De acordo com levantamento do Datafolha, divulgado nesta quinta (8), a rejeição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a 51%. O número representa o recorde de desaprovação do mandatário, em relação às outras 13 pesquisas realizadas pelo instituto ao longo de seu governo.
A pesquisa foi realizada presencialmente nos dias 7 e 8 de julho e ouviu 2.074 pessoas em 146 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na rodada anterior, promovida nos dias 11 e 12 de maio, a porcentagem de 45% dos entrevistados já havia considerado o desempenho do presidente como ruim ou péssimo.
##RECOMENDA##De acordo com o Datafolha, o crescimento da rejeição ocorreu entre o grupo que considerava o presidente regular, que caiu de 30% para 24%. O movimento pode ser explicado pelas denúncias de corrupção no Ministério da Saúde durante a pandemia, pelas descobertas realizadas pela CPI da Covid-19 e pelos três dias de protestos contra o governo federal em todo o país.
Por sua vez, a avaliação do positiva de Bolsonaro se manteve estável em 24%, seu pior nível. O dado representa uma pausa no, até então, crescente derretimento da popularidade do presidente.
A rejeição de Bolsonaro é homogênea nas diversas classes sociais, com exceção ao grupo dos mais ricos, isto é, aqueles que ganham entre cinco e 10 salários mínimos, onde houve recuo do dado. O presidente é mais malquisto entre os entrevistados que recebem até dois salários mínimos, com 54% de rejeição.