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Discrição e simplicidade são características impressas pela ex-primeira dama de Pernambuco, Renata Campos, desde quando aparecia ao lado do ex-governador Eduardo Campos em eventos públicos. Apesar dos poucos discursos, ela é considerada uma militante nata dentro do PSB, inclusive com uma atuação mais incisiva após a morte do marido em agosto de 2014, o que tem feito com que vez ou outra o nome dela surja como opção da sigla para compor uma chapa presidencial em 2018 e até mesmo seja citada como influenciadora crucial para as decisões partidárias. 

O protagonismo de Renata no PSB, de acordo com uma fonte ex-pessebista em reserva, ficou “maior ainda” depois que Eduardo faleceu. Nos bastidores, conta-se que a participação se dá pelo desejo de manter a atuação dos Campos no partido. O que nitidamente vem se concretizando com o filho João Campos, que tomou as rédeas da defesa do legado do pai e vem preparando o caminho para uma candidatura a deputado federal no próximo ano.  

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“Renata é bastante influente, afinal tem João Campos aí mirando numa candidatura e querendo levar adiante o legado de Eduardo. Algumas vezes esta influência deixa até rachas no partido, mas ela tem vez e voz sim”, declarou a fonte, que preferiu não ser identificada, ao LeiaJá.

A atuação de Renata seria um reforço a promessa feita em um dos seus poucos discursos de não deixar os principais feitos do marido caírem no esquecimento. "Seus sonhos também são nossos e vamos levar seu ideal adiante. Só assim construiremos um melhor Brasil para os brasileiros", disse durante uma homenagem aos 50 anos de Eduardo em 2015.

A meta de "levar o ideal" de Eduardo adiante fez, entretanto, com que a família do ex-governador se dividisse e dentro do PSB tivesse espaço apenas para Renata, os filhos e a mãe de Campos e ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes. A prima e vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), foi uma das primeiras a reclamar da falta de espaço e mudar de partido. Já o irmão dele, Antônio Campos, hoje filiado ao Podemos (ex-PTN), expôs a celeuma logo após a eleição de 2016

Depois de perder a disputa pela Prefeitura de Olinda, Antônio disse que foi "traído" pela cunhada. “Renata não foi grata comigo”, disparou na ocasião. Segundo ele, a viúva do irmão tem receio que outra candidatura da família faça “sombra” a do filho, João Campos. “Ela acha que qualquer candidatura, mesmo que não seja antagônica, pode fazer sombra a João. Renata finge não mandar [no PSB], numa pretensa imagem de frágil, enquanto manda nos bastidores o tempo todo”, acrescentou em uma coletiva depois do pleito. 

Viúva tornou-se conselheira 

Secretário-geral do PSB em Pernambuco, Adilson Gomes negou ao LeiaJá intervenções diretas da ex-primeira-dama e disse que Renata dá “conselhos” ao partido. “Ela é ouvida, nós escutamos. Agora se a influência é maior ou menor é da análise de cada um. Escutamos e admiramos o comportamento dela enquanto militante do nosso partido e as nossas decisões políticas são sempre consensuais e coletivas”, argumentou, pontuando que convive com Renata Campos desde a militância do MDB, quando ela conheceu Eduardo. 

“Ela sempre foi uma figura importante dentro deste processo [governo de Eduardo Campos e no PSB]. Evidente que o passado dela, a militância e a convivência, fazem com que, as vezes, ela seja consultada. Ela sempre nos aconselha. Eu mesmo já recebi vários conselhos para buscar a unidade e hegemonia do nosso partido”, acrescentou. 

Influente ou não, o que é unânime no discurso dos pessebistas é que Renata tornou-se uma espécie de “conselheira” da legenda até para definições estratégicas. “Tem uma presença sim dentro do partido, não diria das decisões, mas das discussões. Como não ocupa nenhuma função deliberativa é uma pessoa que você liga como um companheiro seu, para ouvir uma opinião, trocar uma ideia e bolar uma estratégia”, salientou o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. 

Mesmo corroborando a linha de pensamento de Sileno Guedes, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, disse que não sabe se o “título de conselheira agradaria” a Renata Campos, mas ponderou sua contribuição na sigla. “Na medida em que discutimos os temas nacionais, ela sempre deu sua contribuição e mesmo depois da morte de Eduardo continuou bem atuante”, frisou.

Quanto às especulações que vez ou outra surgem de que Renata seria uma opção do PSB para a majoritária pela presidência da República, Siqueira deixou claro que a decisão é da própria ex-primeira-dama. “Claro que ela tem todas as credenciais para ser uma candidata. Porém, Renata sempre atuou como militante política no PSB, mas nunca quis se candidatar. Isso antes e depois da morte de Eduardo. Agora mais ainda, pois ela se sente muito responsável pela condução da família, o que é natural. Só ela pode, por mais incentivada que seja, decidir por uma candidatura ou não”, disse. 

A última vez que apareceu entre os cotados a uma eventual candidatura foi em julho. Ela foi citada como um “nome forte do Nordeste” para reforçar uma chapa liderada pelo PSDB, que tem como opções de candidatos o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria. 

O governador Paulo Câmara (PSB) nomeou, nesta sexta-feira (10), mais dois aliados derrotados nas eleições municipais de 2016. O ex-prefeito de Moreno, Adilson Filho (PSB), e o ex-vice-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Heraldo Selva (PSB), que foi candidato a prefeito da cidade, foram os contemplados desta vez. A nomeação dos aliados foi publicada no Diário Oficial de hoje.

Dilsinho, como é conhecido no meio político, será secretário-executivo de Apoio aos Municípios da secretaria de Planejamento e Gestão; enquanto Selva será secretário-executivo de Projetos Estruturadores na secretaria de Desenvolvimento Econômico.

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Além deles, o governador também contemplou para o segundo escalão o ex-interventor de Gravatá, no Agreste, coronel Mário Cavalcanti. Ele será secretário-executivo de Recursos Hídricos também na pasta administrada pelo vice-governador Raul Henry (PMDB).

A noemação dos aliados já era aguardada desde o último dia 3, quando o governador alocou outros políticos não eleitos em outubro como o ex-prefeito de São Lourenço da Mata, Gino Albanez (PSB), que assumiu a vice-presidência da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur); o ex-vice-prefeito de Ipojuca, Pedro Mendes, que ganhou o cargo de secretário-executivo de Desenvolvimento de Projetos, dentro da Assessoria Especial, para onde foi acomodado o ex-vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes (PSB). 

Com os dilemas pré-eleitorais vindo à tona no PSB de Pernambuco, o secretário-geral da legenda, Adilson Gomes, defendeu, nesta quarta-feira (9), que as lideranças prezem pela unidade do partido e da Frente Popular, não foquem em projetos pessoais e cumpram o calendário eleitoral estabelecido pelo partido.

“A caminhada para o cumprimento desses prazos exige de nós uma profunda reflexão para as nossas decisões. Não podemos permitir que joguemos para fora da legenda lideranças expressivas, fundadores deste projeto”, pregou, em um texto publicado em seu perfil no Facebook. 

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A defesa acontece em meio às discussões entre a direção estadual do PSB com o ex-governador João Lyra (PSB) e a filha, deputada estadual Raquel Lyra (PSB). Ela pretende disputar o comando da Prefeitura de Caruaru, no Agreste, no entanto enfrenta resistência no partido. Caso a postulação de Raquel não seja consenso, os Lyras podem deixar PSB.

“Não é hora para projetos pessoais, mas sim de mantermos vivo o legado deixado pelas nossas duas maiores lideranças”, alerta Adilson Gomes ainda na publicação.

Veja o texto na íntegra:

Reflexão:

Entendo que devemos manter a unidade das nossas lideranças socialistas, bem como as da Frente Popular de PE, criada por Miguel Arraes e mantida por Eduardo Campos. Durante todos esses anos, construímos um projeto político partidário focado no desenvolvimento do estado com inclusão social.

O PSB de Pernambuco vem cumprindo o calendário estabelecido pela legislação eleitoral, que tem os seguintes passos:

A- Prazo de filiação partidária (um ano antes da eleição);

B- Articulação para atrair partidos que comunguem de um mesmo projeto, construído por todos que o aprovam (entre o prazo de filiação e a convenção);

C- Escolha dos candidatos para difundirem o projeto (convenções, entre 10 e 30/6/16).

A caminhada para o cumprimento desses prazos exige de nós uma profunda reflexão para as nossas decisões. Não podemos permitir que joguemos para fora da legenda lideranças expressivas, fundadores deste projeto.

Recordo-me neste momento de uma frase dita pelo saudoso ex-governador Arraes: "Não vamos destruir com os pés o que construímos com as mãos".

Não é hora para projetos pessoais, mas sim de mantermos vivo o legado deixado pelas nossas duas maiores lideranças.

Adilson Gomes,

 

Secretário Geral do PSB/PE

Durante a programação do 3º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) neste sábado (24), a entidade elegeu um novo presidente. O gestor baiano, Adilson Gonçalves de Araújo, era presidente da CTB da Bahia e dirigente do Sindicato dos Bancários no Estado. Ele substituirá Wagner Gomes.

O Congresso da CTB reuniu, de 22 a 24 de agosto, no Palácio de Convenções do Anhembi (SP), cerca de 1,5 mil trabalhadores e lideranças sindicais do país e de 28 países da Europa, América Latina, África e Ásia. O evento promoveu uma série de debates sobre temas relativos à valorização do trabalho dentro do contexto da crise econômica mundial.

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O novo presidente afirmou dar continuidade às bandeiras trabalhistas defendidas pela CTB, reivindicando que o governo Dilma resgate a agenda de algumas pautas trabalhistas que atualmente permanecem engavetadas no Congresso Nacional. “Vamos manter a luta pelo fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem perdas salariais, além da ratificação da convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho, da ONU) que permite a organização sindical no serviço público, assegurando a negociação coletiva e o direito de greve”, assegura.

Perfil - Adilson Araújo tem 45 anos e iniciou a militância sindical e política no final dos anos 80. Ele participou da fundação da CTB Nacional em 2007 e atualmente é membro da Direção Executiva Nacional. Dirigiu a CTB Bahia por dois mandatos, no período entre 2008 e 2013. Na esfera institucional, foi também presidente do Conselho Estadual de Trabalho e Renda da Bahia (CETER-BA), representando a bancada dos trabalhadores.

O líder sindical afirma que o principal foco de investimento de sua gestão à frente da CTB nos próximos quatro anos será no projeto educacional da entidade que visa elevar a qualificação dos trabalhadores. “É preciso investir cada vez mais na formação dos trabalhadores e das lideranças sindicais para mantê-los preparados contra a ofensiva do capital. Atualmente as disputas e lutas pelos direitos trabalhistas passam pelo embate no campo político e ideológico – o que torna necessário ter grande capacidade de argumentação”, afirma.

*Com informações da assessoria

 

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