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A seleção brasileira masculina de goalball conquistou, nesta sexta-feira (3), medalha de ouro inédita na Paralimpíada de Tóquio (Japão). Os brasileiros, bicampeões mundiais (2014 e 2018), golearam a China por 7 a 2 no Centro de Convenções Makuhari Messe, na cidade de Chiba. Na coleção de medalhas do Brasil, só faltava o ouro paralímpico. O país foi prata em Londres 2012 e bronze na Rio 2016.

No primeiro tempo, o Brasil conseguiu abrir dois gols de vantagem, o que foi importante para controlar a partida. Além disso, mostrou solidez na defesa. As bolas na rede aconteceram na segunda metade da primeira etapa, com Romário e Parazinho.

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Na segunda etapa, os brasileiros conseguiram fazer o que queriam no início, o terceiro gol do confronto, com Leomon Moreno. Em seguida, a China diminuiu o marcador para 3 a 1, em cobrança de penalidade. Daí para frente os gols continuaram acontecendo, com os chineses marcando mais um e os brasileiros aumentando o marcador em finalizações de Leomon, duas vezes, e de Parazinho, que também fez mais dois. Final de jogo: Brasil 7, China 2.

Campanha

Na fase de grupos, a seleção brasileira obteve três vitórias e uma derrota. Além da goleada sobre a Lituânia na estreia (11 a 2), os brasileiros venceram a Argélia por 10 a 4 e o anfitrião Japão por 8 a 3. Já o revés aconteceu no duelo com os Estados Unidos, medalhista de prata na Rio 2016, por 8 a 6.

Nas quartas de final, os atuais bicampeões mundiais derrotaram a Turquia por 9 a 4, demonstrando força na competição. Já na semifinal os brasileiros encararam a Lituânia mais uma vez, e levaram a melhor: 9 a 5.

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Nesta terça-feira (24), será dada a largada para o início dos Jogos Paralímpicos em Tóquio. O evento vai apresentar a cerimônia de abertura no Estádio Nacional do Japão, a partir das 8h (horário de Brasília) e no mesmo dia já começam as competições. O Brasil costuma ser destaque na competição, por isso a expectativa está alta, já que mais de 250 atletas vão representar a camisa amarela. O LeiaJá selecionou os momentos mais marcantes da Seleção Brasileira nas últimas quatro edições dos Jogos. Confira:

Atenas 2004

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Quando os Jogos Paraolímpicos foram realizados na Grécia, o Brasil não era o principal destaque, tão pouco foi criada grande expectativa, já que o melhor desempenho da delegação brasileira até então,era o 24° lugar em 1984, quando o evento foi sediado em Nova Iorque e Stoke Mandeville. Nesta oportunidade, o Brasil ficou em 14° no ranking final e conquistou 14 medalhas de ouro, 12 pratas e sete bronzes. O maior destaque ficou no futebol, já que o Brasil conquistou o ouro inédito em cima dos argentinos, em jogo dramático que precisou ser decidido nas penalidades máximas. Além disso, a Seleção Brasileira saiu da competição futebolística como a única invicta.

Pequim 2008

A edição que ocorreu na China marcou história como um  claro de divisor de águas do esporte para atletas deficientes: pela primeira vez, desde 1960, a delegação brasileira entrou na lista das dez seleções com o melhor desempenho, marcando a 9ª posição. Ao longo da edição em Pequim, o Brasil conquistou 47 medalhas, sendo 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes. O nadador Daniel Dias foi a figura que mais chamou a atenção nesta edição, já que conquistou quatro ouros, quatro pratas e um bronze. O sucesso do atleta foi preponderante para que ele recebesse o Prêmio Laureus, troféu concedido ao esportista que mais se destaca no ano.  

Londres 2012

Nesta oportunidade, o Brasil impôs autoridade no atletismo, na modalidade 200m rasos feminino para deficientes visuais e conseguiu colocar três atletas brasileiras no pódio: Terezinha Guilhermina levou o ouro, Jerusa Santos ficou com a prata, e Jhulia Karol fechou com o bronze. Além disso, a conquista do primeiro lugar pela brasileira Terezinha Guilhermina ficou registrado como um novo recorde da história dos Jogos Paralímpicos: foram necessários pouco mais de 24 segundos para percorrer o trajeto de 200 metros.

Rio 2016

Ao todo, a delegação brasileira conquistou 72 medalhas durante a competição. Mas houve um atleta em específico que chamou a atenção dos espectadores e adversários: Daniel Dias. O nadador chegou até os Jogos Paralímpicos com a missão de conquistar o máximo de medalhas possível, e não decepcionou. Ao todo, Daniel levou para casa nove medalhas, sendo quatro ouros, três pratas, e dois bronzes. O resultado foi o ingrediente que faltava para o brasileiro atingir dois recordes: o maior medalhista da competição no Rio, e o maior vencedor da natação paralímpica masculina da história.

O esporte na vida de pessoas com deficiências

De acordo com Brunno Zacharias, psicólogo esportivo, o ser humano é um animal bio-psico-social, e o esporte desenvolve essas três necessidades, e com pessoas deficientes não é diferente. “A relevância do esporte para pessoas com deficiência é o convívio social, que colabora para a prevenção de enfermidades secundárias como, depressão, transtornos compulsivos e fobia social. Em geral, enfermidades que afetam drasticamente a qualidade de vida e o enfrentamento dos desafios cotidianos da pessoa”, explica o psicólogo esportivo.

Assim, a prática esportiva se torna um caminho de inclusão social, já que o convívio com outras pessoas, sejam elas deficientes ou não, é um importante instrumento de socialização. Segundo Zacharias, eventos de grandes proporções como os Jogos Paraolímpicos são importantes para dar visibilidade ao significado da deficiência. “De acordo com o relatório mundial sobre deficiência, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma forma de deficiência. [As Paraolimpíadas] colaboram com a quebra de muitos paradigmas preconceituosos e ajuda na conscientização sobre o assunto”, finaliza o psicólogo esportivo.

 

A partir desta sexta-feira (16) os atletas de tênis em cadeira de roda irão disputar o Aberto de Barranquilla de Tênis em Cadeira de Rodas, na Colômbia. Nesta competição irão participar os melhores atletas das Américas na modalidade.

Quatro tenistas irão representar o Brasil, Natália Mayara Azevedo, Daniel Alves Rodrigues, Rafael Medeiros Gomes e Rejane Cândida. Nesta competição, os atletas podem somar pontos no ranking mundial e se aproximar da vaga para os Jogos Paraolímpicos de Londres.

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O destaque da equipe brasileira na competição é a pernambucana, Natália Mayara Azevedo, 18 anos,  uma das apostas para Londres. Caso consiga a vaga, esta será a primeira participação do tênis feminino brasileiro em uma Paraolimpíada.

Para assegurar a vaga para Londres, os atletas masculinos precisam estar entre os 46 melhores do ranking mundial e no feminino entre os 22 primeiros. Até maio estarão definidos os atletas que estarão nas Paraolimpíadas, antes disso o Brasil ainda vai participar de três competições. Os abertos de Minas, Argentina e do Chile.

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