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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta quarta-feira, 20, que os novos titulares das pastas do Esporte, André Fufuca (PP), e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), vão "reforçar o time" do governo para ampliar a interlocução com os partidos na Câmara neste segundo semestre.

"A expectativa que nós temos é que se mantenha essa participação ativa da bancada do PP da Câmara dos Deputados nas votações estratégicas do governo e um grande desempenho do ministro André Fufuca, que era líder dessa bancada, colaborando ainda mais com o governo", disse Padilha, ao chegar no Congresso para uma reunião na liderança do PP na Câmara.

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O ministro, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso, ressaltou que tanto o PP, quanto o Republicanos já têm contribuído "fortemente" com o governo desde a votação da Proposta Emenda à Constituição (PEC) da transição, que foi aprovada antes mesmo da posse de Lula e garantiu espaço no Orçamento para, entre outras medidas, ampliar o Bolsa Família. Padilha também citou o apoio das duas legendas ao arcabouço fiscal e à reforma tributária.

"O Republicanos cede agora para o governo um quadro de muita identidade com o presidente Lula, que é o ministro Silvio Costa Filho, que vai fazer um grande trabalho técnico no Ministério de Portos e Aeroportos e político, de fortalecimento da participação da bancada do Republicanos", emendou Padilha.

Na prática, contudo, a relação do governo com o Centrão, grupo político majoritário na Câmara do qual fazem parte o PP e o Republicanos, foi conturbada no primeiro semestre. Os deputados se rebelaram contra a decisão de Lula de editar decretos para mudar o marco do saneamento básico e ameaçaram derrubar a estrutura ministerial na votação de uma medida provisória.

Esse foi um dos motivos que levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fazer uma minirreforma ministerial para se aproximar das duas siglas, com a entrada de Fufuca e de Costa Filho na Esplanada dos Ministérios. O acordo com o Centrão foi essencial para a aprovação do projeto que retoma o voto de desempate a favor do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), em julho. Mas o anúncio das pastas que seriam entregues ao PP e ao Republicanos demorou mais de dois meses.

Padilha minimizou hoje o fato de o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, continuar atuando como oposição ao governo, mesmo com o partido representado na Esplanada. O ministro também evitou criticar as diretrizes aprovadas ontem pela Executiva Nacional do PP, que preveem, por exemplo, posição contrária à volta do imposto sindical, tema discutido pelo governo. "Todo partido tem seu estatuto, seus posicionamentos", desconversou Padilha.

Padilha foi à liderança do PP na Câmara hoje para fazer uma "visita de cortesia" ao novo líder do partido na Casa, Doutor Luizinho (RJ), e apresentar à bancada as prioridades do governo. De acordo com o ministro, o novo marco de garantias de crédito e a criação das debêntures de infraestrutura são "prioridade absoluta" para o Executivo. As duas propostas foram aprovadas na Câmara, sofreram mudanças no Senado e agora voltaram para nova análise dos deputados.

"São dois projetos muito importantes, que estimulam o crédito, não só do setor público, mas principalmente dos bancos privados, para girar a economia do País, para que os empresários, pequenos e médios comerciantes, as famílias possam pegar mais crédito, para que a gente possa investir em infraestrutura, logística, ampliação de seus empreendimentos, geração de mais empregos", disse o ministro da articulação política.

O novo ministro do Esporte, André Fufuca, fez diversos elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso de posse nesta quarta-feira, 13. Fufuca chamou o petista de "gigante da história" e "líder maior".

Na fala, o novo ministro pediu, em tom descontraído, que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, levasse um recado a Lula, que não compareceu à cerimônia de posse. "Que ele Lula preserve e reserve um pedaço grande dele para o Fufuca", disse. "Porque eu tenho certeza que, com essa parte do coração dele, que é muito grande, nós vamos revolucionar o esporte no País."

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"Passo a participar de um governo que tem um gigante da história", afirmou Fufuca. "Devo dizer que apenas alguns possam ser chamados de personagens maiores que seu tempo, um deles sem dúvida é o presidente Lula (...) Conduzidos pelo nosso líder maior, Lula, vamos levar o Brasil a ser um País com dignidade, soberano, unido, com democracia forte e plena", completou.

O novo ministro citou em seu discurso, que durou 13 minutos, a ex-ministra Ana Moser, demitida do cargo para sua indicação. Fufuca ressaltou ser grande fã da ex-jogadora e disse que seu "compromisso é com todos os programas, em todas as áreas". A ex-ministra não esteve na cerimônia de transmissão de cargo. Assim, Fufuca recebeu o "pin" (broche) de novo ministro do Esporte do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Marcaram presença no evento os ministros Padilha, Flávio Dino (Justiça), Waldez Goés (Desenvolvimento Regional), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Nísia Trindade (Saúde), Jader Filho (Cidades), Luiz Marinho (Trabalho), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Juscelino Filho (Comunicações).

A entrada de Fufuca na Esplanada foi resultado de uma negociação de cerca de dois meses entre o governo e o PP. O partido do ministro pleiteou o Ministério da Saúde no início das negociações. Contudo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva blindou Nísia.

Em seu discurso de posse, Fufuca fez questão de ressaltar à ministra da Saúde que não está em busca da pasta ocupada por Nísia. "A única coisa que eu quero do seu espaço é parceria para que nós possamos fazer uma parceria consolidada", disse Fufuca. "Tenha em mim um amigo e um aliado."

André Fufuca tem 34 anos e é o ministro mais jovem da Esplanada. Está em seu terceiro mandato de deputado federal e era o líder da bancada do PP na Câmara até se tornar ministro. Em seu discurso, ele agradeceu a confiança que o governo Lula deposita ele sob o novo ministério. Fufuca pediu um voto de confiança e falou para que os julgamentos não sejam baseados em sua idade, preconceito ou nome. "Me julguem pela minha gestão", comentou.

Aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Fufuca chegou a ocupar a presidência do PP interinamente enquanto o presidente Ciro Nogueira (PP-PI) foi ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro.

Desalojada do governo Lula para possibilitar o embarque de mais partidos do Centrão na Esplanada dos Ministérios, a ex-atleta e agora ex-ministra do Esporte Ana Moser afirmou nesta quinta-feira, 7, que sua saída foi uma decisão política e representa um "abandono do esporte". A declaração foi feita à CNN Brasil, em breve fala no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

"Foi uma decisão política, pena para o esporte. É pena para o esporte mesmo, é o abandono do esporte, mas faz parte da política", disse Moser, que será substituída pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), de 34 anos, próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do PP, Ciro Nogueira, que faz oposição ao governo Lula.

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Na quarta-feira, ao confirmar as escolhas de Fufuca e de Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) - que assumirá Portos e Aeroportos -, a nota do Palácio do Planalto não fez menção a Moser.

Também na quarta-feira ex-atleta já havia divulgado nota por meio de assessoria em que disse ver "com tristeza e consternação a interrupção temporária de uma política pública de esporte inclusiva, democrática e igualitária no governo federal". "Durante a conversa [com Lula] Ana Moser lamentou que as promessas de campanha, de um esporte para toda a nação, tenham tido tão pouco tempo para que se desenvolvessem na retomada da gestão do Ministério do Esporte voltada para a implementação de uma política que efetivasse o direito social à prática esportiva", afirmou ainda em nota.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que o deputado federal André Fufuca (PP-PB) será punido se aceitar o possível convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para virar ministro do governo. Oposição ao petista, Nogueira voltou a dizer que o partido não fará parte da base aliada.

"Se (Fufuca) assumir ministério, será afastado sumariamente da direção partidária. Qualquer parlamentar que for fazer parte desse governo, que nós não apoiamos, será afastado de decisões partidárias. Enquanto eu for presidente do Progressistas, o Progressistas jamais irá compor a base do presidente Lula", disse Ciro a jornalistas após evento de filiação do secretário estadual da Casa Civil, Arthur Lima, ao PP, em São Paulo.

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A posição evidencia o racha na legenda sobre a adesão ao governo. Ao lado de Nogueira durante evento hoje em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a entrada do PP na base.

"O PP pode ter ministro, como pode PSD, União, PCdoB, PT. Mesmo voto que um presidente da República recebeu, um deputado recebeu. O governo que se elegeu não formou maioria, como ele vai governar? Não existe meio governo de coalizão, ou meio toma lá, dá cá. Ou é governo de coalizão, ou é composição, ou é toma lá, dá cá", disse.

Lira ainda negou que o PP tenha interesse no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), comandado atualmente pelo petista Wellington Dias. "Não temos foco em canto nenhum. Temos discussões, governo pensa em ampliar sua base."

Nogueira defendeu, no entanto, a posição de Lira de articular a entrada do partido no governo. Para ele, o correligionário precisa se comportar como presidente da Câmara, e não como filiado ao PP.

"Arthur é presidente da Câmara, eu sou presidente do Progressistas. Respeito a posição dele. Ele não pode estar lá na presidência da Câmara como presidente dos Progressistas. Arthur foi praticamente aclamado na presidência da Câmara. Defendo que ele tenha posição de independência, não de oposição, como eu", ponderou. Nogueira criticou também o que chamou de troca de cargos por apoio e afirmou que esse tipo de negociação deu errado no passado.

Tempo de Lula e relação com Haddad

Lira voltou a dizer que a reforma ministerial precisa ser feita no "tempo e na vontade" de Lula. Ele explicou que o cancelamento da reunião de líderes partidários, marcada para esta quinta, 17, não teve a ver com a reunião que teve nesta quarta, 16, com o presidente da República. "Pauta não foi vencida", disse ao argumentar que nenhuma dos projetos previstos anteriormente foram votados, o que não justificaria um encontro para incluir novas pautas.

O presidente da Câmara também negou rusgas com Fernando Haddad após o ministro da Fazenda dizer que a Casa não pode usar seu poder para "humilhar" o Executivo e o Senado. "Não houve nenhum estremecimento. Vamos jogar uma pá de cal nisso."

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou que os deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) comandarão ministérios na minirreforma na Esplanada. De acordo com ele, as conversas "olho no olho" entre o chefe do Executivo e os partidos acontecerão em agosto.

"Já tem uma decisão do presidente Lula de trazer esses dois parlamentares (Fufuca e Silvio Costa) que representam duas bancadas importantes do Congresso Nacional. Mas, mais do que elas, podem atrair outros parlamentares, trazer para o governo para ocupar postos de ministérios", afirmou o ministro em entrevista coletiva concedida ontem em Belém (PA).

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Padilha disse que Lula gosta de construir uma relação com lideranças partidárias, seja com as bancadas dos partidos, seja com as direções.

'Olho no olho'

"Essas conversas olho no olho vão acontecer no mês de agosto e a decisão do presidente Lula já é de trazer essas forças partidárias, essas bancadas de deputados federais para o governo contribuindo com a votação dos projetos", acrescentou.

Na semana que vem, Lula estará fora de Brasília por causa de agendas em outros Estados. Nos dias 8 e 9, o presidente irá participar de compromissos na Cúpula da Amazônia, em Belém; já entre 10 e 11, ele estará no Rio de Janeiro. Na próxima sexta-feira, o governo federal fará o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Depois dessas atividades ele vai provavelmente poder fazer esse encontro olho no olho", disse Padilha.

Anteontem, Lula admitiu que fará mudanças nos ministérios a partir de conversas com partidos do Centrão. Em entrevista concedida a um pool de rádios da Amazônia, o presidente disse que "a troca de ministros não pode ser vista como uma coisa absurda, uma coisa menor".

O Palácio do Planalto vinha enfrentando dificuldades para definir em quais ministérios vai acomodar Fufuca e Silvio Costa. Lula quer evitar a saída de mais mulheres depois da troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino (União Brasil) no Turismo e preservar ministros que não têm mandato - o que deixou mais complexo o xadrez da reforma ministerial.

As portas abertas na gestão petista para o Centrão tem causado incômodo entre aliados na esquerda.

'Estelionato'

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, defendeu que qualquer diálogo que Lula promova com partidos do bloco, deve estar submetido ao "cumprimento" do programa de governo que o elegeu em outubro do ano passado.

Em sua avaliação, caso tal acomodação coloque em risco alguma renúncia das promessas de campanha, será "um erro imperdoável", por isso, diz que esse movimento deve ser acompanhado com cautela.

"Entendo a necessidade de diálogo de conversar, de contemplar algumas lideranças partidárias que não estiveram conosco na eleição[DE 2022], mas que queiram apoiar o governo agora", disse Medeiros ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Se uma aliança com o Centrão vier acompanhada de uma renúncia às promessas de campanha do presidente Lula, isso seria um erro imperdoável." Segundo o presidente do PSOL, é preciso evitar a "desilusão dos eleitores que escolheram o projeto", como ocorreu no passado. "Seria estelionato eleitoral", concluiu. (COLABOROU ELIZABETH LOPES)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer recebeu na manhã desta segunda-feira, 28, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumirá a presidência nesta semana enquanto o peemedebista viaja para a China.

No encontro, também estava presente o deputado André Fufuca (PP-MA), que comandará a Câmara no lugar de Maia durante os oito dias que o presidente estará na China. Fufuquinha, como é conhecido em seu Estado, destacou-se como um fiel escudeiro do hoje deputado cassado (e preso pela Lava Jato) Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Participaram ainda o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o líder no Congresso, André Moura (PSC-SE), e o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).

Ainda nesta manhã, Temer participa de cerimônia de Lançamento do Programa Nacional de Voluntariado. Coordenado pela Casa Civil, o programa vai incentivar o engajamento em atividades voluntárias e o desenvolvimento da educação para a cidadania.

No evento, que celebra o Dia Nacional do Voluntariado, Temer vai anunciar a criação de um prêmio anual para reconhecer empresas e cidadãos que desenvolvem atividades voluntárias de relevante interesse social.

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