Uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que acompanhava o ato do ex-presidente Lula (PT) na noite desta quinta-feira (7), na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. O ataque ocorreu mesmo com um forte esquema de segurança instalado na praça, por volta das 18h50, antes de Lula subir ao palco.
A bomba caseira provocou um forte estrondo e deixou mau cheiro no local. Ninguém se feriu e o responsável ainda não foi identificado. O local onde a bomba caiu foi isolado e o material rapidamente coletado por bombeiros civis. As atividades no palanque já haviam sido iniciadas, mas foram paralisadas por pouco mais de 20 minutos até a chegada do pré-candidato à Presidência.
##RECOMENDA##O artefato foi lançado por cima das grades de proteção, próximo ao lado esquerdo do palco montado na Cinelândia. Ele foi lançado da rua Evaristo da Veiga, entre a Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal. A entrada de garrafas no local foi impedida por um esquema interno de segurança, que também submeteu as pessoas a revista e detector de metais.
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Segurança
Com a escalada de ataques de opositores a eventos da pré-campanha, o grupo de Lula tem se preocupado cada vez mais com os protocolos de segurança, enquanto o próprio Lula quer aumentar o contato com a multidão.
Pelo menos três situações que incomodaram e assustaram a caravana do ex-presidente aconteceram em pouco mais de uma semana, todos em cidades diferentes.
Em Uberlândia (MG), no dia 16 de junho, homens usaram um drone e jogaram veneno, fezes e urina em apoiadores antes do encontro de Lula com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), que é pré-candidato ao governo.
Já em Maceió (AL), no dia 17 de junho, o deputado estadual Cabo Bebeto (PL) vazou informações estratégicas sobre a estadia de Lula na cidade. No dia 21 de junho, pelo menos dois homens invadiram o evento de lançamento das diretrizes do plano de governo para ofender Lula e Geraldo Alckmin (PSB).
A pretensão de Lula é fazer intervenções cada vez mais abertas, sobretudo quando a candidatura for registrada. Ele tem reclamado abertamente de que preferia já estar fazendo campanha oficialmente, mas há o receio da Justiça Eleitoral e respeito ao calendário eleitoral. A segurança também é uma das motivações de que comícios abertos em praças públicas ou grandes avenidas não aconteçam. É, inclusive, a justificativa oficial que a pré-campanha alegou para cancelar a viagem a Santa Catarina no início do mês.