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A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que apenas US$ 15 milhões foram arrecadados até o momento para assistência às vítimas do furacão Matthew, no Haiti. No último dia 10, a ONU havia feito um chamamento internacional, solicitando doações de US$ 120 milhões para ajudar aos 750 mil haitianos gravemente afetados pelo desastre.

Segundo Stephan Dujarric, porta-voz das Nações Unidas em Nova York, 175 mil pessoas estão vivendo em 224 albergues temporários e mais de 115 mil crianças estão sem aulas devido à destruição de suas escolas. Além disso, mais de 1,2 milhão de pessoas, incluindo 500 mil menores, estão precisando de água potável e saneamento para evitar a propagação de doenças.

Dujarric acrescentou que as agências da ONU estão distribuindo pastilhas purificadoras de água para aproximadamente 475 mil pessoas, além do fornecimento de cloro às autoridades locais, para que coloquem nos sistemas de água do país.

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Equipes de busca e resgate encontraram mais dois corpos dentro de veículos submersos por inundações devido ao furacão Matthew no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, aumentando o número de fatalidades na região para 26, informou o governador Pat McCrory neste sábado.

As inundações causadas pelo furacão mataram pelo menos 43 pessoas nos EUA e mais de 500 no Haiti. Muitas áreas continuam embaixo da água, uma semana após o furacão ter passado pelo estado. Cidades como Princeville, Lumberton e Fair Bluff permanecem inundadas. No começo da próxima semana o governador planeja divulgar um plano detalhada de como a Carolina do Norte será reconstruída, incluindo os custos.

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As últimas vítimas foram encontradas em Cumberland County e Wayne County. Quase todas as mortes no estado foram de pessoas que estavam dirigindo ou passando pela rua e foram levadas pela água. Fonte: Dow Jones Newswires.

O diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) no Haiti denunciou nesta quinta-feira (13) ataques contra comboios humanitários e a lentidão da chegada de ajuda para as vítimas do furacão Matthew, que devastou o sul do país na semana passada.

"Infelizmente, há pessoas que tentam tirar vantagem desse esforço humanitário e temos perdido quantidades de alimentos por conta de roubos", disse nesta quinta-feira à AFP Carlos Veloso, diretor do PMA, uma agência da ONU.

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"Isso atrasará todo nosso esforço de levar alimentos para a população, ou de outra forma, deveremos tomar medidas muito caras como [usar] helicópteros e não poderemos transportar as mesmas quantidades aos mesmos lugares", lamentou.

Uma semana depois da passagem do devastador furacão sobre o Haiti, a cólera atingiu os habitantes de áreas isoladas: muitos comboios humanitários foram bloqueados por barricadas e, em alguns casos, roubados na rota nacional que atravessa a ilha sul.

O fracasso da gestão após o terremoto em 2010, onde somente uma fração da ajuda foi recebida pelas vítimas, permanece na memória e as famílias afetadas pelo furacão temem ser esquecidas.

"Compreendo o desespero das pessoas, mas elas devem nos ajudar: devem deixar a assistência passar", pediu Veloso. "Há lugares que vão receber agora e outros em uma segunda fase, mas devemos fazer isso de uma forma organizada porque não podemos chegar a todos os locais ao mesmo tempo", afirmou.

De acordo com estimativas parciais do PMA, mais de 750.000 pessoas necessitavam de ajuda alimentar de emergência.

Desde a semana passada, mais de 700 toneladas de alimentos foram transportadas pelo PMA ao departamento (estado) sul de Grand-Anse, incluindo 192 toneladas que já foram distribuídas a 23.000 pessoas. Relatórios locais indicavam que antes da passagem do furacão 3,2 milhões de habitantes estavam em situação de insegurança alimentar.

Serão necessários 45 milhões de dólares para garantir a resposta alimentícia de urgência para as 750.000 mais atingidas e seis milhões de dólares adicionais para financiar a logística dessa ajuda.

Lares destruídos e muitas mortes formam o cenário no Haiti após a passagem do furacão Matthew no Haiti. Diante da destruição, os sobreviventes estão vivendo em situação de calamidade e clamam por um olhar de solidariedade da população mundial. Em Pernambuco, a Associação dos Delegados de Polícia (Adeppe), a ONG Visão Mundial e a empresa Tempus Comunicação lançaram, nesta quinta-feira (13), a campanha "É tempo de ser solidário - o Haiti precisa dos Pernambucanos". 

Com lançamento nas redes sociais, outdoors e cartazes fixados em diversos locais da Região Metropolitana do Recife, a ação utiliza-se do site da Visão Mundial para receber doações financeiras para as vítimas do Matthew.

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O diretor de marketing da Visão Mundial, Carlos Diego, explicou que o trabalho da ONG no país já prestou assistência a 942 famílias até o momento. A meta é garantir acesso à água potável, alimentação e prevenção de doenças para 50 mil famílias. Um dos principais objetivos é juntar cerca de US$ 14,4 milhões para ajudar mais de 200 mil vítimas. 

Doações

Interessados podem doar a partir de R$ 50. Segundo a ONG, o valor arrecado será destinado à compra de kits de higiene, cobertores, garrafões de água, entre outros itens. O furacão matou mais de 870 pessoas e deixou mais de 1,3 milhões sem casa.

Duas estações de tratamento de água potável foram entregues no Haiti, uma ajuda vital enviada pela França a este país fortemente atingido na semana passada pelo furacão Matthew e que teme o aumento dos casos de cólera.

Essas estações fazem parte do primeiro carregamento francês de ajuda humanitária que chegou nesta terça-feira pela manhã em Porto Príncipe. O avião levava 69 toneladas de ajuda, além de medicamentos e kits contra a cólera. "Será a Dinepa (Direção Nacional de Água Potável e Saneamento) que definirá as áreas onde serão instaladas essas estações", explicou à AFP Elisabeth Beton-Delègue, embaixadora da França no Haiti.

"O objetivo da segunda fase agora é sua disponibilização: há 60 agentes de segurança civil para verificar a montagem e manutenção destas estações de emergência, que não ficarão no país, mas servem para fazer a transição", afirmou a diplomata.

Enviar as estações, que podem produzir cada uma 250 metros cúbicos de água potável por dia, é um grande desafio: cada equipamento pesa sete toneladas e a via aérea é a única solução levando em conta as dificuldades de acesso às zonas mais devastadas. A lenta disponibilização da ajuda enfureceu alguns habitantes das áreas isoladas. Muitos comboios humanitários foram bloqueados pelas barricadas feitas por moradores na avenida nacional que atravessa a ilha sul.

"Imagina uma pessoa que perde tudo: um pouco de raiva é compreensível, mas vão ficar satisfeitos", comentou Pierrot Delienne, ministro das Relações Exteriores. "Fazemos a coordenação para que todos possam se beneficiar da ajuda. Haverá certas zonas que terão prioridade em relação a outras, mas ninguém ficará esquecido", acrescentou. Além da necessidade de ajuda humanitária de emergência, a passagem do furacão Matthew obrigou os países estrangeiros a revisar seus programas de cooperação existentes.

"Já estávamos presentes no sul com um projeto de saúde para mães e crianças com o hospital de Jeremie, mas também com muitos centros de saúde. Será necessário remodelá-lo para ajustar às necessidades. Com sorte, o hospital continua funcionando", assinalou Beton-Delègue. "Temos também projetos nos setores de café, vetiver e cacau: deve-se retomar tudo". A França anunciou que desbloqueou 150.000 euros suplementares a título de ajuda humanitária para o Haiti.

O furacão Matthew causou pelo menos 17 mortes nos Estados Unidos até o momento, com sete delas ocorrendo no estado da Carolina do Norte. O furacão foi rebaixado a ciclone pós-tropical no início deste domingo, com ventos de 120 km/h. No Haiti, onde Matthew passou com mais intensidade na semana passada, o número de mortes confirmadas chegou a 336 e há mais de 60 mil pessoas deslocadas de suas casas.

O furacão Matthew começou a se formar no Oceano Atlântico há duas semanas e foi gradualmente se transformando numa tempestade de categoria 4, quando atingiu o Caribe. Após passar pelo Haiti, pela Jamaica e por Cuba, o furacão subiu para os EUA, na costa da Flórida. Felizmente, a tempestade não chegou a terra firme e poupou o estado de uma devastação maior. Quando finalmente alcançou terra firme no sábado, na Carolina do Sul, Matthew já havia caído para a categoria 1 de furacão.

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De acordo com o governador da Carolina do Norte, Pat McCrory, foram acionadas 58 equipes de resgate que já salvaram 887 pessoas em áreas inundadas. Há socorro adicional a caminho para ajudar a população que vive em áreas rurais, onde o serviço de emergência 911 está indisponível. Fonte: Dow Jones Newswires.

A magnitude da devastação que deixou o furacão Matthew no Haiti ficou nítida neste sábado (8), três dias após a passagem do ciclone arrasou o sul do país deixando mais de 400 mortos.

Enquanto o Matthew ameaçava o litoral dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama pediu aos americanos que fizessem doações ao Haiti, onde milhões de pessoas precisam de assistência depois desse último desastre atingir o país mais pobre das Américas.

A passagem do furacão levou ao adiamento das demoradas eleições presidenciais e legislativas previstas para este domingo. Embora Porto Príncipe, capital e principal cidade haitiana, quase não tenha sofrido danos, o sul do país ficou devastado.

Imagens aéreas da zona atingida pelo furacão mostram uma paisagem em ruínas, com moradias arrasadas e sem teto, árvores caídas e o solo coberto pelo lodo dos rios inundados. Herve Fourcand, senador do departamento Sul, disse que vários povoados permanecem ilhadas por inundações e deslizamentos de terra.

Jeremie, um município de 30.000 habitantes que ficou inacessível desde a sexta-feira, recebia os visitantes com cenas de desolação, sem energia elétrica pela destruição dos cabos e com as as comunicações interrompidas.

Praticamente todas as casas de alumínio foram destruídas e apenas poucas construções de concreto ficaram de pé. "É como se alguém tivesse um controle remoto e só apertasse o botão do vento para aumentar mais e mais", disse Carmine Luc, uma mulher de 22 anos.

"Quando o teto da minha casa voou, me segurei na parede com a mão esquerda e com a direita agarrei com todas as minhas forças o meu filho de três anos, que gritava", contou. Um barco com nove contêineres de comida e medicamentos foi enviado a Dame Marie, no departamento de Grand'Anse, no oeste.

"Provavelmente foi o departamento mais duramente atingiu e as condições não permitem o pouso de helicópteros", disse à AFP o ministro do Interior, Francois Anick Joseph. "Fazemos o melhor que podemos para ajudar os afetados", afirmou.

Comboios de ajuda foram enviados por terra, ar e mar a outras zonas atingidas de Grand'Anse, incluindo helicópteros militares que transportaram 50 toneladas de água, comida e medicamentos.

- Não ficou nada -

Mais ao sul, Les Cayes, o terceiro povoado do Haiti, ficou muito danificado. Em Sous-Roches, um tranquilo bairro em frente à praia, se transformou em um caos de lodo e árvores destruídas. O nível do rio começou a baixar, mas a água ficou revolta pelas inundações do mar.

"Pensei que iria morrer. Vi a cara da morte", disse Yolette Cazenor, mulher de 36 anos, parada em frente a uma casa partida em duas por um coqueiro que caiu sobre ela. Durante 10 horas, as fortes rajadas do Matthew e uma chuva forte arrasaram também os cultivos nos campos da comunidade, o que sugere meses ainda mais difíceis para o país.

Mais de 80% dos cultivos se perderam em algumas áreas, de acordo com o escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas. Cerca de um milhão de pessoas precisam de ajuda urgente, disse a organização humanitária CARE France: "As pessoas não têm nada exceto a roupa que vestem".

As promessas de ajuda se multiplicaram enquanto os Estados Unidos anunciaram o envio de um buque com 300 efetivos especializados em emergências médicas, assistência e reconstrução, além de três helicópteros, que se somarão a a mais 250 homens e nove outros helicópteros já prontos para serem deslocados para o Haiti.

O grupo de ajuda humanitária International Relief Teams, com sede na Califórnia, disse ter doado 7 milhões de dólares em materiais médicos, junto com as organizações internacionais MAP International e Hope for Haiti.

A França, por sua vez, anunciou o envio de 32 toneladas de ajuda humanitária e equipe para purificação de água. A Venezuela, que sofre uma grave crise econômica e desabastecimento, enviou três cargas de ajuda e alimentos.

Mais um desastre natural devasta o Haiti, que em janeiro de 2010 foi devastado por um terremoto que destruiu grande parte da capital e deixou mais de 250.000 mortos.

Depois de deixar mais de 1 milhão de pessoas sem luz na Flórida, o Furacão Matthew avança neste sábado (8) pelos estados norte-americanos da Carolina do Sul e da Geórgia. A intensidade dos ventos diminuiu.

Nessa sexta (7), os ventos chegaram a 210 quilômetros por hora e hoje diminuíram para 170 quilômetros por hora. Porém, os perigos ocasionados pelas fortes chuvas aumentaram. Os sites oficiais de Savannah, a mais antiga cidade da Geórgia, e de Charleston, na Carolina do Sul, estão alertando os turistas para que procurem ficar nos hotéis ou até mesmo saiam da cidade se houver um aumento das inundações.

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As autoridades locais estão adotando medidas para evitar mortes nas cidades da Geórgia e de Carolina do Sul, a exemplo do que ocorreu no estado da Flórida, onde o furacão provocou cinco mortes.

As prefeituras de Charleston e Savannah divulgaram informações sobre o avanço da maré. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra que as águas do mar subiram pelas encostas e avançaram por áreas da cidade. O serviço de meteorologia de Charleston informou que a maré subiu quase quatro metros, o maior nível já registrado este ano.

Relatório do Departamento de Transporte da Geórgia informou que em Savannah árvores desabaram e estão bloqueando o trânsito. Por causa da queda de árvores, o tráfego pela Rodovia 95, uma das estradas interestaduais mais importantes da região, ficou interrompido no limite entre a Geórgia e a Carolina do Sul.

Segundo o serviço de meteorologia dos Estados Unidos, depois de avançar pela costa da Geórgia e da Carolina do Sul, o furacão Matthew vai chegar à Carolina do Norte.

As autoridades cubanas não informaram vítimas fatais com a passagem do furacão Matthew, mas duas cidades costeiras do leste da Ilha seguiam isoladas nesta sexta-feira (7) - informou a imprensa oficial.

A província de Guantánamo foi arrasada na noite de terça-feira por Matthew, o furacão mais violento a atingir o Caribe em uma década. Em Maisí, cidade atravessada pelo olho do furacão, todos os telhados laminados das casas foram arrancados, enquanto Imías permanecia sem eletricidade nesta sexta-feira.

As duas cidades continuam inacessíveis por terra, com as estradas bloqueadas por rochas, relatou a imprensa estatal, assegurando que as reservas de água e de alimentos são suficientes para a população. Baracoa, de 82 mil habitantes e cidade mais antiga da Ilha, foi a mais afetada pelo furacão e permanecia devastada nesta sexta.

O acesso por terra foi reaberto na quinta-feira, mas os serviços elétrico e telefônico permaneciam suspensos em Baracoa, onde a maioria dos telhados foi arrancada, constatou a AFP. Três dias após a passagem de Matthew, a rua principal da cidade seguia coberta de escombros - árvores, telhas, caixas d'água e até móveis e eletrodomésticos - e a população reclamava da demora da ajuda.

Na quarta-feira, os municípios de Maisí, Baracoa, Imías e San Antonio del Sur, totalizando 158 mil habitantes, ficaram isolados e sem comunicações pela passagem de Matthew. Desde então, as estradas para San Antonio del Sur e Baracoa foram reabertas, e o socorro aéreo chegou aos demais municípios.

As autoridades cubanas não informaram sobre qualquer vítima e atribuíram esse resultado às campanhas de informação e à evacuação preventiva de mais de 1,3 milhão de pessoas.

Subiu para 842 o número de vítimas no Haiti, após a passagem do furacão Matthew, de acordo com os últimos dados divulgados pelas autoridades locais. As informações são da Agência Ansa.

Desde segunda-feira (3), países do Caribe estavam em alerta para a aproximação do fenômeno meteorológico, considerado o mais perigoso a atingir a região na última década. Na Jamaica, o furacão trouxe ventos fortes ventos e chuvas que alagaram várias cidades.

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Na terça-feira (4), o Matthew atingiu o Haiti e o território cubano com ventos de 230 quilômetros por hora (km/h), devastando cidades e áreas de cultivo. O Haiti foi, até o momento, o país mais atingido pelo furacão. O número de vítimas ainda pode crescer, já que muitas áreas estão inacessíveis para as equipes de resgate.

A região mais castigada foi o Sul do país, com 300 mil residências danificadas. Somente na cidade de Roche-a-Bateau 50 pessoas morreram. Na vizinha Jeremie 80% das casas vieram abaixo. Agentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) disseram que a situação do Haiti é "apocalíptica" e que há 500 mil crianças desabrigadas ou em zonas de risco.

Em Cuba, as autoridades alertaram os moradores de Guantánamo, Santiago, Holguín, Granma e Las Tunas. Mais de 300 mil pessoas foram evacuadas e os voos foram suspensos, tanto os domésticos quanto os internacionais.

Estados Unidos

Após o rastro de destruição que deixou no Caribe, o Furacão Matthew chegou na manhã de hoje (7) à costa Sul dos Estados Unidos. Cerca de 2 milhões de pessoas que moram no litoral dos estados da Flórida, da Carolina do Sul e da Geórgia estão se deslocando para o interior do país, no que é considerado o maior êxodo provocado por desastres naturais registrado nos Estados Unidos, nos últimos dez anos.

Os ventos, de até 210 km/h, atingiram transformadores de energia elétrica, deixando 225 mil pessoas sem eletricidade. As autoridades estão divulgando sucessivos avisos para que moradores deixem as áreas de risco e procurem imediatamente abrigo.

*Com informações da Agência Ansa

O furacão Matthew chegou na manhã desta sexta-feira (7) à costa da Flórida, com ventos de até 210 quilômetros por hora. Os ventos atingiram transformadores de energia elétrica, deixando 225 mil pessoas sem eletricidade. As autoridades estão divulgando sucessivos avisos para que as pessoas saiam das áreas de risco e procurem imediatamente abrigo. O furacão é o mais forte dos últimos dez anos e o governador da Flórida, Rick Scott, até mudou o nome dele. Em vez de chamá-lo de Matthew, o governador está chamando o furacão de "monstro".

Apesar de, nas últimas horas, os meteorologistas terem reduziram o seu potencial destruidor - que deixou de ser categoria 4 e passou a ser categoria 3 -, o furacão continua a ser um sério risco para a população dos estados da Flórida, da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do Norte, principalmente porque vem associado com tempestades.

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O governador da Flórida, Rick Scott, faz alertas sobre os perigos dessas tempestades. Dirigindo-se à população da costa da Flórida, ele deu a seguinte declaração: "Saiam do caminho dessa tempestade, porque infelizmente ela pode matar vocês". As autoridades não estão apenas pedindo - mas sim dando ordens - para que os moradores abandonem suas casas. Só na Flórida, cerca de um 1,5 milhão de pessoas já saíram das áreas que potencialmente podem ser atingidas pelo furacão. Se somadas com os deslocamentos nos estados da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do norte, mais de 2 milhões de pessoas estão deixando ou já deixaram áreas de risco da Costa Leste dos Estados Unidos.

As principais rodovias da Flórida, da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do norte estão com filas enormes de congestionamento. Muitos postos de gasolina de cidades da costa desses estados  estão sem combustível devido à grande procura pelo produto. Supermercados estão com as prateleiras vazias porque os moradores compraram grandes quantidades de comida e água para estocar. O furacão também está afetando o transporte aéreo dos Estados Unidos. De quarta-feira (6) até hoje, mais de 3.800 voos foram cancelados nos aeroportos de Miami, capital da Flórida, de Atlanta, capital da Geórgia, e de outras cidades norte-americanas.

O diretor do Centro Nacional de Furacões, Rick Knabb, em entrevista ao programa de televisão "Good Morning, America", um dos mais assistidos nos Estados Unidos, disse que os prejuízos do furacão podem ocorrer também no interior e não apenas na costa atlântica. Ele fez um alerta aos moradores da Flórida, da Carolina do Sul, da Geórgia, e da Carolina do Norte, que vivem em áreas que estão no caminho do furacão, para que saiam imediatamente para outros cidades ou outros estados. Segundo ele, se demorarem, esses moradores correm perigo de morte, porque podem ser atingidos nesse processo de mudança pelas fortes tempestades previstas.

Mortes no Haiti

Antes de chegar aos Estados Unidos, o furacão passou por países do Caribe, deixando um quadro de destruição e morte. No Haiti, depois que o furacão passou, as equipes de resgate começaram a percorrer áreas remotas do país e o resultado foi desalentador: o balanço até agora mostra que morreram 339 pessoas. Houve também dezenas de mortes e destruição de prédios na República Dominicana, em Cuba e no Arquipélago das Bahamas. Nas Bahamas, cerca de 3 mil turistas só hoje começam a deixar o país. Até ontem, eles estavam impedidos de sair por causa do furacão.

O furacão Matthew, que está se dirigindo para o estado norte-americano da Flórida, deverá aumentar sua força quando atingir a costa dos Estados Unidos, na madrugada desta sexta-feira (6). Em vez de se enquadrar na categoria 3, como vem ocorrendo com a sua passagem pelo arquipélago das Bahamas, no Caribe, o furacão pode passar para a categoria 4, o que pode significar ventos de até 250 quilômetros por hora. Em países do Caribe, 16 pessoas morreram por causa do furacão.

Cerca de 2 milhões de pessoas já abandonam suas casas no litoral dos estados da Flórida, Geórgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte, seguindo recomendações das autoridades. O governador da Flórida, Rick Scott, voltou a fazer um alerta à população sobre os perigos do furacão. "A tempestade já matou pessoas [em outros países], devemos tomar todas as providências para evitar que isso ocorra aqui também", disse.

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Hoje, mais de 2,5 mil voos foram cancelados em Miami (Flórida) e Atlanta (Geórgia). Para amanhã, está previsto o cancelamento de mais 1500 voos.

O deslocamento de pessoas do litoral para o interior está provocando engarrafamentos nas rodovias da Flórida, Geórgia e Carolina do Sul. Devido à grande procura por combustíveis, muitos postos de gasolina tiveram que fechar por falta do produto.

Supermercados situados em áreas que podem ser atingidas pelo furacão estão com prateleiras de alimentos vazias. A falta de alimentos se deve à grande procura por parte de moradores que procuram armazenar comida e água em casa.

O presidente dos EUA, Barack Obama, declarou estado de emergência no estado da Flórida e ordenou ajuda federal para complementar os esforços estaduais e locais de proteção na chegada do furacão Matthew.

A ação de Obama autoriza o Departamento de Segurança Interna e a Agência Federal de Gestão de Emergências a coordenarem esforços para aliviar o sofrimento causado pelo furacão. A diretiva aplica-se a mais de 24 municípios na Flórida.

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As declarações de emergência são projetadas para ajudar a fornecer serviços a fim de proteger vidas e propriedades, para diminuir a ameaça de uma catástrofe. Fonte: Associated Press

O governo do estado americano da Flórida anunciou que 1,5 milhão de habitantes receberam a ordem de abandonar suas casas na região costeira para escapar do furacão Matthew, que provocou 27 mortes no Caribe.

"Estamos particularmente preocupados com Palm Beach (sudeste da Flórida). Esta é primeira área que será atingida e isto acontecerá nas próximas horas. Não resta muito tempo", advertiu o governador Rick Scott em uma entrevista coletiva.

Depois de destruir estradas, pontes, casas e provocar a morte de 16 pessoas em países do Caribe, o furacão Matthew deverá atingir nesta quinta-feira (6) à noite a costa dos Estados Unidos. Por causa disso, cerca de 2 milhões de pessoas que moram no litoral dos estados da Flórida, da Carolina do Sul e da Geórgia estão se deslocando para o interior do país. Esse é o maior êxodo provocado por desastres naturais registrado nos Estados Unidos em um período de dez anos. O deslocamento está sendo orientado pelas autoridades norte-americanas como forma de "proteger vidas humanas" e reduzir prejuízos materiais.

Segundo o Centro Nacional de Furacões de Miami, os ventos fortes estavam, nas últimas horas, na categoria 3, que pode levar à velocidade de 210 quilômetros por hora. De acordo com o centro, no entanto, o furacão poderá passar à categoria 4, quando chegar próximo à costa norte-americana. Isso significa que a força dos ventos do Matthew poderá chegar à velocidade de 250 quilômetros por hora.

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Aulas suspensas

Antes de ordenar o deslocamento, os estados da Flórida, da Geórgia, da Carolina do Sul e da Carolina do Norte decretaram estado de emergência. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tinha dois compromissos na Flórida nessa quarta-feira (5) e teve de cancelar a viagem por causa do furacão. As aulas também foram suspensas em várias áreas dos Estados Unidos. Os habitantes da Costa Leste norte-americana estão aceitando, sem criar dificuldades, a orientação das autoridades para que se desloquem para outras cidades, estados ou o interior. Algumas famílias alegam motivos para não sair, entre eles a falta de dinheiro. Nesse caso, as autoridades enviam funcionários ou socorristas à casa das pessoas para dizer que o que está em jogo é a sobrevivência delas e que, por causa da ameaça do furacão, precisam sair. A evacuação das pessoas está sendo feita com mais intensidade na Geórgia, na Flórida e na Carolina do Sul,  locais que serão atingidos de maneira mais drástica pelo furacão.

Por causa do deslocamento, o trânsito está bastante engarrafado nas estradas da Geórgia, Flórida e Carolina do Sul. Também faltam produtos nas prateleiras de supermercados de várias cidades a serem atingidas. As pessoas estão comprando alimentos, produtos de limpeza e água para estocar. Alguns postos de gasolina também tiveram que fechar por falta de combustível devido à grande procura.

Numa preparação para a chegada do furacão aos Estados Unidos, o serviço norte-americano de meteorologia alertou a população para a possibilidade de "perdas de vida" e "imenso sofrimento humano" para quem não tomar as medidas de precaução sugeridas pelas autoridades. O serviço de meteorologia também fez um alerta para o risco de danos em residências e em prédios públicos e informou que alguns locais a serem atingidos pelo furacão poderão ficar "inabitáveis por semanas".

Caribe

Com relação às regiões do Caribe onde o furacão deixou destruição, principalmente Cuba, o Haiti, a República Dominicana e Bahamas, as autoridades desses países ainda tentam restaurar serviços públicos interrompidos pela passagem do furacão. Cerca de 3.500 turistas que estavam passando férias nas Bahamas foram impedidos de sair do país por causa dos fortes ventos e tempestades.

No Caribe, também houve deslocamento de pessoas por causa do furacão. Segundo a ONU, foram evacuadas mais de 377 mil pessoas só em Cuba. Não houve deslocamentos no Haiti porque, devido à pobreza do país, as pessoas não têm para onde ir. Por isso, cerca de 350 mil haitianos estão necessitando de assistência imediata. Eles precisam de abrigo, de medicamentos, alimentos e água, conforme informou a Organização das Nações Unidas (ONU). Os hospitais do Haiti estão lotados e não há mais como receber novos pacientes.

O Haiti está sofrendo novamente os efeitos de um desastre natural. O último desastre natural sofrido pela população do país foi em janeiro de 2010, quando um terremoto devastador provocou a morte de cerca de 200 mil pessoas.

Autoridades do Centro Nacional de Furacões, nos Estados Unidos, alertaram que o furacão Matthew segue em direção à costa da Flórida, devendo se aproximar do local entre quinta-feira e sábado. O instituto prevê que a tempestade vá para o leste, em seguida, na direção do Atlântico, desviando-se da costa americana.

Os governos dos estados da Flórida, Geórgia e Carolina do Norte e do Sul declararam estado de emergência. Os deslocamentos em massa irão continuar nas comunidades litorâneas da Carolina do Sul. O governo fechou escritórios e escolas em quase todo o estado, e orientou a população a se distanciar da costa em no mínimo 100 milhas. Ao todo, 250 mil pessoas deverão ser realocadas.

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As companhias aéreas americanas expandiram a lista de aeroportos sob risco de serem afetados pela tempestade. Ao mesmo tempo, as empresas trabalham para restabelecer o serviço no Caribe.

O furacão perdeu força e velocidade ao passar pelo Haiti e o leste de Cuba. No entanto, enquanto se aproxima das Bahamas, poderá adquirir maiores dimensões. Pelo menos 11 pessoas morreram em consequência dos desastres provocados pela tempestade no Caribe. Entre elas, cinco foram no Haiti.

O instituto alerta que, embora não seja possível prever o impacto do furacão no restante da região, praias e atividades costeiras devem ser evitadas entre amanhã e todo o fim de semana. Fonte: Dow Jones Newswires.

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