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O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu no início da tarde desta terça-feira, 23, por unanimidade, manter o promotor Cássio Conserino, de São Paulo, na condução da investigação sobre suposta ocultação de patrimônio envolvendo o tríplex do Guarujá (SP) envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A discussão foi levada ao órgão por um pedido de providências do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que questionou a competência de Conserino para seguir no caso e pediu a redistribuição da investigação. Com a decisão, será retomada a previsão de depoimento de Lula e sua esposa, Marisa Letícia, no inquérito.

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Os conselheiros seguiram o voto de cerca de uma hora e meia do relator do caso no CNMP, Valter Shuenquener. Há uma semana, o conselheiro suspendeu, em medida monocrática e liminar (provisória), os depoimentos de Lula e Marisa após analisar o pedido de providências proposto por Paulo Teixeira.

De acordo com representação proposta pelo deputado petista, o encaminhamento da investigação sobre o imóvel no edifício Solaria, no litoral paulista, para a 2ª Promotoria Criminal da Capital do Estado de São Paulo violou as regras de "livre distribuição". Em manifestação encaminhada ontem ao CNMP, os advogados de Lula reiteram a manifestação do parlamentar para "interromper a série de irregularidades cometidas" por Conserino, "em seu esforço de envolver Lula em acusações infundadas".

Shuenquener entendeu que houve irregularidade na distribuição da investigação e recomendou que o Ministério Público paulista mude o procedimento adotado atualmente. Para o conselheiro, no entanto, as novas determinações de distribuição de investigações devem ser aplicadas para casos futuros, mantendo como estão até o momento as apurações em curso.

Com isso, o caso de Lula, já em andamento, deve permanecer sob condução de Conserino. "O princípio do promotor natural impõe que todo o cidadão tem o direito de ser investigado e acusado por um órgão independente do MP escolhido segundo prévios critérios abstratos (...) e não casuisticamente", afirmou o conselheiro. Na sua decisão, no entanto, destacou que os casos já distribuídos "ficam como estão".

Em deliberação no plenário, os conselheiros ressaltaram que a decisão é administrativa, cabendo ainda discussão judicial sobre o caso. O CNMP também decidiu, seguindo voto do relator, não abrir um novo procedimento disciplinar para apurar se houve infração funcional por parte de Conserino, que afirmou à revista Veja que possuía elementos para denunciar Lula e Marisa no caso.

De acordo com o conselheiro, já existe um procedimento perante a Corregedoria do Ministério Público de São Paulo sobre o caso e cabe ao CNMP o monitoramento do caso.de sessão.

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula protocolaram nesta segunda-feira, 22, requerimento ao Conselho Nacional do Ministério Público em que "reafirmam as informações da representação feita pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP) para interromper a série de irregularidades cometidas pelo promotor do Ministério Público de São Paulo Cássio Conserino em seu esforço de envolver Lula em acusações infundadas".

Conserino conduz investigação que aponta Lula como proprietário do apartamento tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, cidade do litoral paulista. O ex-presidente nega ser dono do imóvel.

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Na semana passada, Lula deveria depor na investigação do promotor Cássio Conserino, mas uma liminar obtida no Conselho Nacional do Ministério Público o livrou da audiência, prevista para quarta-feira, dia 17. Também deveria depor a ex-primeira dama Marisa Letícia.

A liminar foi pedida pelo deputado Paulo Teixeira, que imputou ao promotor "irregularidaes" na condução do inquérito.

Nesta segunda-feira, os advogados de Lula entregaram requerimento ao colegiado em que reafirmam o que alegou o parlamentar petista.

"Lula e sua esposa, Marisa Letícia, foram convocados por Conserino para depor no dia 17 de fevereiro em investigação sobre hipotéticas fraudes na compra de uma cota-parte da cooperativa habitacional Bancoop. A investigação não foi distribuída de maneira apropriada, ferindo a legalidade e o princípio do promotor natural", sustenta a defesa do ex-presidente no documento ao Conselho.

A petição é subscrita pelos escritórios Nilo Batista & Advogados Associados e Teixeira Martins Advogados.

Os defensores sustentam que Conserino "tinha ainda anunciado à revista Veja que iria denunciar o ex-presidente por crime de ocultação de patrimônio antes que Lula e seus advogados fossem notificados ou ouvidos, com as investigações ainda em andamento, mostrando clara parcialidade".

As críticas feitas pelo senador Magno Malta (PR-ES) à decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) de suspender nesta quarta-feira, 17, o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Ministério Público de São Paulo desencadearam num exaltado bate-boca entre os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

Malta disse que Lula não estava "acima do bem e do mal" e criticou a decisão do CNMP. "Lula é uma figura tão enigmática que não pode prestar depoimento?", questionou, ao defender a reforma da decisão.

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Foi aí que Lindbergh interveio e disse "aplaudir" a decisão do conselho. Criticou o fato, chamado de "gravíssimo", porque o promotor que iria ouvir o ex-presidente não era o natural da causa. E decidiu atacar o Ministério Público paulista, que, segundo ele, deve explicações por ter "sentado em cima" do escândalo do trensalão. "É um Ministério Público atrelado ao PSDB", criticou.

"O que querem agora é dizer que Lula é culpado e estão atrás do crime", acusou Lindbergh, ao afirmar que o ex-presidente está sendo vítima de uma campanha do ódio. Para o petista, há um "medo" de derrota numa futura campanha presidencial.

Malta ironizou a fala do senador do PT, dizendo que o ex-presidente é um "ex-pobre". "Ele cuida dos pobres, pobre dos meus filhos, pobre das minhas noras", brincou.

Em seguida, Aloysio Nunes foi contundente. Disse que as gestões petistas têm sido submissas ao interesse do capital financeiro e ainda patrocinaram o maior esquema de corrupção do Brasil. Depois afirmou que o MP paulista é uma instituição séria, que apura com rigor e defendeu a apuração do suposto patrimônio oculto do ex-presidente.

"O Ministério Público está atuando e está atacando aqueles que merecem ser objetos da persecução penal e não dá tréguas para qualquer tipo de persecução", disse o tucano.

Lindbergh rebateu e disse que o PSDB fala em corrupção, mas não cita o escândalo da merenda de São Paulo. "Explica o sítio do Lula, o dinheiro da Telemar (na verdade, Oi), por que ele ficou milionário?", rebateu Aloysio. "Vocês não são paladinos", treplicou.

Os promotores responsáveis pela investigação da relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um triplex em Guarujá (litoral paulista) criticaram a suspensão do depoimento marcado para esta quarta-feira (17). Para eles, a medida prejudica o inquérito que apura se o ex-presidente tentou ocultar que seria proprietário do imóvel, praticando o crime de lavagem de dinheiro.

A tomada de declarações de Lula e sua mulher, Marisa Letícia, foi cancelada por uma decisão liminar do Conselho Nacional do Ministério Público. A liminar atendeu a uma representação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que acusa o promotor Cassio Conserino de ter feito um prejulgamento do caso ao dar entrevista a uma revista de circulação nacional antes mesmo de ouvir os depoimentos.

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“A decisão proferida na data de 16/02/16 (ao fim da noite) pelo Conselho Nacional do Ministério Público, de suspender a oitiva do ex-presidente da República e de sua esposa, na véspera do ato procedimental em investigação criminal conduzida pela Promotoria de Justiça Criminal da Barra Funda é medida que prejudica o trâmite da investigação criminal”, diz o comunicado assinado pelos promotores Cassio Conserino, Fernando Henrique de Moraes Araújo, José Reinaldo Carneiro e José Carlos Blat.

Os promotores afirmam que o conselho foi “induzido ao erro” pela representação de Paulo Teixeira e que a entrevista mencionada apenas esclareceu fatos de interesse público.

“Quanto à alegada participação de juízo de valor noticiada pela imprensa escrita, esclarecem que foram apenas divulgados fatos e informações de interesse público, sem que isso possa gerar qualquer suspeição dos promotores de Justiça condutores da investigação”, enfatiza o documento.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Marco Elias Rosa, também divulgou nota de apoio aos promotores que investigam Lula. “Salienta a Procuradoria-Geral de Justiça, desde já, que confia nos acertos da atuação de seus membros, que contam com o irrestrito apoio desta Procuradoria-Geral de Justiça para defesa de suas prerrogativas”, diz o comunicado.

Lula nega acusações

O Instituto Lula reafirmou, em nota, que o ex-presidente nunca foi proprietário do apartamento triplex alvo de investigação. “Lula e Marisa adquiriram apenas, em 2005, uma cota-parte referente ao antigo condomínio Mar Cantábrico, então sob responsabilidade da Bancoop [Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo]. Essa aquisição foi devidamente declarada ao Fisco e tanto a Justiça como a imprensa dispõem de documentos que comprovam estes fatos”.

Apesar de ter participação no empreendimento, Lula diz que optou por não adquirir o imóvel após a conclusão do edifício. O projeto acabou sendo assumido pela construtora OAS devido aos problemas financeiros enfrentados pela Bancoop.

O comunicado do instituto atribuiu as suspeitas sobre o ex-presidente à veiculação de notícias de “má-fé sensacionalista”, com informações falsas atribuídas a fontes não identificadas. “O editor-chefe do jornal [O Globo] e os repórteres que assinam a reportagem estão sendo processados por Lula em grau de recurso”, acrescenta a nota.

O deputado federal Vicentinho (PT-SP) afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva está "animado para a luta". O parlamentar integrou o grupo de 22 deputados do PT que foram nesta quarta-feira (17) ao Instituto Lula para manifestar apoio ao ex-presidente. "Ele agradeceu muito, se mostrou esperançoso e animado para a luta", relatou o parlamentar ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

De acordo com o político, uma parte dos parlamentares deve ir ao Fórum da Barra Funda para integrar a manifestação organizada por centrais sindicais e militantes do PT. Inicialmente, o grupo havia se organizado para ir diretamente ao Fórum, mas decidiu fazer a reunião no Instituto após a decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no fim da noite desta terça-feira, de adiar o depoimento de Lula e sua mulher, Marisa Letícia. Estava agendada para esta quarta-feira a oitiva dos dois em inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo sobre suposta propriedade de um triplex na praia do Guarujá, no litoral paulista.

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A decisão foi proferida pelo conselheiro do CNMP Valter Shuenquener de Araújo atendendo a "pedido de providências", com requerimento de medida liminar, protocolado pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), um dos parlamentares mais próximos de Lula.

No pedido, Teixeira alegou que o promotor de Justiça paulista Cassio Roberto Conserino "transgrediu" as Leis Orgânicas Nacional do Ministério Público e do Ministério Público do Estado de São Paulo, ao antecipar à reportagem da revista Veja que denunciaria Lula e sua esposa por ocultação de propriedade, antes de se pronunciar oficialmente no processo.

Centenas de manifestantes a favor e contrários ao ex-presidente Lula e ao PT fazem, na manhã desta quarta-feira (17), ato em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. A PM não tem uma contagem oficial.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a sua mulher, Marisa Letícia, iriam prestar depoimento hoje, neste fórum, no inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo sobre suposta propriedade de familiares do petista de um tríplex na praia do Guarujá, no litoral paulista. Contudo, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) suspendeu o depoimento, acatando requerimento do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), um dos parlamentares mais próximos de Lula.

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Segundo a PM, os manifestantes começaram a lotar a calçada do Fórum da Barra Funda desde as 7h e há relatos até de pessoas que dormiram no local. Do lado anti-Lula há representantes de 43 movimentos favoráveis ao impeachment que se intitulam "Aliança nacional dos movimentos democráticos". Eles carregam bandeiras do Brasil, faixas e cartazes de apoio ao juiz Sergio Moro e contrários ao governo Dilma e ao ex-presidente. Eles tocam chocalhos e buzinas. Gritam "minha bandeira jamais será vermelha" e "Fora PT".

Do outro lado, predominam o vermelho e bandeiras do PT. Há representantes da CUT, de outras organizações sindicais e de movimentos populares. Há também um carro de som, onde manifestantes dizem mensagens de apoio a Lula. Eles gritam "Olê, olê, olá, Lula, Lula" e "Fascistas, golpistas não passarão".

A PM separou o grupo com grades a uma distância de cerca de 30 metros. Até o momento, houve troca de ofensas dos dois lados mas sem agressão. O Ministério Público vai dar coletiva, logo mais, para falar sobre a suspensão do depoimento de Lula e Marisa.

Um grupo de 20 deputados federais do PT foi a São Paulo para promover nesta manhã um ato de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os parlamentares, que deixaram Brasília na terça-feira (16), seguiram depois para o Instituto Lula, onde se encontraram com Lula e a mulher dele, Marisa Letícia. O grupo foi liberado pelo líder da bancada, Afonso Florence (BA). Entre os deputados presentes na manifestação, estavam Paulo Teixeira (SP), Maria do Rosário (RS), Luiz Sérgio (RJ) e Vicente Cândido (SP).

No final da noite, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) suspendeu o depoimento do ex-presidente e da ex-primeira dama no inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo sobre suposta propriedade de familiares do petista de um tríplex na praia do Guarujá, litoral paulista. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista. A suspensão da audiência para ouvir Lula ocorreu porque, na avaliação do conselheiro que proferiu a decisão, o promotor teria abusado de suas prerrogativas ao abrir inquérito referente a uma área que não estava sob sua investigação.

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O ato dos petistas faz parte de uma mobilização promovida pelo partido para defender publicamente o ex-presidente da República. Ainda neste mês, está prevista a festa de aniversário da legenda, quando os petistas farão uma homenagem a Lula.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) adiou o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua mulher, Marisa Letícia, no inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo sobre suposta propriedade de familiares do petista de um tríplex no Guarujá, no litoral paulista. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira (17) no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.

A decisão foi deferida no fim da noite dessa terça-feira (16), pelo conselheiro do CNMP Valter Shuenquener de Araújo. Ele atendeu a "pedido de providências", com pedido de medida liminar, protocolado pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), um dos parlamentares mais próximos de Lula.

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No pedido, Paulo Teixeira alega que o promotor de Justiça paulista Cassio Roberto Conserino "transgrediu" a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e a Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de São Paulo, ao antecipar à reportagem da revista Veja que denunciaria Lula e sua mulher por ocultação de propriedade, antes de se pronunciar oficialmente no processo.

O deputado petista alega ainda que o promotor violou as regras de atribuição e distribuição de processo de investigação, ao enviá-lo para a 2ª Promotoria Criminal da Capital do Estado de São Paulo, quando deveria estar distribuído à 1ª Promotoria Criminal "ou, no mínimo, ter-se procedido à sua livre distribuição".

Na decisão, o conselheiro ressalta que deferiu parcialmente o pedido de liminar feito por Teixeira, para "tão-somente" suspender a prática de qualquer ato pelo Ministério Público de São Paulo no processo de investigação de Lula, até que o plenário do CNMP delibere sobre a alegação de que o promotor Conserino violou as regras de distribuição do processo.

Em nota divulgada ontem, o Instituto Lula reafirmou que o ex-presidente "nunca ocultou patrimônio nem agiu fora da lei, antes, durante ou depois da Presidência da República". A defesa do ex-presidente não havia confirmado se ele e a ex-primeira dama iriam comparecer ao Fórum. Lula, Marisa, o empreiteiro José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS, e Igor Pontes, engenheiro da construtora, foram intimados pelo Ministério Público paulista para depor como investigados. Eles são alvo de inquérito que apura oito empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop) assumidos pela OAS em 2009. Um desses empreendimentos é o condomínio Solaris - foco da Operação Triplo X, 22ª fase da Lava Jato.

O depoimento do ex-presidente estava marcado para as 11h; o de Marisa para as 13h; o de Léo Pinheiro para as 15h e o de Igor Pontes para as 17h. O petista e os outros intimados não são obrigados a comparecer.

O promotor Cássio Conserino já disse ter indícios de que houve tentativa de esconder a identidade do verdadeiro dono do triplex 164 A. "Vou lá trabalhar como outro dia qualquer. A expectativa é deles, não é minha. Estou tranquilo", disse o promotor, antes da decisão de se adiar o depoimento.

Convocações. Antes de se saber da decisão sobre o adiamento do depoimento de Lula, grupos pró e anti-PT se mobilizaram e marcaram manifestações simultâneas na porta do Fórum Criminal da Barra Funda.

O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Revoltados On Line, grupos que capitanearam os protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff no ano passado convocaram, via redes sociais, mobilizações na porta do Fórum. "Barba vai falar sobre o tríplex, suspeito de lavagem de dinheiro. Traga seu pixuleco", diz a convocação do MBL, em referência ao boneco que retrata o ex-presidente em roupa de presidiário.

Já o Revoltados On Line chama Lula de "sapo barbudo" em sua convocação. O Vem Pra Rua - que não fez convocação oficial - informou que integrantes levariam faixas, cartazes e bonecos infláveis de Lula vestido de presidiário. Segundo a assessoria do grupo, a Polícia Militar havia garantido que haveria uma separação de espaço no local para evitar confronto entre os manifestantes. "Nós vamos de maneira pacífica", disse Renato Batista, coordenador do MBL em São Paulo.

Do lado oposto, a Frente Brasil Popular, que congrega mais de 30 entidades, sindicatos e partidos de esquerda, preparou um ato em solidariedade ao líder petista.

Segundo os organizadores, o objetivo é mostrar que Lula teve papel importante no "fortalecimento da democracia e avanços da sociedade brasileira" e dar uma demonstração de força aos "reacionários da sociedade que não conseguirão macular a imagem do ex-presidente". Os dois atos estavam marcados para 9h.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 movimentos, realiza, na próxima quarta-feira (17), um ato em defesa do ex-presidente Lula (PT) em São Paulo. A mobilização acontece no mesmo dia em que o líder petista e a esposa dele, Marisa Letícia, foram convocados para prestar depoimento ao Ministério Público. 

O casal deve esclarecer se são donos de um imóvel tríplex, no Condomínio Solaris, no Guarujá. A suspeita do Ministério Público Federal (MPF) é que houve tentativa de ocultar a identidade do dono do triplex, que seria do ex-presidente, o que pode caracterizar crime de lavagem de dinheiro.

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A convocação foi feita pela Frente Brasil Popular por meio de nota. No texto, os movimentos dizem ser “solidários a Lula” e repudiam “a forma seletiva como vêm sendo conduzidas as investigações da Operação da Lavo Jato”.

 

O zelador do condomínio Solaris, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, José Afonso Pinheiro, de 46 anos, afirmou nesta sexta (29), ao jornal O Estado de S.Paulo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparece no prédio desde que se tornou pública a informação de que ele e sua mulher, Marisa Letícia, são cotistas de um tríplex com vista para o mar.

Pinheiro foi uma das figuras ouvidas pelo Ministério Público de São Paulo, que investiga suspeitas de que o ex-presidente seria o proprietário do imóvel. O tríplex foi o alvo central da 22.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na quarta-feira passada e batizada de Triplo X.

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A nova etapa da força-tarefa da Lava Jato investiga supostas irregularidades envolvendo, além de todos os apartamento do condomínio Solaris, a empreiteira OAS e a extinta Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).

‘Falatório’

"Lula vinha aqui com frequência. Vinha com a dona Marisa. Mas parou de vir quando começou esse falatório sobre o apartamento dele", disse o zelador, que trabalha no condomínio desde 2013. À Promotoria paulista, o funcionário disse que era orientado por um empregado da empreiteira OAS a não dizer que o imóvel pertencia ao ex-presidente Lula, mas, sim, à construtora.

O zelador afirmou ainda que as idas de Lula ao Solaris eram discretas e que o contato do ex-presidente com os funcionários do condomínio era feito por meio da ex-primeira-dama.

Quadros

O comerciante Fernando Fernandes, de 50 anos, afirmou que o irmão, que é dono de um apartamento na mesma torre onde fica o tríplex, disse que a mulher de Lula chegou carregando quadros para o apartamento em meados de 2014. "Ela apareceu com quadros aqui. E fizeram como sempre: seguranças cercavam o elevador e ninguém via nada."

Fernandes também comentou sobre a quantidade de pessoas que começaram a tratar o condomínio como uma espécie de ponto turístico do Guarujá. A reportagem esteve no endereço do condomínio Solaris por cerca de três horas - durante esse período, várias pessoas fotografaram o prédio. "A gente se sente constrangido", afirmou Fernandes.

"Vou tirar foto para esculhambar o Lula na internet", afirmou Angélica Rodrigues Salmeron, de 38 anos, que passeava com a mãe pelo calçadão da praia. "É um acinte dizer que pagou R$ 47 mil em um apartamento em frente para o mar."

Três banhistas também tiraram foto antes de ir à praia e manifestaram indignação. "A gente fica indignada com a ostentação. Lula não dizia que não tinha comprado nada? Que era o mais honesto?", questionou Regina Sales, de 56 anos, antes de ir para a praia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A construtora OAS pagou até mesmo eletrodomésticos da cozinha de um tríplex do Guarujá (SP) que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo investigadores, a empresa adquiriu geladeira, no valor de R$ 10 mil; forno de micro-ondas, R$ 5 mil; tampo de pia de resina americana, R$ 50 mil; e forno elétrico, R$ 9 mil, do imóvel que está sob investigação da Operação Lava Jato e do Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter sido usado para pagamento de propina. A cozinha e o quarto teriam custado à empreiteira R$ 380 mil.

Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a presença de Marisa Letícia supervisionando a obra.

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Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado R$ 777 mil. A empreiteira é alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter pagado propina em troca de obras na Petrobrás.

Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou R$ 180 mil. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nessa caso, paga em espécie.

A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.

No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram R$ 312 mil. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em R$ 560 mil. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de R$ 33 mil referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.

Outros itens

Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou R$ 23.817,85. Outra, que dá acesso à cobertura, R$ 19.352. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em R$ 28.204,65. O rodapé em porcelanato, R$ 14.764,71. O deck para piscina, R$ 9.290,08. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou R$ 62.500.

O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do estado de direito e da democracia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três dias depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer em entrevista a blogueiros que "daqui para a frente" iria "processar todo mundo", seus advogados examinam medidas judiciais contra o promotor Cassio Conserino.

O promotor, que alega estar apenas dando transparência a um caso de interesse público, investiga o apartamento tríplex reservado ao ex-presidente na praia de Astúrias, no Guarujá, cidade do litoral de São Paulo. Ele afirma que já tem indícios suficientes para apresentar denúncia por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio contra Lula.

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Em nota intitulada "violência contra Lula: promotor anuncia denúncia sem ouvir defesa", o Instituto Lula nega que o ex-presidente e sua família tenham cometido os crimes e acusa Conserino de violar a lei e o estado democrático de direito ao anunciar, via imprensa, que pretende denunciar o petista antes mesmo de ouvir a defesa. A intenção do promotor foi divulgada em entrevista à revista Veja.

Conserino, também por meio de nota, negou ter antecipado a decisão. Segundo ele, as evidências abrem a "possibilidade" da denúncia.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o promotor defendeu o direito dos promotores de darem transparência a inquéritos de alto interesse público.

"Informar a sociedade sobre uma investigação de evidente interesse público, por meio de uma imprensa livre não me parece violar a lei, especialmente porque o sigilo da investigação foi baixado. Além disso somos promotores de Justiça e trabalhamos em prol e para a sociedade, que merece tomar ciência de investigações dessa envergadura", disse ele.

A nota do Instituto Lula também faz menção à revista Veja, que, na sua avaliação, "utilizou a entrevista do promotor para mais uma vez ofender e difamar o ex-presidente Lula e será objeto de nova ação judicial por seus repetidos crimes".

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