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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) incentiva, por meio de campanha virtual, a população ir às urnas no próximo domingo (1º) para escolher os novos membros do Conselho Tutelar em cada município do estado. O processo de escolha acontece em todo o território nacional, sendo utilizadas, pela primeira vez, as urnas eletrônicas, cedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Os conselheiros tutelares são responsáveis por defender e garantir os direitos das crianças e adolescentes, seguindo as diretrizes instituídas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A votação é facultativa, e podem participar todos os eleitores regulares. O mandato dos candidatos eleitos é de quatro anos de duração, e são escolhidos até cinco membros em cada Conselho Tutelar. 

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Além do MPPE, políticos foram às redes sociais estimular a população a participar do processo de escolha dos conselheiros tutelares, como o deputado estadual João Paulo (PT), que manifestou seu apoio ao voto consciente. Segundo o parlamentar, “as atenções se voltam para a possibilidade de a extrema direita conseguir eleger pessoas que representam um retrocesso nas conquistas do próprio Estatuto da Criança e do Adolescente”. Sem citar nomes, ele ressaltou a importância de votar em pessoas “verdadeiramente comprometidas com a proteção e cuidados com a infância e adolescência em nossas cidades e o respeito às leis”. 

Convocação nacional 

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, realizou, nesta quinta-feira (28), uma convocação simbólica nas redes sociais, incentivando a população a participar da votação, como parte fundamental dos processos de cuidados das crianças e adolescentes.  

"Não se trata de uma ocasião trivial. Trata-se de garantir que nós vamos participar democraticamente da eleição das pessoas que vão cuidar da vida de crianças e adolescentes, especialmente aquelas que não contam com o amparo de uma família, não contam com o abraço e o sustento de um pai ou de uma mãe”, afirmou o chefe da pasta. 

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O advogado e escritor Silvio Almeida, que assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania nesta terça-feira (3), criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse ter recebido o ministério “arrasado” e, por isso, deverá fazer uma revisão das ações realizadas durante o governo passado. 

“Recebo o ministério arrasado. Conselhos foram encerrados e o orçamento foi drasticamente reduzido. A gestão anterior tentou extinguir a Comissão de Mortos e Desaparecidos, não conseguiu. Todo ato ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito, será revisto por mim e pelo presidente Lula”, garantiu Almeida no discurso de posse da pasta.

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O ministro fez questão de ressaltar que não vai permitir que o colegiado seja utilizado “para reprodução de mentiras e preconceitos”. Além disso, ele mencionou que trabalhadores, mulheres, negros, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, indígenas, idosos “existem”, e que são valiosos para o governo. “Permitam-me, como primeiro ato como ministro, dizer o óbvio, o óbvio que, no entanto, foi negado nos últimos quatro anos”, afirmou. “Quero ser ministro de um País que ponha a vida e a dignidade humana em primeiro lugar”, complementou Silvio. 

Ainda segundo Silvio Almeida, uma das principais missões é a diminuição do índice de homicídio de jovens pobres e negros no Brasil e que, para isso, conversará com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para a realização de uma ação conjunta das pastas.

A recriação do conselho para elaboração de políticas voltadas para pessoas LGBTQIA+ também é um dos objetivos, assim como as necessidades das minorias, crianças e adolescentes que ficaram órfãs durante a pandemia da Covid-19. “Direitos humanos não é pauta moral, é pauta política. Não é um emblema, é a oportunidade do estado cumprir o que está na Constituição”, afirmou.

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