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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou um ataque verbal contra duas juízas da Suprema Corte com supostas inclinações esquerdistas, a quem pediu que se excluam de qualquer caso vinculado a ele por suposta parcialidade.

Trump direcionou esses comentários às juízas Ruth Bader Ginsburg e Sonia Sotomayor, que fazem parte do tribunal máximo nos EUA. No próximo 31 de março, a Suprema Corte receberá o caso sobre as declarações de renda que o milionário nega divulgar, um assunto sensível diante das eleições presidenciais em novembro.

Em mensagem publicada no Twitter, Trump repetiu alegações feitas por um comentarista da Fox News, que disse que Sotomayor teria acusado seus colegas mais conservadores da corte de favorecerem Trump.

"Dizer algo assim é algo terrível. Tentando 'amedrontar' alguns para que votem como ela quer?", escreveu Trump sobre Sotomayor.

"Ela nunca criticou a juíza Ginsburg quando me chamou de 'falso'. Ambas deveriam se abster dos julgamentos relacionados a Trump", acrescentou.

O presidente, que se encontra em visita oficial à Índia, insistiu sobre o tema nesta terça em uma coletiva de imprensa.

"Sempre acreditei, francamente, que a juíza Ginsburg deveria (se retirar do caso) porque perdeu o controle durante a campanha", disse Trump, que complementou seu discurso dizendo que os dizeres da magistrada foram "muito inapropriados".

A Suprema Corte dos Estados Unidos acordou nesta sexta-feira (4) examinar uma lei da Luisiana, acusada de restringir o acesso ao aborto, em um caso altamente sensível que colocará à prova os nove juízes nomeados pelo presidente Donald Trump.

Os nove juristas examinarão o mérito de uma lei adotada em 2014 neste estado conservador do sul dos Estados Unidos, cuja entrada em vigor haviam bloqueado in extremis no inverno passado.

O texto prevê que os médicos voluntários que realizem abortos tenham uma autorização de exercício em um hospital que esteja situado a menos de 50 km do local onde se realiza a interrupção da gravidez.

Segundo os defensores do direito ao aborto, estas condições são drásticas demais e só um médico e uma clínica poderão continuar praticando abortos em todo o estado.

Luisiana justificou a medida mencionando os riscos de complicações e a necessidade, em caso de que surjam problemas, de transferir pacientes a hospitais vizinhos.

Um tribunal de apelação permitiu que a lei entrasse em vigor em fevereiro. Seus oponentes apelaram então à Suprema Corte com urgência e, na véspera da data limite, o tribunal bloqueou por uma maioria muito limitada (cinco de nove juízes) sem se pronunciar sobre o mérito.

Portanto os juízes anunciaram que o examinarão durante a sessão 2019-2020.

A decisão, que chegará em plena campanha presidencial de 2020, permitirá avaliar se o tribunal mudará sua posição sobre o aborto.

Desde a chegada de Donald Trump, que prometeu durante sua campanha nomear juízes com posturas contrárias ao aborto na Corte, os conservadores Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh se uniram ao tribunal.

Em fevereiro, os dois tomaram partido para a entrada em vigor da lei de Luisiana.

A lei foi bloqueada porque o presidente da Corte, John Roberts, um conservador que havia apoiado a lei do Texas, essa vez se uniu a seus quatro colegas progressistas.

Os partidários e opositores do direito ao aborto se perguntam se Roberts ocupará essa mesma posição durante a análise substantiva.

Uma mulher vegana resolveu polemizar com a vizinhança do bairro onde mora, na Austrália. Moradora da cidade de Perth, Cilla Carden entrou com ação na justiça daquele país contra seus vizinhos porque, segundo ela, o cheiro de churrasco e o barulho dos eventos da casa ao lado interferiam em sua qualidade de vida.

A um canal de televisão local (9 News Perth), a moradora do bairro Girrawheen relatou que acusou os vizinhos porque além do cheiro de carnes e peixes assados na churrasqueira, o odor da fumaça dos cigarros e a algazarra das crianças não lhe permitem acessar, de forma corriqueira, o quintal da própria casa. Mesmo com a apelação de Cilla, a sentença do processo, que corria desde 2017 e chegou à Suprema Corte Australiana, foi contrário à vegana.

A Suprema Corte do estado australiano de Victoria rejeitou nesta quarta-feira (21) o recurso apresentado pelo cardeal George Pell contra sua condenação por agressão sexual de menores, mantendo assim o ex-número três do Vaticano na prisão.

Pell, ex-arcebispo de Melbourne e Sydney, de 78 anos, foi condenado a seis anos de prisão por agressões sexuais a dois coroinhas de 13 anos na Catedral de Melbourne nos anos 1990.

"Seguirá cumprindo sua condenação de seis anos de cárcere", disse a presidente do tribunal, Anne Ferguson, recusando as objeções dos advogados do ex-arcebispo.

Uma multidão formada por vítimas, militantes, advogados e jornalistas aguardava o veredicto nas proximidades da corte, onde foi formada uma longa fila para entrar no prédio, após mais de dois meses de deliberações entre os três juízes responsáveis pela análise do pedido.

Pell, presente no tribunal nesta quarta-feira, abaixou a cabeça em várias ocasiões enquanto Ferguson lia a decisão, celebrada no exterior do prédio por vítimas, militantes e advogados.

Segundo os juízes, Pell poderá solicitar a liberdade condicional dentro de três anos e oito meses, ou recorrer da decisão na Suprema Corte da Austrália.

Pell, que alega inocência, é o maior representante da Igreja Católica a ser condenado por pedofilia. Em dezembro, ele foi considerado culpado de cinco acusações, incluindo ter forçado um garoto de 13 anos a fazer sexo oral em 1996 e ter se masturbado esfregando-se em outro jovem.

Os eventos ocorreram na sacristia da Catedral de São Patrício, em Melbourne, da qual Pell foi arcebispo, onde as duas vítimas se esconderam para beber o vinho da missa. Dois meses depois, Pell colocou um dos adolescentes contra a parede e tocou seu órgão genital.

Os advogados do cardeal encaminharam 13 objeções à decisão de primeira instância, incluindo a de que era "fisicamente impossível" que os supostos atos tenham acontecido em uma catedral lotada.

Também questionaram os períodos em que as agressões sexuais teriam acontecido, alegando que eram "impossíveis" se considerados os deslocamentos dentro da catedral.

Também afirmaram que a pena imposta era questionável, porque se baseava no depoimento de um única vítima sobrevivente. Uma das vítimas de Pell morreu de overdose em 2014 sem nunca ter revelado publicamente os abusos.

O sobrevivente, agora adulto e cujo nome não pode ser divulgado por motivos legais, afirmou que os "estressantes quatro anos de batalha legal o levaram a lugares dos quais temia não conseguir retornar".

O homem disse que a morte do amigo por overdose o motivou a quebrar o silêncio.

"Depois de assistir o funeral de meu amigo de infância [...] sentia responsabilidade de dar um passo à frente", afirmou em um comunicado lido por seu advogado.

A advogada do pai da vítima falecida afirmou que ele sente "como se tivessem retirado um peso de cima".

"Sente que hoje se fez justiça. Tem uma verdadeira sensação de alívio porque George Pell está atrás das grades", afirmou à AFP a advogada, Lisa Flynn.

O Vaticano afirmou em um comunicado que Pell tinha o direito de apresentar o recurso de apelação.

"Neste momento, junto com a Igreja da Austrália, a Santa Sé reafirma a solidariedade com as vítimas de abusos sexuais e seu compromisso em perseguir, por meio das autoridades eclesiásticas competentes, os membros do clero que cometeram abusos", afirmou um porta-voz do papa Francisco, que não se referiu à investigação aberta sobre este caso pelo Vaticano no início do ano.

Os três juízes rejeitaram os argumentos sobre supostos erros de procedimento durante o julgamento de Pell.

Os advogados do cardeal têm prazo de 28 dias para decidir os próximos passos.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou que o país vai retirar de Pell a condecoração da Ordem da Austrália.

Antes da queda em desgraça, Pell viveu uma rápida ascensão. Foi nomeado arcebispo de Melbourne, posteriormente de Sydney e, em 2003, entrou para o poderoso Colégio de Cardeais, o que permitiu que votasse nos conclaves que escolheram os papas Bento XVI e Francisco.

Em 2013, Francisco o selecionou para integrar o conselho de nove cardeais (C9) responsável por ajudá-lo a reformar a Cúria. E em 2014 o pontífice o nomeou secretário de Economia, o que transformou o australiano no número três da Santa Sé.

Mas durante o julgamento, a Santa Sé aproveitou uma ordem que estabelecia o silêncio dos meios de comunicação sobre o processo para afastar Pell de suas funções, sem apresentar explicações. Após a condenação, o australiano foi destituído do carto de secretário de Economia do Vaticano e perdeu o posto no C9. O Vaticano também abriu uma investigação sobre as ações do cardeal.

A Suprema Corte espanhola decidiu nesta terça-feira (4) suspender por precaução a exumação dos restos mortais do ditador Francisco Franco de seu mausoléu, enquanto o recurso apresentado pela família é examinado.

A exumação, marcada para a próxima segunda-feira pelo governo, está no centro de uma batalha judicial entre o governo socialista e os descendentes do ditador que governou a Espanha com mão de ferro de 1939 a 1975 e está enterrado em um mausoléu faraônico perto de Madri.

A Suprema Corte apontou em um comunicado que uma de suas câmaras "decidiu por unanimidade suspender por precaução a exumação dos restos mortais de Francisco Franco Bahamonde que ocorreria em 10 de junho".

Para a mais alta instância judiciária da Espanha, a suspensão visa evitar "danos" que poderiam ser causados à família do ditador, mas também ao Estado, se o recurso dos descendentes de Franco for finalmente aceito. O que forçaria a devolução do corpo para onde está atualmente.

O governo do socialista Pedro Sánchez quer enterrar Franco em um lugar mais discreto, no cemitério do Pardo em Madri.

A Suprema Corte do Peru decidiu, nesta segunda-feira, que o parque arqueológico de Machu Picchu, onde está a cidade inca, principal atração turística do país, é propriedade do Estado após rejeitar uma queixa de uma família que sustenta que esse lugar histórico pertence a ela.

"A Sala de Direito Constitucional e Social da Suprema Corte de Justiça declarou como infundada a demanda apresentada pela família Zavaleta Zavaleta para a reivindicação de terras do Parque Arqueológico Nacional Machu Picchu, localizado na província de Urubamba (Cusco)", informou o Ministério da Cultura em um comunicado.

A queixa apresentada em 2005 pela família Zavaleta Zavaleta reclamava a propriedade de mais de 22 mil hectares de terreno, onde está a cidadela e a rede pedestre conhecida como Caminho Inca de Machu Picchu.

A cidadela fica a 130 km noroeste da cidade de Cusco, antiga capital do Império Inca entre os séculos XX e XVI.

Machu Picchu (Vieja Montaña, em quechua) está no cume de uma montanha frondosa e foi construída durante o reinado do imperador inca Pachacútec (1438-1471).

Encontrada em 1911 pelo explorador americano Hiram Bingham, a Unesco declarou-a Patrimônio da Humanidade da Unesco em 1983.

"Finalmente, após 14 anos de árdua batalha legal, a Direção Desconcentrada de Cultura de Cusco conseguiu demostrar que os mais de 22 mil hectares de terras de Machu Picchu são de propriedade do Estado peruano e não de uma família", disse o vice-ministro de Patrimônio Cultural e Indústrias Culturais, Guillermo Cortés Carcelén, citado pela pasta.

O funcionário lembrou que a família reclamava também a propriedade de Qquente e Santa Rita de Qquente, que compreendia o Parque Arqueológico Nacional de Machu Picchu.

"Contudo, demonstramos de forma confiável que tais terras foram expropriadas pela Direção Geral da Reforma Agrária nos anos 1960 e 1970 a favor do Estado", acrescentou.

A Suprema Corte dos Estados Unidos concordou nesta terça-feira (22) em abordar as restrições a armas impostas pela cidade de Nova York, questionada pelo poderoso lobby National Rifle Association (NRA).

O porte de armas é um direito garantido pela segunda emenda da Constituição dos Estados Unidos e defendido por muitos norte-americanos.

Há anos a Suprema Corte não se pronuncia sobre o assunto. Atualmente, a a maioria dos magistrados do tribunal são conservadores.

Um terço dos adultos nos Estados Unidos possuem pelo menos uma arma de fogo.

Nos Estados Unidos, cerca de 40.000 pessoas morrem ao ano por armas de fogo, incluindo suicídios. No entanto, tentativas de regulamentação confrontaram sistematicamente o poderoso lobby da NRA e seus aliados políticos, especialmente entre os republicanos.

A NRA apoiou a ação dos proprietários de armas de Nova York que exigem que a Suprema Corte invalide as medidas restritivas da cidade.

Em nome da segurança pública, a metrópole proibiu os cidadãos de portar uma arma fora de casa, exceto para ir aos sete centros de tiro na cidade.

Embora os autores considerem que isso viola seu direito constitucional, a cidade argumentou que os tribunais lhe deram razão.

Durante sua campanha eleitoral, o presidente Donald Trump prometeu nomear para a Suprema Corte apenas juízes que defendem o direito ao porte de armas de fogo.

Desde sua eleição, ele já nomeou dois juízes, os conservadores Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh, cuja posição nos debates - que não são esperados antes do final do ano - será altamente antecipada.

O ex-presidente do Peru Ollanta Humala e a ex-primeira dama Nadine Heredia podem ser libertados hoje após nove meses detidos acusados de recebimento de propina em um esquema de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.

O advogado Julio Espinoza informou que está na Suprema Corte do Peru um pedido de habeas corpus em favor de Humala e Nadine. O casal teve a prisão preventiva decretada em julho de 2017 em decorrência de um processo de investigação por lavagem de dinheiro relacionada à doações irregulares de campanha da Odebrecht.

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Humala negou a participação no crime e disse que a ordem de prisão é abuso de poder, já a esposa dele alegou que faltavam provas  e que a prisão não passava de uma arbitrariedade. A construtora declarou em Curitiba, no Paraná, que apoiou o ex-presidente peruano.

 De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht é investigada por suposto repasse de recursos em contratos de diversos projetos em países como a Argentina, Angola, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru, Venezuela e República Dominicana.

A Suprema Corte da África do Sul aumentou nesta sexta-feira (24) a pena do ex-atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius pelo assassinato da namorada, Reeva Steenkamp, em fevereiro de 2013.

Condenado em primeira instância a seis anos por homicídio, o Supremo decidiu aumentar para 13 anos e cinco meses a condenação. Essa era a segunda vez que o Ministério Público do país tentava elevar a punição, que considerava muito branda.

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A defesa de Pistorius sempre alegou que o ex-atleta assassinou Steenkamp porque acreditava que um ladrão havia invadido a casa. No entanto, os procuradores conseguiram comprovar que ele agiu propositalmente.

Pistorius disparou quatro tiros contra a namorada, que estava no banheiro, no dia dos namorados no país - em 14 de fevereiro. Os disparos foram dados com a porta do local fechada e Steenkamp não teve nenhuma chance de defesa. 

Da Ansa

Depois de anos de luta nos tribunais, a Apple conseguiu uma vitória contra a Samsung e ganhou o direito de receber o valor de US$ 120 milhões da rival. O Supremo Tribunal dos EUA disse nesta segunda-feira (6) que não iria ouvir um apelo da Samsung no caso de violação de patentes. A sentença foi decidida em 2014, mas desde então a companhia sul-coreana tem tentado reverter o resultado.

Os juízes reforçaram a decisão que confirmou o veredito de que a Samsung infringiu patentes da Apple em várias características do iPhone, incluindo os recursos de deslizar para desbloquear, autocorreção e a função que automaticamente transforma informações como endereços e números de telefone em links clicáveis.

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Naturalmente, a Samsung não está satisfeita com o resultado. Em comunicado enviado ao site The Verge, a empresa disse que a decisão deixaria a Apple lucrar injustamente com uma patente inválida. A Apple não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Este, no entanto, não é o fim das batalhas legais entre as fabricantes de smartphones. As duas empresas ainda não puseram fim a uma briga judicial muito maior - que originalmente obrigou a Samsung a pagar US$ 1 bilhão à Apple, mas desde então este valor foi reduzido para US$ 400 milhões. Esse caso levará as duas gigantes aos tribunais em maio de 2018 para debater a forma como os danos devem ser calculados.

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A Suprema Corte da Venezuela, que é favorável ao governo, determinou a destituição e a prisão de um prefeito da região metropolitana de Caracas, por suposto apoio aos protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

O tribunal condenou Ramon Muchacho a 15 meses de prisão por não seguir um pedido para remover barricadas criadas por manifestantes contrários ao governo no distrito de Chacao, no leste de Caracas. Muchacho não foi imediatamente localizado após o pedido, mas, em seu perfil no Twitter, disse que "todo o peso da injustiça revolucionária caiu sobre meus ombros" por fazer seu trabalho para garantir o direito constitucional de protestar.

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O distrito de Chacao, que é relativamente rico, foi o centro dos confrontos mais intensos entre manifestantes e forças de segurança nacionais, que deixaram ao menos 120 mortos e centenas de feridos nos últimos quatro meses. Fonte: Associated Press.

Os restaurantes da Itália terão que tomar mais cuidado com o que colocam nos cardápios. A Suprema Corte italiana estabeleceu nesta quarta-feira (19) a punição a donos de restaurantes que não especificarem no menu que seus produtos são conservados no congelador.

De acordo com a Corte, quem não especificar os alimentos congelados no menu poderá ser enquadrado por fraude comercial, respondendo com multa de 2 mil euros e, nos casos mais graves, com prisão. Portanto, caso a comida não seja fresca, tem que constar claramente no cardápio dos estabelecimentos.

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A decisão da Suprema Corte recaiu sobre um processo contra um dono de restaurante em Milão, que, além de precisar pagar 200 euros por tentativa de fraude comercial, terá que desembolsar dois mil euros para a entidade pública Cassa delle Ammende, ligada ao Ministério da Justiça, pelos custos do processo.

Na mira da Suprema Corte, estão restaurantes chineses que servem seus produtos congelados e confeitarias que conservam produtos sob refrigeração.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta quarta-feira (7) a legalidade da mudança de nome de transexuais no registro civil sem a necessidade de cirurgia para mudança de sexo. O destaque do primeiro dia de julgamento foi a manifestação da advogada Gisele Alessandra Schmidt e Silva, primeira transexual a subir à tribuna da Suprema Corte.

Durante sua manifestação, Gisele disse que o Estado não pode condicionar a mudança de nome à realização da cirurgia, considerada invasiva e com procedimentos que não são cobertos pela rede pública de saúde. De acordo com a advogada, o constrangimento para obtenção da mudança do nome no cartório também passa pela apresentação de laudos médicos, oitiva de testemunhas na Justiça e testes físicos e psicológicos ao juiz.

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“Estou aqui perante Vossas Excelências hoje não apenas por mim, mas sim por toda uma população de pessoas que ainda sofre imenso constrangimento e têm sua dignidade violada diariamente. Negar a uma pessoa o direito ao nome, à expressão de sua identidade, é negar o direito de existir. Requer-se a vossas excelências que não nos neguem esse direito”, disse.

Após a sustentação da advogada, o julgamento foi suspenso. A data para retomada ainda não foi definida. O processo foi movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em defesa dos transexuais.

A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu à Suprema Corte para liberar o decreto que proíbe a entrada de imigrantes de seis países - majoritariamente muçulmanos - no país, informou o Departamento de Justiça na noite desta quinta-feira (1°).

"Pedimos à Corte Suprema para ocupar-se desse caso e estamos confiantes que o decreto do presidente Trump será bem considerado no que tange seus poderes legais para tornar o país mais seguro e proteger as nossas comunidades do terrorismo", informa o comunicado.

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Segundo o documento, a "Constituição e os atos do Congresso" dão uma "ampla autoridade" ao presidente e que por isso "não devem ser admitidas pessoas de outros países que patrocinam ou protegem o terrorismo".

A decisão de proibir a entrada por 90 dias de pessoas vindas do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen foi anunciada logo após o início do mandato de Trump, mas foi proibida diversas vezes em instâncias menores da Justiça dos EUA.

Além de proibir a entrada desses seis países - o Iraque foi retirado da lista por conta de sua parceria militar - o decreto impede o recebimento de refugiados por 120 dias de qualquer nacionalidade. 

Indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para ocupar uma vaga na Suprema Corte, Neil Gorsuch qualificou os ataques recentes de Trump contra o Judiciário americano como "desmoralizadores e desanimadores", segundo o senador democrata Richard Blumenthal. As declarações foram confirmadas pela equipe encarregada de garantir a nomeação do magistrado.

Integrante do Comitê do Judiciário do Senado e ex-procurador-geral de Connecticut, Blumenthal disse que questionou Gorsuch sobre as recentes críticas de Trump após um juiz federal bloquear temporariamente o decreto que suspende a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana nos EUA. Trump qualificou o magistrado James Robart, responsável pela decisão, como "suposto juiz" e insinuou que Robart teria responsabilidade por qualquer ataque terrorista que venha o ocorrer.

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"Ele [Gorsuch] disse que [os ataques] foram desmoralizadores e desanimadores - essas foram as palavras dele", afirmou Blumenthal a repórteres. "Eu acredito que ele tem a obrigação de tornar suas visões conhecidas de maneira mais explícita e inequívoca para o povo americano", disse o senador.

Os democratas têm buscado usar o processo de confirmação para forçar Gorsuch a condenar o presidente e a reafirmar a independência do Judiciário. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a indicação do juiz de segunda instância Neil Gorsuch, de 49 anos, para um assento vitalício na Suprema Corte do país.

O magistrado deve ocupar o posto que pertencia a Antonin Scalia, encontrado morto no dia 13 de fevereiro de 2016. Se sua nomeação for confirmada, Gorsuch será o juiz mais jovem no principal tribunal dos EUA desde 1991.

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Contudo, apesar da pouca idade para um magistrado da Suprema Corte, ele é considerado experiente e defensor do "originalismo", ou seja, da interpretação pela qual a Constituição deve ser aplicada seguindo os princípios de seus fundadores, ao pé da letra.

"Esse é o processo de seleção para a Suprema Corte mais transparente da história do nosso país. Queria que o povo americano tivesse voz nessa indicação. O juiz Gorsuch tem um intelecto soberbo, uma educação jurídica incomparável e o compromisso de interpretar a Constituição com base no seu texto", declarou Trump.

Nascido e criado no Colorado, o magistrado estudou na Universidade de Columbia e na Escola de Direito de Harvard e construiu uma carreira de sucesso como advogado. Depois, entrou para o Departamento de Justiça como auxiliar do procurador-geral. Em 2006, o então presidente George W. Bush o nomeou como juiz da Corte de Apelação do 10º Circuito de Denver, posto que ocupa até hoje.

O assento de Antonin Scalia está vago há quase um ano. O ex-presidente Barack Obama chegou a nomear Merrick Garland para seu lugar, mas a indicação foi obstruída pelos republicanos, que detêm o controle do Senado. Scalia era tido como o membro mais conservador da Suprema Corte, e a escolha de um magistrado liberal por Obama faria o tribunal, que tem nove cadeiras, pender para o Partido Democrata pela primeira vez em décadas.

Com a ascensão de Trump, os conservadores podem voltar a ser maioria no colegiado, mas a nomeação de Gorsuch ainda precisa do aval do Senado. O líder da minoria na Casa, Charles Schumer, já criticou a escolha e disse ter "sérias dúvidas" sobre o juiz de Denver.

Segundo o senador, Gorsuch já "ficou ao lado de empresas contra trabalhadores, demonstrou hostilidade em relação aos direitos das mulheres e, a coisa mais preocupante, abriu uma abordagem ideológica da jurisprudência".

Para que ele seja aprovado, precisará de 60 votos no Senado, que tem 100 representantes, sendo 52 republicanos. Ou seja, Gorsuch terá de angariar votos entre os 46 democratas e dois independentes da Câmara Alta.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (27) que está na reta final do processo de aprovação de um nome que indicará para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Em entrevista à Christian Broadcasting Network (CBN News), Trump disse que "acha que sabe" quem será o escolhido, mas não tem 100% de certeza. "Estamos verificando o nome", comentou. "Acho que os cristãos evangélicos vão adorar minha escolha e ele os representará de modo muito justo", afirmou Trump.

A emissora cristã divulgou alguns trechos da entrevista e veiculará a íntegra nesta madrugada. Nos excertos, Trump diz que todos os 20 nomes cotados por ele para a Suprema Corte são "pessoas fantásticas", mas que o nome favorito agora está sendo verificado cuidadosamente, para que possa ser aprovado posteriormente pelo Congresso.

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Trump disse também que os refugiados cristãos serão uma prioridade em seu governo. "Eles têm sido tratados de maneira horrível", acredita o novo presidente dos EUA. "Se você é um cristão na Síria, é muito difícil entrar nos EUA. Se você é um muçulmano pode vir", afirmou, dizendo que pretende mudar isso.

O republicano também criticou a mídia. "A mídia é o partido da oposição de muitas maneiras", disse o empresário, para quem grande parcela da mídia age com "desonestidade". Ele citou o caso do jornal The New York Times na campanha. "Se você lê o New York Times diz que não há nenhuma chance de que eu fosse ganhar".

Trump falou, porém, que tem a sorte de ter "uma voz que as pessoas entendem", citando promessas como trazer empregos e investimento de volta. "A mídia é uma desgraça", afirmou.

Nigel Farage, líder do partido anti-União Europeia, UKIP, disse que está preocupado que políticos tentarão bloquear ou adiar a saída do Reino Unido da União Europeia. A Suprema Corte do Reino Unido ter decidido nesta quinta-feira (3) que o governo da primeira-ministra Theresa May precisará da aprovação do Parlamento para detonar o processo de saída da União Europeia, o chamado Brexit. Farage afirmou que a decisão é uma traição com aqueles que votaram pela saída do Reino Unido do bloco.

Ao mesmo tempo, os líderes dos partidos de oposição pedem que o governo britânico diga ao Parlamento que está negociando os termos do Brexit, após a decisão da Suprema Corte.

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O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corby afirmou: "Deve haver transparência e prestação de contas ao parlamento em relação ao Brexit." Fonte: Associated Press.

É raro que um juiz da Suprema Corte americana fale abertamente sobre política. Daí a surpresa e o tumulto causados pela declaração da decana dessa instituição, Ruth Bader Ginsburg, de 83 anos, que chamou o virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, de "impostor". O magnata reagiu imediatamente.

Trump exigiu a renúncia de Ruth do mais importante posto da Justiça americana por seus comentários "altamente inadequados" e questionou sua saúde mental. Ruth Bader Ginsburg "ficou maluca", tuitou Trump nesta quarta-feira (13), sugerindo que ela está senil.

O caso parece ser, justamente, o contrário. A juíza se mostrou bastante decidida, quando decidiu extrapolar seu dever de manter a esperada discrição, em duas entrevistas dadas esta semana. "É um impostor", declarou ela à rede CNN na última segunda (11), referindo-se a Donald Trump. "Ele não tem qualquer coerência. Ele diz qualquer coisa que vem à cabeça no momento. Ele é realmente egocêntrico", criticou.

Nomeada pelo presidente democrata Bill Clinton, Ruth Bader Ginsburg está há 23 anos na Suprema Corte e é, com frequência, citada entre as mulheres mais influentes do mundo. No ano passado, por exemplo, fez parte da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo elaborada pela revista "Time".

"A juíza Ginsburg nos constrangeu a todos com suas declarações políticas realmente idiotas a meu respeito. Ela ficou maluca. Renuncie!", rebateu o magnata nova-iorquino.

"Como ele pôde sair disso impunemente?", questionou Ruth Bader Ginsburg, outra nova-iorquina. "Aparentemente, a imprensa foi muito acomodada com ele", comentou.

Na entrevista à CNN, ela também questionou o fato de Trump se negar a divulgar suas declarações de imposto de renda, prática comum entre os candidatos à Casa Branca.

Trump pede cabeça da juíza

A juíza Ginsburg faz parte do quarteto progressista da Suprema Corte e voltou a mostrar isso, no final de junho, votando para derrubar uma lei texana que colocava restrições às clínicas de aborto. Sua posição prevaleceu, em uma votação histórica de 5 a 3. Com frequência, aliás, suas opiniões divergem daquelas de Trump e de outros conservadores.

Uma posição para estabelecer jurisprudência em um tema é uma coisa, porém. Outra bem diferente é uma crítica aberta a um candidato político. Em tese, os juízes americanos devem seguir um código de boa conduta que os proíbe expressamente de se manifestar nesse sentido.

Desde o inesperado falecimento do juiz conservador Antonin Scalia, em fevereiro deste ano, a mais alta instância judiciária dos Estados Unidos conta apenas com oito cadeiras ocupadas - quatro conservadores e quatro progressistas -, faltando o voto de minerva.

O próximo presidente eleito em 8 de novembro nomeará o nono juiz, fazendo a instituição tender, inevitavelmente, para uma, ou para outra, direção política.

Em entrevista ao jornal "The New York Times", a juíza Ginsburg ressaltou que essa disputa é crucial. "Eu me recuso a imaginar no que a gente se transformaria - no que esse país se transformaria -, se Donald Trump fosse presidente", declarou a juíza. "Para o país, isso pode ser uma coisa de quatro anos. Para a Corte, isso seria... Não quero nem considerar isso", insistiu.

Depois de ser pilar da luta pelo direito das mulheres nas décadas de 1960 e 1970, de ter vencido o câncer e de ter superado preconceitos sexistas, Ruth Bader Ginsburg conta com uma popularidade impressionante, especialmente entre os jovens.

Comentários 'fora de lugar'

Destoando de seus colegas da alta corte que preferem se manter distantes do campo eleitoral, seus comentários sobre Trump testemunham, segundo alguns, sua liberdade de espírito. Não foram, porém, apenas os partidários de Trump que criticaram a juíza. "Acho que é muito peculiar, e acho que é fora de lugar", afirmou o presidente da Câmara de Representantes, o republicano Paul Ryan.

Ao ser questionada sobre a polêmica, a Casa Branca desconversou. "Eu não colocaria em xeque as competências [de Ginsburg]", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, alfinetando a reação de Trump.

Earnest lembrou ainda que a juíza "não conquistou por acaso seu apelido de Notorious RBG", uma referência ao "Notorious B.I.G.", célebre rapper americano assassinado em 1997 em Los Angeles.

Hoje, o jornal "The Washington Post" - raramente convergente com Donald Trump - publicou em seu editorial que a declaração de Ruth Ginsburg foi "inconsistente com sua função em nosso sistema democrático".

Em editorial parecido, "The New York Times" considerou que "Washington já é partidária o suficiente sem o espetáculo de uma juíza da Suprema Corte se jogando na primeira fileira".

Guardiã da Constituição, a Suprema Corte tem a última palavra em caso de litígio eleitoral. Uma de suas decisões mais conhecidas - e talvez a mais polêmica - foi aquela tomada em favor do republicano George W. Bush, em detrimento do democrata Al Gore, sobre a inacreditável disputa na Flórida, durante a eleição presidencial em 2000.

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