Tópicos | Inclusão escolar

Na próxima quarta-feira (12), a Clínica Ninho vai promover a palestra  “Descomplicando o Autismo nas Escolas”, no Hotel Jangadeiro, localizado em Boa Viagem às 19h. O encontro discutirá as dificuldades que as escolas enfrentam ao atender crianças com autismo, destacando a importância de oferecer o suporte necessário para atender adequadamente a essa população. As inscrições podem ser feitas de maneira gratuita através de um formulário na bio do Instagram da Clínica Ninho (@clinicaninho), ao todo 300 vagas estão disponíveis. 

A palestra conta com a participação de três palestrantes especialistas no tema: Carmo Pascoal, analista do comportamento e supervisora da Clínica Ninho, Emanuela Freire, psicóloga, mediadora escolar, terapeuta cognitiva comportamental e supervisora da Clínica Ninho; Suelma Santos, psicopedagoga da Clínica Ninho e a convidada e escritora Thallyta Mota. 

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A proposta é apresentar ferramentas que possam ser utilizadas pelos educadores para melhorar o atendimento aos alunos autistas, visando proporcionar um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor. “As escolas são um divisor de águas na vida dessas crianças, ou elas se integram ou vão ficar extremamente reclusas no futuro, por isso que a gente orienta aos profissionais da educação que se capacitem, para que a escola acompanhe a terapia”, afirmou a Dra. Carmo Pascoal,  analista de comportamento e supervisora da Clínica Ninho 

Serviço:

Especialistas em autismo discutem inclusão escolar em palestra gratuita no Recife

Quando: Quarta-feira, 12 de abril, às 19hs. 

Onde: Hotel Jangadeiro, Av. Boa Viagem, 3114 - Boa Viagem, Recife. 



 

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse hoje (6) que o Ministério da Educação (MEC) busca a ampliar acessibilidade e políticas de afirmação de surdos. Segundo ele, está incluído na proposta da Base Nacional Comum Curricular, a formação adequada de professores, “para que a gente possa ter uma política pública cada vez mais inclusiva, respeitando a condição específica dos surdos ou daqueles que têm deficiência auditiva no nosso país".

Mendonça Filho participou hoje do programa Por Dentro do Governo, produzido pela TV NBR, e comentou o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio deste ano: Desafios para a Formação Educacional de Surdos no Brasil.

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Segundo o ministro, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), no Rio de Janeiro, é quem subsidia as políticas públicas para surdos no âmbito do MEC e apoia a sua implementação pelas esferas subnacionais de governo. “Na ponta, quem tem a responsabilidade direta por essas políticas públicas são os estados e municípios. Cabe ao Ministério da Educação induzir e apoiar politicas nacionais de inclusão geral e específicas”.

Com mais de 160 anos de existência, o Ines produz material pedagógico, fonoaudiológico e de vídeos em língua de sinais, distribuídos para os sistemas de ensino. Além de atender em torno de 600 alunos, da educação infantil ao ensino médio, o instituto também forma profissionais surdos e ouvintes no Curso Bilíngue de Pedagogia.

Para Mendonça Filho, a língua brasileira de sinais (Libras) precisa ser cada vez mais incorporada na política educacional brasileira. Por isso, desde 2013, em parceria com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), o Ines disponibiliza conteúdo audiovisual acessível ao público surdo e aulas de Libras, por meio da TV INES .

Abstenções no Enem

Segundo o ministro da Educação, a abstenção de 30,2% no primeiro dia de provas do Enem seguiu os patamares de anos anteriores. Entretanto, para ele, é preciso reduzir esse número. “Preparamos o exame para 6,7 milhões de inscritos e não tivemos todos eles comparecendo à prova. Isso significa um desperdício. Se alguém tem uma motivação de força maior ou de doença é compreensível, mas outros que se inscrevem e não comparecem por razão mais banal, não é razoável. Estamos aplicando cerca de R$ 90 por prova e isso é dinheiro tirado do contribuinte”.

Ontem (5) foi o primeiro dia do Enem, com provas de redação, linguagens (língua portuguesa e língua estrangeira) e ciências humanas (geografia, história, filosofia, sociologia e conhecimentos gerais). O segundo dia de provas será no próximo domingo (12), com questões de matemática e ciências da natureza.

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A cada ano, a quantidade de pessoas com deficiência em sala de aula aumenta. Em comparação com o apurado em 2005, em 2017 o número é 6,5 maior. É o que afirma uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com os dados coletados, hoje existem 750.983 estudantes com algum tipo de deficiência convivendo com os demais alunos nas escolas de todo o Brasil. Mesmo assim, esse crescimento ainda não é o suficiente. 

Para a psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar Ana Regina, esses resultados são reflexos de uma maior conscientização da população sobre o assunto, aliada as políticas públicas dos últimos anos, e são o começo de um longo caminho. “São números significativos, mas há muito trabalho a ser feito, não só por parte das escolas e da comunidade, mas também dos governantes. É necessário que continuem investindo em políticas públicas, conscientização e estrutura, para que essas pessoas tenham acesso à educação igual aos demais”, comenta Ana Regina. 

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Além da conscientização, outro fator que contribuiu com esse aumento foi a Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência (ou Estatuto da Pessoa com Deficiência), aprovada em 2015, que tem como objetivo assegurar e promover, em condições iguais, o exercício dos direitos e liberdades da pessoa com deficiência, visando essa inclusão social e cidadã.  Por isso, ela proíbe a cobrança de valores adicionais nas matrículas e mensalidades por parte das escolas particulares em casos de alunos com deficiência.  

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Apesar das boas notícias, a especialista alerta para as dificuldades da inclusão efetiva nas escolas, como a falta de capacitação por parte do corpo docente, que em sua grande maioria não está preparado para receber pessoas com deficiência. E a falta de conhecimento sobre as características das deficiências por parte dos alunos e do meio em geral, que também dificultam esse processo. “Como eu disse, estamos caminhando, mas precisamos melhorar em muitos aspectos. Quanto as escolas é fundamental que haja uma capacitação dos professores para atender esse aluno. E quanto aos alunos, é necessário que haja uma explicação, uma conscientização da turma sobre aquela deficiência, para que eles possam incluir aquela criança da melhor forma possível”, esclarece. 

Infraestrutura 

A pesquisa feita pelo Inep também mostrou que  apenas 26% das escolas públicas são acessíveis a esses estudantes. Já nas escolas particulares, esse número é um pouco maior, atingindo 35%. O que pode ser considerado bom, já que em 2011 ele era de 11%, mas segundo a psicopedagoga está longe de ser o ideal e muito precisa ser feito. “Hoje existem algumas políticas públicas e um trabalho maior de conscientização das pessoas em relação ao tema, isso tem ajudado nessas mudanças, mas infelizmente não é o suficiente”, finaliza a especialista.  

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