Janguiê Diniz

Janguiê Diniz

O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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7 bilhões no mundo e muitos desafios

Janguiê Diniz, | sex, 04/11/2011 - 18:48
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Agora somos sete bilhões de habitantes em todo o planeta. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas, nasceu nesta semana  a criança que levou o mundo a esta marca populacional. Mas o que significa exatamente termos tanta gente habitando o espaço terrestre? Significa que é preciso pensar nos desafios e na qualidade de vida da população, que até 2050 deve atingir a marca dos 9 bilhões, e no final deste século deverá ultrapassar os 10 Bi. Saneamento básico, moradia, emprego, previdência, e planejamento familiar e, principalmente, alimentos básicos são alguns aspectos que devem receber um olhar mais crítico das autoridades mundiais.

No Brasil, por exemplo, a taxa de fecundidade é de aproximadamente dois filhos por mulher em idade reprodutiva, e  temos, no território, aproximadamente, 22 habitantes por quilômetro quadrado. Ademais, com a alta expectativa de vida do brasileiro  em torno de 66 anos, é inevitável pensar na pressão econômica e social  que surgirá por novos postos de trabalho no País.  Esta pressão, fatalmente ocorrerá por conta desta nova população em idade produtiva.   Por outro lado, a revisão do plano de aposentadoria será outro fator com o qual não poderemos deixar de nos preocupar, pois os jovens que  hoje abarrotam o mercado de trabalho estarão grisalhos dentro de quarenta anos. Registre-se que somamos atualmente 893 milhões de habitantes com mais de 60 anos. Em 2050 este quantitativo pode chegar a 2,4 Bilhões de pessoas em todo o mundo.         

É importante trazer à baila que esta superpopulação mundial acarreta radicais  mudanças no cenário demográfico.  A maioria da população se concentra em grandes centros urbanos, e, grande parte dela, vive em condições subumanas, haja vista que as grandes metrópoles - que deveriam proporcionar  condições dignas de vida para a população -  não conseguem acompanhar este  recrudescimento populacional e proporcionar as condições mínimas necessitadas pelos seus habitantes.  Nesse contexto, é particularmente triste consignarmos que em termos de sobrevivência as metrópoles estão longe de ser o lugar  ideal para viver.  O que se nota é a favelização em torno das grandes metrópoles com pessoas vivendo em condições precárias.  Esse acúmulo que resulta no crescimento desordenado dos centros urbanos só tende a crescer com o aumento populacional.  Não existe,  nas principais grandes metrópoles, uma infraestrutura adequada que englobe saneamento básico, moradia, saúde e educação  para acolher todas estas pessoas.

Com efeito, o fato de a população atingir a marca dos 7 Bilhões chega não como algo a  se comemorar simplesmente, mas sim como um alerta de que precisamos refletir sobre a qualidade de vida dos habitantes deste planeta. É preciso garantir,  acima de tudo,  que países emergentes,  como o Brasil, continuem crescendo.  Mas, é preciso garantir também  a  qualidade de vida digna de seus habitantes. As políticas governamentais precisam estar diretamente ligadas ao crescimento populacional e às taxas de fecundidade e produtividade. Do contrário, estaremos apenas povoando o mundo sem sequer ter responsabilidade sobre o futuro.

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