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O uso de máscaras no transporte público voltou a ser recomendado no Grande ABC, que engloba os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, por decisão do Consórcio Intermunicipal em assembleia. A medida passa a valer a partir desta quinta-feira (17), por conta do aumento de casos de Covid-19 no Estado.

A única parte que não participou da reunião foi São Bernardo do Campo, com isso, a recomendação não se aplica à cidade. Além do transporte público, o Grupo de Trabalho Saúde do Consórcio ABC deve se reunir, na próxima semana, com o grupo técnico do governo do Estado para alinhar outras possíveis medidas com base no monitoramento epidemiológico.

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Os municípios também reforçarão sobre a importância de completar o esquema vacinal com as doses de reforço contra a Covid-19, consideradas essenciais para imunização completa contra a doença. De acordo com o último Boletim Vacinômetro da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, 84,4% dos adultos com mais de 18 anos tomaram a 3ª dose e 57,7% - considerando o público alvo, de mais de 35 anos - a 4ª.

Já o boletim epidemiológico mais recente apontou que estão ocupados 49% dos leitos de UTI destinados à doença na rede pública, e 58% de enfermaria. Hospitais privados, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês. também notificaram aumento de internações.

Instituições de ensino, como a USP e a Unicamp, também voltaram a recomendar o uso de máscaras em locais fechados. Nesta quarta-feira, passou a valer a recomendação nas instalações do Museu do Ipiranga, localizado na zona sul da capital paulista.

Neste sábado (29), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes (TSE), proibiu, até o término do segundo turno das eleições neste domingo (30), qualquer operação da Polícia Rodoviária Federal relacionada ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado às eleitoras e eleitores. O descumprimento da vedação pode acarretar responsabilização criminal do diretor-geral da PRF, por desobediência e crime eleitoral, bem como dos respectivos executores da medida.

Moraes também proibiu que a Polícia Federal divulgue, até o final do segundo turno, o resultado de operações desde que relacionadas às eleições, igualmente sob pena de responsabilização criminal do diretor-geral da PF, por desobediência e crime eleitoral, além da responsabilização dos executores das ações. A decisão do ministro foi tomada a partir de uma notícia apresentada ao TSE pelo deputado federal Luiz Paulo Teixeira Ferreira (PT-SP).

Na notícia protocolada, o deputado federal Paulo Teixeira, comunica suposto uso eleitoral das Polícias Federal e Rodoviária Federal em benefício da candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Da assessoria

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Um motorista de ônibus teve toda a renda do transporte público furtada na tarde desta quarta-feira (26), enquanto ajudava um cadeirante a descer do coletivo na Avenida Guararapes, área central da capital pernambucana. 

Um vendedor de canecas que estava dentro do coletivo que fazia a linha Avenida Norte Macaxeira disse que três mulheres aproveitaram o momento em que o motorista desceu para ajudar o cadeirante e deixou o caixa onde são colocadas as passagens arrecadas. Isso porque, com a dupla função, o motorista é responsável por guiar o ônibus e cobrar a taxa dos passageiros.

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Além disso, é o motorista que, de forma manual, aciona o elevador para que as pessoas com alguma deficiência física consigam embarcar e desembarcar dos coletivos na Região Metropolitana do Recife.

De acordo com o Consórcio Recife ao LeiaJá, as câmeras de segurança do coletivo e outras informações relevantes para a investigação policial serão enviadas às autoridades competentes. “A empresa esclarece, ainda, que enviou uma equipe de supervisão para dar o suporte necessário ao motorista e auxiliá-lo no registro da ocorrência”.

Uma suspeita foi localizada pela polícia e levada para a delegacia. O LeiaJá aguarda da Polícia Militar mais informações do ocorrido.

Representantes da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram, nessa segunda-feira (17), com o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), para pedir a reconsideração da decisão sobre a obrigatoriedade do transporte público gratuito no dia da eleição.

Antes do primeiro turno, Barroso disse que a gratuidade das tarifas para os eleitores é uma "boa ideia de política pública", mas decidiu não obrigar as prefeituras a isentarem os passageiros. Ele considerou que o pedido foi feito sem a antecedência necessária para que os prefeitos pudessem reservar a verba necessária e aprovar leis específicas. O ministro determinou, no entanto, que o transporte fosse mantido em níveis regulares.

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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), o deputado Rui Falcão (PT-SP) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), coordenadores da campanha petista, e advogados do grupo Prerrogativas foram ao encontro do ministro para tentar reverter a decisão a tempo do segundo turno. A campanha petista acredita que a medida pode ajudar a diminuir a abstenção.

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), o vice-presidente do PT, Marcio Macedo, e o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) também estiveram no STF.

O grupo sugeriu três pontos como alternativa: 1) garantir que prefeitos e concessionárias que queiram oferecer transporte gratuito não sejam alvo de punições, como ações de improbidade ou eleitorais; 2) possibilitar o uso de ônibus escolares para transporte; 3) garantir requisição de transporte nas zonas rurais.

O encontro no STF durou cerca de uma hora. O gabinete de Barroso informou que ele se comprometeu a analisar os pedidos "com a brevidade possível".

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido do partido Rede Sustentabilidade para se fosse oferecido transporte público gratuito, em todo País, no dia das eleições. O ministro ponderou que trata-se de uma "boa ideia de política pública", mas apontou que sem lei e sem prévia previsão orçamentária, "não é possível impô-la universalmente, sobretudo a poucos dias do pleito eleitoral".

Por outro lado, o ministro recomendou, a todos os municípios que tiverem condições, que ofereçam transporte público gratuitamente a seus eleitores, "por ato próprio e de forma imediata". Barroso determinou que as prefeituras mantenham o transporte público em níveis normais, sem redução no domingo das eleições. Também vedou que cidades que já ofereciam o serviço gratuitamente, seja pelo domingo, seja pelo dia das eleições, deixem de fazê-lo.

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Nesse segundo ponto, o ministro considerou que "não há razão" para que tal política pública cesse. Segundo Barroso, "representaria grave retrocesso social afastar a aplicação de um mecanismo de garantia à plenitude da soberania popular justamente quando o custo do transporte se impõe mais gravemente à população como um obstáculo ao voto".

Na fundamentação do despacho, o ministro indiciou que o empobrecimento da população em decorrência da pandemia da Covid-19 e do aumento da inflação "torna ainda mais acentuadas as dificuldades enfrentadas pelos eleitores pobres para custear o seu próprio transporte até as seções eleitorais".

Com relação à gratuidade universal do transporte público, Barroso ponderou que, "idealmente, caberia ao Poder Público arcar com as despesas de deslocamento dos cidadãos necessárias ao exercício do seu direito de voto, que é previsto no texto constitucional como uma obrigação". No entanto, a legislação federal só impõe o fornecimento de transporte gratuito no dia das eleições para os eleitores residentes em zonas rurais, indicou o ministro.

"Sendo assim, os custos decorrentes da extensão dessa política à generalidade dos cidadãos não foram considerados pelos municípios, ou mesmo pela Justiça eleitoral, na elaboração de seus orçamentos anuais. O dispêndio necessário ao cumprimento, em todos os municípios do país, da política de gratuidade almejada é de valor desconhecido - já que não foi estimado -, de modo que seria irrazoável determinar esse ônus inesperado ao Poder Público às vésperas do dia das eleições", registrou.

O uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 deixa de ser obrigatório nas escolas, no transporte público e nas farmácias em Pernambuco a partir da próxima segunda-feira (19). A determinação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) se baseou na queda considerável dos indicadores do vírus. 

O decreto que derruba a obrigatoriedade do item de proteção será publicado neste sábado (17). Nas ruas, a realidade aponta que a maior parcela da população já não aderia mais ao uso, inclusive dentro de ambientes fechados. Nesse contexto, a máscara passou a ser vista com mais frequência apenas em ambientes onda a entrada era condicionada ao uso, como hospitais públicos. 

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A liberação proposta pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) se orientou na análise do cenário epidemiológico, atualmente representado pela queda no número de casos graves e mortes pela doença, além do fim do período sazonal de doenças respiratórias. Dessa forma, a máscara só continua obrigatória em hospitais e serviços de saúde. 

Atualmente, a positividade para os casos suspeitos da doença está menor que 1%. O secretário de Saúde, André Longo, destacou a importância da vacinação para a queda dos indicadores da Covid-19 no estado. 

“Aqui em Pernambuco nessa longa jornada de mais de dois anos de pandemia, temos nos guiado pela ciência e contra o negacionismo. Esta medida que anunciamos hoje é fruto, essencialmente, do avanço da vacinação, que tem trazido os indicadores da doença para patamares de controle. Também reforço que, mesmo com essa desobrigação, o uso de máscara ainda é fortemente recomendável para pessoas com sintomas gripais, mesmo que leves, pacientes imunossuprimidos e os idosos que ainda não tomaram todas as quatro doses da vacina”, considerou Longo. 

A partir desta sexta-feira (9), os usuários do transporte público de São Paulo deixam de ser obrigados a usar máscara de proteção no ônibus, metrô ou trem. A decisão foi anunciada em conjunto, nessa quinta (8), pelas gestões estadual e municipal da capital.  

A deliberação deu autonomia ao passageiro, mas veio junto da recomendação para continuar com a proteção. Ela também manteve a exigência da máscara em locais de prestação de serviços de saúde, seja unidade hospitalar, laboratório ou postos de saúde. 

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A retirada da máscara do transporte público foi concedida pelo Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo (SCPDS), formado por especialistas em saúde pública.  

“O atual cenário epidemiológico da COVID-19 permite flexibilizar a restrição. O órgão orienta que a população siga utilizando máscaras nos meios de transporte coletivo, como metrô, ônibus e trens. A recomendação vale especialmente aos grupos considerados vulneráveis, como idosos a partir dos 60 anos de idade e pessoas imunossuprimidas, por exemplo”, cita parte do comunicado. 

A flexibilização foi possível diante da queda de 90% nas internações e mortes por Covid-19 em todo o estado, neste ano. Atualmente, a taxa de internados na UTI é de aproximadamente 363 pacientes e nove mortes diárias sao registradas em média.

“O estado de São Paulo conseguiu um índice de cobertura fantástico na campanha de vacinação contra o novo coronavírus, e protegeu sua população, principalmente contra casos graves da doença. Como consequência, as internações e óbitos despencaram", destacou o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do estado de São Paulo, o infectologista David Uip. 

Uma menina de três anos foi esquecida dentro de um veículo de transporte escolar, nesta quinta-feira (9), na cidade de Barroquinha, no Ceará. A criança foi encontrada horas depois na oficina mecânica para onde o veículo foi levado para passar por manutenção. 

 Segundo familiares, o transporte público levava a aluna todos os dias para a escola. Porém no dia do ocorrido, durante o caminho da escola a menina adormeceu, e ao chegar na creche, todas as crianças desceram, mas ela permaneceu sem que o motorista percebesse. No transporte estavam apenas os alunos e o motorista, sem monitores para controlar o desembarque dos alunos. 

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A partir daí, o motorista resolveu levar o veículo para uma oficina mecânica e retornou pra casa sem perceber que a criança estava dentro do transporte. De acordo com o dono da oficina, a menina acordou chorando pois não conseguia sair de dentro do veículo.

O homem relatou também, que a criança estava cansada, com fome, sede e lhe ofereceu um lanche. Após conseguir contato com a família, ele entregou a filha à mãe que estava bastante aflita sem saber notícias da menina, que passa bem.  

 O pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), criticou o sistema de transporte público do estado e defendeu a implantação do bilhete integrado nos transportes da Região Metropolitana do Recife, interligando os diferentes modais. Durante a sabatina do UOL/Folha, nesta quarta-feira (8), ele destacou que se caso for eleito pretende  adotar o modelo no qual o passageiro paga apenas uma tarifa, mas pode usar os diferentes tipos de transporte durante um período de tempo. 

Segundo o ex-prefeito de Petrolina, a forma atual que está sendo cobrada a passagens de ônibus não tem lógica. “Hoje, se você pegar o ônibus dentro do terminal é um preço. Mas fora do terminal o preço é mais caro. Essa lógica está errada. Então, você tem que fazer um bilhete integrado em que o passageiro paga uma tarifa para usar todos os modais dentro daquela janela de tempo e que o leva para onde precisa ir. E, claro, de acordo com cada trecho, haverá uma monetização específica”, explicou.

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Por fim, Miguel acrescentou que o transporte complementar precisa ser incluído no sistema público da Região Metropolitana. “Hoje, você tem modais, como trens e metrôs, que não comunicam com os alternativos, ou seja, com as vans que também fazem esse transporte”, disse. “Antes de discutir tarifa única, precisamos discutir sistema de transporte, que é muito deficitário em Pernambuco, principalmente na Região Metropolitana”, afirmou.

A candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes, declarou o bilhete único como uma das suas promessas de campanha para o campo da mobilidade no estado. Crítica ao PSB, partido no qual estão seus maiores adversários locais, relembrou a promessa do governador Paulo Câmara, em sua primeira pré-campanha, da criação de uma tarifa única para o transporte rodoviário, no valor de R$ 2,15; o que posteriormente foi justificado como um “valor ilustrativo”. 

Arraes, no entanto, disse que ainda não pode prometer um valor fechado para a tarifa, que a questão segue sendo estudada por sua equipe, e que prefere evitar o mesmo erro dos socialistas, para não prometer algo que “não poderá cumprir”. 

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“A gente tá fazendo os estudos orçamentários. Eu não vou fazer como Paulo Câmara e dizer algo que, mais adiante, não poderemos cumprir”, declarou a postulante durante sabatina ao jornal Folha de São Paulo/UOL. Marília também falou sobre uma reavaliação do quadro que hoje compõe o Consórcio Grande Recife. “Não tem como a gente falar em revisão da gestão metropolitana de transportes sem rever a composição do GR. Tem que haver uma licitação decente para que haja mais concessionárias que prestem um melhor serviço. Tudo isso vai impactar no valor tarifa. A partir do momento que se revê e aumenta a concorrência, você revê também o valor da tarifa”, continuou. 

A candidata disse, ainda, que deve propor o bilhete único com planos diário, semanal, mensal, trimestral e anual. “Estamos estudando, mas é viável e factível, quando você coloca o transporte público a serviço do usuário”, concluiu no tema. Marília Arraes também falou sobre concluir o projeto do transporte rápido (BRT), mas se mostrou interessada em explorar outros meios de transporte, pois considera o BRT insuficiente para a demanda em Pernambuco, especialmente no Grande Recife. 

“O BRT, é importante frisar, nunca foi concluído. Assim como a navegabilidade do [rio] Capibaribe, que teve mais de R$ 100 milhões jogados rio adentro porque não foi concluído e o assoreamento já se foi, inclusive, por projeto do candidato a governador apoiado pelo PSB [Danilo Cabral], quando foi secretário das Cidades. O BRT deve ser concluído, inclusive estudando o transporte de outras formas, como o metrô aéreo e terrestre. O BRT está sucateado, não atende à população. A quantidade de ônibus não é a necessária, desde a pandemia houve redução e não voltou a se colocar a quantidade precisa de ônibus nas ruas”, declarou. 

Saúde 

Arraes voltou a comentar a crise na saúde pernambucana, mencionando os episódios recentes de problemas com a infraestrutura do Hospital da Restauração, um dos maiores do estado, localizado na região central do Recife. De acordo com a candidata, a manutenção e reforma do HR será uma prioridade do seu Governo, desde o primeiro dia de mandato. 

“A manutenção da Restauração a gente vê que não é feita há muito tempo. Além de ter caído teto de UTI, essa semana alagou a enfermaria, a gente viu água caindo do lustre. Sem dúvida pretendo resolver no começo do governo. É algo do qual a vida das pessoas irá depender. No primeiro dia de governo a gente vai tomar uma providência com a questão da saúde, não somente no HR, mas evitar tragédias anunciadas nos hospitais. Com foco em investimento em saúde da mulher, regulação de leitos e centrais de partos”, finalizou. 

- - > LeiaJá também: 

‘Tubulação rompe e causa transtornos em enfermarias do HR’ 

‘Restauração: Marília critica calamidade na saúde e omissão’ 

Apoio às principais pautas 

Legalização do aborto - CONTRA 

Legalização da maconha - CONTRA 

Concessão de parques públicos à iniciativa privada - DEPENDE 

Privatização da Petrobras - CONTRA 

Federalização do arquipélago de Fernando de Noronha - CONTRA 

Privatização do metrô do Recife- CONTRA 

Criação do bilhete único - A FAVOR 

Privatização da Arena Pernambuco - DEPENDE 

Suspensão das festas juninas em Pernambuco - DEPENDE 

Câmeras em uniformes policiais - A FAVOR 

Porte/posse de armas por civis - CONTRA 

Cotas raciais - A FAVOR 

Pedágios em rodovias - DEPENDE 

Principal bandeira da campanha 

Segundo Arraes, “erradicar a miséria em Pernambuco durante os quatro anos do nosso governo. Que nenhum pernambucano ou pernambucana esteja em situação de miséria, que todos possam comer três vezes ao dia, ter sua moradia digna e trabalho”. 

 

O vereador Ivan Moraes (PSOL) se mostrou surpreso com o veto do prefeito João Campos (PSB) ao projeto de lei 20/2020, que institui a obrigatoriedade da liberação da catraca dos transportes públicos do Recife para as crianças de até seis anos de idade incompletos, publicado no Diário Oficial do Recife desta quinta-feira (12). 

Ao LeiaJá, o parlamentar revelou que não contava com a atitude. "Visto que o projeto tem parecer de constitucionalidade da nossa Comissão. Nós compreendemos que a Câmara já legislou algumas vezes sobre transporte coletivo municipal, então não seria uma primeira vez. Curioso é que dentro da justificativa no documento, eles alegaram que a falta de cobrador dificulta a fiscalização por parte do motorista, o que é curioso, porque o partido do prefeito fez corpo mole na hora de vetar a dupla função que, inclusive, era uma iniciativa nossa". 

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"É muito inesperado", repetiu. "Isso não traz ônus ao Poder Público, só traria dignidade às crianças de até 6 anos. Agora a gente tem que fortalecer o nosso argumento, dialogar com o Ministério Público, conselhos tutelares para, independente dessa lei existir ou não, a gente tentar atuar no sentido de acabar com essa forma, que é uma violência contra as crianças de até 6 anos. A gratuidade já existe, ela precisa ser regulamentada. Se não for por um passe livre, pela possibilidade de o motorista liberar a catraca, que seja por um cartão especial, um VEM colorido, VEM infantil, como havia em 2009", explicou Ivan. 

 O pré-candidato ao governo de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), criticou a gestão dos meios de transportes públicos e da Mobilidade da Região Metropolitana do Recife, nesta quarta-feira (11), durante entrevista à rádio Liberdade FM.

De acordo com ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o atual governador do Estado Paulo Câmara (PSB) é "refém" das empresas de ônibus e não consegue manter o diálogo com essas companhias. "Parece-me que o governo fica refém das empresas de transporte público do Estado. Se você viaja pra qualquer estado próximo, percebe que os ônibus são todos climatizados, o transporte é completamente diferente do que ocorre em Pernambuco. Ele não está conseguindo manter o diálogo com essas empresas para que se coloque um transporte digno para a população. Agora quando se fala em tarifa, a população é sempre surpreendida por aumentos, devido à falta de capacidade de diálogo com as empresas", destacou.

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Por fim, Anderson contou que juntamente com seu grupo de trabalho está buscando soluções para esse problema, e que em breve essas propostas serão apresentadas. "A gente vai ter que rever não apenas a questão do transporte de ônibus, mas o metrô, tem que ser feito um programa que possa atingir todos os transportes. A mobilidade dentro da região metropolitana está horrível. Para você se deslocar de Jaboatão para Olinda passa praticamente duas horas dentro de um trânsito dentro da RMR. É absurdo, nós temos que rever tudo isso", enfatizou.

 

Se antes apenas bairros e ruas batizavam estações de metrô, agora quem circula por São Paulo e Rio de Janeiro muitas vezes ouve marcas anunciadas quando estão prestes a chegar à próxima estação. A prática dos "naming rights", comum nas arenas esportivas, chegou a paradas movimentadas nas principais cidades do País.

O caso mais recente é o da estação Saúde do metrô, que ganhou o "apelido" de Ultrafarma em março.

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No Rio, a estação Botafogo virou "Botafogo Coca-Cola", enquanto em São Paulo a estação Carrão divide o nome com o atacarejo Assai.

Na capital paulista, trata-se de um projeto amplo: o objetivo da administração é chegar a dez estações com nomes de marcas.

Segundo o gerente de marketing da Ultrafarma, Valdir Taboada, a iniciativa faz parte da estratégia de divulgação de imagem em todos os tipos de mídia. "Essa nova empreitada junto ao Metrô vai valorizar a nossa marca ainda mais", afirma.

O "rebatismo" faz parte do projeto do metrô paulistano de alavancar as receitas não relacionadas à cobrança de tarifa.

O presidente do Metrô de São Paulo, Silvani Pereira, diz que o modelo é o do metrô de Hong Kong, que tem mais de 50% das receitas provenientes de exploração imobiliária, comercial e de marketing.

Em 2020, as receitas não tarifárias representaram 21,6% do faturamento do Metrô paulistano. Isso é importante porque a direção não tem controle sobre o valor da tarifa, definido pelo governo do Estado, que muitas vezes não consegue repor a inflação do período.

Nem Ultrafarma nem Assaí quiseram revelar quanto estão pagando para dar nome a estações, mas a empresa de marketing DSM, que venceu os leilões, fechou contrato para desembolsar R$ 71,9 mil mensais na estação Saúde, R$ 168 mil no Carrão e R$ 102 mil na Penha.

Os acordos são válidos por dez anos, renováveis por mais dez.

Polêmicas

Renomear estações de transporte público pode gerar polêmicas. Em 2021, o Metrô do Rio foi alvo de reclamações ao negociar com a Coca-Cola para rebatizar a estação Botafogo. Nos Estados Unidos houve críticas em 2009 quando o banco Barclays renomeou a estação Atlantic Avenue, no bairro do Brooklyn.

Segundo Pedro Mendonça, pesquisador do LabCidades, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo, o nome das estações é uma referência espacial, que ajuda na navegação pela cidade. Ele alerta para a questão do compliance das empresas, porque um local pode ser ligado a algum problema exclusivo do grupo privado.

Isso ocorreu, por exemplo, no estádio de beisebol do Houston Astros, que vendeu seu naming rights para a Enron, empresa envolvida em escândalos financeiros. A equipe foi obrigada a recomprar os direitos.

Tanto Assaí quanto Ultrafarma têm ligações históricas com Vila Carrão e Saúde, respectivamente. A atacadista abriu no bairro a primeira de suas quase 200 lojas, enquanto a primeira unidade da rede de farmácias do empresário Sidney Oliveira foi aberta ao lado da Saúde.

Segundo Marly Yamamoto, diretora de marketing e gestão de clientes da rede de atacarejo, essa ligação foi usada no fim de 2021 em ação batizada de "do carrinho para o Carrão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As ocorrências de roubo caíram em Pernambuco no primeiro mês de 2022, conforme dados da Secretaria de Defesa Social (SDS). Segundo a pasta, as ocorrências de roubo atingiram a menor marca para janeiro desde 2013. 

O levantamento da SDS apontou que 901 veículos foram roubados em janeiro de 2022. No ano passado, 913 casos foram registrados, o que configura uma queda tímida de 1,31%.

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Já os roubos de celulares caíram de 2.511 em 2021 para 2.326 neste ano. Uma redução de 7,4%. A secretaria ainda reforçou que 730 aparelhos roubados foram recuperados no último mês.

---> Assassinatos sobem 8,47% em Pernambuco em janeiro de 2022  
 

Com 901 roubos de veículos registrados em janeiro último, Pernambuco verificou um recuo de 1,31% nas ocorrências desse tipo. No mesmo mês de 2021, o total tinha chegado a 913. Quanto às investidas criminosas contra o sistema de transporte coletivo, não foi registrado alteração no número de boletins de ocorrência. Tanto janeiro de 2021 como de 2022 contabilizaram 54 crimes deste tipo. 

Trabalhadores que perderam o emprego desde o início da pandemia e estão atrás de uma nova oportunidade poderão solicitar um VEM Social, que dará o acesso gratuito ao transporte público a partir deste mês. O cadastro começa a partir da próxima segunda-feira (12), e concederá até 20 passagens do Anel A de 20 mil usuários por mês. 

O solicitante deverá comprovar que foi dispensado do trabalho entre o dia 20 de março de 2020 e o dia 22 de março de 2021, data de publicação da lei que instituiu o programa de transporte social. Também é preciso que o solicitante tenha possuído vínculo com carteira assinada por, no mínimo, seis meses, com remuneração de até dois salários mínimos.

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Outro requisito necessário para acessar o benefício é ser residente de um dos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife. O usuário deverá preencher um cadastro no site do VEM Social e anexar ao formulário uma cópia digital da Carteira de Trabalho ou registro e-social, comprovante de residência, RG, e CPF.

Todos os documentos serão analisados pelas equipes técnicas da Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação e do Grande Recife Consórcio de Transportes. Após a análise, o solicitante receberá um e-mail com a confirmação, ou não, do benefício - o cartão será enviado por correspondência aos usuários que tiveram o resultado positivo.

A candidatura ao benefício poderá ser feita a qualquer tempo, durante a vigência do programa. As inscrições recebidas até o dia 15 de cada mês serão processadas no mês subsequente, com o objetivo de conferência de prioridade. Neste mês de abril, excepcionalmente, serão processadas as inscrições recebidas até o dia 20, em virtude da data de início do cadastramento.

Os candidatos aptos a receber o benefício serão classificados segundo o tempo de afastamento do mercado de trabalho formal. A prioridade será dada àqueles que tenham sido dispensados há mais tempo. Caso o quantitativo de candidatos aptos supere o número máximo de 20 mil cartões a ser distribuído por mês, será realizado um rodízio bimestral na disponibilização de créditos, de modo a contemplar o maior número possível de beneficiários. 

Os beneficiários inscritos no programa deverão comprovar a cada dois meses que continuam desempregados, mediante declaração firmada em campo próprio no site do VEM Social. O programa terá prazo de vigência de um ano, prorrogável por mais um.

Enquanto o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (GRCTM) sugere que a frota em circulação foi expandida com 200 ônibus para reforçar os cuidados com a Covid-19 na Região Metropolitana do Recife (RMR), usuários do transporte público apresentam uma realidade oposta. Na manhã desta quinta-feira (4), o Terminal Integrado de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, foi visitado pelo LeiaJá.

Apontado como um dos pontos de maior transmissão do vírus pela falta de distanciamento entre os usuários, tanto os coletivos, quanto os TIs mantém a rotina de superlotação nos horários de pico conhecida antes da pandemia. "Sempre eu pego lotado. Tá a mesma coisa ou pior", expõe Ediclécio Nascimento, que todo dia enfrenta a frágil condição do sistema no Terminal de Cajueiro Seco.

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Embora não haja controle do uso de máscaras de proteção dentro dos veículos, o GRCTM diz que incentiva o distanciamento nas filas das plataformas e, inclusive, reforçou a marcação do piso. Atualmente, o sistema circula com 88% da capacidade em relação ao mesmo período antes da pandemia, informa a entidade, que indica que a demanda está em apenas 63%. "Isso é tudo fake news que melhorou a situação dos ônibus. Não tem melhora nenhuma", considera Verônica Marques, que diz esperar cerca de 1h para acessar o transporte.

Obrigatoriedade de assento para todos 

No dia 19 de março, o juiz Augusto Napoleão Angelim, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital, determinou que os ônibus só saíssem dos terminais com todos os passageiros sentados e as filas não poderiam ultrapassar 30 pessoas. A multa diária de R$ 10 mil foi estabelecida em caso de descumprimento. "[O terminal] anda um pouco vazio porque a turma vai para a BR pegar os ônibus. Só tem um ônibus para fazer a linha e eles alegam que não tem gente para viajar", comentou Arliete Lira.

A usuária da linha Cajueiro Seco/Muribeca afirma os veículos saem com passageiros em pé e o assento só é garantido pela boa vontade dos que cedem a cadeira. "O pessoal me dá a cadeira. As vezes não tem vaga não", reforça.

O GRCTM lembra que o acordo com a Defensoria Pública foi firmado em apenas dez linhas e que o controle é feito por facilitadores de embarque, "porém nem sempre os usuários aceitam esse controle".

Confira a nota da entidade na íntegra:

"O Grande Recife Consórcio informa que, nos últimos dias, colocou em operação mais 200 ônibus. Com esse novo reforço, o percentual da frota foi elevado para 88% da anterior à pandemia, enquanto a demanda está em 63%. Sendo assim, 184 linhas estão circulando com 100% ou mais da frota determinada a fim de dar mais fluidez à demanda de passageiros, principalmente nas linhas mais movimentadas nos horários de pico.

Quanto ao acordo com a Defensoria Pública, dez linhas prioritárias saem dos terminais apenas com passageiros sentados, cujo controle é realizado por facilitadores de embarque. Porém, nem sempre os usuários aceitam esse controle. As linhas são: 050 – PE-15/ Boa Viagem, 645 – TI Macaxeira (Av. Norte), 2490 –TI Camaragibe/ TI Macaxeira, 2450 – TI Camaragibe (Conde da Boa Vista), 1967 – TI Igarassu (Dantas Barreto), 914 – PE-15/ Afogados, 820 – TI Xambá (Cruz Cabugá), 861 – TI Xambá/ TI Joana Bezerra, 825 – Jardim Brasil/ Joana Bezerra, 216 – TI Barro/ TI Cajueiro Seco.

No trajeto, as linhas podem ter até 20% da capacidade de passageiros em pé. As demais podem sair dos terminais com até essa capacidade.

Para incentivar os usuários do transporte público a praticarem o distanciamento social nas filas, o Consórcio reforçou a marcação no piso das plataformas."

O Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) Comum está sendo distribuído gratuitamente no Terminal Integrado da Cidade Universitária (TI CDU), Zona Oeste do Recife, desde o início deste mês de março. A partir do dia 20, o terminal passará a operar com integração temporal.

O usuário consegue adquirir o cartão com a equipe de dentro do terminal; será feito um cadastro mediante apresentação de documento oficial com foto que comprove CPF e nome da mãe. A recarga do VEM pode ser feita a qualquer momento, inclusive no mesmo momento do cadastro sem o pagamento de taxa. 

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Com a mudança do terminal para o sistema de integração temporal, o passageiro do TI CDU tem até 2h para possível troca de modal de transporte (ônibus ou metrô), no mesmo sentido da viagem, com o pagamento de apenas uma tarifa. A integração temporal só pode ser realizada com o cartão VEM.

Atualmente, dos 26 terminais integrados da Região Metropolitana, 13 funcionam com esse sistema (Cavaleiro, Largo da Paz, Recife, Santa Luzia, Getúlio Vargas, Cosme e Damião, Prazeres, TIP, Xambá, Afogados, Jaboatão, Cajueiro Seco e Tancredo Neves). 

Nessa quarta-feira (10), o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) solicitou a criação da CPI do Transporte Público. O parlamentar quer que o serviço oferecido aos passageiros durante a pandemia seja investigado, pois entende que as aglomerações os deixaram vulneráveis à Covid-19.

Para que a comissão seja instaurada, ele precisa do apoio de 171 dos 513 deputados da Câmara. Caso instalada, a CPI deve durar 120 dias, prorrogáveis por mais 60. "A instalação da CPI do Transporte Público é necessária para que a sociedade tenha uma resposta para uma situação que claramente promove aglomerações e aumento nos números da pandemia no país”, afirmou Daniel, que criou uma campanha pela investigação em suas redes sociais.

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Ao alertar para o recorde de 2.286 óbitos no país registrado nas últimas 24h, ele criticou a insegurança sanitária dentro do transporte público. "Por mais que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende o distanciamento, tem sido comum o flagrante de diversas situações de aglomeração, que é onde o vírus se espalha. As cenas que vemos diariamente dos usuários de transporte público, que se arriscam todos os dias em ônibus e trens lotados, com certeza contribui para a proliferação mais rápida do vírus, mesmo com o uso de máscaras”, concluiu.

O Governo de Pernambuco vai oferecer crédito mensal no transporte público a passageiros da Região Metropolitana do Recife (RMR) que perderam o emprego durante a pandemia do novo coronavírus. O projeto de lei, assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB), foi enviado, na quinta-feira (4), para ser votado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O contemplado receberá o valor de até 20 bilhetes do Anel A para usar o transporte público exclusivamente fora do horário de pico com um Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) específico do programa.

A proposta, denominada Programa de Transporte Social do Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife - STPP/RMR, é voltada para as pessoas que residem no Grande Recife, demitidas a partir de março de 2020 e que ganhavam até dois salários mínimos. "O nosso objetivo é concentrar os esforços para permitir aos desempregados um maior acesso ao transporte, especialmente aos que perderam o emprego durante a crise sanitária", disse Paulo Câmara. 

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O governo calcula que a medida deverá beneficiar aproximadamente 20 mil pessoas por mês, durante o período de um ano, podendo o benefício ser prorrogado pelo mesmo período. O custo do programa é de R$ 1,5 milhão por mês.

De acordo com o texto enviado à Alepe, a inscrição do candidato no programa será realizada pela Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação, que deverá encaminhar os cadastros ao Grande Recife Consórcio de Transportes, observando os critérios de elegibilidade previstos no projeto.

Em fevereiro, o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) aprovou proposta de revisão tarifária baseada em estudos realizados pelo Grande Recife Consórcio de Transporte. Foi ratificada a criação de uma tarifa mais baixa no chamado “horário social”, fora do pico. Das 9h às 11h da manhã e das 13h30 às 15h30 da tarde, a passagem ficou mais barata, passando de R$ 3,45 para R$ 3,35 no Anel A, e de R$ 4,70 para R$ 4,60 no Anel B. Esse desconto se aplica exclusivamente nos dias úteis e com o uso do VEM Comum.

Também em fevereiro, foi aprovado o reajuste das passagens de ônibus da RMR. O Anel A aumentou 8,7%, indo de R$ 3,45 para R$ 3,75, enquanto o Anel B foi reajustado em 8,5%, saindo de R$ 4,70 para R$ 5,10. O Anel G passou de R$ 2,25 para R$ 2,45, aumentando 8,8%.

Antes também não era fácil. Chegava-se no trabalho cansado do trajeto longo e apertado durante uma, duas, até três horas. A pandemia trouxe o temor do contágio a esse cenário já exaustivo, em que a ventilação é insuficiente, o tempo de exposição alto e o distanciamento social impossível de praticar. O paulistano que mora na periferia pouco teve a possibilidade de aderir ao "fique em casa" e, majoritariamente dependente do transporte coletivo, enfrenta dificuldades para escapar da transmissão do coronavírus.

Embora o isolamento social tenha reduzido em toda a São Paulo nos últimos meses, a distribuição é desigual. No caso de usuários de ônibus, por exemplo, um levantamento do laboratório de visualização urbana MedidaSP, com dados de todo 2020, mostra que linhas das zonas leste e sul estão com um número de passageiros próximo ao pré-pandemia, diferentemente da zona oeste. Em uma linha que vai do distrito da Pedreira até a Estação Jurubatuba, da CPTM, na zona sul, a quantidade de passageiros até superou a do período anterior à pandemia. Por outro lado, um coletivo que sai da Aclimação, no centro, até Perdizes, zona oeste, está atendendo 30,6% da demanda usual.

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O urbanista Bernardo Loureiro, criador do MedidaSP, lembra que o isolamento de passageiros de ônibus chegou a quase 70% no início da quarentena, mas ficou em 26% em dezembro, puxada para baixo especialmente pela periferia. Isso se torna um fator de maior destaque porque o transporte coletivo segue com redução de veículos em circulação (cerca de 88% do total em dia útil). "Se está mais ou menos a mesma quantidade de pessoas do que era antes da pandemia e a frota está menor, então vai estar mais lotado."

É o que relata o assistente financeiro Igor Esteves de Jesus, de 28 anos, que pega ônibus, trem e metrô para ir de São Miguel Paulista, na zona leste, até o trabalho, na Avenida Faria Lima, zona oeste. "Parece que o coronavírus só não existe para quem está de home office ou tem muito dinheiro."

Para ele, a situação é revoltante, tanto que postou imagens nas redes sociais de um vagão de trem em que os passageiros ficavam comprimidos. "O espaço em que caberia uma pessoa vai cinco. Em Itaquera, tem de entrar empurrando, não tem como se mover. Eu me sinto bem impotente, não acho justo. Não tive covid por sorte."

Uma pesquisa de setembro da Rede Nossa São Paulo com Ibope Inteligência mostra que a população com mais de 16 anos gasta 1h56 no transporte coletivo. Por outro lado, 35% não estão se deslocando para trabalhar, 52% com rendas de mais de 5 salários mínimos.

No caso da analista contábil Mariza Santos, de 32 anos, são 2h30 do distrito de Parelheiros, no extremo sul, até as imediações do Aeroporto de Congonhas. Como "qualquer horário é horário de pico", passa álcool em gel o tempo todo. "Chego ao trabalho e já vou lavar as mãos e trocar de máscara."

Riscos

Pós-doutoranda em Ciências Atmosféricas na USP, Milena Ponczek defende que os passageiros estejam em assentos intercalados e haja troca de ar. E ressalta: "não importa ter 'recirculação' de ar, janela aberta, se estiver superlotado". Esse cenário propício à transmissão piora com o consumo de bebidas e alimento, conversas e outras ações que criam o espalhamento de aerossóis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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