Tópicos | Drible

Depois do caso Neymar, que levou um cartão amarelo no duelo do PSG contra o Montpellier depois de dar uma 'carretilha' neste sábado (1), uma situação parecida chamou a atenção. Um jogador do sub-14 do Palmeiras também tomou cartão após dar o mesmo drible. O caso foi neste domingo (2) no estádio Farroupilha em Alegrete, Rio Grande do Sul.

O Palmeiras enfrentou e venceu o Grêmio na final do 40° Encontro de Futebol Infantil Pan-Americano (EFIPAN) por 3x0. Foi a quinta conquista do Palmeiras no torneio. 

##RECOMENDA##

O atacante do Palmeiras e artilheiro da competição com 13 gols, Endrick, tentou o mesmo drible feito por Neymar, a carretilha, os adversários tentaram marcar o atleta, mas não esboçaram reação, o arbitro Bruno Prestes França então parou o lance e amarelou o jogador.

[@#video#@]

Cena semelhante à da final da Copa do Mundo de 1970, na qual Clodoaldo dribla quatro adversários italianos, está cada vez mais rara nos campos de futebol do Brasil. Segundo levantamento da empresa Footstats, os 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro tentam 3,8 dribles, em média, por jogo, sendo que apenas 2,6 com êxito (70% de acerto). O jogador que mais dá drible é o atacante santista Bruno Henrique, que teve sucesso em 30 oportunidades durante a competição. Se o garoto Mané Garrinha fizesse teste em alguma escolinha hoje, ele seria chamado de fominha e de desrespeitoso.

É necessário explicar que o conceito do drible, neste levantamento, não é apenas "pedalar", "passar o pé em cima da bola", "ganhar na corrida" ou "puxar a bola para dentro e bater no gol". É preciso ganhar espaço e levar perigo para o rival.

##RECOMENDA##

O estudo mostra que o fundamento mais interessante do futebol, que derruba marcação e torce esquemas táticos, além de levantar a torcida, se tornou cada vez mais raro no futebol nacional. Em 2016, os números também eram baixos, mas melhores que os atuais. Os jogadores tentavam 4,2 dribles por jogo e acertavam 3,1 (72,2%).

"O estilo como os times atuam tira a vontade de a gente ver futebol. A média de dribles que os times têm, eu fazia em um ataque", diz Edu, ex-ponta-esquerda do Santos, que jogou por anos ao lado de Pelé. Edu é apontado como um dos maiores dribladores de todos os tempos. "Acho que o problema vem da base. Os técnicos se preocupam com a parte física e se esquecem da técnica. Todos pedem para o garoto tocar logo a bola. Isso acaba com a criatividade." Os poucos que driblam são taxados de abusados e logo marcados pelos zagueiros.

Zé Sérgio, ponta esquerda do São Paulo nos anos 70 e 80, concorda com Edu. "Futebol está muito estratégico. Joga-se em função do rival. Quando eu jogava, se não tentava o drible e tocava de lado, era logo vaiado. O torcedor esperava pelo inesperado", diz o ex-jogador, que formou com Paulo Cesar, Renato "Pé Murcho" e Serginho Chulapa o ataque são-paulino bicampeão paulista de 1980 e 81. "E agora os caras jogam com chuteira boa, bola boa, gramado bom. Se eu jogasse hoje, ninguém ia me segurar", brinca.

Zé Sérgio comandou por nove anos a base do São Paulo. Foi responsável pelo surgimento de Oscar, Lucas, Casemiro e Breno. "O torcedor hoje festeja quando o beque chuta a bola para lateral. Talvez goste do futebol que se joga. Eu não gosto."

Roberto Rivellino, que aperfeiçoou o "drible elástico", no qual parecia perder o controle da bola, mas conseguia retomar a jogada, destruindo a marcação, aponta para a falta de meias, de verdadeiros camisas 10, como mais um problema para a ausência dos dribles. "A seleção não tem um meia clássico. Um cara que pensa o jogo", critica o "Patada Atômica, da Copa de 70. "O Brasileirão está em suas rodadas finais e não temos como escolher o craque do ano. Nem sei se tivemos revelação."

Para o maior jogador da história de Corinthians e Fluminense, o momento do futebol brasileiro explica a falta de protagonistas na Europa. "Nem o Neymar era protagonista no Barcelona. Precisou ir para o PSG."

Rivellino também culpa a imprensa. "Se o cara dá um chapéu ou um toque por debaixo das pernas, o lance é repetido dezenas de vezes e logo se pergunta se foi para humilhar o rival. Tem hora que o drible é necessário para se prosseguir na jogada." Ainda segundo o Reizinho do Parque, apelido que ganhou pelos dez anos em que jogou pelo Corinthians, o momento "mecanizado" do futebol nacional pode ser exemplificado pelo que acontece com dois times paulistas. "O São Paulo estava brigando até agora para não cair e possui três jogadores diferentes: Cuevas, Pratto e Hernanes. Já o Corinthians, que liderou toda a disputa e deve ficar com o título, não possui um grande jogador no elenco", comparou.

Emerson Leão, goleiro da seleção em quatro Copas e técnico do Santos campeão brasileiro de 2002, que revelou Robinho e Diego, opina que o "futebol atual é outro futebol". "Acabaram com a liberdade do atleta de errar durante uma partida. Eu sempre cobrei criação dos meus jogadores na proximidade ou dentro da área. O futebol está chato de assistir. Íamos ao estádio para ver um espetáculo e hoje vemos um jogo monótono", disse um dos maiores goleiros da história do Palmeiras. "O futebol usa muito computador, mas o computador não dribla, não faz gol. Por isso, apoio o Renato Gaúcho. Tem muito entendido no futebol. Cara que faz curso para tirar foto."

Uma jogada na partida entre Flamengo e Botafogo, que está sendo realizada neste sábado (5) no Maracanã, foi parar nos trending topics do Brasil no Twitter. Mostrando muita habilidade, o lateral esquerdo rubro-negro Jorge aplicou dois chapéus em Camilo, meio-campo do Atlético.

 

##RECOMENDA##

Até o início da rodada, o Flamengo ocupava a vice-liderança da tabela, enquanto o Botafogo figurava na quinta posição, a oito pontos de distância do rival. Confira abaixo algumas reações dos internautas.

Para os fãs do futebol arte e das peripécias do sueco Zlatan Ibrahimovic, o vídeo a seguir seleciona os 10 momentos em que o jogador mais ganhou destaque em jogos e entrevistas. Irreverência e pouca modéstia são algumas das características marcantes do atleta, que vira e mexe abre espaço para novas polêmicas no mundo dos gramados. 

No vídeo, é possível conferir a ousadia nos pés e na fala de Ibra, sendo esta última também proferida através de gestos ou apenas olhares. Gols de bicicleta, voleio, de fora da área, bem como dribles marcantes, vêm compondo a história deste verdadeiro ícone do futebol atual.

##RECOMENDA##

Confira: 

[@#video#@]

A pequena Agatha Débora esperou por cinco horas e meia a chegada do ônibus que traria seu ídolo. De cartaz nas mãos e olhos marejados teve que retornar para a distante Maracanaú, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza, por conta do esquema de segurança da seleção brasileira, que fez com que o ônibus que levou a seleção brasileira do aeroporto até o hotel, entrasse por um portão longe da visão dos quase 700 torcedores que esperavam na Avenida Castelo Branco.

A menina de sete anos ainda não sabe se vai ao estádio na terça-feira ver a seleção fazer seu segundo jogo na Copa contra o México, no estádio do Castelão. Sua família ainda não tem certeza que se vão receber os ingressos que foram prometidos a eles. 

##RECOMENDA##

A mãe de Agatha, Débora Jorgiana, só foi passar toda a tarde de domingo em frente a um hotel por muito insistência e para realizar um desejo da filha. “Ela disse que queria isso de aniversário, não tinha como negar”.

Juntas com as duas uma multidão esperou em vão os 23 jogadores do Brasil. A cada veículo maior que passava pela via, fosse uma caminhão, ônibus metropolitano e até o carro do IML, era saudado pela multidão que se aglomerava em frente ao local onde a seleção ficará hospedada no Ceará.

O público que lotou a rua em sua grande parte faz parte da favela Moura Brasil, que fica bem em frente o luxuoso hotel credenciado pela Fifa. A tarde deste domingo (15) foi o momento que poderiam viver a Copa do Mundo, mesmo que só fosse vendo por alguns segundos os jogadores do Brasil. As confortáveis cadeiras da, agora, Arena Castelão, ainda são um sonho que não estará ao alcance neste mundial.

Mesmo com todos os imprevistos e a recusa da seleção brasileira em ficar mais próxima dos torcedores, Débora Jorgiana garante que não vai desistir de fazer as vontades da filha. “Posso passar a noite aqui, mas só saio depois que ela conseguir tirar uma foto com David Luiz”.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando