Tópicos | captação líquida

O cenário de juros mais baixos direcionou os investidores para produtos de maior risco, e a captação líquida nos fundos de ações chegou em R$ 23,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, destaque entre todas as categorias, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Os fundos de ações no primeiro semestre deste ano atingiram na primeira metade deste ano uma participação de 7,3% no total, a maior da série. No ano passado, a fatia era de 6,6%. A fatia dos fundos de renda fixa caiu um pouco, mas ainda é a mais representativa no estoque, com 42,7%, ante 44,1% no mesmo intervalo do ano passado.

##RECOMENDA##

Retomada

O mercado ainda aguarda uma maior visibilidade em relação à retomada da economia brasileira, cenário que pode ficar mais claro após os desdobramentos de reformas, disse, em teleconferência, o vice-presidente da Anbima, Carlos André. Segundo ele, hoje o mercado já tem clareza em relação ao andamento da inflação e da trajetória de juros.

De qualquer forma, comenta, a tendência é positiva para o segundo semestre do ano, com manutenção da captação líquida observada na primeira metade deste ano.

De acordo com um relatório divulgado hoje (6) pelo Banco Central (BC), em maio a captação líquida somou R$ 292,6 milhões. Isso significa que os brasileiros depositaram mais do que sacaram na poupança.

Apesar do desempenho positivo em maio, as retiradas continuam maiores que os depósitos no acumulado do ano. Nos cinco primeiros meses de 2017, a caderneta de poupança registrou saques de R$ 18,38 bilhões, perda de recursos menor que os R$ 38,89 bilhões registrados no mesmo período do ano passado (2016).

##RECOMENDA##

Desde o início da recessão econômica, em 2015, os investidores têm retirado dinheiro da caderneta para cobrir dívidas. Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, significando a maior retirada liquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. 

Outro fator que contribuiu para os saques nestes cinco primeiros meses foi a perda de rentabilidade da caderneta em relação às outras aplicações. Nos 12 meses terminados em maio, a poupança rendeu 8,06% contra 13,45% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Pelo terceiro mês consecutivo, a caderneta poupança mostra um saldo minguado ao registrar captação líquida (diferença entre depósitos e saques) positiva de R$ 540 milhões. Em agosto, a captação de recursos dessa aplicação foi de R$ 518 milhões e, em setembro, de R$ R$ 1,370 bilhão. Este é o terceiro pior resultado do ano, já que, além de agosto, o saldo do mês passado só é maior do que o de abril, quando ficou negativo em R$ 1,273 bilhão. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Banco Central.

Em idêntico mês do ano passado, a captação foi positiva em R$ 4,512 bilhões, o maior valor para o mês da série histórica iniciada em 1995. Já o pior outubro registrado pelo BC foi em 2000, quando o saldo ficou negativo em R$ 1,409 bilhão. Desde 2008, no entanto, não se via um resultado tão baixo para o mês quanto o revelado hoje pelo BC. Na ocasião, o saldo ficou negativo em R$ 284 milhões

##RECOMENDA##

Por pouco, o saldo da caderneta não ficou negativo no mês passado. Apenas no último dia de outubro os ingressos foram maiores do que as retiradas de recursos em R$ 2,598 bilhões, o que ajudou a reverter o resultado do mês. Até o dia 30, o resultado revelava que os saques superavam as aplicações em R$ 2,057 bilhões. É comum haver concentração dos investimentos na caderneta no último dia útil de cada mês, com a aplicação das sobras dos salários dos poupadores.

Os depósitos no mês passado somaram pouco mais de R$ 144,222 bilhões, enquanto os saques totalizaram pouco mais de R$ 143,682 bilhões. Incluindo R$ 3,550 bilhões de rendimentos, o saldo total da poupança chegou a R$ 647,503 bilhões em outubro.

No ano, a captação líquida da poupança nos dez meses está em R$ 16,071 bilhões. A aplicação segue como importante investimento entre os brasileiros. Desde maio de 2012, há mudanças nas regras de remuneração da aplicação. Pela nova forma, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a taxa básica está em 11,25% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.

A caderneta de poupança registrou em abril captação líquida negativa, depois de 25 meses consecutivos de resultados positivos. Os resgates feitos no mês passado superaram os depósitos em R$ 1,273 bilhão. Em abril do ano passado, a captação havia sido positiva em R$ 2,616 bilhões. Os depósitos no mês passado somaram R$ 122,8 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 124,1 bilhões.

A última vez que a caderneta ficou no vermelho foi em fevereiro de 2012, quando a captação líquida foi negativa em R$ 412,5 milhões. Com o resultado do mês passado, que inclui ainda R$ 3,347 bilhões de rendimentos creditados, o saldo total da poupança chegou a R$ 614,985 bilhões, ante R$ 612,911 bilhões em março.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando