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O ex-agente da CIA Tony Mendez, que planejou uma engenhosa operação de resgate de diplomatas americanos no Irã em 1980 e que inspirou o filme "Argo", morreu no sábado, anunciou sua família.

O ex-espião, de 78 anos, estava há mais de 10 anos lutando contra o mal de Parkinson, indicou sua família em um comunicado divulgado no Twitter por sua agente literária, Christy Flecther.

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Mendez será enterrado no estado de Nevada em uma cerimônia privada, informou. Ele morreu em uma clínica médica de Frederick, em Maryland, perto de Washington, segundo meios de comunicação americanos.

Em 1979, quando revolucionários iranianos fizeram reféns na embaixada americana em Teerã, um grupo de diplomatas conseguiu escapar e se refugiou na embaixada do Canadá.

Tony Mendez, especialista da agência americana de inteligência, criou então uma operação de resgate que consistia em lançar em Hollywood a produção de um falso filme, viajar para o Irã fingindo buscar locações e voltar para os Estados Unidos com os reféns.

Em janeiro de 1980, os seis diplomatas deixaram o Irã sãos e salvos. A história desse resgate inspirou o filme de suspense "Argo", que ganhou o Oscar de melhor filme em 2013.

Agências de notícias iranianas manifestaram descontentamento com a escolha de Argo, de Ben Affleck, como melhor filme. A produção narra a história da retirada do país de seis funcionários da embaixada americana em Teerã, em 1979. Para a agência Mehr, a escolha da primeira-dama Michelle Obama para anunciar a vitória do filme "é um sinal claro da politização da premiação". "Hollywood abriu mão da qualidade cinematográfica em nome da distorção da realidade."

Segundo o cineasta iraniano Behruz Afjami, o filme de Ben Affleck foi feito "com fins propagandísticos" e sua vitória "é o maior golpe que se podia dar no prestígio da Academia de Hollywood". "Como filme, Argo não merecia prêmio algum", afirmou outro cineasta, Sirus Alvand, ao diário Aftab.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O departamento americano de Estado, ainda de luto pela perda de diplomatas no sangrento ataque a uma missão na Líbia, aplaudiu nesta segunda-feira o Oscar para o filme Argo, baseado em uma história real sobre a coragem diplomática. "Acho que todos se emocionaram ao ver que ganhou", disse o porta-voz do departamento de Estado Patrick Ventrell aos jornalistas ao comentar sobre o thriller de Ben Affleck, que se destacou com o cobiçado Oscar de Melhor filme no domingo.

O longa conta a história de uma operação da CIA para retirar seis diplomatas americanos do Irã no auge da crise dos reféns de 1979, quando estudantes islâmicos tomaram a embaixada dos Estados Unidos em Teerã mantendo 52 reféns durante 444 dias. Apesar de alguns dos eventos retratados terem sido filmados com um amplo grau de liberdade artística, o departamento de Estado permitiu a equipe de Ben Affleck gravar algumas cenas em seu edifício principal em Washington.

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O novo secretário de Estado, John Kerry, enviou um post no Twitter no domingo, antes da cerimônia de premiação em Los Angeles, desejando "Boa sorte @BenAffleck e #Argo" e acrescentou: "que agradável ver o @StateDept e nosso serviço exterior na telona - JK". Affleck, que também é produtor e protagonista do filme, respondeu ao post no Twitter: "Agradeço pelo excelente serviço e pelo sacrifício dos diplomatas americanos e suas famílias!"

Ventrell não rebateu os comentários sobre as acusações de iranianos de que o Oscar dado a Argo, longa que também levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição e Montagem, era um prêmio "político". O porta-voz do departamento de Estado se limitou a dizer que o Oscar foi uma decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A emissora estatal iraniana criticou a 85a edição da principal festa de premiação do cinema norte-americano como "o Oscar mais político", e acusou Affleck de se especializar "no exagero, na desproporção das coisas e na criação de cenas falsas".

Para a mídia iraniana, o Oscar de melhor filme a "Argo", longa-metragem de Ben Affleck que fala sobre a crise dos reféns americanos de 1979, teve um fundo político, e a aparição da primeira-dama americana Michelle Obama, que anunciou o prêmio, também foi alvo de críticas.

A 85ª cerimônia do Oscar, que aconteceu neste domingo, foi "a mais política de todos os tempos', avaliou a televisão estatal iraniana, evocando a vitória de "Argo".

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O apresentador do canal iraniano acusou Ben Affleck, diretor e ator principal do filme, de ter se especializado no "exagero", criticando-o de "aumentar as coisas de tamanho e criar cenas falsas".

Explorando alguns aspectos da realidade, o filme retoma a complicada retirada pela CIA de seis diplomatas americanos refugiados na embaixada do Canadá em Teerã. Para deixar o país, os reféns se passaram por membros da produção de um filme de ficção científica.

Os diplomatas conseguiram deixar a embaixada americana por uma porta arrombada no dia 4 de novembro de 1979 quando estudantes islamistas fizeram 52 pessoas reféns, que só foram liberadas 444 dias depois.

"Argo" levou diversos prêmios ao redor do mundo.

A grande surpresa da noite dos Oscar ficou por conta da primeira-dama americana Michelle Obama, que abriu o envelope e anunciou o filme vencedor diretamente da Casa Branca.

Para a televisão iraniana, esta intervenção "reforça as dúvidas que a recompensa do filme tinha motivos políticos".

Para a agência Fars, afiliada à Guarda Revolucionária do Irã, força de elite do exército, "Argo" é um filme "anti-iraniano", financiado "por uma empresa sionista", em alusão ao estúdio da Califórnia Warner Bros.

A agência Fars também criticou a primeira-dama americana e seu vestido de lamê que deixava os braços à mostra, seus ombros e uma parte do colo, o que seria proibido na República Islâmica, onde o código de vestimenta é rigoroso para as mulheres.

A foto publicada pela agência parece ter sido modificada, já que o retrato mostra Michelle Obama de ombros cobertos.

Na última quarta-feira o guia supremo iraniano, o aiatolá Khamenei, já tinha acusado Hollywood de ser uma máquina "totalmente política" destinada a propagar a mensagem de Washington.

"Hollywood é totalmente política. Se não fosse, teria deixado nosso filme antissionista participar dos festivais de cinema", afirmou o aiatolá em seu site oficial (khamenei.ir).

"Fazer filmes políticos anti-iranianos e recompensá-los é um sinal claro que política e arte se misturam nos Estados Unidos", disse o guia supremo, em alusão a "Argo".

Em 2007, a epopeia hollywoodiana "300", que conta a história das guerras greco-persas, apresentando os persas como sanguinários, despertou a cólera dos iranianos.

As relações entre Hollywood e Irã pareciam ter aquecido no ano passado quando o filme iraniano "Separação" levou o Oscar de melhor filme estrangeiro.

No plano político, Irã e Estados Unidos não têm mais relações diplomáticas desde a crise dos reféns. As tensões permanecem com o programa nuclear iraniano, suspeito pelos países ocidentais de ter um viés militar apesar das negativas de Teerã.

O Oscar conquistado pelo americano Ben Affleck, cujo filme "Argo" triunfou na noite deste domingo como melhor filme, recompensou a produção de um filme inicialmente esnobado pela Academia, que o deixou de fora das indicações a melhor diretor e melhor ator.

"Argo", thriller sobre a crise dos reféns americanos no Irã, é dirigido e protagonizado por Affleck. O filme é um vencedor pouco comum na história dos Oscar, ao ganhar a estatueta de melhor filme sem que o ator principal nem o diretor fossem indicados.

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Também é a primeira vez, desde "Conduzindo Miss Daisy", em 1990, que um cineasta ganha na categoria melhor filme sem ter concorrido ao prêmio da direção.

O anfitrião da festa, o ácido Seth MacFarlane, não se privou de brincar com Affleck sobre o assunto. "A história por trás desse filme era tão confidencial que até mesmo o diretor era um desconhecido da Academia".

Na sala de imprensa do teatro Dolby, passagem obrigatória aos vencedores, Affleck reconheceu que, "logicamente ficou decepcionado" quando a lista de indicados foi anunciada.

"Mas quando vi os outros diretores que também ficaram de fora, Paul Thomas Anderson, Kathryn Bigelow, Tom Hooper, Quentin Tarantino...são todos diretores incríveis que admiro muito. Acontece que foi um ano muito difícil", disse.

Aos 40 anos, Affleck tem uma carreira cinematográfica inconstante.

"A princípio, era um desconhecido que fazia testes, logo me converti em um talento emergente, depois em roteirista e depois ganhei um Oscar", disse recentemente ao The New York Times.

"Logo fui visto como um ator de filmes de grande orçamento, depois como um ator com uma carreira desajustada, antes de renascer como diretor. Agora, penso que me vêem apenas como alguém que trabalha em Hollywood", confessou.

Amigo íntimo de Matt Damon, iniciou sua carreira atuando em publicidades e séries de televisão antes de trabalhar com Kevin Smith, com quem fez várias comédias.

Mas foi o filme "Gênio Indomável", de 1997 - co-escrito e co-interpretado com Matt Damon - que deu a Affleck um lugar em Hollywood. Ele foi premiado com o Oscar de melhor roteiro.

O ator virou umas das figuras mais presentes na imprensa hollywoodiana por seus namoros com Gwyneth Paltrow e Jennifer López, de quem se separou em 2004, em meio aos holofotes.

Depois de um período de reclusão e em companhia da esposa, a atriz Jennifer Garner, o cineasta renasceu ao dirigir os filmes "Medo da Verdade" (2007), "Atração Perigosa" (2010) e fnalmente "Argo" (2012).

Pai de três filhos, Affleck cultiva uma imagem de "homem do bem" e parece querer concentrar-se mais na direção, especialmente por nunca ter recebido nenhum prêmio importante como ator.

No palco do Oscar, neste domingo, parecia em paz consigo mesmo.

"Nunca teria pensado que estaria aqui de novo", disse. "Muitas pessoas me deram a mão em momentos em que não poderia dar-lhes nada em troca [...]. Quero agradecer a todos e dizer-lhes que me ensinaram que devemos trabalhar o mais duro possível e não guardar mágoas", acrescentou.

Que o Oscar é a principal premiação do cinema americano, ninguém pode negar, mas também é inegável que com o passar dos anos a festa se torna cada vez mais previsível, relembrando os tempos onde os vencedores sabiam que tinham ganho, lá em meados de 1930.

Em 2013, poucas surpresas foram mostradas, mas o maior destaque foi para as grandes performances musicais durante a premiação que salvaram do sono dos mais cansados.

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Argo levou o Melhor Filme, direção - talvez a única surpresa - ficou com Ang Lee e Ator e Atriz com Daniel Day-Lewis - maior vencedor da premiação - e a relativamente novata Jennifer Lawrence. Visto por uma audiência global, o Oscar tenta se adaptar aos gostos do público e não mais da crítica.

Licoln liderava o número de indicações com 12, mas saiu com o maior perdedor da noite e só ganhou duas (Ator e Direção de Arte). As Aventuras de Pi roubou o posto do filme biográfico e terminou a noite com mais estatuetas: quatro, dentre as quais Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia, Melhor Efeitos Visuais e Melhor Diretor.

Outro que se superou foi o musical Os Miseráveis. O longa empatou com Argo e ficou com três Oscar's, mas perdeu justamente onde deveria ser sagrado vencedor: Melhor Canção Original, que ficou com a favorita Skyfall, da Adele.

Confira abaixo a lista com todos os vencedores do Oscar 2013:

Filme: Argo

Direção: Ang Lee, por "As Aventuras de Pi" 

Ator: Daniel Day-Lewis, "Lincoln" 

Atriz: Jennifer Lawrence, "O Lado Bom da Vida" 

Ator coadjuvante: Christoph Waltz, "Django Livre" 

Atriz coadjuvante: Anne Hathaway, "Os Miseráveis" 

Roteiro original: "Django Livre" 

Roteiro adaptado: "Argo" 

Animação: "Valente" 

Filme estrangeiro: "Amor" (Áustria) 

Trilha sonora: "As Aventuras de Pi" 

Canção original: "Skyfall", de Adele, "007 - Operação Skyfall" 

Fotografia: "As Aventuras de Pi" 

Figurino: "Anna Karenina" 

Documentário: "Searching for Sugar Man" 

Curta de documentário: "Inocente" 

Edição: "Argo" 

Maquiagem: "Os Miseráveis" 

Direção de arte: "Lincoln" 

Curta de animação: "Paperman" 

Curta-metragem: "Curfew" 

Edição de som: empate entre "A Hora Mais Escura" e "007 - Operação Skyfall" 

Mixagem de som: "Os Miseráveis" 

Efeitos visuais: "As Aventuras de Pi"

Ao longo de suas 85 edições, a principal premiação do cinema americano consagrou grandes clássicos do cinema na categoria de Melhor Filme, este ano quem levou foi Argo, filme de Ben Affleck que era um dos mais cotados para vencer a categoria.

O filme foi indicado a seis estatuetas, mas ficou com metade deste número. Com um faturamente de US$ 127,6 milhões, ele é baseado em fatos reais narrados em um livro e um artigo da revista Wired. A história gira em torno do resgate de seis americanos refugiados na embaixada do Canadá, em Teerã, durante uma crise do país com o governo americano.

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Argo desbancou Lincoln - um dos favoritos junto a ele - e mais outros sete longas. O filme também é estrelado por Affleck, que não acumulou nenhuma outra indicação pessoal este ano.

Além da diferença de gerações entre o veterano Steven Spielberg e o iniciante Ben Affleck, o duelo entre "Argo" e "Lincoln", favoritos ao Oscar deste domingo, ilustra a boa forma dos estúdios de Hollywood, que ganham força na corrida pelas estatuetas.

As últimas edições dos Oscar não foram muito gloriosas para os "grandões" hollywoodianos. "O Artista", laureado melhor filme em 2012, e "O discurso do rei", vencedor em 2011, eram ambos distribuídos pela The Weinstein Company, empresa independente dos irmãos Weinstein, com sede em Nova York.

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Em 2010 o Oscar de melhor filme foi para "Guerra ao Terror", distribuído pelo mini-estúdio Summit Entertainment. É preciso ir até 2009 com "Quem quer ser um milionário?" para encontrar um vencedor dos grandes estúdios.

Mas a safra de 2013 marca o impressionante retorno destes estúdios. Os dois favoritos pertencem à velha e boa aristocracia hollywoodiana, com "Lincoln" distribuído pela Disney e "Argo" pela Warner. E até mesmo seus mais sérios concorrentes seguem o movimento, de "As Aventuras de Pi" (Fox) à "Hora mais escura" (Columbia), passando por "Os Miseráveis" (Universal).

"É um ótimo ano pois muitos filmes destes importantes estúdios não são apenas filmes bons, mas também sucessos de bilheteria", declarou à AFP o produtor Mark Johnson, vencedor do Oscar de melhor filme em 1989 por "Rain Man".

Na verdade, "Argo" e "Lincoln" ultrapassaram os 100 milhões de dólares de lucro na América do Norte, assim como "As aventuras de Pi" e "Os Miseráveis" - um número que não foi alcançado nem por "O Artista" nem por "Guerra ao terror".

Para Jason E. Squire, escritor e professor da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Los Angeles, é esta abundância de filmes de qualidade que deu início à maratona deste ano.

"Isto reflete a boa forma do mercado", explicou à AFP.

"Havia um claro favorito, 'Lincoln', que não é mais hoje, e parece que foi dada a largada", depois que "Argo" conquistou os principais prêmios pré-Oscar.

"Os profissionais de diferentes sindicatos (atores, produtores, diretores) votaram em 'Argo', expressando sua preferência pelo filme do ponto de vista profissional. Quando você tem um duelo de titãs como este, significa que a indústria está a todo vapor", disse o professor.

O cineasta Richard LaGravenese, diretor do recente "Dezesseis luas" e indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 1992 por "O Pescador de Ilusões", também aproveita este novo fôlego numa corrida em que "a vitória de 'Lincoln' já parecia estar decidida desde antes".

Ele ressalta que os 6.000 membros da Academia de Artes Cinematográficas, responsável pelo Oscar, votaram mais cedo do que o costume para as indicações, sem influências de outros prêmios ou seleções.

"Eles nos fizeram votar muito cedo, antes que as indicações dos sindicatos dos roteiristas e diretores saíssem. E antes da cerimônia do Globo de Ouro", declarou à AFP.

Se os prognósticos se confirmarem, "Argo" e seu ator-diretor-produtor Ben Affleck deverão levar a estatueta dourada de melhor filme para casa.

E Steven Spielberg, que só levou o troféu de melhor filme em 1994, por "A Lista de Schindler", iria embora com seu terceiro prêmio de melhor diretor - pelo filme de 1994 e por "O Resgate do Soldado Ryan", em 1999 - na ausência de Afflec na categoria.

Uma espécie de julgamento de Salomão, que não desagradaria Sam Raimi, diretor da trilogia "Homem Aranha".

"Argo" e "Lincoln" são "filmes formidáveis. Eu adoro os dois", revelou Raimi à AFP.

"Sempre fui grande fã de Steven Spielberg, mas foi uma grande surpresa ver Ben Affleck virar um cineasta brilhante. Ele fica melhor a cada dia que passa".

Todos os anos, a lista dos seletos candidatos ao Oscar deixa obrigatoriamente alguns artistas de fora. Mas, em 2013, os nomes deixados de lado pela Academia são um capítulo à parte. Entre os ausentes estão figuras como Ben Affleck, Kathryn Bigelow e Javier Bardem.

Bigelow fez história em 2010 ao tornar-se a primeira mulher a ganhar o Oscar de melhor diretor pelo filme Guerra ao Terror, sobre a guerra no Iraque. Neste ano, a ausência dela entre os indicados surpreendeu quando A Hora Mais Escura foi indicado em cinco categorias, mas não pela sua direção.

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O filme gerou grande polêmica ao dar a entender que a tortura teve papel fundamental na captura de Osama Bin Laden, o que pode ter afetado suas chances de Oscar. Ben Affleck também não foi indicado a melhor diretor, apesar de Argo disputar em sete categorias. Esta ausência tem sido encarada como uma grande esnobada da Academia, já que o filme de Affleck levou quase todos os troféus de melhor filme e direção da temporada pré-Oscar.

Além disso, a vitória de Argo em outros prêmios aumenta ainda mais o caráter imprevisível da 85ª edição do Oscar: é muito raro que o melhor diretor não leve também a estatueta de melhor filme, uma tradição que será quebrada se o thriller de Affleck ganhar o prêmio máximo.

Outros diretores que ficaram fora do páreo foram Tom Hooper, de Os Miseráveis, e Quentin Tarantino por Django Livre, apesar de seus filmes terem recebido oito e cinco indicações, respectivamente, entre elas de melhor filme. Alguns também sentiram falta do espanhol Juan Antonio Bayona pela direção de O Impossível, filme sobre o tsnunami na Tailândia ocorrido em 2005. A única indicação do filme ficou por conta da australiana Naomi Watts, que concorre a melhor atriz.

A não-indicação do espanhol Javier Bardem ao troféu de melhor ator coadjuvante também foi notada. Ele concorreu ao Globo de Ouro, ao prêmio do Sindicato dos Atores (SAG) e ao britânico Bafta por sua interpretação como vilão da saga James Bond. Outro ator notoriamente ignorado foi Leonardo di Caprio, o violento fazendeiro de Django Livre. Mesmo assim, ele pode estar acostumado a ser deixado de lado, já que nunca venceu um Oscar apesar de ter sido indicado três vezes.

A cerimônia acontece no próximo domingo no Teatro Dolby, em Hollywood.

O filme "Argo", de Ben Affleck, conquistou mais um prêmio na noite de domingo, ao vencer a categoria de roteiro adaptado na premiação do Sindicato dos Roteiristas dos Estados Unidos (WGA), uma semana antes do Oscar.

"A Hora Mais Escura" foi o vencedor na categoria roteiro original do prêmio do WGA.

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Na categoria documentário, o vencedor foi "Searching for the Sugar Man", enquanto nas categorias de televisão os prêmios ficaram como "Breaking Bad" (série de drama), "Louie" (série de comédia) e "Girls" (série nova).

Argo já venceu prêmios no Globo de Ouro, Sindicato dos Atores (SAG), Sindicato dos Produtores (PGA), Sindicato dos Diretores (DGA) e no britânico Bafta.

O filme recebeu sete indicações ao Oscar, mas Affleck não foi incluído, para surpresa geral, na categoria de melhor diretor.

O filme Argo, dirigido pelo diretor e ator norte-americano Ben Affleck e produzido por George Clooney, venceu neste domingo, em Londres, a premiação do cinema britânico Bafta de melhor filme. O longa-metragem, que retrata a retirada de diplomatas norte-americanos do Irã durante a Revolução Iraniana, superou Lincoln de Steven Spielberg, As aventuras de Pi, de Ang Lee, Os Miseráveis, de Tom Hooper e A hora mais escura, de Kathryn Bigelow.

Ben Affleck recebeu o prêmio de melhor diretor na grande noite do cinema britânico, enquanto Daniel Day-Lewis conquistou o prêmio de melhor ator por sua interpretação em Lincoln e a francesa Emmanuelle Riva levou o título de melhor atriz com Amor. Anne Hathaway recebeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante pela atuação como Fantine no musical Os Miseráveis e Christoph Waltz o de melhor ator coadjuvante por seu papel em Django.

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O chileno Claudio Miranda obteve o prêmio de melhor fotografia por A vida de Pi.

Ben Affleck conquistou mais um prêmio por Argo, ao ser anunciado na noite de sábado como o melhor diretor do ano pelo Sindicato dos Diretores dos Estados Unidos (DGA). O prêmio representa mais um troféu para o drama sobre a crise dos reféns americanos no Irã em 1979, a apenas três semanas do Oscar.

"Houve um ponto em minha vida em que estava realmente cabisbaixo, confuso, quando não sabia o que aconteceria. E depois pensei: "deveria ser diretor". E foi o que eu fiz, e trabalhei muito duro para isto", afirmou o também ator ao receber o prêmio. "Trabalhei muito duro para tentar ser o melhor diretor que posso ser", completou.

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"Não acredito que isto faça de mim um verdadeiro diretor, mas acredito que estou no bom caminho", disse o diretor de Medo da Verdade (2007) e Atração Perigosa (2010). Geralmente, o diretor premiado pela DGA também leva a estatueta de melhor diretor do Oscar, mas Affleck não tem esta possibilidade por não ter sido indicado na categoria. Argo disputa sete prêmios no Oscar, incluindo o de melhor filme.

Affleck derrotou Steven Spielberg, indicado por Lincoln, Kathryn Bigelow, de A Hora Mais Escura, Tom Hooper (Os Miseráveis) e Ang Lee (As Aventuras de Pi). O ator e diretor, vencedor do Oscar de roteiro original por "Gênio Indomável" (1997), conquistou a crítica e o público com a história da participação de Hollywood no resgate de diplomatas americanos durante a crise dos reféns no Irã em 1979.

Argo venceu os Globos de Ouro de filme e diretor, assim como o prêmio do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA) e o prêmio de melhor elenco do Sindicato dos Atores (SAG), o que faz da produção a favorita para o Oscar. Na categoria documentário, o DGA também premiou Malik Bendjelloul por Searching for Sugarman, também indicado ao Oscar. Nas categorias de televisão, Lena Dunham foi premiada pela série Girls e Jay Roach pelo filme Game Change.

Os filmes Argo (drama) e Les Misérables (comédia ou musical) foram os principais vencedores do Globo de Ouro, que foi entregue neste domingo (14) em cerimônia realizada em Beverly Hills. Na categoria TV, "Homeland" foi a grande vencedora do Globo de Ouro ao levar os prêmios de melhor série dramática, melhor ator e melhor atriz.

O Globo de Ouro é organizado pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood e considerado uma prévia do Oscar.

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A seguir, os vencedores:

CINEMA

Melhor filme - Drama: Argo

Melhor filme - Musical ou Comédia: Les Misérables

Melhor Ator - Drama: Daniel Day-Lewis - Lincoln

Melhor Atriz - Drama: Jessica Chastain - A Hora Mais Escura

Melhor Ator - Musical ou Comédia: Hugh Jackman - Les Misérables

Melhor Atriz - Musical ou Comédia: Jennifer Lawrence - O Lado Bom da Vida

Melhor Ator Coadjuvante: Christoph Waltz - Django Livre

Melhor Atriz Coadjuvante: Anne Hathaway - Les Misérables

Melhor Diretor: Ben Affleck - Argo

Melhor Roteiro: Django Livre - Quentin Tarantino

Canção Original: Skyfall - Adele, Paul Epworth ("Operação Skyfall")

Trilha Sonora Original: As Aventuras de Pi - Mychael Danna

Filme de Animação: Valente

Filme Estrangeiro: Amor (Áustria)

TV

Melhor Série - Drama: "Homeland"

Melhor Série - Musical ou Comédia: Girls

Minissérie ou Filme feito para TV: Game Change

Melhor Ator de Série - Drama: Damian Lewis - Homeland

Melhor Atriz de Série - Drama: Claire Danes - Homeland

Melhor Ator de Série - Musical ou Comédia: Don Cheadle - House of Lies

Melhor Atriz de Série - Musical ou Comédia: Lena Dunham - Girls

Melhor Ator de Minissérie ou Filme para TV: Kevin Costner - Hatfields & McCoys

Melhor Atriz de Minissérie ou Filme para TV: Julianne Moore - Game Change

Melhor Ator Coadjuvante de Série, Minissérie ou Filme para TV: Ed Harris - Game Change

Melhor Atriz Coadjuvante de Série, Minissérie ou Filme para TV: Maggie Smith - Downton Abbey

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