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O Ministério da Educação (MEC) aprovou o repasse de R$ 249,3 milhões para as universidades federais em todo o país. Os fundos terão como objetivo de manutenção, custeio e pagamento de assistência estudantil.

Desse valor, R$ 201,83 milhões serão repassados às universidades federais, incluindo os hospitais universitários. A Rede Federal de Educação, Cientifica e Tecnológica arrecadará R$ 91,32 milhões e outros R$ 1,15 milhão serão entregues ao Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e ao Instituto Benjamin Constant (IBC), ambos no Rio de Janeiro, e à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Pernambuco.

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Para as instituições federais, o governo repassou o total de R$ 4,69 milhões.

 

            Nos últimos meses, muitas universidades federais vêm apresentando dificuldades financeiras, principalmente com despesas de custeio. Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), os recursos liberados só garantem o funcionamento das instituições até setembro.  

 

Por Beatriz Gouvêa

A Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou, em nota divulgada na noite de segunda-feira (31), que decidiu adiar o início do ano letivo de 2017, que começaria nesta terça-feira (1º). Não foi definida uma nova data para a volta às aulas.

O motivo do adiamento, segundo a reitoria, são as condições precárias de manutenção da universidade, com o não pagamento das empresas terceirizadas, contratadas por meio de licitação pública. “Limpeza, vigilância e coleta de lixo estão restritas, além de o restaurante universitário permanecer fechado”, especificou a reitoria em nota.

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Outro motivo apontado para o adiamento é o atraso recorrente de salários dos funcionários e professores, referentes aos meses de maio e junho, possivelmente também julho, além do não pagamento do décimo terceiro salário e no atraso nas bolsas, incluindo de alunos cotistas, o que impede que venham para a universidade.

“Atingimos um patamar insuportável que impede a universidade de bem exercer suas funções de ensino, pesquisa e extensão. Também o nosso Hospital Universitário Pedro Ernesto padece do mesmo problema e funciona com limitações quase impeditivas, diminuindo amplamente o atendimento à população”, expôs a nota.

Segundo a reitoria, outro fator que causa grande contrariedade é o fato, considerado discriminatório, de o governo do Rio manter em dia salários de alguns setores, notadamente da segurança pública, e de parcelar os vencimentos de outros.

“Todo o quadro acima mencionado nos impõe a decisão de não dar início ao semestre letivo no dia 1º de agosto, conforme anteriormente previsto no calendário acadêmico. À medida que surjam novos fatos, voltaremos a nos manifestar acerca do início das aulas”, finaliza a nota.

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A operação Lava Jato e a Superintendência da Polícia Federal do Paraná tiveram quase um terço de seu orçamento cortado neste ano pelo governo federal. O Ministério da Justiça destinou para ambos R$ 20,5 milhões - R$ 3,4 milhões para os gastos extras da operação - ante os R$ 29,1 milhões de 2016 - dos quais R$ 4,1 milhões especificamente para a Lava Jato -, uma queda de 29,5%. O aperto financeiro é ainda maior, pois, além da redução, houve contingenciamento de 44% da verba destinada, conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada.

As consequências para a Lava Jato são dificuldades para pagar diárias, fazer diligências e outras ações necessárias à continuidade da operação, asfixiando financeiramente seus trabalhos. "Isso havia acontecido no começo da operação, mas, depois, os recursos voltaram. Agora, isso volta a acontecer", disse o procurador da República, Andrey Borges de Mendonça, que participou da força-tarefa em Curitiba e, agora, em São Paulo, cuida da Operação Custo Brasil - sobre corrupção no Ministério do Planejamento. Procurado, o Ministério da Justiças nega as dificuldades.

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O jornal obteve os dados por meio da Lei de Acesso à Informação. Eles mostram o quanto a PF gastou com a Lava Jato desde 2014, início da operação. Naquele ano, os recursos para a Superintendência do Paraná cresceram 44%, saltando de R$ 14 milhões em 2013 (equivalente a atuais R$ 17,9 milhões) para R$ 20,4 milhões (R$ 24,4 milhões em valores corrigidos). Em 2015, o órgão no Paraná manteve o mesmo nível de gastos. Nesse período, os federais fizeram no Paraná 59 operações, das quais 21 (35,5%) foram no conjunto da Lava Jato.

Conforme documentos do Setor de Logística da PF (Selog/SR/PF/PR), todos os gastos da Lava Jato eram então bancados pela Superintendência do Paraná. A partir de 2016, notas de empenho próprias passaram a registrar os gastos específicos da operação - cujos valores foram obtidos pelo Estado. No ano passado, os agentes do Paraná fizeram 52 operações, 16 das quais (30%) eram da Lava Jato. Neste ano, a Superintendência fez, até 31 de março, oito operações, apenas duas das quais relacionadas à Lava Jato. A PF esclarece que o orçamento de 2017 pode ser aumentado ou reduzido.

Pessoal

Além do corte nos repasses - decidido em novembro de 2016 -, outro problema preocupa os investigadores em Curitiba: a redução do pessoal que trabalha nas equipes da PF.

Atualmente, apenas quatro delegados trabalham exclusivamente na Lava Jato, dos quais três ainda são obrigados a dividir sua atenção no combate à corrupção com os plantões na superintendência. Investir na Lava Jato, para os investigadores, é o melhor negócio que o governo pode fazer, pois o retorno em dinheiro recuperado é enorme. Até agora a força-tarefa já contou R$ 10,3 bilhões recuperados em decorrência de acordos de delação premiada - desse total, R$ 3,2 bilhões em bens dos réus já bloqueados e R$ 756 milhões em valores repatriados. Ao todo, os procuradores e delegados dizem que já detectaram R$ 6,4 bilhões em propinas pagas. A força-tarefa também pediu que os acusados paguem aos cofres públicos R$ 38,1 bilhões, incluindo as multas.

"A Lava Jato é uma operação superavitária em termos de recuperação de valores para o Estado brasileiro. Ela custa infinitamente menos do que os valores despendidos nela. Seja no Ministério Público, seja na Polícia Federal. É incompreensível essa interpretação de que nós temos que ser contingenciados", disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. Desde o seu início, a força-tarefa fechou 155 acordos de delação e 10 de leniência com empresas.

Remanejamento

O Ministério da Justiça reafirmou neste sábado, 27, por meio de nota, que "haverá remanejamento de recursos sempre que for necessário para não haver descontinuidade em operações importantes". A assessoria do ministro Osmar Serraglio informou que o titular da pasta assumiu o cargo em 7 de março de 2017, "portanto, não teria como participar de decisões do governo adotadas no ano passado (2016)", quando foi decidido o corte do orçamento destinado para Superintendência da Polícia Federal no Paraná e para a operação Lava Jato.

A pasta informou ainda que as "alterações orçamentárias (como cortes, contingenciamento, etc) são atribuições exclusivas da Presidência, sempre em atenção às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e orientada pelo Ministério da Fazenda". A nota prossegue afirmando que o ministério "cumpriu o corte linear em seu orçamento, conforme determinado em decreto presidencial". "As verbas de todos os órgãos que compõem a estrutura do ministério foram contingenciadas."

O prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (8) que o remanejamento de verbas feito na última terça-feira (7), não afetará as obras de combate às enchentes.

O decreto de remanejamento da verba, no valor de R$30 milhões, dos quais R$ 4 milhões seriam usados para intervenções de controle de cheias em bacias de córregos, foi publicado no Diário Oficial da cidade na última terça-feira. O prefeito ainda não divulgou qual valor será repassado para a ação. A verba foi repassada para a Secretaria de Desestatização e Parcerias.

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"Isso é uma questão contábil da área fazendária, não sou especialista nisso. É o secretário da fazenda que faz, mas ele me garantiu", explicou Doria ao ser questionado sobre a necessidade do remanejamento da verba.

O remanejamento também tirou R$ 24 milhões que seriam destinados a requalificação dos terminais de ônibus e R$ 2 milhões da construção da ponte Raimundo Pereira Magalhães, na Marginal Tietê, que ligaria Pirituba, na zona norte, a Lapa, na zona oeste da capital paulista.

O prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB), retirou R$ 30 milhões de verbas de ações que seriam gastos em obras contra enchentes e terminais de ônibus para a Secretaria de Desestatização e Parcerias.

O decreto foi publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (7) e prevê a transferência dos valores para serviço de consultoria, que será realizado pela empresa pública São Paulo Parcerias, responsável pelo programa de privatizações.

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No total, R$ 4 milhões seriam usados para a intervenção do controle de cheias em bacias de córregos, R$ 24 milhões serão retirados da implantação e requalificação de terminais de ônibus e os R$ 2 milhões restantes que eram destinados a construção da ponte Raimundo Pereira Magalhães, na Marginal Tietê, ligando Pirituba, zona norte, e Lapa, zona oeste da capital paulista.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta terça-feira, 27, um pedido do PSB e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para antecipar o repasse, aos municípios, das verbas de multas da repatriação de recursos do exterior, previstas na medida provisória 753/2016, publicada na semana passada.

A decisão foi tomada pela ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, na condição de plantonista durante o recesso do Judiciário -- o relator é o ministro Celso de Mello.

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O PSB e a FNP questionavam um ponto da MP que regulamentava a distribuição dos valores das multas da repatriação de recursos do exterior. A ação alegava que era inconstitucional e feria o princípio da isonomia o trecho da MP que autorizava os estados a receberem os recursos da repatriação a partir da data de sua publicação, e, no entanto, deixava que os municípios recebessem os valores apenas a partir de 1º de janeiro de 2017.

Citando a crise financeira vivida pelos municípios em todo o Brasil e a dificuldade para honrar os pagamentos como o décimo terceiro salário, o PSB e a FNP pediam que o STF determinasse o repasse imediato, tendo como data limite 29 de dezembro. Argumentavam também que dia 30 é feriado bancário.

Para a ministra Cármen Lúcia, no entanto, não ficou demonstrado que havia urgência para este repasse. "Sem desconsiderar menos ainda subestimar a gravidade da crise financeira e orçamentária que atinge todos os entes federados, há de se relevar ausência de demonstração de impacto insolvível a não transferência na meta fiscal dos municípios no ano de 2016, pela evidente imprevisibilidade da arrecadação extraordinária decorrente do RERCT nas respectivas leis orçamentárias."

Segundo a ministra, ao Judiciário compete desfazer o que contraria a Constituição, não criar normas faltantes para viabilizar seu cumprimento. "O Judiciário não dispõe de competência para substituir norma que conclua inconstitucional por outra sobre a mesma matéria que lhe pareça coerente com os princípios e regras constitucionais", afirmou.

Cármen Lúcia observou, ainda, o curto prazo para que as administrações municipais utilizem os recursos para reverter eventuais problemas na prestação de serviços à população, e que eventuais atrasos de pagamentos poderão ser sanados posteriormente com o repasse programado.

Na decisão, a ministra do STF também pediu informações ao presidente da República -- que serão apresentadas ao relator do processo, para a continuidade da ação.

No projeto da repatriação proposto pelo governo federal, está prevista a divisão com Estados e municípios de um total de 15% dos impostos devidos e também das multas, as quais originalmente ficariam com a União.

O prefeito do município de São Nicolau, na região noroeste do Rio Grande do Sul, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira, 22. Benone de Oliveira Dias (PMDB) é suspeito de desviar ao menos R$ 370 mil dos cofres municipais. As informações são da Procuradoria de Prefeitos e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, pertencente ao Ministério Público do Estado.

De acordo com as investigações, o prefeito é suspeito de chefiar uma organização criminosa para o desvio de dinheiro público em benefício próprio e de um de seus filhos. Informações preliminares apontam que, até o momento, Benone teria desviado R$ 370 mil, no entanto, não está descartada a hipótese de apropriação de outros R$ 600 mil que teriam passado pela conta do prefeito.

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Segundo o promotor-assessor da Procuradoria de Prefeitos, Heitor Stolf Júnior, o esquema de fraude funcionava por meio da emissão de cheques, feita pelo prefeito, cujos valores eram sacados por servidores associados ao grupo direto do caixa, com a falsa justificativa de que o dinheiro era para o pagamento de credores. No entanto, os valores, em espécie, eram entregues diretamente a Benone. Ainda conforme o Ministério Público, para tentar burlar a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado, o prefeito falsificaria recibos de pagamento.

A procuradora da prefeitura de São Nicolau, Viviane Costa, em reposta ao Estado, disse que vai ingressar na Justiça de Porto Alegre com um pedido de liberdade provisória do prefeito. "Ainda estou me inteirando do assunto. Não sei o motivo da prisão", adiantou a procuradora. O prefeito foi conduzido para o presídio estadual de São Luiz Gonzaga, na região das Missões.

A crise financeira chegou ao Cristo Redentor. Com a diminuição da contribuição da colaboração dos fiéis e da ajuda da iniciativa privada, a Arquidiocese do Rio de Janeiro lançou uma campanha para que a população doe recursos para a manutenção do monumento, um dos símbolos da cidade do Rio. É a primeira vez, em 85 anos, que a instituição recorre a esse tipo de iniciativa. No site da campanha "Amigo do Redentor", lançado nesta semana, é possível fazer doações de diversas quantias.

Segundo a arquidiocese, o Cristo precisa de cerca de R$ 5 milhões para reparos, manutenção e o pagamento de funcionários. São cerca de R$ 3 milhões por ano só com despesas fixas, relacionadas à manutenção. Há ainda custos não previstos, por causa das interferências climáticas que eventualmente afetam a estátua, o subsídio necessário à realização dos projetos sociais (cerca de R$ 720 mil) e despesas relativas aos salários dos funcionários (cerca de R$ 1,3 milhão).

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Um relatório da Cone Sul Construções, empresa de engenharia que cuida da manutenção do Cristo Redentor, constatou que o monumento precisa passar por intervenções emergenciais para evitar "o risco eminente de danos irreversíveis". O estudo também destacou a necessidade da coleta e análise dos materiais e elementos químicos do monumento para serem utilizados em seu restauro. É preciso, ainda, evitar a corrosão das estruturas metálicas da estátua.

"Como o monumento sofre um grande número de descargas atmosféricas durante todo o ano, será necessário rever a malha de aterramento elétrico e providenciar um novo sistema de para-raios. visando uma maior proteção contra danos", explicou a Arquidiocese, por meio de nota.

A instituição é a única responsável pelo monumento. Ela não recebe nenhuma verba das bilheterias de acesso ao Parque Nacional da Tijuca, onde fica o monumento. Eleito como uma das novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno, 2007, o Cristo recebe cerca de três milhões de turistas por ano.

A arquidiocese também lembrou que, para que o projeto do Cristo, de autoria do engenheiro e arquiteto carioca Heitor da Silva Costa, tomasse forma foi necessário que a Igreja Católica realizasse duas campanhas de arrecadação de fundos, uma em 1923 e outra em 1929. Segundo a Arquidiocese, graças a esse empenho popular, o monumento foi inaugurado em 12 de outubro de 1931 - Dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

"O mesmo precisa tornar a acontecer agora, para a sua conservação e para a manutenção dos trabalhos socioculturais que realiza. É necessário o auxílio financeiro de todos que amam o monumento, para que ele possa continuar a receber bem e a encantar o mundo inteiro com a sua beleza", disse o reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo.

O Consórcio Paineiras Corcovado informou ser responsável apenas pelo transporte de vans e gestão do centro de visitantes das Paineiras. Já a assessoria de imprensa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Parque Nacional da Tijuca, disse que "a arrecadação da bilheteria, como qualquer receita da União, vai para o Tesouro Nacional".

"É importante ressaltar que o ICMBio tem contratos assinados que assumem toda a estrutura para visitação, como limpeza, vigilância e operação de elevadores". "O acordo de cessão da área firmado pelas partes define as responsabilidades de cada entidade e o ICMBio cumpre fielmente com as suas obrigações. Há discussões entre o órgão e a Arquidiocese para que seja firmado um novo acordo", afirmou o instituto, por meio de nota.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) lançou uma campanha para arrecadar doações em prol de uma caravana estudantil que deve sair de todas as regiões do país com destino a Brasília contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, mais conhecida como PEC do Teto de Gastos Públicos, no Senado. 

A intenção da UNE é de reunir os estudantes na capital brasileira no dia 29 de novembro, data prevista para a votação da matéria no plenário da Casa Alta, para pressionar os parlamentares a reprovar o texto. Além disso, a mobilização também pretende “repudiar” a Reforma do Ensino Médio e o projeto Escola Sem Partido. 

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De acordo com a presidente da UNE, Carina Vitral, além deles outras 30 entidades do movimento educacional, trabalhadores da educação, técnicos administrativos e professores devem aderir à caravana.

“Começamos agora uma nova fase na luta para chamar atenção dos parlamentares e da sociedade em geral por meio de uma caravana com engajamento de todas as ocupações”, disse. “Os estudantes não ocupam apenas para impedir aula, mas para dar função pedagógica, política, de posicionamento pela educação que a gente quer com protagonismo dos estudantes”, acrescentou. As colaborações estão sendo feitas diretamente na conta da UNE. 

 

 

Falta de quórum. Ou seja, dificuldade de reunir a base aliada. Esse é o motivo da suspensão da reunião que definiria os rumos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no último dia 5 de outubro. A incerteza na continuidade do programa é uma preocupação para estudantes, que já com os contratos vigentes não conseguem a renovação, além de coordenadores de instituições de ensino superior, que ficam na inércia de garantir o ensino mesmo sem o recurso necessário para a manutenção das aulas.

A ausência de pessoas que possam se sensibilizar com a situação crítica da educação do País, em especial com o programa, desestabiliza a confiança dos alunos. Uma estudante de jornalismo que preferiu não se identificar, de 21 anos, se preocupa com a forma tomada pelo governo para resolver a situação do programa. “Acho um absurdo cortar investimentos na educação quando se tem outras alternativas pra bancar a dívida pública. Taxar grandes fortunas é uma delas”, aponta a graduanda.

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A aluna cursa o terceiro período da graduação em jornalismo e teme perder a oportunidade de continuar no ensino superior ou até mesmo que a taxa coberta pelo financiamento, referente a uma mensalidade de mais de R$ 600, seja cobrada a ela. “Tenho medo de que me cobrem a mensalidade, pois meu curso é muito caro”, conta.

Aguardar. É esse o pedido que o Sistema informatizado do Fies (SisFies) faz à também estudante de jornalismo Thaisa Jatobá, bem como aos outros alunos que precisam renovar o financiamento. Thaisa sente medo de ser cobrada pelas mensalidades, que passam dos R$ 1 mil, e também de perder o benefício. Ela ainda reclama da dificuldade de acompanhar a situação dos aditamentos – como são chamadas as renovações semestrais do Fies. “Não temos nenhuma informação nem no site nem pelo telefone”, acusa a graduanda. 

A página do Fies emite um alerta aos estudantes que desejam realizar o aditamento. “O aditamento de renovação semestral está em processo de solicitação pela CPSA [Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento] da instituição de ensino. O prazo para validação do aditamento de renovação e solicitação de transferência, suspensão, dilatação e encerramento pelo estudante será divulgado oportunamente.” 

Já o SisFies, sistema responsável por executar as partes de solicitação, aditamento, dilatação e encerramento do financiamento, “veta” a entrada dos estudantes que já possuem o benefício. Após o preenchimento de dados para acesso à conta, o aluno recebe a seguinte mensagem: “Acesso permitido somente para estudantes que estejam pré-selecionados em processo seletivo e que não contrataram o financiamento.”

Além de preocupar os estudantes, o incerteza dos repasses financeiros do Fies afeta as instituições de ensino. O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Janguiê Diniz, afirma que o Fundo é uma ferramenta aliada à educação, visto que a as instituições públicas não têm capacidade para comportar mais alunos. “A educação pública não tem capacidade para comportar o número de estudantes que ingressam no ensino superior anualmente - isso fica bem claro quando comparamos os dados da educação e vemos que o ensino superior particular responde por mais de 80% do setor”, aponta Diniz.

Além disso, Janguiê Diniz ressalta a mudança benéfica que o programa trouxe à educação superior brasileira. “Grande parte da população brasileira não tem condições financeiras de pagar as mensalidades das IES particulares e recorre ao financiamento. Sem o Fies, será quase impossível o Brasil atingir as metas impostas para a educação superior até 2024”, completa o presidente da ABMES.

Para o presidente do Sindicato das Faculdades Privadas de Pernambuco, Jânyo Diniz, os atrasos do Fies também trazem incertezas para as instituições de ensino. "O Sindicato vê com preocupação esses atrasos. Isso começa a afetar significativamente as instituições de ensino. Algumas estão passando dificuldades para honrar seus compromissos", diz Jânyo Diniz.

Instituições sofrem com as dúvidas

A Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, uma das gigantes da educação superior no Brasil, é uma das instituições afetadas pela incerteza e atraso nas verbas do programa. Segundo nota divulgada à imprensa, há promessas vindas do ministro da Educação, Mendonça Filho, que as verbas e o lançamento de novas vagas do Fies já estavam programadas para o dia seguinte à aprovação do projeto de lei que libera o crédito suplementar para o programa pelo Congresso Nacional. “Esperamos que, desta vez, deputados federais e senadores se deem conta da gravidade da situação e de suas consequências, colocando a preocupação com o futuro do Brasil e de seu povo acima de qualquer outra questão”, aponta o comunicado, em nome da reitora da PUC, Anna Maria Marques Cintra.

Ao Portal LeiaJá, no último dia 27 de setembro, a PUC afirmou que poderia deixar o programa, que já entra em seu quarto mês de atraso. A instituição afirmou que cancelaria o financiamento caso não recebesse o repasse das verbas até o final de 2017. “A falta desses repasses traz consequências danosas para os alunos e demais setores do ensino superior do País. A formação dos nossos futuros profissionais depende agora da atuação responsável de cada parlamentar com a continuidade do desenvolvimento da educação universitária do Brasil", constava na nota publicada pela PUC.

No interior pernambucano o dilema é o mesmo. De acordo com a Presidente da Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento do Fies da Faculdade de Integração do Sertão, em Serra Talha, Milena Marta, o Fundo atualmente beneficia 396 estudantes na unidade, sendo 285 veteranos e 111 novatos. “Precisamos esperar a posição do governo para traçarmos novas oportunidades. Vamos adequando o Fies a cada nova mudança vinda do governo. Adotamos o programa no segundo semestre de 2014, porque traz um novo perfil para a faculdade. O aluno que trabalha e não possui condições suficientes para bancar os estudos é beneficiado”, complementa Milena. 

MEC promete

O Ministério da Educação (MEC) promete que os estudantes continuarão a contar com o Fies. De acordo com divulgação do ministro da pasta, Mendonça Filho, no último dia 6 de outubro, todos os contratos serão aditados. “Vamos honrar retroativamente todos os contratos e as renovações”, afirmou o parlamentar, não explicando como seriam realizados, de fato, os pagamentos. “Encontramos o orçamento do Ministério sem a dotação financeira suficiente para novos contratos e para a renovação dos antigos, que já estavam em vigência”, completou o parlamentar, de acordo com site do MEC.

Dívida

O Governo Federal deve R$ 700 milhões ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, referentes a taxas do Fies. Por conta da falta do quite da dívida, o MEC não tem como repassar o valor às instituições privadas de ensino superior. Os repasses referentes ao financiamento somam cerca de R$ 5 bilhões.

A dificuldade financeira das campanhas municipais tem se refletido em iniciativas de arrecadação paralela de recursos. O candidato a prefeito do Recife, João Paulo (PT), lançou uma aba no seu site oficial para receber doações de eleitores, militantes do partido ou simpatizantes. Com o fim do financiamento empresarial de campanha, os postulantes têm investido, principalmente, nas articulações com pessoas físicas para custear as atividades do período.

De acordo com a página, os valores podem ser repassados a partir de depósito em conta ou por cartões de crédito, este com valores variando de R$ 1 até R$ 1.064 mil e no primeiro caso as doações podem ser maiores, desde que seja até 10% do rendimento bruto no ano anterior, de acordo com a declaração do Imposto de Renda. 

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De acordo com um dos coordenadores da campanha, Dilson Peixoto, as doações serão destinadas a subsidiar os custos das campanhas, que demandam produção de Guia Eleitoral, material gráfico e toda a infraestrutura para manter o projeto nas ruas. 

“Nesta etapa da campanha, é fundamental a participação militante e voluntária de nosso eleitorado, para que consigamos recursos necessários a uma grande campanha que vai levar João Paulo à vitória”, disse. 

Ainda de acordo com o petista, as doações são também mais uma forma de agregar a participação das pessoas na campanha, fazê-las se sentir parte desta caminhada. “Nós temos o melhor candidato para disputar eleições e é importante dividir essa responsabilidade com o candidato, partilhar esse projeto que fará o Recife ser do povo de novo”, observou.

Os candidatos a prefeito de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), arrecadaram, até o momento, um total de R$ 712,5 mil em doações para as campanhas. Segundo dados disponibilizados pelo Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral, até a manhã desta quarta-feira (8), o socialista Antônio Campos tem o maior número de arrecadação, R$ 203,4 mil. Sendo mais de 98% do PSB, o que significa R$ 200 mil, e os demais dele mesmo e mais três pessoas.  Entre os gastos, no entanto, foi registrado apenas R$ 29,43.

A postulante do PSDB, Izabel Urquiza tem a segunda campanha mais rica com R$ 164 mil em doações. Desse montante, 42% é do PSL que doou R$ 70 mil e 31% do PSDB, R$ 52 mil. O registro de gastos declarados corresponde a R$ 25 mil.

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A terceira que mais arrecadou foi a ex-prefeita Luciana Santos (PCdoB). Ela recebeu R$ 113,1 mil, sendo 61% do PCdoB – um total de R$ 70 mil. De acordo com o site, foram gastos até agora R$ 135,8 mil. 

Já a candidata Teresa Leitão (PT) conquistou R$ 110 mil, onde 72% é oriundo da própria petista. O que representa R$ 80 mil e os demais é de outro doador.  Já em relação aos gastos foi declarado R$ 50 mil. 

O postulante do PSOL, Jesualdo, arrecadou R$ 62 mil em doações. Desses, R$ 57 mil foram transferidos dele mesmo. O psolista, entretanto, gastou mais do que recebeu até agora R$ 67,6 mil. 

O peemedebista Ricardo Costa recebeu R$ 45 mil de quatro pessoas físicas diferentes e gastou R$ 1,5 mil. Enquanto o candidato Gustavo Rosas (PV) tem R$ 15 mil doados por ele mesmo e não há registros de despesas.

Os prefeituráveis Professor Lupércio (SD) e João Luiz (PPS) não prestaram contas de arrecadação ou despesas. Já a candidatura de Raminho Chiquito (PCO) foi indeferida. 

Segundo o teto de gastos, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cada candidato pode gastar no primeiro turno até R$ R$1,2 milhão. Esta é a primeira eleição em que os postulantes não podem receber doação de empresas privadas e são obrigados a informar à Justiça Eleitoral todos os recursos recebidos até 72 horas depois de a doação ter sido registrada na conta bancária. Anteriormente os candidatos faziam apenas duas divulgações, no meio e no final da campanha.

A Justiça decidiu manter a proibição de repasses de verbas públicas para o Comitê Organizador Rio 2016. O desembargador federal Ferreira Neves, no plantão judicial do Tribunal Regional Federal 2a Região (TRF2) manteve ontem (15) a liminar da primeira instância da Justiça Federal.

A União e a prefeitura estão proibidas de repassar dinheiro para o comitê até que seja dada ampla publicidade a todas as receitas e despesas, bem como que sejam fornecidos dados ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as receitas e gastos do evento. Quem descumprir a decisão está sujeito a uma multa pessoal diária de R$ 100 mil.

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Segundo a Justiça, “o Comitê Rio 2016 sustentou que já estaria dando a devida publicidade das suas contas, balanços, contratos e demonstrações financeiras, inclusive através da sua página na internet. Além disso, o comitê afirmou que a manutenção da liminar causaria a paralisação das suas atividades e comprometeria a conclusão dos Jogos Olímpicos”.

A liminar foi concedida a partir de um pedido do MPF para que o Comitê Rio 2016 desse publicidade aos seus gastos.

A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, pedirá aos membros do Congresso que retornem a Washington e aprovem um financiamento emergencial para a resposta ao vírus da zika, durante sua visita a um bairro de Miami. A declaração deve ser feita no momento em que o país enfrenta a primeira epidemia da doença nos EUA.

Na tarde desta quarta-feira, Hillary fará uma visita ao Borinquen Medical Center, centro médico próximo da área de Wynwood, onde foram diagnosticadas 16 pessoas que não viajaram e tiveram diagnóstico de zika. A ex-secretária de Estado exigirá que líderes republicanos do Congresso aprovem financiamento para testes, tratamentos e pesquisas sobre a doença, segundo assessores.

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Até este mês, os únicos casos conhecidos de zika nos EUA eram de pessoas que haviam viajado antes à América Latina e ao Caribe. Na semana passada, autoridades advertiram para grávidas que evitem viajar a um bairro de Miami e para a área próxima a ele.

Em meados de julho, os congressistas deixaram Washington para um recesso de sete semanas sem aprovar nada do pedido de US$ 1,9 bilhão do presidente Barack Obama, feito em fevereiro, para o desenvolvimento de uma vacina e para controlar os mosquitos que transportam os vírus. Desde então, os dois lados trocam acusações. Obama e os democratas acusam os republicanos de politizar o tema, ao acrescentar no projeto uma medida de US$ 1,1 bilhão que teria impedido clínicas de aconselhamento familiar de Porto Rico de receber dinheiro. Já os republicanos dizem que o governo não gasta o dinheiro que já tem e busca politizar o assunto em ano eleitoral. Fonte: Associated Press.

A Justiça Federal em Altamira (PA) ordenou a suspensão do repasse de mais de 70% das verbas de compensação ambiental de Belo Monte ao Parque Nacional do Juruena, no Mato Grosso, e obrigou que o novo plano para a destinação dos recursos dê prioridade à região impactada pelas obras da usina, no médio curso do rio Xingu, no Pará. Com isso, fica suspenso o repasse de cerca de R$ 109 milhões, em valores atualizados. A quantia deverá ser depositada em juízo até a decisão final sobre o destino da compensação.

Para a Justiça, “a deliberação do Comitê de Compensação Ambiental Federal (CCAF) não contemplou todas as unidades de conservação afetadas pelo empreendimento” e “há desproporcionalidade entre os valores destinados ao Parque Nacional de Juruena e as demais unidades de conservação, sobretudo porque a deliberação desconsiderou a primazia que deve ser conferida à região impactada”. 

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Pela decisão, assinada pela juíza Maria Carolina Valente do Carmo, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) terão 180 dias para apresentar um novo plano de destinação, garantindo que a bacia hidrográfica do Xingu seja o destino das compensações. A decisão registra que dia 28 de abril é o prazo final para o depósito dos valores pela Norte Energia, de acordo com um termo de compromisso assinado com o ICMBio, por isso a urgência em suspender o repasse. 

De acordo com o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e da Procuradoria Geral do Estado do Pará (PGE), “deverá, em respeito às normas legais aplicáveis e ao princípio da razoabilidade, priorizar a região impactada pela hidrelétrica e a bacia hidrográfica do rio Xingu”. A bacia do Xingu tem 11 unidades de conservação diretamente afetadas pelas obras de Belo Monte e muitas delas em condição crítica por falta de recursos. O governo do Pará tentou interferir na decisão do comitê de compensação, mas teve o pedido de participar das reuniões negado pela Coordenação de Compensação Ambiental Federal do Ibama, que coordena o comitê.

“Esse desvio na destinação dos recursos da compensação ambiental é reflexo da invisibilidade dos grupos ribeirinhos que habitam os rios da região no processo de licenciamento ambiental e é resultado da omissão do ICMbio em reconhecer que as Unidades de Conservação do médio Xingu são impactadas por Belo Monte”, diz a procuradora Thais Santi.

As informações são do MPF.

Um cronograma de ações divulgado na quarta-feira (23) pelo governo federal promete investir R$ 649,1 milhões nos próximos quatro anos em pesquisas sobre o vírus da zika e a microcefalia. As atividades incluem o desenvolvimento de testes diagnósticos e vacinas, o tratamento e a inovação em gestão de serviços de saúde, além de estratégias de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, além da dengue e da chikungunya.

O anúncio integra as estratégias do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia."É um projeto ambicioso, que coloca o Brasil em um patamar de ponta em relação ao mundo todo", disse o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.

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Os R$ 649,1 milhões virão do Ministério da Saúde, da Educação e da Ciência e Tecnologia. O governo garante que os gastos estão previstos no orçamento e que nenhuma outra pasta ou programa será afetado.

Outros R$ 500 milhões ficarão disponíveis em forma de crédito pelo BNDES. Desse total, o banco oferecerá R$ 350 milhões para concessão de crédito ao setor privado, que poderão ser requisitados pelas empresas do complexo industrial da saúde para desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias para combater as doenças relacionadas ao Aedes. O dinheiro será liberado por meio das linhas e programas tradicionais do BNDES, como o BNDES Profarma (dependendo do subprograma, o prazo de pagamento pode ser de até 15 anos, com carência de 5).

Os demais recursos (R$ 150 milhões) são não reembolsáveis, provenientes do BNDES Funtec, e estão sendo aplicados em duas iniciativas: desenvolvimento da vacina contra a dengue pelo Instituto Butantã (R$ 100 milhões) e plano de ação contra o zika da Fiocruz (R$ 50 milhões), que inclui o desenvolvimento de testes sorológicos e moleculares para diagnosticar a doença, além de pesquisas clínicas e apoio à investigação de medicamentos e vacinas.

O BNDES diz também que "tem condições de ampliar o montante de acordo com a demanda das empresas e entidades do setor público".

Discurso

Em seu pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff diz que 93% dos recursos prometidos serão aplicados até o fim do seu mandato. "Em 2018", fez questão de frisar.

O Ministério da Saúde lançou, também ontem, um edital para financiar R$ 20 milhões em pesquisas contra o mosquito nas áreas de controle, diagnóstico, prevenção e tratamento. O ministro Marcelo Castro informou ainda uma nova fase de um estudo com a bactéria Wolbachia - que, quando presente no organismo do Aedes, impede a transmissão de doenças. Segundo ele, representantes da Fundação Bill Gates virão ao Brasil auxiliar nos próximos passos da pesquisa, que deve contemplar uma localidade maior em área e em população do que a Ilha do Governador (RJ) e o bairro Jurujuba, em Niterói, onde já foram realizados testes-piloto.

A presidente Dilma afirmou que o governo está fazendo uma "busca ativa" das crianças com microcefalia que ainda não estão sendo atendidas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) revogou nesta segunda-feira (1º) medida que restringia os repasses do Fundo de Financiamento Estudantil às instituições de ensino privadas. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o governo volta a repassar, uma vez por mês, até 100% dos recursos às instituições.

O Fies oferece a estudantes financiamento de cursos em instituições privadas de ensino. Pelo programa, o MEC paga as instituições com títulos do Tesouro. Em datas especificadas pelo FNDE, as instituições podem optar por resgatar os títulos para pagar tributos ou, como o valor dos títulos pode ser maior do que os impostos, podem ainda solicitar a recompra de títulos excedentes pelo governo. O valor pago é depositado em conta criada para tal.

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No final de 2014, uma portaria determinou que a recompra não poderia exceder o valor previsto do repasse no mês seguinte. Por conta disso, em novembro de 2015, as instituições receberam 60% e, em dezembro, 80% do valor esperado.

Uma nova portaria, que revoga a limitação, foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. Agora, o FNDE pode recomprar 100% dos títulos das instituições, o que será feito em 12 vezes este ano, conforme cronograma disponível às entidades mantenedoras.

"Com a publicação da portaria, as instituições de ensino podem planejar o fluxo de caixa sabendo o quanto de recurso o MEC vai disponibilizar no período", diz o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas. "A publicação é muito importante para o sistema e demostra que o ministro [Aloizio Mercadante] está sensível à importância da parceria privada para oferecer financiamento àqueles que precisam para acessar o ensino superior".

De acordo com o MEC, para este ano, a previsão para o orçamento do Fies é R$ 18,7 bilhões. Atualmente, mais de 2,1 milhões de estudantes participam do programa. Na primeira seleção do ano, foram ofertadas 250 mil vagas no programa. A previsão para o segundo semestre é que cerca de 60 mil vagas sejam ofertadas.

O Ministério da Saúde liberou o repasse de R$ 4,4 milhões para Estados e municípios afetados pelo rompimento da barragem de mineração em Mariana (MG). Segundo Portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 4, os recursos terão como finalidade a implementação de ações de contingência de vigilância sanitária.

De acordo com a portaria, o valor será repassado em parcela única, do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde. O texto esclarece ainda que os critérios adotados para a distribuição do repasse foram a existência de desabrigados e desalojados, o risco de desabastecimento de água e a população dos municípios.

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Serão contemplados com a liberação de recursos: o Estado do Espírito Santo e os municípios capixabas de Baixo Gandu, Colatina e Linhares; Minas Gerais e os municípios mineiros de Aimorés, Alpercata, Antonio Dias, Barra Longa, Belo Oriente, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Galileia, Governador Valadares, Ipaba, Ipatinga, Itueta, Mariana, Naque, Nova Era, Periquito, Ponte Nova, Resplendor, Rio Casca, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, São José do Goiabal, São Pedro dos Ferros, Sem Peixe, Timóteo e Tumiritinga.

No momento em que a presidente Dilma Rousseff está enfraquecida politicamente, parlamentares do Congresso articulam restringir boa parte da liberdade que o governo tem hoje para remanejar recursos e incluir novas obras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sem pedir autorização ao Legislativo. A medida vai dar mais poder aos deputados e senadores de decidir sobre o dinheiro destinado às obras prioritárias incluídas no programa.

Hoje, o governo pode, por meio de decreto, remanejar verbas de 30% do PAC. Na prática, pode incluir obras no programa ou transferir recursos de um projeto para outro.

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Os parlamentares da Comissão Mista de Orçamento (CMO) vão incluir no Orçamento de 2016 dispositivo que acaba com a regra que permite que 30% dos recursos previstos para investimentos do PAC possam ser usados sem restrições.

O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), já negociou apoio com os parlamentares da comissão para aprovar a mudança. A proposta é que o limite de 30% seja aplicado apenas na rubrica de cada investimento.

Nesse caso, o governo poderá aumentar ou diminuir os recursos para uma determinada obra até esse valor. Se uma obra tem orçamento previsto de R$ 100 milhões, o governo pode elevá-lo em mais R$ 30 milhões ou diminuir nesse mesmo valor.

Para o próximo ano, o governo prevê um total de R$ 42,4 bilhões de investimentos no PAC. Com a regra atual, a margem de manobra para 2016 seria de R$ 12,7 bilhões.

Cheque em branco. O entendimento dos parlamentares é que com a regra atual o governo acabou, na prática, terceirizando para o Executivo a execução orçamentária dos investimentos. "Acabou a festa. Essa margem no PAC virou um cheque em branco. Então, vamos agora preencher o cheque", disse Barros ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Barros alertou que, com a mudança, que será incluída em seu parecer, os governadores e prefeitos têm até o próximo dia 20 para trabalhar nas suas respectivas bancadas a inclusão de recursos para obras do PAC no Orçamento de 2016. Até o ano passado, havia uma romaria de gestores estaduais e municipais para garantir a inclusão de ações no programa. "Quem quiser ter recursos não vai conseguir indo conversar lá conversar com o gestor do Planejamento (ministério)", disse.

Para o relator, os investimentos do PAC ficavam ao "bel-prazer do Executivo fazer ou não fazer". Barros pretende apresentar o relatório preliminar no próximo dia 4 de novembro. Ele já avisou que os R$ 42,4 bilhões previsto para o PAC terão de ser cortados para ajudar na engenharia financeira de um Orçamento de 2016 equilibrado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, editaram a Medida Provisória 697 para abrir crédito extraordinário no valor de R$ 950,246 milhões em favor dos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, dos Transportes, da Defesa e da Integração Nacional. A medida e seus anexos, com o detalhamento da aplicação do recursos, estão publicas no Diário Oficial da União (DOU). A maior parte do montante (R$ 610 milhões) será direcionada a ações de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional.

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