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Em mais um esforço para se aproximar do setor produtivo, o presidente Jair Bolsonaro convocou dez ministros nesta terça-feira, 20, para a sua primeira reunião do ano com empresários do 'Diálogos pelo Brasil', grupo criado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, para mediar a relação do setor com o governo federal. No final da reunião, os empresários cobraram um posicionamento do governo em relação à Cúpula do Clima, que começa nesta quarta-feira, 22. O grupo ainda marcou um novo encontro na quarta, 21, para apresentar propostas para o setor.

No último dia 7, Bolsonaro participou de um jantar em São Paulo com cerca de 20 empresários na casa do empresário Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil. O evento desta terça-feira, 20, foi realizado por videoconferência e contou com a presença de 40 grandes empresários e executivos do País. Entre eles estavam Abílio Diniz (Península), André Bier Gerdau Johannpeter (Gerdau), André Esteves (BTG Pactual), Wesley Batista Filho (JBS), Rubens Ometto (Cosan) e Luiz Carlos Trabuco (Bradesco).

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Segundo relatos de participantes, em sua fala o presidente fez uma crítica indireta aos governadores ao reclamar do "abre e fecha" do comércio, elogiou o ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse que "não teme" a CPI da Covid no Senado. Bolsonaro também exaltou as ações do governo federal contra a pandemia após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dizer que cerca de 900 mil kits para intubação de pacientes graves com covid-19 chegarão ainda nesta semana ao País, importados da Espanha.

O ministro da Saúde fez a fala mais longa da reunião. Queiroga disse aos empresários que prevê "um horizonte melhor" de vacinação entre maio e junho e defendeu que é preciso encontrar uma solução para evitar aglomerações no transporte público - uma prerrogativa dos Estados e municípios. O ministro também pregou o distanciamento social e uso de máscaras, mas afirmou que um novo protocolo para uso de medicamentos do "kit covid" nos hospitais será anunciado em breve. Defendido por Bolsonaro, o tratamento precoce contra a covid não tem base científica.

Todos os ministros presentes fizeram uma pequena apresentação sobre suas pastas e Skaf foi o único a falar em nome dos empresários. O presidente da Fiesp apresentou uma lista com três "demandas" do setor, combinadas previamente em um grupo de WhatsApp: ampliação e aceleração da vacinação, reforma administrativa e um bom ambiente econômico.

No momento que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é alvo de notícia-crime do ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas Alexandre Saraiva, acusado de obstruir investigação ambiental e favorecer madeireiros investigados pela PF, e na véspera do início da Cúpula do Clima nos EUA, o tema ambiental também foi uma preocupação dos empresários. Skaf pediu uma outra reunião nesta quarta-feira, 21, específica sobre o tema. Além de Salles, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o embaixador Leonardo Athayde, negociador da agenda do clima, vão falar com os empresários.

Tereza Cristina, destacou que o Brasil vem batendo seguidos recordes em suas safras. "Teremos este ano o fechamento da safra com mais de 272 milhões de toneladas. E muito provavelmente o presidente Jair Bolsonaro vai chegar ao seu último ano de mandato bem próximo dos 300 milhões de toneladas", afirmou a ministra da Agricultura.

O ministro Carlos França disse que está trabalhando pela modernização do Mercosul, ao reforçar a vertente econômica comercial do bloco, com impulso à negociação de acordos comerciais como o da União Europeia e com outros países ao redor do mundo. "Temos atuado no sentido de facilitar a compra de insumos para a vacina e o imunizante pronto, a fim de que possam estar disponíveis para atender a população brasileira o mais rápido possível", afirmou.

Também participaram do encontro virtual o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos e o secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha.

Todos os 27 governadores receberam ofícios do Ministério Público Federal (MPF) cobrando esclarecimentos sobre o ritmo de vacinação contra a covid-19. O prazo para resposta é de dez dias.

Os documentos foram encaminhados pelo Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac) na quinta-feira, 15, com a chancela do procurador-geral da República Augusto Aras. A força-tarefa identificou 'discrepância' no número de doses distribuídas pelo Ministério da Saúde e o total de vacinas efetivamente aplicadas.

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Um levantamento do Giac, feito a partir do vacinômetro da plataforma LocalizaSus, aponta que, enquanto o governo federal contabiliza um total de 48.088.916 doses dos imunizantes produzidos pelo Instituto Butantã e pela Fundação Oswaldo Cruz enviadas aos Estados e ao Distrito Federal, apenas 32.160.509 vacinas foram aplicadas.

"As pautas de distribuição das vacinas às Unidades Federativas, elaboradas e divulgadas pelo Programa Nacional de Imunizações por meio de Informes Técnicos da Campanha, direcionam a quais públicos as doses devem ser destinadas", afirma o documento.

Como mostrou o Verifica, núcleo de checagens do Estadão, entre os fatores que contribuem para o descasamento dos números de doses distribuídas e aplicadas estão as reservas para segunda aplicação e o intervalo de tempo para entrega dos lotes nos postos de vacinação e para o registro de informações no sistema.

Nesta terça-feira (13), a Câmara Municipal do Recife aprovou o Projeto de Lei do Executivo 10/2021, que institui o Programa Emergencial de Pagamento do IPTU e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD) relativo ao exercício fiscal de 2021.

De acordo com a matéria, será concedido um desconto de 10% na cobrança dos impostos em parcelas já vencidas ou ainda a vencer neste ano. A proposição chegou na última segunda-feira (5), tramitando em regime de urgência e deve ser sancionada pelo prefeito João Campos (PSB) nesta semana.

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Segundo a justificativa da Prefeitura do Recife, essa iniciativa faz parte de um grande esforço financeiro com vistas ao fornecimento de condições estruturais para o enfrentamento, pelo município, da situação calamitosa decorrente da pandemia causada pela covid-19, que vem exigindo do Poder Público, medidas urgentes de contingência e de redução de impactos sociais e econômicos.

“A Câmara Municipal compreendeu a importância do projeto, que abre a possibilidade para que o contribuinte tenha mais prazo para pagar o tributo com desconto. O tema foi discutido em todas as comissões pertinentes, além de passar por amplos debates no plenário e ser votado pelo parlamento municipal. A Casa cumpriu seu papel, com velocidade e responsabilidade”, destacou o presidente da Câmara, o vereador Romerinho Jatobá (PSB). 

Neste sábado (20), o Terminal Integrado (TI) de CDU, localizado na Zona Oeste do Recife, passa a adotar o esquema de integração temporal. Com a mudança do Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitano (GRCTM), o passageiro poderá mudar de linha sem nova cobrança no período de 2h, por sentido da viagem.

De acordo com o Grande Recife, os usuários deverão entrar pela porta da frente do ônibus, passar o cartão VEM e, só então, girar a catraca. O VEM Comum já está sendo distribuído no TI. Para adquirir basta realizar um cadastro com CPF e nome da mãe, e apresentar documento oficial com foto.

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Caso o passageiro perceba que lhe foi cobrada uma nova tarifa antes do prazo expirado, para reaver o valor indevido, ele deverá ligar para a Urbana-PE através do telefone 3125.7858. É preciso informar o dia, o horário e o número do VEM para que a ocorrência seja checada. Caso o pagamento excedente seja confirmado, o valor será creditado no VEM do denunciante.

Dos 26 terminais integrados da Região Metropolitana do Recife, 14 já funcionam no sistema de integração temporal, são eles: Cavaleiro, Largo da Paz, Recife, Santa Luzia, Getúlio Vargas, Cosme e Damião, Prazeres, TIP, Xambá, Afogados, Jaboatão, Cajueiro Seco, Tancredo Neves e CDU.

Para tirar dúvidas ou enviar sugestões e reclamações, o usuário pode entrar em contato via Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou pelo WhatsApp (99488.3999), exclusivo para reclamações.

O Banco Itaú anunciou que irá cobrar uma taxa em transferências Pix para usuários na categoria de Pessoa Jurídica (PJ). De acordo com a Tabela Geral de Tarifas do banco, o valor custará de R$ 1,75 a R$ 9,60 por envio. A taxa pode chegar a R$ 150 para recebimento via QR Code, entretanto o valor varia de acordo com cada formato de transação.

De acordo com o Banco Central (BC), não existe uma regra sobre valores de cobrança, pois cada empresa bancária poderá criar a sua exigência de funcionamento e estratégia, onde poderá determinar as taxas. Além disso, os descontos poderão ou não ser aplicados para contas de empresários individuais (EI) ou microempreendedores individuais (MEI).

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As taxas nas transações via Pix passaram a ser cobradas de usuários PJ desde o início de fevereiro, após o período de gratuidade oferecido por instituições financeiras, como Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander. Os bancos Caixa, Nubank e Banco Inter, por enquanto, continuam isentando a tarifa. Entretanto, as cobranças aplicadas por essa modalidade são menores em relação a outros tipos de transações, pois o custo para os bancos são de R$ 0,01 a cada dez transferências realizadas.

A transferência de dinheiro por meio do Pix é uma inovação criada pelo Banco Central para trazer mais facilidade às pessoas físicas. Estreou no Brasil em 16 de novembro de 2020 e, segundo informações do BC, em seu primeiro mês movimentou cerca de R$ 83,4 bilhões. Diferente das transferências tradicionais como TED (transferência de ordem de crédito) e DOC (documento de ordem de crédito), o Pix faz movimentações bancárias em todos os horários, em todos os dias, incluindo fins de semana e feriados, sem custo adicional para as pessoas físicas.

Por Thaiza Mikaella

Contribuintes de pelo menos três estados e cinco municípios podem começar a pagar impostos via Pix. Com auxílio de uma tecnologia desenvolvida pelo Banco do Brasil (BB), os governos locais começam a cobrar tributos por meio do sistema instantâneo de pagamentos desenvolvido pelo Banco Central.

Segundo o Banco do Brasil, os governos do Acre, do Piauí e de São Paulo iniciaram a integração à nova tecnologia, que permite gerar um código QR (versão avançada do código de barras) que pode ser fotografado com a câmera do celular para pagar impostos por meio do Pix. Os municípios de Eusébio (CE), Linhares (ES), São José dos Campos (SP), Uberlância (MG) e Vila Velha (ES) também estão aderindo a solução.

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Desde dezembro, as empresas que declaram débitos e créditos tributários podem quitar as contas com a Receita Federal pelo Pix. Os empregadores domésticos também podem pagar as guias do eSocial por meio do novo sistema.

No estado de São Paulo, o convênio entre o Banco do Brasil e a Secretaria Estadual de Fazenda permitirá o recolhimento via Pix de valores por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais (Dare) e o pagamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Multas e custas judiciais também poderão ser pagas pelo novo sistema.

A primeira cidade a arrecadar tributos pelo Pix foi Eusébio (CE), na região metropolitana de Fortaleza. Os contribuintes podem quitar o boleto do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2021 por meio da nova modalidade.

Para pagar os impostos, o contribuinte deve abrir o aplicativo de qualquer banco ou instituição financeira participante do Pix e apontar a câmera do celular para o Código QR. A transação é concluída em até 15 segundos.

Bancos diferentes

Em funcionamento desde novembro, o Pix permite pagamentos e transferências por pessoas ou empresas 24 horas por dia, sete dias por semana. As operações são instantâneas e podem ser feitas entre bancos diferentes.

Os clientes do Banco do Brasil podem usar o Whatsapp para cadastrarem chaves Pix e fazerem pagamentos e recebimentos pelo sistema. No caso dos pagamentos, basta o correntista enviar a foto do código QR ao aplicativo de mensagens. O assistente virtual do BB lê a imagem e completa a transação.

A tecnologia desenvolvida pelo Banco do Brasil também está sendo usada pelo grupo Energisa, que atende a consumidores de 11 estados. As distribuidoras estão incluindo gradualmente o código QR nas contas de luz. Em três meses, a novidade deve chegar a todos os 8 milhões de clientes do grupo.

Nesta quinta-feira (11), o Procon-PE confirmou que protocolou na 11ª Vara Cível do Recife uma ação civil pública pedindo a suspensão da cobrança do percentual de abusividade aplicada pelos planos de saúde individuais e coletivos ativos no Estado.

No pedido enviado à Justiça, o Procon pede a suspensão da cobrança do percentual de abusividade aplicado a partir de janeiro de 2021, devendo ser considerado todos os fatores de redução de danos, dos procedimentos eletivos, das despesas assistenciais, aumento médio de receita em 5%, a mais por usuário em 2020, que levaram a um resultado triplicado dos lucros nesse momento de pandemia, devendo ser deduzido eventual valor cobrado e pago pelo consumidor na mensalidade subsequente.

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No documento que cita 15 planos de saúde que atuam no estado, há também o item informando que caso seja concedida a suspensão, os planos que não cumprirem com o que for determinado, poderá ser multado no valor de R$ 50 mil por dia.

O governo federal vai enviar nos próximos dias mensagens SMS para 2,6 milhões de brasileiros que receberam indevidamente o auxílio emergencial. O objetivo é cobrar a devolução dos valores, embolsados por pessoas que não faziam jus à ajuda criada pelo governo durante a pandemia da Covid-19. Se cada um restituir pelo menos uma parcela de R$ 600, o valor recuperado chegaria a R$ 1,574 bilhão.

A estratégia está sendo montada pelo Ministério da Cidadania, responsável pelo auxílio emergencial. A pasta pediu o apoio da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia para o envio dos SMS, segundo ofício de 25 de novembro revelado pela TV Globo e obtido também pelo Estadão/Broadcast.

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De acordo com o documento, a Cidadania identificou a necessidade de cancelar o repasse do auxílio aos 2,6 milhões de beneficiários que haviam se cadastrado pelo aplicativo desenvolvido pela Caixa, mas não tinham direito ao benefício. Os nomes foram indicados por órgãos de controle ou rastreados pela auditoria interna do governo. A lista será repassada ao Ministério da Economia, que usará um contrato já existente para o envio de SMS para executar a operação.

No ofício, o Ministério da Cidadania explica que foi definido o prazo de contestação do cancelamento do auxílio emergencial até 16 de novembro. Em caso de não haver contestação, o cidadão deve devolver os recursos recebidos indevidamente.

"Assim, esta SAGI (Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação) planeja enviar SMS a este público, objetivando orientar o procedimento a ser adotado para proceder com a devolução do recurso, de modo a dar uma resposta à sociedade, ao mostrar o esforço do governo federal em recuperar o recurso pago indevidamente, e ainda atender à recomendação dos órgãos de controle", diz o documento.

O governo destinou R$ 322 bilhões para bancar o auxílio emergencial até o fim do ano. Desde sua implementação, em abril, órgãos de controle e imprensa têm apontado diversos casos de pessoas recebendo indevidamente, como servidores públicos, militares, entre outros casos.

Segundo o ofício da Cidadania, a previsão é que sejam enviadas cerca de 4,8 milhões de mensagens, considerando a possibilidade de ser necessário encaminhar um reforço da cobrança. Procurado, o Ministério da Economia informou que vai executar o pedido de envio das mensagens até o fim da próxima semana. O envio dos SMS custará R$ 162 mil.

O governo federal lançou um site para facilitar a devolução dos valores recebidos indevidamente. Para isso, é preciso informar o CPF e gerar uma Guia de Recolhimento da União (GRU) a ser paga em qualquer outro banco.

Durante passeio de moto em Brasília neste domingo (25), o presidente Jair Bolsonaro irritou-se com o pedido de um homem, não identificado, sobre o preço do arroz. O chefe do Executivo fez um passeio hoje por regiões do Distrito Federal acompanhado dos ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Braga Netto, da Casa Civil.

Enquanto se preparava para sair da Feira Permanente do Cruzeiro, o mandatário ouviu uma cobrança relacionada à alta no preço do arroz, registrada desde o início de setembro. "Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais", disse o homem.

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O presidente respondeu prontamente e em tom irritado: "Quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas vai comprar lá na Venezuela". Em seguida, sem receber outro comentário do homem, que deixou o local, Bolsonaro disse: "Fala e vai embora". Pouco depois, o mandatário também saiu do local e retornou ao Palácio da Alvorada.

Desde a alta no preço do produto, que é um dos principais componentes da alimentação diária dos brasileiros, Bolsonaro tem negado a possibilidade de tabelamento de preço. O valor do grão chegou a dobrar depois do aumento da demanda interna e externa, influenciado pela pandemia da covid-19.

Em falas anteriores, Bolsonaro argumentou que o tabelamento de preços já foi feito no passado e não deu certo. "Não posso é começar a interferir no mercado. Se interferir, o material sobra na prateleira, isso que é pior", afirmou para apoiadores no dia 16 de setembro.

A disparada no preço do arroz fez o governo em setembro anunciar a redução total, até o fim do ano, da alíquota de importação para uma cota de 400 mil toneladas de arroz. Sobre o assunto, o chefe do Executivo afirmou em declarações anteriores que a expectativa é normalizar o preço do grão até o fim do ano.

Inflação

Na sexta-feira, 23, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a prévia da inflação oficial. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) atingiu 0,94% em outubro, maior resultado para o mês desde 1995. No ano, o índice acumula alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%.

Os preços dos alimentos e bebidas tiveram a maior alta entre os grupos pesquisados, chegando a 2,24%. Os alimentos para consumo no domicílio subiram 2,95% em outubro, depois do avanço de 1,96% em setembro. A alta foi puxada por itens como o óleo de soja (22,34%), o arroz (18,48%), o tomate (14,25%) e o leite longa vida (4,26%).

Bolsonaro já relacionou a alta no preço do arroz com uma "corrida aos supermercados" e também com a política de isolamento. No dia 14 de outubro, o mandatário destacou para apoiadores que o "homem do campo", que não parou de trabalhar durante a pandemia, garantiu o abastecimento de arroz, mesmo que com preço elevado.

"Acabaram com os empregos, aí sobe o preço do arroz, né? Fique em casa, pô. Já pensou se o homem do campo tivesse ficado em casa? Não teria nem a R$ 30, R$ 35 o pacote de cinco quilos. Não teria arroz", disse na ocasião.

(Colaborou Marcos Pereira)

A Espanha aprovou definitivamente a criação da chamada 'taxa Google' e de um imposto para as transações financeiras, a fim de "modernizar seu sistema tributário", apesar da hostilidade de Washington a essas iniciativas, informou o Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (7).

As duas taxas foram aprovadas pelo Senado, que concluiu o trâmite parlamentar. Nas próximas horas, serão publicadas no Boletim Oficial do Estado (BOE) e entrarão em vigor em três meses.

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A taxa sobre "determinados serviços digitais", com a qual o governo espera arrecadar 968 milhões de euros (1,14 bilhão de dólares) a cada ano, aponta para as empresas de internet que faturam mais de 750 milhões de euros em nível mundial, e pelo menos três milhões na Espanha.

O imposto envolve as grandes multinacionais americanas da internet, as GAFA (Google, Amazon, Facebook, Apple), cujos lucros escapam a muitas administrações fiscais de todo o mundo.

Nesta quinta-feira (1º), no Twitter, Felipe Neto fez um desabafo. Na rede social, o youtuber relatou que recebeu um cobrança, após ser atendido nos Estados Unidos. Ele compartilhou um registro da notificação, dizendo que o valor de uma consulta médica chegou na casa dos R$ 17 mil. De acordo com Felipe, o atendimento durou cerca de cinco minutos.

"Ano passado fiquei doente nos EUA e fui ao hospital. O médico me atendeu por cinco minutos e me passou anti-inflamatório. Me cobraram US$ 800 [aproximadamente R$ 4,5 mil reais]! Paguei. Dois meses depois, me mandaram cobrança residual de US$ 16 [equivalente a R$ 90]. Paguei", disse.

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E emendou: "Dois meses depois, disseram que faltou pagar US$ 500 [R$ 2,8 mil]. Não paguei. Agora, chegou isso [cobrança de 12 mil reais]. Felipe Neto afirmou na postagem que o caso já está sob análise dos advogados. "Estados Unidos é uma vergonha quando se trata de saúde pública", completou, garantindo na rede social que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser valorizado no Brasil.

Confira:

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Na quarta-feira da última semana, dia 26 de agosto, o vice-presidente da República, General Hamilton Mourão (PRTB), participou virtualmente de uma aula magna, e defendeu que estudantes de universidades federais que tenham boas condições financeiras paguem mensalidades para ajudar a custear programas de inserção de estudantes de baixa renda em instituições particulares de ensino superior. 

Mourão foi questionado sobre medidas de financiamento pensadas pelo Governo Federal para a inclusão de 83% da população brasileira em idade universitária no ensino superior, levando em consideração que boa parte desse percentual não dispõe de recursos para pagar pelos estudos, quando respondeu que o governo criará linhas de crédito para atender à população que não consegue ingressar no ensino superior. Em seguida, citou o pagamento de mensalidades em universidades federais como um “pensamento de longa data”. 

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“Nós temos dentro da universidade federal, gente que poderia pagar seus custos, que está recebendo ensino gratuito de graça e, posteriormente, não devolvendo nada para o País”, disse o vice-presidente, usando como exemplo seus filhos, que segundo ele, foram alunos de universidades federais e poderiam pagar. 

“Temos que pensar, hoje, seriamente e sem preconceitos. Ver o que seria um recurso para aqueles jovens que precisam de financiamento, e pagar uma universidade privada. Seria uma compensação muito justa isso aí”, afirmou o general, completando que, em sua visão, “uns 60% dos que frequentam universidade federal têm condições de pagar". "Um pagamento que fizessem serviria para que mais alunos ingressassem no setor privado e, consequentemente, para que aumentássemos o percentual de jovens no ensino superior”, complementou Mourão.

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Perfil dos alunos das universidades federais

Apesar de ter apontado um percentual de estudantes com renda que permitiria o pagamento de mensalidades, o vice-presidente não esclareceu se sua fala era baseada em alguma estimativa oficial, nem explicou se há encaminhamentos no Governo para tentar instituir pagamento de mensalidades em universidades federais. 

A fala de Mourão contrasta com a V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos (as) Graduandos (as) das Instituições Federais de Ensino Superior de 2018, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que coletou dados de 420 mil estudantes de graduação das 63 universidades federais do Brasil, constatando que 70,2% dos alunos (294.840 estudantes) têm renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo, o que configura vulnerabilidade socioeconômica.

A primeira edição da pesquisa realizada pela Andifes data de 1996, quando o percentual de alunos em situação de vulnerabilidade era de 44,3%. “Percebe-se que, a partir de 2014, ocorre salto e os estudantes nessa faixa de renda passam a ser 66,2% do total de estudantes da graduação”, defende a Associação. A mesma pesquisa aponta que na série histórica, desde que foi iniciada a política de cotas, o número de estudantes que ingressam nas instituições por meio de ações afirmativas cresceu de 3,1% em 2005 para 48,3%, em 2018.

Diante da afirmação de Hamilton Mourão, o presidente da Andifes, Edward Madureira, afirmou ao LeiaJá que baseada em seus dados, a Associação se coloca contra a cobrança de mensalidades nas universidades federais e solicitará audiência com o vice-presidente. 

“Somos contrários à cobrança e temos estudos que demonstram isso (a impossibilidade da proposta). Vamos solicitar uma audiência com o vice-presidente para mostrar os nossos estudos e as nossas argumentações. Estudos apontam a incapacidade de as famílias brasileiras assumirem despesas com educação superior nas universidades públicas. A maior parte dos estudantes destas instituições, segundo ele, é de baixa renda. A última pesquisa da Andifes, publicada no ano passado e com dados de 2018, mostrou que 70,2% dos estudantes de universidades e institutos federais estão na faixa de renda mensal per capita de até 1,5 salário mínimo”, disse Madureira por meio de nota.

Severino Mendes Júnior, pró-reitor de Gestão Estudantil da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), afirmou ao LeiaJá que a política de cotas ajudou a mudar o perfil dos estudantes das universidades federais, inserindo pessoas de baixa renda que antes não conseguiam ter acesso ao ambiente universitário. Nesse novo cenário, ele também destacou a relevância do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), como aliado do sistema de cotas, para ajudar a garantir não apenas a entrada, mas a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica nos seus cursos.  

“Setenta por cento dos alunos matriculados nas instituições públicas do Brasil são vulneráveis. Na UFRPE, são 80%. Temos pesquisa sobre o desempenho dos alunos que recebem políticas de assistência, e é bem melhor que os que não recebem. Existe uma retórica na academia que essas pessoas têm desempenho baixo e não conseguem acompanhar, mas os dados provam o contrário. A sociedade contemporânea não sobrevive mais sem assistência estudantil”, explicou o pró-reitor.

“O maior ataque é ao princípio de educação pública para todos”

Marcelo Carneiro Leão, reitor da UFRPE  Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo

Sobre a afirmação do vice-presidente da República, o professor Marcelo Carneiro Leão, reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), disse que se permite discordar e “com todo o respeito, a visão que ele [Mourão] está é uma visão de 30 anos atrás”. Para ele, “fazer justiça social com cobrança de mensalidade é uma posição equivocada”, pois deixa na mão dos governantes a decisão sobre quem paga, e quanto. 

“É muito complicado, ‘vamo cobrar mensalidade dos mais ricos’, qual é a renda familiar que a gente vai estabelecer? O governante entra diz que é R$ 2 mil, tiver uma renda familiar de mais de 2 mil você paga. Aí entra outro governante mais bonzinho e diz não, é a partir só de R$ 5 mil, um governante menos alinhado com questões sociais diz ‘a partir de R$ 500 tem que pagar’”, opina o reitor.

Para o docente, há formas mais eficientes de garantir o acesso de estudantes de baixa renda ao ambiente universitário, como realizar mudanças na matriz tributária (de impostos) do País, para que o valor arrecadado pelo poder público com a parcela mais rica da população ajude a financiar o orçamento das universidades públicas.

“Os 10% mais ricos do Brasil pagam em média algo em torno de 21% de tributação, quanto mais se ganha percentualmente se paga menos, alterar este formato, enquanto os 10% mais pobres pagam 32% (...) No lugar de ficar brigando pontualmente a cada governo, se a gente mudasse a matriz tributária, resolveria essa questão social e os mais ricos financiariam mais a universidade pública para que os mais pobres pudessem também estudar, como é agora na realidade das nossas universidades. Se a gente quer fazer justiça social na universidade, devia ser na manutenção da gratuidade e na alteração da tributação onde os mais ricos pagarão mais impostos e financiarão mais o funcionamento da universidade”, sugere o gestor da UFRPE. 

O reitor também destacou a perda histórica de orçamento que as universidades já vêm sofrendo há vários anos, que pode ser agravada pela nova proposta orçamentária apresentada pelo Governo Federal para o ano de 2021, que pode cortar recursos do Ministério da Educação (MEC) e consequentemente das universidades, em um momento no qual a pandemia de Covid-19 exigirá ainda mais investimentos e a assistência estudantil, diante da perda de renda e desemprego, se faz mais necessária que nunca para atender aos estudantes de baixa renda. 

“A gente está anualmente com redução no Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Ele se mantém nominalmente no mesmo valor, mas a inflação está comendo, cada ano eu perco poder de ajuda aos nossos estudantes. A gente precisa diante desses 70% de alunos com vulnerabilidade, se a gente quiser levar educação para toda a população, principalmente classes menos favorecidas e mais pobres, a gente tem que buscar ampliar o PNAES, que é um programa que dá bolsas, auxílios, subsidia o restaurante universitário, uma série de ações para esses jovens terem acesso à universidade pública. A gente tem que aumentar o investimento. Eu não acredito que um país vá crescer e se desenvolver sem investimento em educação, para mim tem que ser o maior pilar de desenvolvimento, educação e saúde”, disse o reitor. 

Questionado sobre os riscos de uma possibilidade como a cobrança de mensalidades em universidades públicas ser levantada por uma pessoa que está em um alto cargo de comando e decisão do governo do país, o reitor Marcelo Carneiro Leão diz que há risco ao modelo de universidade pública tal qual o concebemos hoje. “Eu acho que o maior ataque é ao princípio de educação pública para todos. Quando a gente fala em diminuir orçamento e aluno pagar, a gente está indo de encontro ao que a gente prega, que é educação pública de qualidade e inclusiva, que não é gasto, é investimento. A gente tem pesquisas em todo o mundo que mostram que quanto maior a escolaridade das pessoas na sociedade, o PIB aumenta numa proporcionalidade. Se a gente quer fazer com que o país cresça, e cresça para todos, que aí é uma visão de mundo, na hora que você vai de encontro à educação pública e não ao encontro dela, vai privilegiar quem de fato pode pagar por essa educação. Se conseguiu inverter isso precisa ser mantido. O único caminho é educação e não é opinião é história da humanidade”, afirmou o professor.

“O projeto de universidade pública é um projeto de país”

Alfredo Gomes, reitor da UFPE  Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, afirmou sua posição contrária ao pagamento de mensalidades nas universidades federais e públicas de modo geral, apresentando dados sobre os estudantes. “Eu particularmente, assim como muitos outros colegas, somos contrários ao pagamento de mensalidades nas universidades públicas, federais. Temos hoje aproximadamente 1,3 milhão de matrículas nas universidades. Dessas, 900 mil são de estudantes abaixo de 1,5 salário per capita familiar. E 400 mil alunos aproximadamente são de famílias de até meio salário mínimo. Afinal de contas, de onde vem os dados para dizer que tem uma grande maioria que pode, portanto, custear a universidade?”, questionou ele. 

O reitor destaca também outro fato muito importante no contexto de pandemia de Covid-19 que o país está atravessando. “A situação demanda financiamento por parte do Estado, a gente precisa continuar defendendo o orçamento público das universidades para garantir esse projeto. A universidade pública realiza 95% da pesquisa no Brasil, são questões muito importantes quando nós pensamos em um projeto de país, em um projeto de sociedade, de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação na educação que passam necessariamente pelas nossas instituições”, avalia o gestor da UFPE.

Diante dessa realidade, ele criticou a postura do vice-presidente Hamilton Mourão ao defender o pagamento de mensalidades nas universidades federais e alega que a maioria dos alunos tem condições financeiras para isso. “Estamos nesse ponto de vista de que a universidade pública, gratuita, financiada por recursos do Estado por meio dos impostos, deve permanecer. O projeto de universidade pública é um projeto de país. Desde 2013 temos a introdução do sistema de cotas na universidade. Funcionou muito bem e permitiu o ingresso em cada turno e curso de estudantes provenientes de escolas públicas. A situação demanda financiamento por parte do Estado, a gente precisa continuar defendendo o orçamento público das universidades para garantir esse projeto”, disse o professor Alfredo.

Ele continua: "Desde os anos 80 você tem defensores dessa tese e ela não ganha materialidade em termos de políticas. É uma figura que ocupa um cargo altíssimo na República, mas é necessário ter cuidado e tratar devidamente a questão com zelo, com respeito à história, à grande contribuição que as universidades públicas federais prestam a esse país”, disse o reitor da UFPE. 

“A gratuidade está na Constituição”

Iago Montalvão, presidente da UNE Foto: Reprodução/Instagram

O estudante de economia da Universidade de São Paulo (USP), Iago Montalvão, é presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e também se opõe à ideia de pagamento de mensalidades em universidades federais. Ele alega que além das questões que envolvem a necessidade de ampliação à assistência estudantil diante da mudança de perfil socioeconômico dos alunos causada pela política de cotas, a imposição de qualquer tipo de pagamento em uma instituição pública significaria uma tributação dupla para ao alunos. 

Iago justifica a afirmação explicando que tanto a construção quanto a manutenção e investimento das universidades é feita com dinheiro de impostos, já pagos pela sociedade. “Quando você paga imposto, espera um serviço público em troca. Imagina quanto dinheiro público você não investiu numa universidade pública para ela chegar a esse patamar durante os anos, as décadas?. Isso foi entregue à sociedade de forma gratuita, porque ela já pagou o serviço quando pagou o imposto”, explicou o estudante. 

Além disso, é uma preocupação do presidente da UNE a dificuldade de determinar quem deveria pagar, e quais valores, uma vez que há diferentes perfis socioeconômicos ao analisar universidades e cursos diferentes, segundo ele. A terceira e última razão de sua discordância é que segundo Iago, ideias como essa abrem espaço para um precedente que ele classifica como “perigoso”, de criação de um sistema de ensino pago nas instituições públicas. 

Iago lembra também que a gratuidade do ensino está na Constituição Federal. No Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto - Seção I, um trecho do Art. 206 determina: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais”. 

A afirmação de Hamilton Mourão, na opinião do presidente da UNE, não tem base na realidade das universidades e nem seria uma ideia de nova medida do governo, mas algo pensado no momento do evento pelo próprio vice-presidente. “Minha tese é que o que ele está dizendo veio da cabeça dele, não veio de um aprofundamento, de um debate. A maior prova disso é que na reforma tributária [do governo Bolsonaro] uma das coisas que eles fazem é deixar de isentar universidades comunitárias filantrópicas, não lucrativas, para que elas deixem de oferecer determinadas bolsas para os estudantes. Ele fala, mas na prática está fazendo outra coisa. Mesmo no ponto de vista do projeto privatista, eles estão em conflito com todo mundo”, afirmou o estudante.

Apontando a falta de projeto de qualquer tipo para a área da educação no governo Bolsonaro, Iago afirma que, em sua opinião, o que o governo tenta fazer de forma planejada é promover o descrédito das universidades públicas perante a sociedade. “O que eles querem é criar uma polêmica em torno da universidade pública, do papel da universidade pública. Aí sim eu concordo que há um projeto conjunto de desmoralização da universidade pública. Vai usar vários artifícios para chegar a esse objetivo, vai dizer que só planta maconha, que só tem gente rica que está lá e poderia pagar, há uma tentativa muito incisiva de tentativa de desmoralização da universidade pública, porque é um ambiente onde não se encaixa o tipo de pensamento que eles representam no governo”, afirmou ele. 

Questionado sobre possíveis impactos da hipotética implementação de uma medida como a que o vice-presidente da República sugeriu, o presidente da UNE aponta o aumento da desigualdade social e consequências que viriam em decorrência dele.  “Aquele jovem que nunca teria perspectiva de ter uma profissão melhor remunerada, ao entrar na universidade, cria essa perspectiva. Não ter uma universidade pública com acesso gratuito para que essa juventude de baixa renda possa ter acesso, prejudicaria muito a redução de desigualdades e uma série de outros fatores vem em decorrência disso. Índice de criminalidade, violência, tudo isso seria fruto de uma medida como essa”, afirmou o presidente da UNE. 

A conclusão da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o caso da deputada Flordelis (PSD-RJ), apontada como mandante da morte do seu marido, pastor Anderson do Carmo, e o fato de a parlamentar seguir em liberdade levou senadores a cobrarem da Câmara dos Deputados a votação da proposta de emenda à Constituição que extingue o foro especial de julgamento para autoridades dos três Poderes e do Ministério Público, o chamado foro privilegiado.

Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018, que entendeu que parlamentares investigados por crimes que não tenham relação com o mandato devem ser julgados em primeira instância e não pela suprema corte, como no caso da deputada, senadores defenderam pelas redes sociais, na terça-feira (25), a aprovação da PEC 10/ 2013 para pôr fim ao que eles consideram um privilégio.  

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“1.175 dias na gaveta. Acorda! Até quando o fim dos privilégios para políticos e o limite aos juros criminosos cobrados pelos bancos adormecerão na gaveta da Presidência da Câmara dos Deputados? #DesengavetaMaia #FimdoForoPrivilegiado”, cobrou o autor da PEC, senador Alvaro Dias (Podemos-PR).

Relator da PEC, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também cobrou a análise da proposta.

"A Polícia já aponta a deputada Flordelis como mandante do assassinato do marido. A liberdade dela só está garantida pelo absurdo foro privilegiado. Nosso relatório à PEC 10/2013, pedindo o fim do foro privilegiado, está parado no Parlamento. O que falta para a Câmara votar?", disse no Twitter

Aprovado pelo Senado em 2017, o texto mantem o foro privilegiado apenas para os presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF). Todas as demais autoridades (parlamentares, ministros, juízes, governadores, procuradores e comandantes das Forças Armadas, entre outros) seriam julgadas a partir da primeira instância em caso de crimes comuns. A previsão é que com a aprovação da medida mais de 50 mil autoridades percam o foro.

Outros senadores reforçaram a cobrança. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) criticou a demora da Câmara dos Deputados em se manifestar sobre o assunto.

“O projeto que acaba com o foro, aprovado no Senado, está na gaveta do Maia há quase dois anos. Só mais um exemplo do poder absurdo que os presidentes concentram no Congresso. E ainda querem uma reeleição inconstitucional. #FimdoForoPrivilegiado”, disse.

Para o líder do PSL, senador Major Olimpio (SP), a aprovação da PEC representa um passo importante contra a impunidade.

“Se no Brasil as leis já beneficiam criminoso, se tiver foro privilegiado então, pode ser corrupto, fazer rachadinha e até matar que não vai preso. Chega do foro privilegiado, chega de impunidade!”, pediu no twitter.

Sobre a situação da parlamentar dentro do partido, o presidente do PSD-RJ, senador Arolde Oliveira, informou que o diretório aguarda uma posição da diretoria nacional e os desdobramentos jurídicos relativos ao caso. 

“O PSD-RJ diante do indiciamento da deputada Federal Flordelis, acompanhará as ações do PSD Nacional e os seus desdobramentos perante a Justiça e adotará as medidas estatutárias pertinentes ao caso”, informou pelo twitter.

Ainda no ano passado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sinalizou que pautaria a proposta no início da agenda de 2020, o que acabou não acontecendo.

Caso

Indiciada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada, Flodelis não chegou a ser alvo de prisão temporária ou preventiva em razão da imunidade parlamentar prisional. O mecanismo é garantido por um artigo da Constituição que prevê que parlamentares só podem ser detidos em caso de 'flagrante de crime inafiançável'. O caso de Flordelis deve ser julgado pelo Juízo da 3ª Vara Criminal de Niterói, que recebeu a denúncia oferecida pelo Gaeco/MPRJ.

*Da Agência Senado

Uma mulher foi esfaqueada nas costas e no braço direito por cobrar R$ 20 ao irmão, um motorista de 38 anos. O caso aconteceu na noite do último sábado (1º), no bairro Cidade Atlântica, em Guarujá, litoral de São Paulo. 

A mulher foi socorrida para o Hospital Dom Domênico e a Polícia Militar também foi acionada. A Polícia Civil, responsável pela investigação do caso, revelou ao G1 que o marido da vítima conseguiu intervir e o suspeito acabou fugindo.

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A vítima, de 33 anos, explicou às autoridades que o crime foi cometido pelo seu irmão depois que ela cobrou uma conta de R$ 20 que, segundo ela, havia quebrado o seu chuveiro e esse teria sido o valor do conserto. 

O caso foi apresentado pela Polícia Militar na Delegacia Sede de Guarujá, que registrou o fato como tentativa de homicídio.

A diretoria do Flamengo revelou nesta segunda-feira que arrecadou "pouco mais" de R$ 1 milhão com a transmissão direta do jogo contra o Volta Redonda, no domingo, pela semifinal da Taça Rio. De acordo com o clube, quase 100 mil torcedores pagaram para assistir ao duelo decisivo, válido pelo segundo turno do Campeonato Carioca.

"O Clube de Regatas do Flamengo agradece aos quase 100.000 torcedores que fizeram o pagamento do ingresso para ver o jogo na plataforma MyCujoo", registrou a diretoria, que disse lamentar a sobrecarga no sistema. "Milhares de torcedores que tentaram concluir a operação de compra do jogo não conseguiram. Não foi possível atender a enorme demanda que se formou nas horas próximas ao jogo, no que tange às pessoas localizadas no Brasil."

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A diretoria rubro-negra revelou que arrecadou pouco mais de R$ 1 milhão, sem entrar em mais detalhes sobre o faturamento. A diferença entre o "quase 100 mil" torcedores e a cifra se deve aos ingressos virtuais pagos em dólar, para transmissão fora do País.

O clube exaltou a iniciativa de cobrar R$ 10 por ingresso, para quem mora no Brasil, e US$ 8 (cerca de R$ 42), para torcedores fora do País. "Nosso Clube arrecadou pouco mais de 1 milhão de reais com a venda, mostrando que este é um modelo importante para os clubes brasileiros. É mais uma possibilidade de a torcida participar diretamente do fortalecimento do nosso time, aumentando a capacidade de se ter um elenco campeão."

Ao mesmo tempo, o clube lamentou as falhas técnicas que fizeram a direção liberar a transmissão, de forma gratuita, nos perfis do clube no YouTube, Facebook e Twitter. Por isso, a diretoria prometeu reembolsar quem já havia feito o pagamento do ingresso virtual.

"Alguns torcedores rubro-negros que haviam pago os R$ 10,00 para assistir ao jogo, apesar de terem tido o serviço bem prestado e acesso total à partida, podem vir a se sentir desconfortáveis com o clube. Para eles, o Flamengo informa que o valor pago (R$ 10,00) poderá ser reembolsado, no prazo de sete dias corridos após a compra, mediante à solicitação pelos canais de atendimento do nosso programa de sócio-torcedor."

O clube destacou que, a depender do número de reembolsos, o faturamento de R$ 1 milhão poderá ser reduzido, uma vez que os ingressos devolvidos serão descontados desta cifra total.

Com nove deputados na Câmara, integrantes da bancada do PSC cobraram, nesta quarta-feira (24), mais espaço no governo em troca do apoio que tem dado em votações - cerca de 90%, segundo as contas dos parlamentares. A reivindicação foi feita por integrantes da legenda em café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada.

Após o encontro, o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) afirmou que o partido quer "tratamento igualitário" do governo em relação aos outros partidos. "Que espaço o PSC tem hoje (no governo)? Queremos apenas tratamento igualitário", disse Otoni ao Estadão/Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Foi um encontro de aproximação política, já que o PSC votou quase 90% dos interesses do governo", emendou.

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Na visão do parlamentar, o governo conseguirá montar uma base de sustentação no Congresso, pois "está caminhando para a maturidade" política, "sem negociar seus valores".

Nos últimos meses, Bolsonaro passou a negociar cargos em ministérios e autarquias com siglas do chamado Centrão, formado por PP, PL, Republicanos, PTB, DEM, Solidariedade e PSD. O movimento faz parte de uma tentativa do presidente de fortalecer sua base de apoio no Congresso Nacional e se blindar de um eventual processo de impeachment.

Bolsonaro já chamou as práticas do Centrão de "velha política", mas recorreu ao "toma lá, dá cá" diante da escalada da crise política, acentuada pelas investigações que apuram as denúncias de tentativa de interferência na Polícia Federal feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Ainda de acordo com Otoni, o presidente sinalizou, durante a reunião, que está disposto a viabilizar cargos para partidos, mas que não "compactuará com corrupção". Entre os caciques dos partidos que já indicaram nomes ao governo estão alguns políticos investigados na Lava Jato, como o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, o deputado Arthur Lira (AL), líder do partido na Câmara, e Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos.

O deputado Gilberto Nascimento (SP), que também esteve no encontro, avaliou que é "natural" parlamentares que apoiam o governo buscarem espaço através da indicação de cargos nos Estados.

"Esse é um governo que apoiamos desde a primeira hora. Se o governo está aí e se elegeu, é natural que alguns deputados, pensando nas suas regiões, tenham a necessidade de ter algum espaço político no governo", disse Nascimento ao Broadcast Político.

"Alguns deputados colocaram que gostariam de ter na sua região pessoas da área que se envolvem no trabalho e que possam também ter seus nomes avaliados para ocupar alguma posição. A ideia é ter currículos avaliados para áreas técnicas", afirmou o parlamentar. Ele não especificou em quais órgãos os parlamentares da sigla gostariam de indicar nomes.

Além de Bolsonaro, Otoni e Nascimento, estiveram presentes no café da manhã no Alvorada o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política, e os líderes do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO). Entre os parlamentares, estavam também os deputados André Ferreira (PSC-PE), Glaustin Fokus (PSC-GO), Aluisio Mendes (PSC-MA) e Euclydes Pettersen (PSC-MG).

Por conta da falta de abastecimento de água em algumas comunidades do Recife, a deputada federal Marília Arraes (PT) diz ter pedido atenção da Compesa, Prefeitura do Recife e Exército - principalmente por conta da necessidade da higienização pessoal diante da Covid-19. "Falta de água nas comunidades não é resolvida porque Governo e Prefeitura do Recife não tomam atitude", aponta a deputada.

Marília garante que das três autoridades que entrou em contato, apenas o Exército respondeu que, de acordo com a legislação, para que os carros-pipa cheguem às comunidades, é preciso pedido formal da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado de Pernambuco - e isso não aconteceu até o momento.

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A deputada diz que muitas famílias que estão sem água regular na torneira chegam a pagar R$ 150 por caminhão pipa. "O que eu defendo é que estes carros-pipa levem água gratuitamente às comunidades pelo Exército, como ocorre em regiões de seca, no interior do Estado. O que não dá é pedir para as pessoas lavarem as mãos para se proteger da doença sem água”, diz.

 

Os habilitados no  Edital de Conteúdo Remunerado da Frei Caneca FM descobriram um novo motivo para cobrar respostas a respeito dos trâmites que deveriam colocar no ar da emissora uma nova programação. Em decreto assinado pelo prefeito Geraldo Júlio, no dia 19 de março, um dos tópicos determinava a convocação dos aprovados para assinatura dos contratos e, em seguida, início das produções. O decreto foi mais um dos vários emitidos de forma emergencial para tentar sanar os impactos da pandemia do novo coronavírus na cidade do Recife, no entanto, até o momento, não teve esse item cumprido. 

Descrito no item IV do artigo número dois do documento, o texto determina a “convocação dos vencedores do primeiro Edital de Conteúdo Remunerado da Frei Caneca FM para assinar contratos como forma de movimentar a economia criativa e produzir conteúdo para a veiculação durante as medidas restritivas”. No entanto, em carta aberta publicada na internet, na última segunda (5), alguns dos habilitados reclamam sobre o descumprimento de datas estipuladas no edital, bem como a ausência de respostas por parte da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) e Fundação de Cultura da Cidade do Recife a respeito do andamento do processo. 

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Em entrevista dada ao LeiaJá, no dia seguinte à publicação da carta, Jarmeson de Lima, um dos proponentes habilitados, falou sobre a situação: “Estamos só aguardando retorno das demandas principalmente quanto aos novos prazos e os processos de contratação, que apesar de burocráticos não deveriam interferir tanto no cronograma que foi elaborado pela própria Fundação de Cultura do Recife. Considerando que a documentação dos projetos aprovados foi enviada há dois meses, estes contratos deveriam já estar prontos, mas ainda não sabemos em que pé estão”. 

O LeiaJá entrou em contato com a PCR para obter esclarecimentos a respeito da demanda, tendo sido a primeira vez sem resposta. Em uma nova tentativa, o órgão respondeu, através de nota, estar providenciando a tramitação dos contratos, porém, sem datas previstas. "A Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife informam que já foi iniciado, com tratativas virtuais, o processo de contratação dos vencedores do primeiro edital de conteúdo remunerado da Frei Caneca FM, que está na fase final de tramitação. Os habilitados que estão com a documentação toda entregue terão contratos assinados nos próximos dias".

O isolamento social, com intuito de combater o aceleramento do novo coronavírus, fez muita gente ficar sem renda. Na tentativa de driblar a crise, artistas resolveram cobrar ações da Secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, em meio à pandemia da Covid-19.

O movimento Artigo 5º reuniu profissionais da TV, cinema e teatro para saber de Regina o que ela vai fazer. Em vídeos publicados no Instagram, os artistas ironizaram a falta de posicionamento da secretária sobre a liberação do Fundo Nacional de Cultura (FNC).

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"No mundo toda a cultura é responsável por 6% da economia, gerando cerca de 30 milhões de empregos por ano. Em função do isolamento, os artistas também ficaram sem fonte de renda para sustentar suas famílias e precisam urgentemente de apoio do governo. Verba para isto existe. Queremos saber da Secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, o que ela está esperando para agir", diz o texto ao final dos conteúdos.

Confira:

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Para combater os efeitos da pandemia de coronavírus no país, o Senado Federal aprovou uma série de medidas, nessa terça-feira (31). Entre elas, a proposta que garante suporte financeiro a santas casas e hospitais filantrópicos que prestam suporte ao Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), contou com emenda do senador Humberto Costa (PT-PE).

Além da proposta, outros três projetos também foram acatados pelos parlamentares. O primeiro dispõe sobre o uso da telemedicina durante a pandemia.  Um segundo, trata sobre a dispensa de prazos para metas de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) durante 120 dias e um terceiro isenta o empregado de comprovar motivo de quarentena, durante o período da emergência de saúde pública.

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Para Humberto, o Congresso Nacional tem buscado dar respostas rápidas aos desafios enfrentados pelo país em meio à pandemia de coronavírus. “O Senado e a Câmara Federal estão fazendo a sua parte, aprovando o que é necessário para atender às necessidades da população. Precisamos, mais do que nunca, estarmos unidos como povo e cobrar que Bolsonaro também tome providências. Ele está paralisado, nada faz, a não ser criar confusão”, afirmou o senador.

Para o senador, o presidente Jair Bolsonaro tem agido de maneira irresponsável e agravado o problema da pandemia no Brasil. “Temos um presidente que em nada contribui para o enfrentamento do problema, que se coloca ao lado do vírus e contra o seu próprio povo. Bolsonaro tem contestado as recomendações e orientações das autoridades sanitárias, tem cometido vários crimes da saúde pública e é um grande empecilho para o Brasil superar o momento de dificuldade. Hoje, ele está completamente isolado nas suas posições. O Congresso Nacional, o judiciário e a sociedade apoiam as medidas de combate ao COVID-19. Até mesmo no seu próprio ministério, parte dos seus ministros discordam da posição de Bolsonaro”, afirmou.

Humberto também cobrou agilidade para o pagamento de auxílio para trabalhadores informais durante a epidemia de COVID-19. “Já aprovamos o benefício do valor de R$ 600 por pessoa e R$ 1.200 por família e também estamos discutindo outras matérias para beneficiar os trabalhadores de carteira assinada e beneficiar as grandes, micro e pequenas empresas. E Bolsonaro e seu governo? Estão fazendo o quê? A primeira coisa que tem que se fazer é cumprir de imediato o pagamento do seguro quarentena à população que está passando por necessidades e vivendo com dificuldades. Nós precisamos que o governo cumpra a sua parte e pague logo esse benefício para que assim os que precisam possam comprar alimentos, movimentar o comércio nas periferias e, assim, a gente possa sair dessa situação tão terrível que estamos vivendo. Pague logo, Bolsonaro”, defendeu.

*Da assessoria de imprensa

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