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Febre, tosse por mais de duas semanas, produção de catarro e muito cansaço. Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe forte ou uma virose. O diagnóstico da tuberculose, doença que atinge os pulmões, pode ser descoberto com um simples radiograma e exame de escarro. Atualmente, pode ser curada em quase 100% dos casos. Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de incidência da doença teve uma redução de 21%, mas os números ainda são altos. 

A tuberculose atinge, em sua maioria, a população com sistema imunológico baixo. A arquiteta Mirella Dantas, de 23 anos, faz parte da estatística. “Senti uma dor muito forte nas costas, com muitas pontadas e febre. Quando o médico me examinou, percebeu que eu estava com muita água no pulmão direito. Foi feita uma punção de emergência, onde foram retirados 700 mililitros do líquido, que foi encaminhada para análise e confirmou a doença pleural”, relatou a jovem.

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Além disso, há outros fatores ainda mais iminentes à contaminação, que são a pobreza e má distribuição de renda. O fato ocorre devido ás más condições de saúde da população em determinados locais. A estatística em que a arquiteta faz parte inclui mais 70 mil novos casos. De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, a redução de pessoas com a tuberculose também foi perceptível em relação aos óbitos. A taxa de mortalidade de 2013 foi de 2,3 mortes por 100 mil habitantes, 23% menor que a taxa de três óbitos por 100 mil habitantes registrada em 2012.

De acordo com o pneumologista Joaquim Cunha, responsável pelo setor de tuberculose infantil do Hospital Otávio de Freitas – unidade hospitalar referência em Pernambuco – a doença ganglionar, mais comum em crianças, não é transmissível. “Esse tipo de tuberculose extrapulmonar não é capaz de transmitir a bactéria para outras pessoas, pois não há risco de contágio. Por mês, atendemos 50 crianças aqui no Otávio”, relatou. Diferentemente da ganglionar, a tuberculose pulmonar pode ser pega através dos sintomas mais comuns da doença.

Tratamento

O tratamento é baseado na medicação por seis meses. “Nos primeiros meses, são quatro tipos de remédios diferentes. Depois, os antibióticos são trocados, geralmente dadas uma única vez ao dia, por ser muito forte”, afirmou Cunha.

"Comecei a tomar os medicamentos e as reações são terríveis. O que eu mais senti foi enjoo, insônia e urticária - lesões de pele com vergões vermelhos e inchaço. Mas depois, o organismo se acostuma e a pessoa não sente tanto", afirmou Mirella Dantas. 

Cerca de seis milhões de novos casos são notificados no mundo anualmente, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

Há vários grupos de pessoas que tem um risco maior de desenvolver a doença. Dentre elas estão os idosos, alcoólatras, quem possui problema de insuficiência renal crônica, além de doentes com neoplasias ou quimioterapia, portadores de HIV e transplantados. O diagnóstico precoce ainda deve ser a melhor forma de tratar a doença. Caso os sintomas como tosse e febre persistam, o recomendável é procurar um médico. "Quanto mais cedo, melhor para que a doença seja curada logo. Não pode deixar que a doença se agrave para procurar um médico. Quanto antes, melhor", finaliza o pneumologista, Joaquim Cunha.

Imagem: campanha do Governo Federal

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (13) o registro de uma nova associação de fármacos para o tratamento da tuberculose no país. O novo medicamento traz a combinação de rifampicina com a isoniazida, a apirazinamida e o etambutol e é indicado para tuberculose pulmonar e extrapulmonar, na fase inicial intensiva do tratamento.

De acordo com a Anvisa, o esquema básico, com quatro substâncias, favorece a maior adesão ao tratamento. A combinação, segundo a agência, também evita o aumento da multirresistência da doença e possibilita maior conforto ao paciente devido à redução do número de comprimidos a serem ingeridos por dia. O registro do novo medicamento é resultante de uma parceria público-privada entre os laboratórios Farmanguinhos e Lupin Limited.

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A agência destacou que a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas que tem cura. Anualmente, são notificados ao menos 6 milhões de novos casos no mundo e mais de 1 milhão de mortes. “O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente a medicamentos agravam ainda mais esse cenário”, esclareceu a agência.

No Brasil, a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil novos casos de tuberculose, além de 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O país ocupa o 17º lugar entre as 22 nações responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

O Brasil enfrenta a falta de teste para diagnóstico de tuberculose latente, aquela em estágio inicial, em que o paciente é assintomático. O problema ocorre porque o laboratório produtor dos kits, na Dinamarca, foi vendido e interrompeu a fabricação.

O governo brasileiro foi avisado no primeiro semestre, quando fazia a encomenda para o período de 2014/2015. O Ministério da Saúde está discutindo as alternativas: a compra de testes mais caros para grupos vulneráveis ou a transferência de tecnologia para fabricação nacional. Já há falta dos kits nos Estados.

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O teste tuberculínico ou PPD (derivado de proteína purificada, na sigla em inglês) é um exame subcutâneo em que uma fração do bacilo de Koch, bactéria causadora da tuberculose, é injetada no braço. Se houver reação, indica que o paciente foi infectado. Ele ainda está assintomático e não transmite a doença. Nesse caso, inicia-se o tratamento preventivo da tuberculose, com apenas um medicamento - a tuberculose ativa é tratada com um coquetel de remédios.

O exame é indicado para menores de 5 anos, que morem com pessoas contaminadas; para pacientes com baixa imunidade (HIV positivo ou portadores de doenças inflamatórias autoimunes, como artrite reumatoide, psoríase, doença de Crohn, que serão tratados com medicamentos imunossupressores); e profissionais de saúde.

Em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, os kits acabaram em junho. "Esse não é um problema do governo brasileiro. Há dinheiro para comprar, mas não há quem venda. Agora, é discutir o que fazer, como substituir", disse Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e integrante do comitê técnico que assessora o Ministério da Saúde.

"A recomendação do Ministério da Saúde em caso das crianças é radiografá-las. Se não estiverem doentes, e conviverem com pessoa com tuberculose, deve-se iniciar o tratamento profilático", explica ela, para quem, no caso de pacientes com HIV e doenças inflamatórias autoimunes, a "decisão é mais complexa". "Para esses grupos de maior risco, sem dúvida seria desejável que tivéssemos acesso ao PPD ou a outros tipos de testes."

Nos Estados Unidos, o PPD foi substituído pelo Igra (ensaios de detecção de interferon gama em sangue, na sigla em inglês), exame mais caro, o que dificulta a compra em larga escala. "Esse exame está disponível em laboratórios privados. É caro. Há a sugestão de que testes Igra sejam incorporados ao Programa de Controle da Tuberculose, mas isso depende de estudos econômicos. Outra sugestão é que a tecnologia de produção do PPD seja transferida para alguma laboratório brasileiro", afirmou.

O presidente da Sociedade de Pneumologia do Rio de Janeiro, Domenico Capone, criticou a demora por uma solução. "Esse rastreamento é fundamental porque dá o panorama da tuberculose e inclusive ajuda a excluir outras doenças. A resposta do Ministério da Saúde precisa ser rápida", defendeu.

Para Roberto Pereira, integrante do Fórum de ONGs de Combate à Tuberculose, a falha foi a dependência do mercado internacional. "Não podemos ficar à mercê da decisão da cadeia de produção internacional. Temos que ter autonomia. O que estamos sugerindo é que o Laboratório do Exército assuma a fabricação do PPD", afirmou. O Ministério da Saúde não havia se pronunciado sobre a questão até as 19h.

Mais de 650 mil crianças desenvolvem tuberculose anualmente nos 22 países mais afetados pela doença, entre eles o Brasil, uma estimativa 25% superior à da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo um estudo.

Além disso, 53 milhões de crianças vivem com uma forma latente da infecção, suscetível de evoluir a qualquer momento para uma tuberculose ativa, acrescentam os autores do estudo publicado na revista britânica especializada em medicina The Lancet.

Em seu relatório de 2013, a OMS estimou em 530.000 os casos de tuberculose detectados em crianças menores de 15 anos em 2012. Mas a estimativa depende dos casos apontados pelos pediatras, um método criticado por muitos especialistas, em particular porque sua confiabilidade varia consideravelmente de um país para outro.

Os 22 países apontados no estudo são Brasil, Afeganistão, África do Sul, Bangladesh, Camboja, China, Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Quênia, Moçambique, Mianmar, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Rússia, Tailândia, Uganda, Tanzânia, Vietnã e Zimbábue.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quinta-feira (3) a mais de 30 países que adotem um novo programa para eliminar a tuberculose antes de 2050. Atualmente há 33 países e territórios, a maioria dos mais ricos do planeta, nos quais são registrados menos de 100 novos casos de tuberculose por milhão de habitantes.

"Na maioria desses países, as pessoas pensam que a doença não existe mais", declarou o médico Mario Raviglione, diretor do programa da OMS que luta contra a doença. Ele afirmou que 155.000 pessoas são infectadas por ano e, dessas, cerca de 10.000 morrem (uma média de 30 por dia) nesses 30 países e territórios. Além disso, há milhões de portadores do vírus sem saber e que correm o risco de desenvolver a doença durante a vida.

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O novo programa pretende reduzir os casos de tuberculose a dez por milhão de habitantes até 2050 e depois reduzi-la a um caso por milhão. O texto pede que os governos financiem os programas de combate à doença e as pesquisas, e que trabalhem para detectar a doença nos grupos de risco (imigrantes, presos, sem-teto, pessoas com doenças imunossupressoras como o HIV, desnutridos, diabéticos, fumantes e bebedores habituais).

Os dois primeiros casos no mundo de transmissão de tuberculose de gato para o homem foram registrados na Grã-Bretanha, anunciaram nesta sexta-feira (28) as autoridades sanitárias. A descoberta da PHE (Public Health England) aconteceu durante o estudo com nove gatos domésticos portadores da Mycobacterium bovis em Berkshire (leste da Inglaterra) e Hampshire (sul).

Os gatos foram provavelmente infectados por roedores, segundo os cientistas. "As duas pessoas infectadas reagiram bem ao tratamento", assegurou o PHE.

Outros dois donos de gatos também contraíram a bactéria, mas sem desenvolver a doença. A tuberculose afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outras partes do corpo, como ossos e o sistema nervoso. Em 2012, foram detectados 8.751 casos de tuberculose no Reino Unido.

O grande número de casos de tuberculose em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, tem chamado atenção das autoridades. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde do município, em 2013 foram identificados 130 casos da doença. Neste ano, os números já chegam em 30.  

Para erradicar a tuberculose em Petrolina, os profissionais da Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE) estão aproveitando a semana para lembrar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado em 24 de março. Eles também irão alertar a população sobre a doença, causa, riscos e como realizar o diagnóstico precoce.  

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Segundo o médico Jeová Oliveira de Araújo, a tuberculose é uma doença infectocontagiosa, que acomete o pulmão, mas pode também afetar outros locais do corpo como laringe, ossos, articulações, pele, intestinos, rins e o sistema nervoso. “A patologia é disseminada quando uma pessoa com a doença no estágio infeccioso tosse, espirra e termina expelindo assim as bactérias que podem ser aspiradas por outras pessoas, ocorrendo à contaminação. É muito importante ficar atento aos sintomas e quanto mais precoce for o diagnóstico, mas eficaz será o tratamento, que deve ser rigoroso”, explica.

Os principais sintomas da doença são tosse com secreção, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço fácil e dores musculares. Em alguns casos pode ocorrer dificuldade para respirar e eliminação de sangue. O diagnóstico pode ser feito através de uma avaliação médica completa, incluindo exame físico, a baciloscopia de escarro, uma radiografia do tórax e culturas microbiológicas. Já o tratamento para tuberculose é feito através de uma combinação de drogas, começando com um total de quatro, que são reduzidas após a evolução do quadro, que é sempre acompanhado pelo médico.

Com informações da assessoria

Começa nesta terça-feira (25), uma ação de prevenção e combate à tuberculose, no município do Paulista, Região Metropolitana do Recife. Quatro escolas da cidade terão palestras sobre como evitar a doença e seus principais sintomas, além de jogos educativos e exames de baciloscopia – teste que identifica a enfermidade.

No primeiro dia da iniciativa, as ações acontecerão nas escolas Maria das Neves, em Jardim Paulista Baixo e no colégio Suzy Régis, na Jaguarana. Na quinta-feira (27), a ação acontecerá nas instituições de ensino Presidente Kennedy e Brigadeiro Aldo Pinho Alves, localizadas nos bairros da Aurora e Engenho Maranguape, respectivamente. 

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Dados - A tuberculose é uma enfermidade grave, porém curável em praticamente 100% dos casos novos. Em Pernambuco ocorrem, em média, 380 óbitos por ano (segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade/SIM). Em Paulista, 149 casos novos foram registrados nos dez primeiros meses do ano.

O Brasil ocupa o 16º lugar no ranking de países campeões em casos de tuberculose. Ano passado foram registradas 71.123 novas infecções, com coeficiente de incidência de 35,4 pacientes para cada 100 mil habitantes. O Amazonas é o Estado que registra maior taxa do País: 70, 6 casos por 100 mil habitantes, seguido pelo Rio (com 61, 7 casos por 100 mil) e Mato Grosso ( 50, 6 pacientes por 100 mil). Em 2012, foram 4.406 mortes, o que representa uma taxa de 2,3 óbitos por 100 mil.

Para tentar reduzir essa marca, o governo passa, a partir desta semana a distribuir 50 equipamentos de teste rápido para diagnosticar a doença. O aparelho fornece o resultado em duas horas. Os primeiros Estados a receber serão Amazonas, Pernambuco, Rio, Rio Grande do Sul, São Paulo, além do Distrito Federal. Até maio, todos os Estados deverão receber o aparelho que, além de identificar o agente causador da doença, aponta se há resistência ao antibiótico usado para a doença, a rifampicina.

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Os números apresentados há pouco pelo Ministério da Saúde são piores que os registrados em 2012. Naquele ano, foram contabilizados 70.047 pacientes novos, com uma taxa de incidência de 36,1 casos por 100 mil habitantes. O lugar no ranking das nações consideradas de alta carga também piorou. Ano passado, o País ocupava a 17ª posição.

Nesta terça-feira (26), será divulgado o resultado de dois anos de atuação do Projeto Sanar, programa que visa combater às doenças negligenciadas como o Tracoma, Esquistossomose, Geo-Helmintíase, Doença de Chagas, Hanseníase, Filariose e Tuberculose. Evento acontecerá no auditório Guararapes do Centro de Convenções (Cecon-PE), a partir das 8h30, em Olinda.

O projeto percorreu 108 municípios pernambucanos considerados prioritários. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), todas as doenças mencionadas possuem tratamento e medicamentos conhecidos, mas ainda acometem uma representativa parcela da população, principalmente, a de baixa renda.

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Durante o seminário, cinco municípios selecionados irão apresentar suas experiências exitosas para controle das doenças. Santa Cruz fará explanação sobre a doença de Chagas; Venturosa sobre tracoma; Recife, filariose; Lagoa Grande em relação à hanseníase; e Jaboatão dos Guararapes sobre esquistossomose e geo-helmintíase. As localidades foram escolhidas por meio de concurso promovido pela Secretaria Estadual de Saúde.

Balanço prévio - Segundo o monitoramento do Programa, entre 101 mil pessoas examinadas para saber se elas estavam infectadas pela filariose, apenas 5 tiveram resultado positivo e logo foram encaminhadas ao tratamento. Com isso, o Estado já iniciou o processo de certificação da eliminação da doença junto a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). No Brasil, a filariose era considerada endêmica apenas nos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista.

No caso da doença de Chagas, foram exterminados 2,5 mil vetores da doença, após inspeção em 29.149 residências. Por meio do Programa, também houve o aumento da oferta do exame sorológico, para confirmar os casos, nas 12 regiões do Estado, agilizando o diagnóstico e, caso necessário, o tratamento. Em relação ao tracoma, 98 mil crianças foram examinadas e 2,8 mil pessoas tratadas.

Começa nesta segunda-feira (11) a campanha de conscientização sobre tuberculose em Pernambuco. A abertura será realizada com atividades educativas no Centro de Referência à População de Rua do bairro da Boa Vista e no presídio Aníbal Bruno, que abrigam um público considerado mais vulnerável à doença.

Com o tema “Está na hora de se tratar, Tuberculose pode matar”, a campanha busca identificar os sintomáticos respiratórios, pessoas com tosse há três semanas ou mais, além de divulgar e orientar sobre os sinais e sintomas da doença. Até sexta-feira (15), serão distribuídos materiais educativos nos terminais integrados de passageiros do Cabo, Jaboatão, Paulista, Camaragibe e Olinda.

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“Este ano, a campanha está voltada ao público vivendo em situação de rua e privada de liberdade, considerando que nessas populações vulneráveis o risco de adoecimento por tuberculose é maior que na população em geral”, afirma a gerente de Doenças Transmitidas por Micobactérias da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Lúcia de Souza.

Dados – Em 2012, Pernambuco ocupava o 3° lugar em incidência e o 2° em taxa de mortalidade, no Brasil. Ainda em 2012, o Estado notificou 4.671 casos novos, sendo 1.601 casos novos na capital.

Com informações da assessoria

Os moradores do município de Paulista, situado na Região Metropolitana do Recife, serão contemplados com exames gratuitos e ações educativas que fazem parte da Campanha de Controle da Tuberculose 2013. Os eventos têm início nesta próxima terça-feira (12), com uma panfletagem no Terminal Integrado de Passageiros Pelópidas Silveira, contendo informativos com detalhes importantes sobre a doença. 

Palestras também fazem parte do cronograma da campanha, que contempla a rede pública de ensino e unidades de saúde da cidade. Escola Municipal Cássia Carolina, em Maranguape I, será a primeira a ser beneficiada. O encontro acontece nesta quinta-feira (14), às 14h, e também serão disponibilizados exames de baciloscopia. 

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O trabalho, que segue até o dia 21 deste mês nas comunidades do município, conta com o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). No caso de identificação da doença, as pessoas contaminadas devem procurar as unidades de saúde mais próximas de suas residências.

Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro é o estado com maior incidência de tuberculose, doença causada por uma bactéria (bacilo de Koch), que atinge em grande parte a faixa etária entre 20 a 29 anos. De acordo com dados preliminares da Secretaria de Estado de Saúde, em 2012, foram registrados 14.039 casos da doença no estado, que representam cerca de 15% do total do país. Mais da metade (52,94%) foram na capital fluminense, onde 7.433 pessoas contraíram tuberculose. A região metropolitana 1, que inclui também 11 municípios da Baixada Fluminense foi a que anotou mais números de casos (10.964) representando 78,09% do total do estado.

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, explicou que a tuberculose é uma doença muito relacionada à alta densidade populacional e afeta grandes centros urbanos do país. Ele disse que o Rio de Janeiro é um estado que tem adensamento populacional na região metropolitana, com uma grande quantidade de pessoas morando em pequeno espaço. “Isso facilita muito a ocorrência de doenças respiratórias, entre elas a tuberculose, um grande desafio de saúde pública. Aqui, na cidade do Rio de Janeiro, é onde temos a maior incidência no estado. Este é um desafio que tem que ser enfrentado agora e é urgente, tendo em vista estes números alarmantes”, ressaltou.

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Embora os números sejam preocupantes, o superintendente acrescentou que a incidência da doença vem apresentando queda significativa nos últimos dez anos. Apesar disso, é preciso acelerar a redução da tuberculose no estado. “A incidência de tuberculose vem caindo, a mortalidade também, mas entendemos ser preciso um esforço conjunto: unir secretarias como a de habitação, unir outros setores da máquina pública, chamar a sociedade para um debate. É preciso aumentar a velocidade das quedas desses indicadores. Há muita gente ainda contraindo tuberculose, o número de óbitos ainda é elevado. É preciso um esforço adicional neste momento”, alertou.

Para o superintendente, o preconceito é uma grande barreira no tratamento da doença. Ele explicou que ainda há desinformação sobre o diagnóstico e muita gente não entende que a tuberculose tem cura, desde que o tratamento seja feito até o fim. “As pessoas ainda acham que a tuberculose não existe mais ou que existe para poucas pessoas, o que não é verdade. E também existe preconceito com relação às pessoas que já tiveram tuberculose. Há desconhecimento das formas de transmissão. A pessoa depois que inicia o tratamento, também para de transmitir a doença. É importantíssimo combater o estigma da doença com informação. Este é um grande desafio. Outro desafio é que a tuberculose ainda afeta populações socialmente vulneráveis, o que faz com que a adesão ao tratamento seja complicada. Várias frentes precisam ser enfrentadas para que tenhamos a doença sob controle”, analisou.

Chieppe destacou que às vezes é difícil diagnosticar a doença porque ela tem sintomas parecidos com resfriados ou com pneumonia, mas ele chamou a atenção para um fato que pode, imediatamente, identificar a tuberculose: a tosse prolongada. “A tuberculose é uma doença que costuma apresentar sintomas muito específicos como febre baixa, geralmente, ao final do dia, mas a tosse persistente, que dura mais de 30 dias, é o principal alerta de sinal. Além disso, o cansaço que não é possível explicar por outras causas e emagrecimento sem causa aparente. Isso pode fazer a pessoa suspeitar de tuberculose", esclareceu.

O superintendente recomendou que ao suspeitar de sinais da doença a pessoa deve procurar qualquer serviço de saúde básico próximo à residência. “O tratamento e diagnóstico de tuberculose está descentralizado nas unidades de Saúde e não é preciso nem um hospital especializado para que seja feito o diagnóstico e o tratamento. Qualquer pessoa com tosse por mais de 30 dias deve procurar um serviço de saúde”, recomendou.

A Secretaria Municipal de Saúde está avançando no controle da Tuberculose no município de Petrolina, sertão pernambucano. Ao todo são 132 pacientes em tratamento e para não aumentar o número de casos, o órgão criou uma estratégia para identificar os portadores da bactéria, antes que os mesmos desenvolvam a doença e que esta seja transmitida para outras pessoas.

Uma equipe da Rede de Atenção Básica à Saúde foi capacitada para rastrear os usuários assintomáticos e encaminhá-los para acompanhamento do Serviço de Infectologia. A Iniciativa busca pessoas que mantiveram contato com portadores da tuberculose, foram contaminados com a bactéria, mas ainda não desenvolveram a doença. Só após a realização do PPD (Proteína, Derivada, Purificada) é possível identificar a doença e iniciar o tratamento.

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O município vem organizando um sistema próprio de notificação dos casos de infecção latente, visto que o registro dos mesmos não é exigência dos órgãos estadual e federal de Saúde. 

A Secretaria de Saúde do município do Cabo de Santo Agostinho, no Litoral Sul do Estado, promove a campanha de combate a Tuberculose. O dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, foi lembrado no último domingo (24). Desde esta terça-feira (26), os pacientes já começaram a ser atendidos.

A campanha nacional é uma ação do Ministério da Saúde e tem o objetivo de identificar os possíveis portadores da doença e promover o tratamento. Segundo Liana Alencar, coordenadora do Programa de Tuberculose do município, a população que vive na rua faz parte do grupo que mais sofre com a tuberculose.

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“Segundo os dados do Programa Nacional de Tuberculose, em um ano, uma população de 5 mil pessoas, foram registrados três casos. Já o grupo que vive em vulnerabilidade social, de 200 pessoas, cinco casos foram registrados no mesmo período”, afirma.

Profissionais de saúde vão realizar o encaminhamento para o exame de escarro com palestras de orientação e distribuindo material educativo. O exame é gratuito e quem quiser pode comparecer na Unidade de Referência em Tuberculose, localizado no Centro Herbert de Souza, Centro do município, ou nos postos de saúde da área.

A Tuberculose -  Causada por uma bactéria e é transmitida de pessoa para pessoa. Ao espirrar ou tossir, o doente expele as bactérias nas pequenas gotas de saliva, que podem ser aspiradas por outra pessoa, contaminando-a. Sua cura é promovida desde que a doença seja diagnosticada rapidamente e tratada corretamente, conforme a prescrição do profissional de saúde.

Com informações da assessoria

Dados divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Ministério da Saúde apontam que o País registrou 70.047 casos novos de tuberculose no ano passado, número 9,6% menor do que em 2002 - com 77.496. Em 2012, a taxa de incidência da doença foi de 36,1/100 mil habitantes, enquanto em 2002 era de 44,4/100 - o que representa uma queda de 18,6% no período. Em 2010, o número aproximado de óbitos foi de 4,6 mil e a taxa de mortalidade em 2,4/100 habitantes, informou o órgão, em comunicado. Foi celebrado no domingo (25) o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.

Aproximadamente 66% dos casos de tuberculose notificados em 2012 são do sexo masculino, diz o governo. A frequência é maior entre 25 e 34 anos, em ambos os sexos. Quanto à escolaridade, 58,2% dos casos novos tinha até oito anos de estudo. "São mais vulneráveis à doença as populações indígenas, presidiários, moradores de rua - estes devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida -; além das pessoas vivendo com o HIV", informa o ministério.

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O Brasil ocupa atualmente o 17º lugar num ranking de 22 nações consideradas 'de alta carga' (onde há grande circulação da doença). No País, a tuberculose representa a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV.

O governo vai colocar na rede pública um novo teste para detecção de tuberculose com resultados em até 90 minutos. Até o fim deste ano, o exame poderá ser feito em 30 municípios, que concentram 60% dos casos da doença registrados em todo o País. Para isso, o Ministério da Saúde vai investir R$ 12,6 milhões. Com informações da Agência Brasil.

Até o final do ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecerá um teste rápido para diagnóstico de tuberculose. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (25) pelo Ministério da Saúde.

O Gene Xpert, como é denominado, tem a capacidade de detectar a presença do bacilo causador da doença em apenas duas horas, além de identificar se a pessoa tem resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento. O serviço permitirá a melhoria do atendimento nas unidades de saúde e uma maior rapidez para o início do tratamento. “Esse teste permite que as pessoas deixem as unidades de saúde já com o diagnóstico, possibilitando, assim, que iniciem o tratamento mais precocemente”, frisou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

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A disponibilização desse exame representa um investimento de R$ 12,6 milhões. Os recursos são para a aquisição de testes, máquinas (computadores de última geração, com leitor de código de barras e impressora) e no treinamento dos profissionais de saúde.

De fato, o teste já está em funcionamento nas cidades do Rio de Janeiro e Manaus, mas agora será implantado em todos os municípios com mais de 200 casos novos notificados em 2012. Outros locais estratégicos também terão o serviço, por possuíram grande população prisional e indígena e por estarem na fronteira do país.

O teste rápido para o diagnóstico da tuberculose utiliza técnicas de biologia molecular para identificar o DNA do Mycobacterium tuberculosis. No exame tradicional são necessários de 30 a 60 dias para realizar o cultivoda microbactéria e outros 30 dias para se obter o diagnóstico de resistência à rifampicina.

No ano passado, OP Brasil registrou 70.047 casos novos de tuberculose, número 9,6% menor do que o em 2002 – com 77.496. São mais vulneráveis à doença as populações indígenas, presidiários, moradores de rua, além das pessoas vivendo com o HIV.

A tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma da tuberculose.  Qualquer pessoa com esse sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. Para atingir a cura, o paciente deve realizar o tratamento durante seis meses, sem interrupção, que é oferecido gratuitamente pelo SUS.

As doenças negligenciadas devem ganhar uma atenção especial por parte do Governo do Estado que pretende traçar um plano de atividades para o combate às enfermidades. As ações serão implantadas em Jaboatão do Guararapes e no Recife.

Ao todo, essas as duas cidades possuem quatro doenças que são tratadas como prioridade. Duas delas, hanseníase e tuberculose, que serão trabalhadas por meio de parcerias do Estado com as prefeituras municipais.

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Nesta quinta-feira (14), o secretário-executivo de Vigilância em Saúde da SES, Eronildo Felisberto, reúne-se com os secretários de Saúde Jaílson Correia (Recife) e Jessiane Paulino (Jaboatão) para traçar um plano de atividades. De acordo com o coordenador do Sanar, Alexandre Menezes, é natural que o maior número de casos de hanseníase e tuberculose, em Pernambuco, sejam nas duas cidades por causa do contingente populacional. 

Em 2012, foram 4.397 casos de tuberculose registrados em Pernambuco, sendo 1.493 no Recife e 390 em Jaboatão. Já no caso da hanseníase, foram 2.633 casos no Estado, com 684 no Recife e 225 em Jaboatão. Além das duas doenças, Jaboatão foi incluso no Sanar como prioritário para filariose e esquistossomose. Já Recife também trata como prioridade a erradicação da filariose..

SANAR – Em 2011, a SES lançou o Programa Sanar, que, até 2014, pretende reduzir ou eliminar sete doenças transmissíveis negligenciadas (tracoma, doença de Chagas, hanseníase, filariose, esquistossomose, helmintíase e tuberculose) que apresentam indicadores inaceitáveis no Estado, e que possuem maior incidência na população de baixa renda. O investimento é de R$ 5,6 milhões até 2014.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco realiza nos dias 26 e 27 de março o II Seminário Técnico Multiprofissional de Ações para o Controle das Tuberculoses Humana e Animal, das 19h às 22h. Voltado para estudantes de graduação e pós-graduação, técnicos e profissionais de Saúde, Ciências Biológicas e Ciência Veterinária, o encontro vai possibilitar a discussão da doença que, embora tenha cura, ainda é causa de mortes de pessoas e animais no Estado de Pernambuco. Por isso, estão, entre os convidados gestores da área de Saúde Pública e Controle de Tuberculose da Secretaria de Saúde de Pernambuco.

Para participar, os interessados devem se dirigir ao Laboratório Clínico de Animais de Produção, da UFRPE, e fazer a doação de 1 kg de ração para cão ou gato. As vagas são limitadas. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones: (81) 3320 6434 ou 3320 6446. 

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A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) anunciou nesta sexta-feira que vai iniciar uma nova triagem para identificar se bebês que nasceram antes do período de janeiro a junho de 2012, em uma das alas da maternidade do hospital Madre Theodora, que tiveram contato direto ou indireto com uma técnica em enfermagem que estava com tuberculose, podem ter sido infectados. Os resultados divulgados nesta sexta apontam que ao menos 107 bebês foram contaminados, conforme adiantou o jornal O Estado de S. Paulo.

"Nos exames identificamos que uma criança que foi contaminada nasceu em dezembro de 2011 e outra no dia 2 de janeiro de 2012. Por isso, vamos agora começar uma segunda etapa de investigação", explicou a coordenadora do programa de tuberculose da Prefeitura de Campinas, Maria Alice Satto. Todas as crianças que nasceram entre novembro e dezembro agora serão chamadas para passar pelos exames.

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São 282 recém-nascidos que podem ter tido contato com a técnica de enfermagem, que foi a fonte do surto. Eles passarão por testes com reagentes, exames de raio x e avaliação clínica. A estimativa é que essa nova fase seja concluída até o fim de março. Os pais serão avisados pelo hospital por telefone. Pacientes que nasceram entre julho e outubro de 2011, nos dias em que a enfermeira estava de plantão, também serão investigados porque foram descobertos dois casos de tuberculose em crianças que nasceram entre julho e agosto de 2011.

"Não acreditamos que essas contaminações tenham relação com a fonte de contaminação do surto, porque é um período muito longo, mas não podemos descartar", afirma Satto.

Nesses casos, são ao todo 577 crianças, mas elas não terão que passar por exames. A triagem será feita por meio de contatos telefônicos, em que profissionais da Vigilância em Saúde vão avaliar as condições clínicas dos bebês. "A possibilidade de encontrarmos novos doentes é baixa, quem deveria adoecer, já teria adoecido", explicou a coordenadora.

Responsabilidade

"A responsabilidade é do hospital", afirmou Satto, sobre o surto de tuberculose que começou a ser investigado em agosto do ano passado e entra agora em uma nova etapa. Para ela, o caso é um episódio isolado na literatura médica. Em Campinas, dos 1.054 bebês analisados, que nasceram entre janeiro e junho, 107 foram contaminados com o bacilo de Koch. Desses , 17 tiveram a tuberculose manifestada e 90 tiveram a tuberculose latente. Todos tiveram que iniciar tratamento com antibióticos por seis meses.

Desse total, 311 tiveram contato direto com a enfermeira, sendo que 10% deles (31) apresentaram infecção latente e 2% (7) ficaram doentes. Dos 743 que não tiveram contato direto com a enfermeira, segundo os registros de plantão, 8% (59) tiveram tuberculose latente e 0,9% (7) tiveram tuberculose manifesta.

A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis. Bebês não são transmissores da bactéria.

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