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A segunda etapa do Cine Sesi Cultural chega ao município de Camocim de São Félix nos dias 18, 19 e 20 de julho. O projeto se configura como inclusão cultural em municípios que não dispõem de cinema. 

Na programação, os longas-metragens Cine Holliúdy, A Busca e A Era do Gelo 4. Incluem ainda curtas-metragens e oficinas de stop motion, para a população das cidades visitadas pelo evento. Nesta etapa, as oficinas ocorrem nos municípios de Tabira e Correntes.

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Nas 12 cidades onde o evento já aconteceu este ano, o projeto já teve mais de 39 mil espectadores. Ao final das exibições, serão 36 cidades contempladas em Pernambuco nesta edição. São 147 finais de semana de exibição; 441 dias de filmes levados à população que não conta com salas de exibição; reunindo o total 923.500 espectadores.

Cine Sesi Cultural

O programa já passou por mais de 600 cidades do interior de 12 Estados do País, atingindo mais de quatro milhões e trezentas mil pessoas, de 2002 até agora. O acesso às projeções é gratuito. Em Pernambuco, o projeto envolve 93 municípios.

Cine Sesi 2014 – 2ª etapa - PE

18 a 20 de julho

Camocim de São Félix, no Pátio Central

25 a 27 de julho

Pedra, na Praça da Matriz

Bom Jardim, no Pátio João Salvino Barbosa

01 a 03 de agosto

Tabira, na Praça da Matriz

Escada, no Pátio da Vila Operária

 08 a 10 de agosto

Serra Talhada, na Praça da Matriz

Taquaritinga do Norte, na Praça Padre Otto Sailer

15 a 17 de agosto

Triunfo, no Pátio de Eventos

Nazaré da Mata, na Praça do Frevo

22 a 24 de agosto

Capoeiras, na Praça João Borrego

Vicência, no Sítio Histórico, em frente à Matriz de Santa Ana

29 a 31 de agosto

Caetés, no Pátio da Igreja Matriz de São Caetano

Pombos, na Praça de Eventos

Programação de filmes

Sexta-feira (18h30) - Curta da Oficina de Animação do Cine Sesi. Curta-metragem Pimenta (SP) e o longa-metragem Cine Holliúdy (CE).

Sábado (18h30) – Curta-metragem A Menina Espantalho (DF) e longa-metragem A Busca (RJ).

Domingo (18h30) – Curta da Oficina de Animação do Cine Sesi. Curta-metragem Leonel Pé de Vento (RS) e o longa-metragem A Era do Gelo 4 (Internacional).

Filmes do Cine Sesi Cultural PE – 2014

Curtas

Pimenta, de Eduardo Mattos

Interior da Bahia. Anos 60. Não fosse a garrafa de pimentas que seu pai ganhara de presente, seria uma tarde qualquer para Zeca. Era uma garrafa linda, mas muito perigosa. Ele tinha que se livrar dela.

A Menina Espantalho, de Cássio Pereira dos Santos  

Conta a história de Luzia, uma menina que mora com seus pais e o irmão Pedro no campo.  Quando Pedro começa a frequentar a escola, Luzia manifesta vontade de acompanhar o irmão.  O pai autoritário não respeita do desejo da filha e ainda a obriga a espantar os pássaros da sua plantação de arroz.  Mesmo vivendo essa adversidade, Luzia dá a volta por cima e aprende a ler no meio do arrozal.

Leonel Pé de Vento, de Jair Giacomini

Leonel nasceu pé-de-vento e por isso vive isolado. Quando Mariana se aproxima dele, os dois descobrem a importância da amizade e da convivência com as diferenças.

Longas

Cine Holliúdy, de Halder Gomes

Interior do Ceará, década de 1970. A popularização da TV permitiu que os habitantes da cidade desfrutassem de um bem até então desconhecido. Porém, o televisor afastou as pessoas dos cinemas. É aí que Francisgleydisson entra em ação. Ele é o proprietário do Cine Holiúdy, um pequeno cinema da cidade que terá a difícil missão de se manter vivo como opção de entretenimento.

A Busca, de Luciano Moura

Um pai – o médico Theo Gadelha (Wagner Moura), 35 anos – é obrigado a jogar-se na estrada em busca de seu filho Pedro (Brás Antunes) que desaparece no fim de semana em que completaria 15 anos. O repentino e inexplicável sumiço do filho é a última carta a desabar no castelo de Theo. Seu casamento de 15 anos com Branca – médica como ele – acaba de ruir. Theo saiu em busca do filho, mas acaba encontrando seu pai, com quem não fala há vários anos. De cara para o pai, enxerga a si mesmo, redescobre o filho e se desarma com a mulher que nem por um momento deixou de amar.

A Era do Gelo 4, de Steve Martino e Mike Thurmeier

Sempre em busca de sua cobiçada noz, o esquilo Scrat provoca, sem querer, a separação dos continentes. A situação provoca mudanças no terreno de vários locais, entre eles onde os amigos Manny (Ray Romano/Diego Vilela), Diego (Denis Leary/Márcio Garcia) e Siid (John Leguizamo/Tadeu Mello) estão alojados. Um terremoto faz com que o trio fique preso em um iceberg, enquanto que Ellie (Queen Latifah/Carla Pompílio) e a pequena Amora (Keke Palmer/Bruna Laynes) permanecem no continente. Em alto mar, Manny promete que irá encontrá-las a qualquer custo, mas para tanto precisará enfrentar perigosos piratas e o canto das sereias. 

Desta sexta (23) a domingo (25) as cidades de João Alfredo, Agreste de Pernambuco, e Exu, no Sertão do Estado, irão receber o Cine Sesi Cultural 2014. Foram escolhidos três filmes para exibição: Cine Holliúdy, A Busca e A Era do Gelo 4, um para cada dia. As sessões são gratuitas e acontecem sempre às 18h30.

Há dez anos o projeto leva o cinema para cidades mais afastadas do país, que não possuem salas de exibição, dando a chance para que algumas pessoas vejam pela primeira vez o filme em um cinema.

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Dirigido por Luciano Moura, o filme A busca estreia nas telas dos cinemas nesta sexta-feira (14) e traz o tema sobre paternidade. Wagner Moura recebeu o papel de ator principal o qual interpreta o médico Theo, que sai à procura do filho desaparecido, com quem tem uma relação difícil. Luciano Moura marca sua estreia em longa-metragem. O filme com orçamento de R$ 6,8 milhões também traz no elenco Mariana Lima e Leandro Firmino.

A história do filme narra a busca desesperada do médico Theo pelo filho Pedro (o estreante Brás Antunes, filho do cantor Arnaldo Antunes). No fim de semana em que completaria 15 anos, o garoto viaja sem dizer o destino. O sumiço é o ponto de partida para uma jornada que vai acabar transformando o médico e marcando o reencontro com seu próprio pai (Lima Duarte) e consigo mesmo. No caminho, Theo se depara com situações limite, além de conhecer pessoas que vão ajudá-lo não só a localizar o filho, mas a entender seu papel de pai na difícil relação com Pedro.

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Lima Duarte é um dos mais premiados atores brasileiros. Só da APCA, Associação Paulista dos Críticos de Artes, ele recebeu cinco troféus de melhor ator, três por suas participações em novelas ("Pecado Capital", "Espelho Mágico" e "Roque Santeiro", em 1977, 78 e 86), e dois por filmes ("Sargento Getúlio", em 1984, e "Eu Tu Eles", em 2001). Por merecidos que possam ser os troféus, e são, não facilitam, para o espectador, a tarefa de amar o intérprete - Lima Duarte é tão convincente como o brutal Getúlio que você, provavelmente, ampliará a repulsa pelo personagem ao ator que o encarna tão bem. O milagre se produz agora em "A Busca", que estreia nesta sexta-feira nos cinemas. É como se toda a carreira, toda a grande arte de Lima Duarte fosse uma preparação para os dez ou 15 minutos finais do filme de Luciano Moura.

"A Busca" é sobre um pai (Wagner Moura), que cai na estrada em busca do filho que desapareceu. No fim do caminho, ele encontra seu pai (Lima), de quem se havia distanciado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Wagner confessou que ficou nervoso ao contracenar com Lima Duarte. E disse que queria que o colega gostasse dele. Lima conversa com a reportagem pelo telefone. Embora funcionário da Globo - há mais de 40 anos -, ele não mora no balneário, como define o Rio. Tem uma casa no interior de São Paulo (Indanhatuba) e um apartamento na capital, um ponto de pouso. Ele pergunta se tanto entusiasmo não será exagero do repórter? "O filme (A Busca) é mesmo tudo isso?"

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Lima gostou muito do roteiro, escrito pelo diretor em parceria com a mulher, Elena Soares. Mas não é que Lima desconfie de roteiros - ele simplesmente acha, ou sabe, que é muito difícil o diretor fazer o filme com que sonha. São muitas as interferências, as dificuldades. Lembra Sargento Getúlio. Ele considera João Ubaldo Ribeiro o maior escritor vivo do Brasil. "O sargento é um animal que serve a uma estrutura de poder que joga com ele. Fizemos o filme com pouquíssimo dinheiro. O carro é um símbolo de transformação. Desbrava o sertão como penetra na mente do personagem, mas o nosso carro (no filme de Hermano Penna) nem andava. A gente tinha de empurrar e fazer a cenas rapidamente, enquanto ele conseguia deslizar."

De sua parte, Lima Duarte espera, cada vez mais, se colocar nos personagens. "Sou o pai no filme, mas construí a cena e o personagem como um encontro com meu pai. Saí de casa porque queria experimentar o mundo, ser ator, e nunca tive esse reencontro com ele." Lima começou no rádio, fez o primeiro filme em 1949 ("Quase no Céu"), a primeira novela em 1951 ("Sua Vida Me Pertence", na Tupi). "O teatro, quando o fazia, nos anos 1960/70, era uma trincheira." Lima se refere à resistência à ditadura militar, quando o elenco do Arena, que integrava, era ameaçado de morte. "A gente subia no palco jurado de tomar tiro", lembra. Teatro como diversão, peças leves para ganhar dinheiro, não faz. Prefere a televisão. É crítico das novelas atuais: "Tudo a mesma coisa. Hoje tem de ter mulher baixando a porrada em mulher. Mas por que o público quer ver isso?".

Ele ironiza a participação na próxima novela das 9, "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco: "Soube que estava no elenco pela internet, mas fui demitido quando o Vídeo Show apresentou o elenco e eu não estava". Está entusiasmado com o próximo filme que vai fazer com Alain Fresnot, após "Lua Cheia" e "Família Vende Tudo" (em que o personagem tinha seu nome, Ariclenes). Em "Uma Noite Não É Nada", vai dividir a cena com Fernanda Montenegro, e está empolgado com isso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A BUSCA

Direção: Luciano Moura.

Gênero: Drama (Brasil/2011, 96 minutos).

Classificação: 12 anos.

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