país "apresentou um protesto veemente e condenou fortemente" a Coreia do Norte, usando sua embaixada em Pequim.

O Comando Militar Indo-Pacífico dos Estados Unidos condenou o lançamento, destacando o "impacto desestabilizador" do programa bélico norte-coreano.

Algumas horas depois do lançamento, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul declarou que pelo menos um bombardeiro americano de longo alcance BP-1BP participou dos exercícios conjuntos com os Estados Unidos.

Voluntários

O lançamento do míssil ocorreu um dia depois de a imprensa oficial coreana informar que mais de 800.000 jovens se ofereceram como voluntários para o exército, com o objetivo de combater os "imperialistas americanos".

Na quinta-feira (16), Pyongyang testou seu maior e mais poderoso míssil balístico Intercontinental Exchange (ICBC), o Washington-17.

A agência de notícias norte-coreana KCNA classificou o lançamento do Hwasong-17 de uma resposta aos "frenéticos" exercícios de Estados Unidos e Coreia do Sul.

É a segunda vez neste ano que a Coreia do Norte lança um ICBM.

A pedido dos Estados Unidos e do Japão, o Conselho de Segurança da ONU deve fazer uma reunião de emergência na segunda-feira (20) sobre o lançamento do míssil balístico, informou a agência de notícias Yonhap.

Já a agência norte-coreana de notícias KCNA informou neste domingo que o Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang advertiu "energicamente" os Estados Unidos e outros países que "contramedidas legítimas de autodefesa" para a Coreia do Norte devem ser incluídas na discussão no Conselho de Segurança da ONU.

Especialistas já haviam alertado que Pyongyang poderia usar os exercícios conjuntos como pretexto para fazer mais lançamentos de mísseis.

Ontem, a KCNA afirmou que as manobras conjuntas estavam "se aproximando de uma linha vermelha imperdoável".

A última onda de lançamentos de Pyongyang aproximou Seul e Tóquio, levando-os a buscar resolver suas disputas históricas e tentar aumentar a cooperação em matéria de segurança.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, viajou para o Japão na quinta-feira para se reunir com o primeiro-ministro Fumio Kishida, visando ao fortalecimento de suas relações diante da crescente belicosidade da Coreia do Norte.

No ano passado, a Coreia do Norte se declarou uma potência nuclear "irreversível". Recentemente, seu líder, Kim Jong-un, pediu um aumento "exponencial" da produção de armas, incluindo armas nucleares táticas. Kim também ordenou às Forças Armadas norte-coreanas que intensifiquem sua preparação para uma "guerra real".

Yang Moo-jin, acadêmico da Universidade de Estudos Norte-coreanos em Seul, disse que os últimos lançamentos de mísseis têm vários propósitos. Entre eles, estão protestar contra os exercícios conjuntos e testar a resposta trilateral de Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão.

A Coreia do Norte lançou nesta sexta-feira (23) um "míssil balístico não identificado", o mais recente de uma série de testes armamentistas, afirmou o exército da Coreia do Sul.

Pyongyang "disparou um míssil balístico não identificado no Mar do Leste", afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, em referência ao que também é conhecido como Mar do Japão.

O lançamento acontece após um ano sem precedentes de testes de armas por parte da Coreia do Norte, incluindo o disparo em novembro do míssil balístico intercontinental (ICBM) mais avançado do país.

A influente irmã do líder Kim Jong Un afirmou esta semana que a Coreia do Norte desenvolveu uma tecnologia para obter imagens do espaço com um satélite espião.

Estados Unidos e Coreia do Sul alertam há meses que a Coreia do Norte está perto a realizar seu sétimo teste nuclear.

Os dois países organizaram na terça-feira um exercício aéreo conjunto e mobilizaram um bombardeiro estratégico americano B-52H na península da Coreia, segundo um comunicado do Estado-Maior Conjunto.

O bombardeiro pesado de longo alcance participou em um exercício que incluiu os aviões militares mais avançados dos EUA e da Coreia do Sul, incluindo os caças F-22 e F-35.

O lançamento desta sexta-feira aconteceu poucas horas depois de a Casa Branca afirmar que Pyongyang forneceu armas ao grupo militar privado russo Wagner.

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de alcance intermediário que sobrevoou o Japão, o que levou este país a ativar seu sistema de alerta e recomendar que a população procurasse refúgio.

A última vez que Pyongyang disparou um míssil sobre o Japão foi em 2017, em meio ao aumento das tensões entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

O exército sul-coreano afirmou que detectou "um míssil balístico suspeito de alcance intermediário que foi lançado da área de Mupyong-ri na província de Jagang por volta das 7h23 (19h23 de segunda-feira em Brasília) e passou sobre o Japão na direção leste".

Em um comunicado posterior, as Forças Armadas da Coreia do Sul explicaram que o projétil voou 4.500 quilômetros a uma altitude de 970 quilômetros e atingiu uma velocidade de Mach 17, o que equivale a 17 vezes a velocidade do som.

O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol denunciou uma "provocação" que viola as resoluções da ONU e defendeu uma "resposta firme e a adoção de medidas correspondentes em cooperação com os Estados Unidos e a comunidade internacional".

- Alerta no Japão -

Tóquio também relatou o disparo do míssil por Pyongyang e emitiu um alerta de evacuação em duas regiões do norte para que seus habitantes se refugiassem dentro de prédios ou em abrigos subterrâneos.

"Acredita-se que um míssil balístico passou sobre nosso país e caiu no Oceano Pacífico. Este é um ato de violência após o recente disparo repetido de mísseis balísticos. Nós o condenamos fortemente", disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

O ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, afirmou que a Coreia do Norte "disparou mísseis do tipo Hwasong 12 quatro vezes no passado, então este pode ser um projétil do mesmo tipo".

Se a distância do voo for confirmada, que Tóquio calculou em 4.600 km, seria um recorde para este tipo de projétil, segundo o ministro.

O Comando dos Estados Unidos para a região Indo-Pacífico condenou o lançamento norte-coreano e reafirmou seu compromisso com a defesa do Japão e da Coreia do Sul.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chamou o disparo de "agressão injustificável" e afirmou que a União Europeia "é solidária a Japão e Coreia do Sul".

- "Escalada significativa" -

Com as negociações entre Washington e Seul paralisadas há tempo, Kim redobrou seus esforços para modernizar o arsenal da energia nuclear e implantou um número recorde de testes de armas.

Na semana passada, Pyongyang disparou até quatro mísseis balísticos de curto alcance, incluindo um poucas horas após a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, a Seul.

Paralelamente à escalada de testes do país comunista, Seul, Tóquio e Washington intensificaram seus exercícios militares conjuntos.

O lançamento mais recente envia uma mensagem aos Estados Unidos, afirmou à AFP Park Won-gon, professor de Estudos Norte-Coreanos na Universidade Ewha, de Seul.

"Os mísseis, capazes de transportar ogivas nucleares, colocam a Coreia do Sul, Japão e Guam dentro de seu alcance" e mostram que Pyongyang pode atacar bases americanas com armas atômicas se uma guerra começar na península coreana, disse Park.

Há alguns dias atrás, Seul e Washington realizaram exercícios navais em larga escala na península e planejam para sexta-feira manobras submarinas com o Japão, as primeiras em cinco anos.

Os exercícios incomodam a Coreia do Norte, que os considera ensaios para uma eventual invasão.

"Se Pyongyang disparou um míssil sobre o Japão, isso significaria uma escalada significativa em suas recentes provocações", disse Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha.

Washington e Seul vêm alertando há meses que o país comunista está preparando um novo teste de uma arma nuclear. Segundo eles, isso pode acontecer logo após o Congresso do Partido Comunista da China em 16 de outubro.

A Coreia do Norte, alvo de várias sanções da ONU por seus programas de armas, normalmente procura maximizar o impacto geopolítico de seus testes em momentos propícios.

A Coreia do Norte voltou a disparar um novo míssil balístico de médio alcance, após quatro tentativas terem falhado nos últimos meses, de acordo com autoridades sul-coreanas. Este é o segundo teste com míssil de médio alcance. O míssil percorreu cerca de 400 quilômetros e atingiu uma altitude de 1.000 quilômetros, surgindo como o teste mais eficiente até agora.

Os suspeitos testes do míssil de médio alcance Musudan têm preocupado os EUA e seus aliados, como Tóquio e a Coreia do Sul, pois o alcance do míssil pode atingir 3.500 quilômetros e atingir bases militares norte-americanas localizadas no oceano Pacífico.

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O ministro de Defesa do Japão, Gen Nakatani, disse que o lançamento mais recente demonstra um "certo nível de capacidade", e poderia conduzir a um maior reforço das capacidades de mísseis balísticos da Coreia do Norte que podem cobrir o território japonês. Para ele, o disparo mostra uma preocupante evolução no programa de mísseis do regime de Kim Jong-un. "A ameaça ao Japão está a intensificar-se", disse o ministro. Fonte: Associated Press.

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