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O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC), manteve empregada por 18 anos em seu gabinete na Câmara fluminense uma mulher que foi usada como laranja pelo tenente-coronel do Exército, Ivan Ferreira Mendes. A informação é do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, Cileide Barbosa Mendes teve o nome usado para a abertura de três empresas de telecomunicação de um militar enquanto trabalhava para Carlos.

O tenente-coronel é ex-marido da segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Ana Cristina Valle, e não podia registrar as empresas em seu nome por ser um militar da ativa. Cileide Barbosa foi babá de um dos filhos de Ana Cristina e nomeada em 2001 para o gabinete de Carlos, recém-eleito na época. Entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, contudo, após a eleição de Bolsonaro, Cileide foi exonerada do cargo. Ela recebia uma remuneração de R$ 7.483.

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A matéria conta que Cileide foi laranja de Ivan, ex-marido de Ana Cristina, em empresas de telecomunicação até 2007. O militar, porém, disse que não considera o termo adequado. Ele considera que ela “emprestou o nome” para ele, mas não recebia sem trabalhar para o vereador. “Aquele período em que ficou vinculada ao gabinete com o nome na empresa incomodava muito a nós todos”, explicou.

Segundo a reportagem, hoje a ex-babá, que também era considerada uma espécie de ‘faz-tudo’ da família Bolsonaro, mora em uma casa que, até o ano passado, era o escritório político do presidente.

De acordo com o chefe de gabinete de Carlos, Jorge Luiz Fernandes, Cileide trabalhava formalmente para o vereador, mas, na prática, cuidava da casa onde funcionava o escritório de Jair Bolsonaro e entregava correspondências.

Luiz Fernandes também explicou que Cileide foi exonerada porque concluiu sua formação e passou a atuar como instrumentadora cirúrgica. A recomendação para que ela deixasse o gabinete, segundo Fernandes, teria partido do próprio presidente.

Acusado de agredir fisicamente a mulher, Fábio Tuffy Felippe se entregou nesta sexta-feira (4) na Delegacia de Atendimento à Mulher da Zona Oeste, em Pedra de Guaratiba. Felippe é filho do presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Jorge Felippe (MDB).

A agressão pela qual ele é investigado ocorreu em 21 de dezembro. Fotos de Christini Cardoso de França com o rosto muito inchado circularam nas redes sociais e na imprensa e causaram indignação.

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Fábio Felippe esteve nessa quinta (3) na delegacia para depor, depois de uma determinação judicial no processo em que ele responde por violência doméstica.

Ao longo do dia, a juíza Yedda Christina Ching Assunção, do 2º Juizado de Violência Doméstica de Bangu, zona oeste do Rio, acatou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e decretou a prisão temporária

Quando o caso veio à tona, o vereador Jorge Felippe, pai de Fábio, chegou a se manifestar em vídeo por uma rede social contra o crime. “Não foi isso que ensinamos a ele. Quem pratica violência tem que responder pelo ato”, disse o vereador.

Uma sessão extraordinária está convocada hoje (2) pelo presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Jorge Felippe (MDB), para apreciar sete projetos de lei (PLs) apresentados pela vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no dia 14 de março. O crime ainda não foi esclarecido.

As propostas são relacionadas aos direitos de pessoas de baixa renda, mulheres, negros e integrantes da comunidade LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.

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Segundo informações da página do mandato de Marielle na internet, que continua sendo alimentada por sua equipe, os projetos foram colocados em pauta como resultado de uma articulação junto a alguns vereadores.

O objetivo é manter vivo o legado da vereadora. Um abaixo-assinado virtual foi criado para cobrar o voto favorável de cada um dos parlamentares. Até o momento, há mais de 12 mil apoiadores. A cada assinatura, um e-mail é enviado a todos os vereadores.

"As últimas semanas mostraram que milhões de pessoas, no Rio, no Brasil e no mundo inteiro sentem-se representadas pelos projetos e sonhos que Marielle levava para a Câmara. (...) Tentaram assassinar o projeto de uma sociedade mais justa, menos desigual e com mais visibilidade para as mulheres, a população negra, LGBT e favelada. Mas não seremos interrompidas! A voz de Marielle está agora com todos nós: vamos mostrar que seus projetos seguem vivos e que a cidade pede aos vereadores que honrem seu legado!", registra texto publicado na página do mandato.

Projetos

O PL 17/2017, um dos sete que serão apreciados, estabelece a estruturação do Espaço Coruja, um local voltado para o acolhimento noturno de crianças durante o período em que os pais ou responsáveis estiverem trabalhando ou estudando.

De acordo com a proposta, seriam aproveitados espaços já existentes em unidades de educação infantil. "Todos os dias, milhares de mães e pais que estudam ou trabalham à noite, não têm com quem deixar suas crianças. E pior: na maioria dos casos, são famílias pobres, que correm o risco de perder seus empregos ou ter que largar seus estudos por não ter condições de contratar alguém", diz a justificativa do projeto.

Se aprovado, o Espaço Coruja funcionará de 17h às 23h, mas não se propõe a ser uma creche. Para serem recebidas, as crianças precisarão estar matriculadas em alguma unidade no turno da manhã ou da tarde. Além disso, os pais deverão comprovar que trabalham ou exercem atividades acadêmicas no período noturno.

Outra proposta é o PL 642/2017, que estabelece um programa de assistência técnica pública e gratuita para habitações de interesse social. Pretende-se ajudar a população de baixa renda a viabilizar o acesso à moradia, com segurança e qualidade, além de proporcionar o aproveitamento racional dos terrenos e do entorno para a formalização do processo de edificação junto ao poder público.

A medida é apoiada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. Para as entidades, a construção sem apoio profissional traz riscos aos moradores. Além disso, o projeto contribuiria para evitar a realização de obras em áreas de risco.

De acordo com a proposta, famílias com renda mensal de até três salários mínimos, que possuam um único imóvel e residam no Rio de Janeiro há pelo menos três anos, poderiam buscar junto ao poder profissionais para auxiliá-los na elaboração de projeto arquitetônico e na construção, reforma, ampliação ou regularização fundiária de interesse social.

Já o projeto 417/2017 cria a campanha educativa permanente Assédio Não É Passageiro. A meta é a conscientização e o enfrentamento ao assédio e à violência sexual no Rio, envolvendo espaços públicos e o transporte coletivo.

Medidas socioeducativas

O PL 515/2017 cria o programa de efetivação das medidas socioeducativas em meio aberto para adolescentes infratores. O objetivo é garantir que esses jovens consigam cumprir as determinações judiciais relacionadas à liberdade assistida e à prestação de serviços comunitários.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, em agosto de 2017 havia 1.107 adolescentes nessas condições no Rio. Segundo a justificativa do projeto, muitos não conseguem vagas para cumprir as medidas determinadas.

Entre as medidas propostas, figura a reserva de um percentual dos empregos do programa Jovem Aprendiz exclusivamente para adolescentes em conflito com a lei. Órgãos públicos municipais deveriam preencher 20% dessas vagas com os que cumprem medidas socioeducativas. Já empresas e entidades que possuem contratos com a prefeitura reservariam 10% dos empregos da referida modalidade.

Os dois últimos projetos de lei que serão apreciados se destinam à criação de datas no calendário oficial da cidade. O PL 103/2017 institui em 25 de julho o Dia de Tereza de Benguela, mesma data em que já se reconhece o Dia da Mulher Negra.

Ícone da luta contra a escravidão, Tereza de Beguela foi uma líder quilombola que viveu em Mato Grosso. Já o PL 72/2017 define o 17 de maio como o Dia de Luta contra a Homofobia, Lesbofobia, Bifobia e Transfobia. A data escolhida faz referência ao dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças, o que ocorreu em 1990.

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O corpo da vereadora do PSOL, Marielle Franco, e do motorista Anderson Pedro Gomes chegaram por volta das 14:30 na Câmara Municipal do Rio, onde serão velados nesta quinta-feira (15).

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Centenas de pessoas vieram prestar homenagem à parlamentar que foi executada dentro de um carro, na noite de ontem (14), no Estácio, centro do Rio. 

Correligionários, amigos e familiares de Marielle vieram prestar homenagem à parlamentar, entre eles, o deputado federal Glauber Braga (PSOL), o deputado estadual Marcelo Freixo e o federal Chico Alencar, ambos do Psol, os vereadores Davi Miranda, Renato Cinco e Tarcísio Mota, companheiros de partido, o deputado federal Alessandro Molon (PSB) e a deputado federal Jandira Feghali (PCdoB). 

Para a arte-educadora Verônica Santos, moradora da comunidade Tavares Bastos, a morte da vereadora foi uma tentativa de silenciar as denúncias que ela fazia. “Esse é um crime pra calar, pra ameacar, mas é um recado muito mal dado. Ao invés de me deixar com medo, me faz pensar em aumentar a luta”, afirma.

A Delegacia de Homicídios investiga o caso como uma execução, já que nada foi levado. Segundo a polícia, os autores estariam seguindo a vereadora desde o evento em que ela participava na Lapa, sobre mulheres negras, a poucos quilômetros de onde o crime o ocorreu. O governo federal também disponibilizou a Polícia Federal para investigar o caso. 

Um ato está marcado para às 17h, em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O corpo de Marielle Franco, que exercia seu primeiro mandato da vereadora, eleita com mais de 46 mil votos em 2016, será enterrado no Cemitério do Caju, na zona portuária da cidade.

O presidente da Câmara do Rio, Jorge Felippe (PMDB), encaminhou à juíza da 5.ª Vara da Fazenda Pública, Roseli Nalin, um manifesto declarando que a proporcionalidade na composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus foi "plenamente atendida". A resposta da presidência da Câmara Municipal era esperada desde a quinta-feira, 22, quando a CPI foi suspensa após seis vereadores de oposição terem entrado na Justiça com um mandado de segurança questionando a constituição da comissão.

"Se o bloco principal tem 47% de membros da Casa, por que ele tem 100% de representatividade na CPI?", questionou o vereador Eliomar Coelho (Psol), que propôs a comissão. Coelho fez referência aos outros quatro membros da CPI, que integram o bloco chamado Por um Rio Melhor: Chiquinho Brazão (PMDB), Professor Uóston (PMDB), Jorginho da S.O.S (PMDB) e Renato Moura (PTC).

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"Por ser o proponente, eu sou membro nato e não entro na conta." Em nota, a assessoria da Câmara afirmou que a proporcionalidade leva em conta os blocos parlamentares, e o Por um Rio Melhor tem uma representação seis vezes maior do que os partidos com as segundas maiores bancadas. A presidência da Casa pede ainda a extinção do mandado de segurança.

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