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Na última reunião do ano, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou processo do PL contra a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). O partido acusou a parlamentar de ofender integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Movimento dos Trabalhadores sem Terra em reunião do dia 12 de julho. Segundo a representação, Sâmia Bomfim destratou especialmente o deputado General Girão (PL-RN), a quem teria chamado de “bandido”, “terrorista”, “fascista” e “golpista”. 

De acordo com o relator do processo, deputado Acácio Favacho (MDB-AP), as imagens da reunião da CPI do MST mostram que realmente ocorreu uma discussão entre a deputada e os demais integrantes da comissão. No entanto, conforme o relator, como o microfone estava desligado, não foi possível comprovar que todas as falas foram realmente proferidas como consta na representação do PL.  Além disso, Acácio Favacho entendeu que Sâmia Bomfim apenas expressou sua “opinião crítica” sobre o tema em debate no momento. Por isso, estava protegida pela imunidade parlamentar. 

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“Considerando que os fatos descritos na representação ocorreram durante a reunião de uma CPI realizada em plenário de comissão da Câmara dos Deputados, em contexto de um debate político, pode-se concluir que a representada agiu amparada pela imunidade material conferida aos membros do Congresso Nacional pela Constituição Federal. Trata-se, portanto, de fato atípico insuscetível de configurar afronta ao decoro.” 

Ao se defender da acusação, Sâmia Bomfim reiterou que a representação contra ela, assim como ocorreu com outras deputadas, foi parte de um processo de “perseguição política”.  “Termina um ciclo importante, em que havia aqui no Conselho de Ética vários pedidos de cassação de mandatos, sobretudo de mulheres, que, com a sua combatividade, a sua expressão política, se manifestaram e foram vítimas de perseguição política", disse.

"A gente precisa, no próximo ano, utilizar o Conselho de Ética, de fato, como um instrumento sério, para parlamentares que excedam o seu papel, que atrapalhem o andamento da boa administração da coisa pública, que cometam crimes, cometam violações graves, e não como forma de mostrar contrariedade ou oposição entre legendas”, completou Sâmia. 

O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), também fez um apelo aos parlamentares para que tenham moderação nas discussões para evitar processos desnecessários. Segundo o parlamentar, neste ano o colegiado analisou 22 representações por quebra de decoro, todas elas por utilização de “palavras inadequadas”.

*Da Agência Câmara de Notícias

Em uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (27), a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) comemorou o fim da Comissão Processante de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A CPI se encerrou sem que o relatório final, elaborado pelo deputado bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP), fosse submetido à votação.

A psolista, usando um boné do MST, definiu o encerramento da Comissão como "favorável". "Essa CPI teve um movimento que eles [opositores dos governistas] não esperavam que é popularizar o MST ainda mais, torná-lo ainda mais conhecido".

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Através de suas redes sociais, Sâmia afirmou que os parlamentares governistas desempenharam um bom trabalho na Comissão.

"Sem nenhum relatório aprovado, a CPI do MST terminou completamente desmoralizada e o movimento saiu ainda mais forte. Temos muito orgulho da nossa luta e atuação nesses meses de batalha. Agradeço a todos os que acompanharam e lutaram conosco e vamos em frente, ainda mais fortes, para as próximas tarefas", escreveu.

Pelas redes sociais, o deputado federal Lindberg Farias também comemorou o desfecho da CPI. "ACABOU A FARSA! Derrotamos mais uma tentativa de criminalização do MST e da luta digna por reforma agrária no Brasil. Viva o @movimentosemterra. Viva a luta do povo brasileiro por direitos e dignidade!", celebrou. 

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) se reunirá nesta quinta-feira (21) para discutir e votar o relatório do deputado Ricardo Salles (PL-SP).

A reunião está marcada para as 8 horas no plenário 5.

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A CPI foi instalada em maio para investigar invasões do MST. O prazo de funcionamento do colegiado termina no próximo dia 26, e não haverá prorrogação. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, nesta segunda-feira (4), os depoimentos de dois servidores de Alagoas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A decisão acolhe uma ação da Assembleia Legislativa de Alagoas. 

Originalmente, às 14h desta segunda-feira (4), a Comissão ouviria dois servidores do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado (Iteral), o diretor-presidente Jaime Messias Silva e o gerente-executivo José Rodrigo Marques Quaresma. A convocação dos servidores foi feita pelo deputado Delegado Fábio Costa (PP-AL). O objetivo era entender se o instituto prestava apoio à organização de feiras agrárias de movimentos sociais em Alagoas.  

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Segundo Barroso, os elementos apresentados parecem evidenciar a inexistência de fatos submetidos à Assembleia e que justificassem uma investigação a partir da oitiva de servidores estaduais. Ou seja, como os servidores são estaduais e cabe ao Legislativo estadual apurar a conduta deles, a CPI no Congresso estaria extrapolando sua competência investigativa. 

"A justificativa aposta aos Requerimentos nº 190 e 191/2023, a partir dos quais se autorizou a convocação de servidores estaduais para depor na CPI do MST, faz menção exclusivamente a questionamentos relacionados à atuação de autarquia estadual. Além disso, conforme certidão trazida aos autos pelo autor da ação, tal entidade sequer teria recebido recursos federais ao longo dos últimos treze anos", disse.  

Barroso ainda agendou uma votação no plenário virtual do STF para esta terça-feira (5), a fim de que os demais ministros confirmem ou revertam a suspensão. 

Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizada nesta terça-feira (29), a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) chamou Ricardo Salles (PL-SP) de "réulator" - trocadilho que junta as palavras réu com relator - em referência à denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o ex-ministro do Meio Ambiente da gestão Bolsonaro.

Através de placas, a parlamentar listou os crimes pelos quais Salles é acusado: corrupção passiva e ativa, prevaricação, advocacia administrativa, facilitação de contrabando, desacato, crime contra a administração ambiental, obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do poder público, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional e organização criminosa.

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“Foi escolhido por essa comissão um 'relator', e, desde o ínicio [da CPI], a escolha deste relator tinha muito questionamento. Tendo em visto, seus interesses diretos em desmobilizar a reforma agrária neste país. Mas, os últimos acontecimentos tornam ainda mais grave a presença deste sujeito [Salles] na relatoria desta CPI porque ele não é mais um relator, é um réulator”, disse a deputada.

Denúncia do MPF

A denúncia contra o deputado da extrema direita, recebida pela Justiça Federal do Pará, atinge outras pessoas, entre elas o ex-presidente do Ibama, Eduardo Bim.







O bolsonarista, relator da CPI do MST, foi denunciado no processo que apura a exportação ilegal da madeira extraída de árvores da floresta amazônica para os Estados Unidos. Salles é acusado de criar no Ibama confições favoráveis para a defesa de interesses privados contra o interesse público.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado







De acordo com a Polícia Federal (PF), as cúpulas do Ministério do Meio Ambiente do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do instituto também manipularam pareceres e documentos.

Reações

Em suas redes sociais, Sâmia Bomfim publicou o vídeo da sua apresentação durante a sessão da CPI desta terça-feira (29). Vários de seus apoiadores agradeceram a postura da parlamentar contra o bolsonarista.

"Obrigada Sâmia", escreveu a seguidora Taciana Nascimento. "Enfim o 'Menino da Porteira' vira réu por contrabando de madeira e formação de quadrilha. Se tudo der certo ele não irá mais 'passar a boiada' e sim passar um bom tempo trancado com a gadaiada", ironizou outro seguidor.

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Durante sessão desta terça-feira (15) da Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) do MST, o relator, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), perguntou ao fundador, e principal liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, João Pedro Stédile, se na China existe algum grupo parecido com o MST do Brasil.

A pergunta feita pelo ex-ministro do Meio Ambiente da gestão Bolsonaro (PL) relembra a viagem de Stédile com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a China em abril deste ano, após tensões provocadas pelas invasões feitas pelo MST dias antes da viagem. Na época, a presença de Stédile na comitiva presidencial foi vista como uma polêmica pela oposição.

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Rebatendo a pergunta do bolsonarista, o líder do movimento disse que não existe grupos parecidos com o MST no país asiático, pois em 1949 foi feita uma reforma agrária na China.

“Vocês que querem tanto derrotar o MST, a fórmula é simples: façam reforma agrária que no outro dia desaparece o MST. Na China, eles fizeram uma reforma agrária em 1949 a 1952. Foi muito drástico, eles distribuíram terra para todo mundo, e hoje a média das terras lá na China é 0,7 hectares por família”, respondeu Stédile.

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Acontece nesta terça-feira (15) o depoimento que deve marcar o momento mais importante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as atividades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O economista João Pedro Stedile, fundador e dirigente nacional do Movimento. 

Após quase três meses de atuação, a comissão, que teve a primeira sessão em 23 de maio deste ano, recebe Stedile na condição de convocado. Isso significa que ele não teve a opção de se recusar a depor (o que acontece com quem é incluído na lista de depoentes como testemunha). 

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"Estou indo sem nenhuma preocupação, falarei apenas o que sei, estou tranquilo e sereno para defender os interesses da reforma agrária e do povo brasileiro. Eu tenho muito orgulho disso, defendemos o interesse do povo há quarenta anos. Nós não temos nada a perder", disse Stedile, em entrevista ao Brasil de Fato.

 

Composta majoritariamente por parlamentares de direita e extrema direita, ligados ao bolsonarismo e ao agronegócio, a CPI tem tentado tirar o foco de temas como as investigações sobre pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro e dos casos de corrupção de pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nos últimos dias, parlamentares integrantes da comissão estiveram em Alagoas e Goiás para diligências que mostraram como tem sido a atuação do colegiado desde o início. No estado nordestino, o grupo visitou acampamento fora da rota e impediu a imprensa de acompanhar. Em Goiás, parlamentares invadiram a privacidade de pessoas acampadas e sequer se dignaram a ouvi-las.

"A bancada de extrema direita, que não representa sequer os interesses da bancada ruralista, transformou a CPI num circo, com todo tipo de estripulias, para colocar agressões em suas redes sociais, que não furaram nem mesmo a bolha da extrema direita. Nos surpreendeu positivamente que a imprensa burguesa, ou imprensa corporativa, se comportou com honestidade e denunciou esse maniqueísmo e manipulação que os deputados de direita fizeram", resumiu Stedile.

Assista abaixo, o depoimento do líder do MST:

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Da Redação do Brasil de Fato

O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator da queixa-crime feita pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), contra o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, o deputado federal Coronel Zucco (Republicanos-RS).

O político bolsonarista é acusado de difamação ao afirmar que Sâmia teria citado a doença do seu irmão como forma de atingi-lo, em uma sessão da CPI. Além disso, a psolista acionou o Conselho de Ética contra Zucco após falas gordofóbicas e machistas direcionadas à ela. Ele perguntou se ela queria “remédio” ou “hambúrguer” para se acalmar no dia 3 de agosto.

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Através de suas redes sociais, Zucco afirmou que foi provocado após as falas de Sâmia sobre o seu irmão que passa por um tratamento contra um câncer. No entanto, a parlamentar nega ter mencionado a família do político da extrema direita. Sendo assim, através de sua petição, argumentou que a insinuação feita por Zucco é uma “mentira” com o objetivo evidente de manchar sua honra e imagem.

A CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ouve, nesta quinta-feira (10), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. O auxiliar do presidente Lula foi chamado para discutir, entre outros assuntos, as ações promovidas pelo governo federal no combate às ocupações de terras.

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O autor do requerimento de convocação do ministro foi o deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA). Ele argumentou que houve um crescimento "desordenado" dessas invasões ao longo deste ano e a CPI quer apurar "o real propósito" e os "financiadores" do movimento. 

"Entendemos que a identificação dos responsáveis é importante, na medida em que eles costumam se eximir da culpa por invasões, argumentando que o movimento age de maneira descentralizada e sem ordem direta", registrou o deputado em seu requerimento.

*Com a Agência Câmara de Notícias

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) irá denunciar à Procuradoria-Geral da República (PGR) o episódio de gordofobia sofrido por ela durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. Na ocasião, o presidente do colegiado, Coronel Zucco (Republicanos-RS), perguntou se a parlamentar queria “um hambúrguer” para se acalmar, em desrespeito à aparência da parlamentar. A informação foi divulgada por Bomfim, através das redes sociais, nesta sexta-feira (4).

“A senhora pode, também, daqui a pouco, tomar qualquer atitude, ficar mais calma. A senhora está nervosa, deputada? Quer um remédio? Ou quer um hambúrguer?”, perguntou Zucco. A fala foi proferida enquanto Sâmia fazia uso da palavra, com o microfone desligado e fora do momento permitido para se manifestar.

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A deputada rebateu e reiterou que Zucco, alvo da PGR em um inquérito que apura as agressões dele contra as parlamentares mulheres, possui um histórico de ataques misóginos e que vai recorrer à Procuradoria sempre que for necessário, porque “é o nosso instrumento de defesa, mas também de ataque para aqueles que acham que vamos nos intimidar”, argumentou.

Sâmia classificou a ofensa como "violência de gênero" e que os episódios são recorrentes na Câmara dos Deputados e nas redes sociais. “Eu já tinha visto esse tipo de ironia nas redes sociais, por parte do relator da CPI, Ricardo Salles, mas nunca vindo do Zucco. Ele já havia me silenciado, cortado meu microfone, mas nunca agido desta forma tão truculenta, publicamente”, detalhou a deputada ao O Globo . “Eu denuncio e seguirei denunciando sempre que houver violência política de gênero”, concluiu.

Em nota divulgada à imprensa, Zucco disse que agiu por impulso. "Logo em seguida, me retratei e pedi a retirada da expressão das notas taquigráficas por entender que o respeito deve imperar em qualquer relação. Mas este mesmo respeito deve ser recíproco e universal", afirmou.

Uma comitiva bolsonarista capitaneada pelo relator da CPI do MST, o deputado Ricardo Salles (PL), invadiu casas de integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL), no assentamento do Pontal do Paranapanema, em São Paulo. Após intimidar os assentados, o ex-ministro afirmou que os barracos não são casas. 

Os vídeos são do dia 29 de maio, mas foram publicados pelo Metrópoles nesta terça-feira (13). No acampamento onde moram cerca de 2.500 famílias, Salles e assessores puxam as lonas e invadem as residências sem autorização para fotografar a intimidade e objetos pessoais em seu interior.  

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A clara cena de abuso de autoridade, que atenta contra a privacidade dos moradores, é acompanhada por policiais militares, pelo presidente da CPI do MST, o tenente coronel Zucco (Republicanos), e pelos deputados Rodolfo Nogueira (PL), Capitão Alden (PL), Caroline De Toni (PL), Magda Molfatto (PL) e Messias Donato (Republicanos-ES). Todos alinhados à pauta bolsonarista na Câmara. 

O presidente da CPI aponta que a batida no assentamento seria uma “instrução processual” competente a Ricardo Salles, como relator da comissão. Contra as reclamação do deputado Nilto Tatto (PT), o ex-ministro de Bolsonaro desconsiderou os barracos como moradia: 'aqui não é casa. Não tem uma cama', disse. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) da Câmara dos Deputados está longe de ter dias de calmaria. As diferentes defesas em relação ao assunto têm acirrado os ânimos dos deputados da direita e da esquerda. Mas um deputado bolsonarista, em especial, tem tentado dificultar o andamento dos trabalhos da Comissão durante as sessões. Trata-se de Abilio Jacques Brunini Moumer (PL-MT).

O parlamentar na sessão desta quarta-feira (31) protagonizou novo embate com as parlamentares da esquerda, integrantes da CPI. Desta vez, Abílio fez provocações as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Daiana Santos (PCdoB/RS). No meio da sessão, ele ficou na frente das deputadas agindo com deboche e em uma tentativa de intimidar as parlamentares. 

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No vídeo publicado por Sâmia, pode-se ouvir ela e Talíria pedindo insistentemente que ele saia da frente delas. No entanto, só após o presidente da CPI, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) pedir para que voltasse para seu lugar é que o bolsonarista parou a provocação e foi sentar. Na publicação no Instagram, Sâmia se queixou de ter tido seu microfone cortado pelo relator, o deputado e ex-ministro, Ricardo Salles (PL-SP), quando ela denunciava que os barracos onde integrantes do MST moram foram invadidos e que houve abuso de autoridade por parte dos policiais que integraram a ação.

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"Não satisfeitos em cortar microfones e impedir questões de ordem, os bolsonaristas agora querem apelar para a intimidação física. A truculência, a misoginia e o autoritarismo não vão nos impedir de denunciar a farsa que é essa CPI, tampouco os crimes cometidos pelos ruralistas no nosso país!", escreveu a deputada do PSOL.

Abílio e sua atuação polêmica

Na sessão da Comissão do dia dia 24, o parlamentar bolsonarista também causou tumulto, numa tentativa de atrapalhar os trabalhos do colegiado. Em sua fala na mesma sessão da CPI, ele chegou a pediu para que os deputados que afirmaram integrar o MST sejam investigados como "financiadores" do Movimento.

Nesta quarta-feira (31), pela manhã, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o bolsonarista fez um discurso com ataques às escolas do Rio de Janeiro e em ataque ao deputado do PSOL, Tarcísio Motta. “Vejo deputados de esquerda (Tarcísio) atacando escolas militares, mas no seu estado o crime organizado invade a sala de aula, ataca o professor. Usa as escolas para fazer cadastramento, selecionar alunos para participar do crime organizado”, disse sem apresentar qualquer elemento que confirmasse sua declaração.

Nesta terça-feira (23), o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), desligou o microfone da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-RJ) enquanto ela lia a notícia de que seu nome foi incluído na investigação da Polícia Federal sobre os atos antidemocráticos.

‘’Acabou de sair a notícia que o Moraes autoriza a polícia Federal a retomar a investigação do presidente da CPI do MST pela participação nos atos antidemocráticos. Que até agora o senhor estava dizendo que era mentira'', disse a parlamentar do PSOL.

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Diante o discurso de Sâmia, Zucco cortou a fala da deputada, justificando que não iria permitir ‘’ataques pessoais’’ e que a investigação não era pauta da CPI.

"Deputada Sâmia, eu aceitei a questão de ordem do deputado Kim [Kataguiri]. Nós não vamos permitir ataques pessoais. Sobre essa nota que a senhora falou, já tinha sido publicado. Isso não é pauta dessa CPI", afirmou.

O político do Partido Republicanos se refere a uma questão de ordem apresentada na manhã de hoje, pelo vice-presidente do colegiado, Kim Kataguiri (União Brasil - SP), que interrompeu a fala da deputada carioca Talíria Petrone (PSOL) após ela lembrar que o relator da CPI, o bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP), era investigado pela PF. Kim lembrou que, de acordo com o regimento da Casa, nenhum deputado poderia se referir de "forma injuriosa" a membros do Legislativo.

Após a atitude de Zucco, houve um início de bate-boca, com a psolista alegando, fora do microfone, que não havia concluído a fala e que presidente da CPI precisava cumprir o regimento. Por fim, o deputado concedeu tempo à parlamentar.

"Eu nunca faltei com respeito com o senhor, não utilizei elogio ou palavrão. Eu li uma manchete. Por que lhe incomoda tanto uma manchete de jornal? A manchete está pública, qualquer cidadão brasileiro pode ter acesso a esses fatos. Para mim, o senhor não tem que prestar depoimento nenhum, é para a Polícia Federal", disse Sâmia.

O deputado gaúcho é suspeito de incentivar e patrocinar atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul e em Brasília contra o resultado das eleições de outubro 2022.  O pedido de investigação começou em seu estado, mas o Tribunal Regional Federal da Quarta Região entendeu que, como Zucco tem foro privilegiado, a análise deveria ser feita pelo Supremo Tribunal Federal. Sendo assim, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu retomar a investigação na última sexta-feira (19).

Em seu perfil do Twitter, Sâmia se manifestou sobre o caso, alegando que Zucco não pode impedir um fato de ser divulgado.

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira, 27, que espera que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 26, para apurar a atuação do MST e seus financiadores, não se torne "palanque político", já que as negociações para abrir a investigações foram conduzidas por adversários do governo e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.

"O que eu tenho a dizer é que eu gostaria muito é que essa CPI não se transformasse em palanque político. A eleição já passou e nós temos que olhar para o futuro e fortalecer a agropecuária. Concordo plenamente que não é o momento de invadir terra e nunca é o momento de invadir terra produtiva", declarou em entrevista ao G1, antes de participar de evento com ex-ministros da área.

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Segundo o ministro, ele foi "desconvidado" pela Agrishow, maior evento agrícola do País, a participar da abertura do evento na próxima segunda-feira, 1º. O motivo seria devido a presença do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), que também foi convidado para marcar presença no mesmo dia.

A Agrishow é uma grande feira brasileira. Eu fui desconvidado, mas desejo sucesso, que façam bons negócios, levem oportunidades aos produtores e, em um momento propício, no momento que for convidado, e se ainda for ministro, faço questão de estar lá", respondeu.

Em nota enviada ao Estadão, a assessoria da Agrishow reiterou o convite feito ao ministro e disse que a participação de Fávaro é muito importante para todo o setor. "A direção da Agrishow reafirma o convite feito ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para participar da abertura da 28ª edição da feira. Para a direção da Agrishow, o ministro vem realizando um ótimo trabalho com muita competência para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e sua participação na feira é muito importante para todo o setor", diz o comunicado.

A fala do ministro sobre a CPI acontece em meio às invasões deflagradas pelo Movimento dos Sem Terra (MST) desde o início do ano, em especial sob impacto do chamado "Abril Vermelho", ofensiva que incluiu diversas propriedades - incluindo da Embrapa e da Suzano - e ocupações de sedes do Incra. O governo aceitou uma série de demandas do movimento, inclusive substituindo superintendentes regionais do Incra. Segundo ele, é papel do Estado ajudar que a reforma agrária aconteça, mas dentro da lei. "Invasão de terra produtiva não é concebível", frisou.

O evento reuniu Tereza Cristina, que integrou a pasta da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro (PL), Blairo Maggi, da gestão Michel Temer e Neri Geller, do governo Dilma Rousseff.

Ao surgir o tema sobre as invasões do MST, Tereza Cristina cobrou um posicionamento de Carlos Fávaro, que afirmou que que "não é concebível" invadir terra produtiva, mas que é legítimo o direito à terra.

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