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O governador Paulo Câmara (PSB) defendeu, nesta sexta-feira (24), que o governo federal invista no Nordeste para reduzir as desigualdades da região com as demais áreas do país. Ao discursar durante a reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no Recife, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o gestor pernambucano disse que uma ‘“vida digna” para as famílias nordestinas não é um “presente”, mas um direito.

Na ótica do governador, “ao longo de décadas, apesar de avanços recentes, ainda se convive diante de flagelos como a seca, a falta de oportunidades, a infraestrutura insuficiente, a instabilidade econômica”. Para Paulo é “urgente e inadiável a luta pelo desenvolvimento gradual, porém universal”.

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Segundo o pessebista, o desenvolvimento regional acontecerá a  partir de obras e ações que tragam emprego, água, saneamento, infraestrutura urbana e rural, educação, saúde, segurança, ciência, tecnologia e inovação.

“É fundamental que a consolidação deste Nordeste competitivo, avançado, socialmente justo e ambientalmente equilibrado, seja fruto do entendimento, da parceria em que todos cumprem o seu papel, reparando erros, potencializando acertos”, observou Paulo.

A reunião do conselho da Sudene marcou o lançamento do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, elaborado pela Superintendência para incentivar o progresso local. Além disso, o governo federal anunciou também um acréscimo de R$ 4 bilhões para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) ainda em 2019.

Durante o evento, o governador ainda ressaltou o papel da Sudene e disse que ela foi criada para “o combate às desigualdades, o equilíbrio regional necessário para um país visto como nação justa e pátria de todos”.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta sexta-feira (24), que pretende "fazer o possível" para "ajudar economicamente os irmãos do Nordeste". De passagem pelo Recife, para participar da reunião do conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), ele fez um discurso de improviso, pincelou alguns assuntos, fez elogios a sua equipe ministerial e pediu colaboração dos governadores da região que participaram do encontro para a aprovação da reforma da Previdência. 

"Temos um desafio pela frente que não é só meu, é dos senhores, independente da questão partidária, a reforma da Previdência, que sem ela não podemos concretizar nem parte do que firmamos aqui", observou. Dando sinais que que o governo já acata mudanças na proposta e com um tom conciliador, ele acrescentou que a aprovação do texto fará com que "possamos sonhar com uma economia que rode a máquina e coloquemos os recursos" nos Estados. 

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Além do anfitrião Paulo Câmara, participaram do evento os governadores Fátima Bezerra ( do Rio Grande do Norte), Rui Costa (Bahia), Wellington Dias (Piauí), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará), João Azevedo (Paraiba), Romeu Zema (Minas Gerais) e Belivaldo Chagas (Sergipe). 

Bolsonaro aproveitou o momento, que marca a primeira visita dele ao Nordeste depois da eleição, para fazer um reduzido balanço, dizer que anunciaria "apenas algumas coisas realizadas em nosso governo, não como algo de propaganda" e, apesar de não citar nomes, ser irônico: "Não existe paternidade para as coisas no Brasil. Tudo que vem é do povo". 

Colocando-se como "maestro de uma orquestra", Bolsonaro disse também que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pediu para que ele anunciasse que a pasta  destinará 200 mil toneladas de milho de balcão para a região. E frisou a chegada de R$ 2 bilhões para movimentar a economia regional com o pagamento do décimo terceiro do Bolsa Família. "Esse projeto não é meu, vem lá de trás", referindo-se ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi quem implantou o programa. 

O presidente, contudo, não deu detalhes sobre a perspectiva dele sobre o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, que motivou a reunião da Sudene de hoje. Mas disse que a iniciativa pode "trazer benefícios e justiça para essa região".  

Ainda no discurso de abertura, ele elogiou a apresentação da Orquestra Criança Cidadã, do Coque, por quem foi recepcionado. O presidente disse que os jovens da Orquestra são a prova de "que o povo brasileiro não tem limites quando luta" e isso deve ser exemplo para os políticos. "O que queremos é que os nossos filhos sejam melhores que seus respectivos pais. Só assim temos a certeza que vencemos etapas para colocar o Brasil no local que merece", complementou.

Além do Recife, o presidente também tem agenda em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Lá ele vai inaugurar um residencial do Minha Casa, Minha Vida.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou, nesta sexta-feira (24), que aguarda ações concretas do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ponderou a necessidade de o presidente deixar a “inércia”, mas “na direção certa”. Dino participa da reunião do conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) juntamente com os demais gestores da Região Nordeste e o presidente, no Recife.

“Precisamos que ideias boas sejam de fato concretizadas. Para que o plano não caia no vazio. Queremos que pelo menos 30% do fundo do Nordeste seja utilizado pelos Estados para obras de infraestrutura. Neste caso, para as obras do plano”, salientou, antes do evento. 

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Questionado se o presidente pode melhorar a credibilidade e aprovação dele com as ações que serão anunciadas hoje, Dino foi claro:  “Ele vem frustrando expectativas nacionais”.

“De um modo feral, o governo atravessa dificuldades no país, não apenas no Nordeste. Houve de fato o resultado eleitoral, que revelou outra preferência, mas a constatação de que o governo vem frustrando expectativas é nacional. Não apenas no Nordeste. Há muita paralisia. É um governo inerte e quando rompe é na direção errada. A exemplo desse desastrado decreto de armas. Ou mesmo de medidas que retiram direito das pessoas, como a educação. Que ele rompa a inércia na ativação da econômica para gerar empregos”, disparou. 

Sobre o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, feito pela Sudene, que traça estratégias para ampliar o desenvolvimento local de 2020 a 2023, Dino disse “defender que o plano saia do papel mediante a investimentos concretos”.

“Não há sequer valor previsto. A preocupação dos governadores é qual é a fonte de financiamento? Como o governo tem sido extremamente ortodoxo, que quer acabar com déficit na marra não se preocupando com a recessão, a fonte que defendemos é o FNE. Aí, se houver uma sinalização positiva, temos algo concreto”, ressaltou.

O Palácio do Planalto confirmou, nesta terça-feira (21), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai cumprir agenda em Pernambuco na próxima sexta (24). O presidente vai participar da Reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) no Recife. O encontro será às 10h, no Instituto Ricardo Brennand, no bairro da Várzea, Zona Oeste da capital pernambucana.  

A viagem é a primeira que o chefe do Executivo Federal faz ao Nordeste desde que assumiu o comando do país. A visita foi inicialmente articulada pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB). É aguardada ainda uma passagem de Bolsonaro por Petrolina, no Sertão de Pernambuco, mas ainda não foi oficializado pela Presidência. Petrolina é reduto eleitoral de Bezerra Coelho e lá o presidente deve participar de um encontro sobre o Minha Casa, Minha Vida. 

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Durante a passagem pelo Recife, a expectativa é de que Bolsonaro anuncie um acréscimo de R$ 2,1 bilhões ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, fazendo a iniciativa passar a ter R$ 25,8 bilhões em 2019. Além disso, durante a reunião da Sudene será lançado o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). 

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste vai disponibilizar uma consulta pública para receber contribuições para o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). Os interessados devem acessar formulário online disponível no site da Sudene a partir da próxima segunda-feira (29). O prazo final para envio das respostas é 8 de maio.

A portaria, que tornou pública a realização da consulta pública, foi publicada na edição do Diário Oficial da União de quinta-feira (25). O PRDNE é um instrumento de redução das desigualdades regionais e apresenta programas, projetos e ações necessários para atingir objetivos e metas econômicas e sociais do Nordeste, com identificação das respectivas fontes de financiamento, conforme a Lei Complementar 125/2007.

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Com vigência de quatro anos, o plano será submetido ao Congresso Nacional e deve tramitar junto com o Plano Plurianual (PPA). Uma vez aprovado como lei federal, caberá à Sudene avaliar o cumprimento das propostas do documento por meio de relatórios anuais a serem submetidos ao Conselho Deliberativo da autarquia (Condel) e posteriormente enviados à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

O  Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste está dividido em seis eixos estratégicos: segurança hídrica e conservação ambiental; ciência, tecnologia e inovação; desenvolvimento institucional; desenvolvimento social; desenvolvimento das capacidades humanas e; dinamização e diversificação produtiva. Os temas abordam as ações e projetos que buscam desenvolver os potenciais da região.

Serão aceitas sugestões para um ou mais eixos que integram o PRDNE. Para tanto, os interessados deverão acessar o formulário disponível no site da Sudene, preencher alguns dados básicos de identificação e selecionar os temas com os quais pretendem colaborar. As respostas serão enviadas eletronicamente à autarquia, que avaliará as contribuições para incorporá-las ao plano.

O PRDNE será apreciado pelo colegiado máximo da Sudene no dia 24 de maio durante reunião em Recife. Após o encontro, o documento será encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que, por sua vez, submeterá o plano à presidência da república.

O governo publicou, nesse sábado (5), em edição extra do Diário Oficial da União, decreto que regulamenta a prorrogação de benefícios fiscais a empresas das áreas da Sudam (Amazônia) e da Sudene (Nordeste). Ao contrário do que anunciou o presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira (4) pela manhã - e que à tarde foi desmentido -, o texto não prevê aumento imediato de impostos para compensar a perda de arrecadação com os incentivos. O decreto, no entanto, abre uma brecha para que o governo eleve a carga tributária caso esses benefícios extrapolem o limite estabelecido para este ano.

Na sexta-feira pela manhã, Bolsonaro chegou a dizer que havia assinado decreto aumentando a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar a prorrogação dos incentivos, mas foi desmentido mais tarde pelo secretário da Receita, Marcos Cintra, e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que disseram que não será necessário mexer no tributo.

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O decreto publicado é fruto de uma queda de braço da área política e da econômica, em que venceu o ponto de vista da primeira. O texto limitou a concessão dos incentivos fiscais aos valores já previstos no Orçamento de 2019 - uma renúncia fiscal de R$ 755,5 milhões, segundo estimativa da Receita Federal.

Considerada confusa pelos técnicos da área econômica ouvidos pelo Estadão/Broadcast, a norma, porém, deixa uma brecha para que, se for necessário, haja aumentos de impostos até o fim do ano para compensar a ampliação dos benefícios, para além dos R$ 755,5 milhões. O texto determina que os incentivos que ultrapassem o limite orçamentário de 2019 somente entrarão em vigor quando implementadas medidas de compensação previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que são elevação de alíquotas ou criação de novo tributo.

Com a sanção do projeto que prorroga benefícios para as superintendências do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Amazônia (Sudam) pelo presidente Jair Bolsonaro, a primeira ideia discutida pelo governo foi elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar a renúncia fiscal adicional. No governo anterior, do presidente Michel Temer, a equipe econômica havia defendido o veto do projeto. No novo governo, o time queria que, se sancionado, houvesse a compensação com o aumento de tributos, para cumprir à risca a LRF.

Nas reuniões, porém, técnicos da Sudam e da Sudene insistiram que não seria necessária a ampliação do orçamento deste ano, porque os novos projetos que seriam apresentados demoram a sair do papel e só teriam efeito financeiro em dois ou três anos em média. O entendimento da área econômica, porém, era diferente, de que não havia como garantir esse intervalo no impacto financeiro dos novos projetos.

O primeiro argumento convenceu a área política, que encontrou uma solução para não começar o governo aumentando impostos e descumprindo, já no quarto dia de governo, uma das promessas de campanha.

Ao limitar o valor da renúncia neste ano ao que já está previsto no Orçamento, na prática, novos projetos apresentados só poderão ter efeito financeiro neste ano se houver uma medida de compensação. A expectativa é que isso não ocorra, mas, segundo os técnicos, há autorização para isso, a depender do andamento desses projetos.

Não há no decreto previsão de que a renúncia da ampliação dos benefícios, estimada em R$ 755 milhões, seja automaticamente transferida para 2020. Na elaboração do Orçamento de 2020, a Receita Federal terá de computar o impacto fiscal referente aos projetos apresentados neste ano e estimar o impacto de 2020, que deve ser maior do que o R$ 1,4 bilhão previsto.

O temor da área econômica é que esse "jeitinho" encontrado para sancionar a lei sem compensação sirva de modelo para outros projetos e acabe desconfigurando a LRF.

Polêmica

A prorrogação dos incentivos para o Norte e Nordeste acabou explicitando o primeiro ruído entre Bolsonaro e sua equipe. Poucas horas depois de o presidente anunciar que, "contra sua vontade", já havia assinado o aumento do IOF, o secretário da Receita, Marcos Cintra, disse que Bolsonaro "se enganou" e que a elevação do tributo não seria necessária.

No fim da tarde, coube a Onyx dizer que o presidente "se equivocou" e que o aumento não seria necessário, já que a equipe havia encontrado outra solução. O ministro da Economia, Paulo Guedes, não falou sobre o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer nomeou Mário de Paula Guimarães Gordilho para o cargo de superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A nomeação está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 12.

Em outro decreto, o governo faz a exoneração de Margareth dos Santos Abdon do cargo de diretora de Administração da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

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O presidente da República, Michel Temer, exonerou Marcelo José Almeida das Neves do cargo de superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), vinculada ao Ministério da Integração Nacional. A exoneração consta de decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), que não traz a nomeação do novo titular do cargo.

Também para a Sudene, foi nomeado Antonio Silva Magalhães Ribeiro para exercer o cargo de diretor de Planejamento e Articulação de Políticas.

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O governo federal trocou o diretor de Administração da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), vinculada ao Ministério da Integração Nacional. Foi exonerado Antonio Silva Magalhães Ribeiro e, para o lugar dele, nomeado Aluízio Pinto de Oliveira.

A mudança está publicada em decretos no Diário Oficial da União (DOU).

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O presidente Michel Temer afirmou que o governo não tem compromisso com uma "parcela do Brasil, não é com uma parcela da sociedade". "Nosso compromisso é com todo esse vastíssimo País, que nós sempre queremos cada vez mais unido, mais próspero e naturalmente mais justo", disse o emedebista em discurso no Palácio do Planalto, durante uma reunião aberta dos conselhos da Sudam, Sudene e Sudeco, órgãos que representam as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, respectivamente.

Economia

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Como tem feito na maior parte dos seus discursos, Temer aproveitou para exaltar a recuperação da economia do seu governo e destacou a valorização da ação do Banco do Brasil. "Recentemente, o próprio Paulo Cafarelli presidente do BB me ligou para comunicar que quando aqui chegamos a nossa ação valia R$ 15 e agora está R$ 45, portanto, isso significa patrimônio público", afirmou. Hoje a ON do Banco do Brasil fechou na faixa dos R$ 40.

O edifício da Superintendência para Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), localizado no bairro do Engenho do Meio, zona oeste do Recife, foi provisoriamente cedida pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU) à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na última terça-feira (5). A universidade irá designar uma comissão para definir de que maneira o prédio será utilizado para atividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão após a realização de obras de adequação com um orçamento de R$ 3 milhões.

Para o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, a assinatura do termo de cessão é uma decisão importante e histórica. Ainda de acordo com o reitor, a universidade precisa pensar em atividades que estejam de acordo com o ideal de desenvolvimento com que a Sudene foi concebida. Segundo ele, a UFPE promoverá “projetos que gerem conhecimento e que contribuam para um plano de desenvolvimento do Brasil”.

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Para a superintendente substituta da SPU, Renata Villa Nova, o próximo passo é articular medidas no sentido de realizar a concessão do prédio à universidade de forma completa e definitiva pois “o imóvel tinha vocação para se integrar à universidade” e “levar adiante esse desafio, que é a utilização do prédio da Sudene para o ensino público” será uma meta da SPU. 

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O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (7) traz mudanças na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, e no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), órgão do Ministério do Meio Ambiente.

Na Sudene, o governo trocou dois diretores. Foram nomeados Antonio Silva Magalhães Ribeiro, para diretor de Administração, e Sergio Wanderley Silva, para diretor de Gestão de Fundos, Incentivos, e de Atração de Investimentos. Eles substituem, respectivamente, Eugenio Pacelli Remigio Araujo e Ricardo Andrade Bezerra Barros, ambos exonerados nesta segunda-feira.

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No Jardim Botânico do Rio de Janeiro, saíram os diretores João Elisiário Lima de Rezende e Claudison Rodrigues de Vasconcellos. Para o lugar deles, foram nomeadas Suindara Rodrigues Ney (Diretoria de Gestão) e Lidia Vales de Souza (Diretoria de Conhecimento, Ambiente e Tecnologia).

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) retoma, na próxima quinta-feira (22), as reuniões do Conselho Deliberativo, responsável por estabelecer as diretrizes e prioridades da autarquia. O último encontro do grupo aconteceu em 2013. A retomada das discussões do Condel, segundo o superintendente da Sudene Marcelo Neves, “é fundamental para unir as lideranças regionais em prol do desenvolvimento do Nordeste”.

No encontro, serão validadas resoluções aprovadas “ad referendum” entre os anos de 2013 e 2015. A Sudene é responsável pela operacionalização do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE);  do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e do Fundo de desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

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Entre os temas em debate no Condel, está o fim do veto ao financiamento do FDNE para o setor de energia, alterando, dessa forma, as diretrizes e prioridades do Fundo, já valendo para o exercício de 2016. A alteração possibilita que o Fundo financie parques eólicos, centrais fotovoltaicas, centrais geradoras hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas.

Outro assunto serão os portes mínimos de financiamento do Fundo que também foram modificados. Pela proposta a ser discutida ele deixa de ser de R$ 50 milhões de investimentos totais ou R$ 35 milhões de receita bruta anual ou anualizada, passando a ser estabelecido de acordo com a localização do empreendimento e levando em consideração o fato de ser um projeto voltado para implantação ou modernização/ampliação, variando entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões.

Entre as outras proposições em pauta estão as diretrizes e prioridades dos FDNE e FNE para 2017; e o Relatório de Avaliação dos Resultados e Impactos do FNE referente ao exercício de 2015.

Concorrendo ao comando da Prefeitura do Recife pela terceira vez, João Paulo Lima e Silva é o candidato da coligação Recife Pela Democracia [PT, PTB, PTdoB, PRB e PTN]. Formado em economia, o petista iniciou sua trajetória em 1978 quando ingressou no movimento sindical e militou na clandestinidade no Partido Comunista Revolucionário (PCR). Na área sindical, João foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco e o primeiro presidente da Central Única de Trabalhadores no Estado. 

Em 1979, João Paulo ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco e foi candidato pela primeira vez em 1986 a deputado estadual, mas não foi eleito por conta do coeficiente eleitoral da legenda, apesar de ter recebido 10 mil votos. Dois anos depois, ele disputou uma vaga na Câmara Municipal do Recife e foi eleito.

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Em 1990, o petista conquistou o mandato de deputado estadual, com 11 mil votos, onde cumpriu três mandatos consecutivos. Neste meio tempo, em 1992, ele disputou sua primeira eleição para o Executivo, candidatando-se a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. E em 1996, foi candidato a prefeito do Recife. Não obteve êxito em nenhum dos dois pleitos.

Nas eleições municipais de 2000, João Paulo foi eleito prefeito do Recife, no segundo turno, tendo como seu vice, o médico e atual vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB). Em 2004, candidatou-se novamente e venceu no primeiro turno, com 56,11% dos votos válidos, sendo o primeiro prefeito reeleito da história da capital pernambucana.

Praticante da meditação transcendental há anos, em 2010 o ex-prefeito do Recife disputou uma vaga para Câmara dos Deputados, já em 2012, em meio a um imbróglio interno no PT entre ele e o seu sucessor, João da Costa, João Paulo foi candidato a vice-prefeito, ao lado do senador Humberto Costa, mas não conquistou êxito. 

A última eleição que disputou foi em 2014, quando concorreu a uma vaga no Senado Federal. Em 2015, assumiu o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) onde ficou até o dia 12 de maio deste ano, quando entregou o cargo após a presidente Dilma Rousseff (PT) ser afastada da presidência, ao responder um processo de impeachment.   

O Diário Oficial da União desta segunda-feira (11) traz a nomeação do advogado Marcelo José Almeida das Neves como o novo superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Segundo a Sudene,  Neves trabalhou no Tribunal de Justiça da Bahia como juiz conciliador e no Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Estado da Bahia como assessor jurídico. Ele também atuou como superintendente administrativo da União dos Municípios da Bahia. Antes de ser nomeado para a Sudene, exercia o cargo de secretário parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia.

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O presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem Santiago, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (13). O desembarque, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão, aconteceu por Santiago “não reconhecer” o governo do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), como “legítimo”. 

O pedido de demissão acontece um dia após Temer assumir a gestão federal em cumprimento ao que determina a Constituição em caso de aprovação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A Fundaj é ligada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), comandado agora por Mendonça Filho (DEM). 

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Paulo Rubem foi nomeado para chefiar a Fundação no dia 13 de fevereiro de 2015, após não conquistar eleição como vice-governador de Pernambuco e concluir o mandato de deputado federal. Com a exoneração o ex-pedetista retorna as atividades de professor titular na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

João Paulo deixa Sudene - O ex-presidente da Fundaj não foi o único pernambucano a pedir exoneração de um cargo federal. O superintendente da Sudene, João Paulo (PT), também deixou o posto. A demissão do petista foi publicada no Diário Oficial dessa quinta-feira (12).  

 

O superintendente da Sudene, João Paulo (PT), sensibilizou-se com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, que foi ofendido no último domingo (8), enquanto almoçava em um restaurante em Belo Horizonte. No texto, publicado no Facebook, o ex-prefeito do Recife pediu fim ao ódio e recordou a hostilização que recebeu na última quinta-feira (5), quando desembarcou no Aeroporto Internacional dos Guararapes no mesmo voo do deputado federal Jair Bolsonaro (PP)

“As pessoas que apoiam Bolsonaro não são simpatizantes às minhas lutas. Quem apoia o pensamento de que armas de fogo deveriam ser vendidas em lojas de departamento, defende a ditadura militar e desrespeita a mulher – só para citar algumas de suas frases na visita ao Recife -, não vota em mim. Meus projetos são outros”, frisou, lembrando que não apenas ele, mas o vice-líder do governa na Câmara, deputado Silvio Costa (PSC) também foi duramente criticado pelos militantes simpáticos ao carioca. 

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Na publicação, o petista destacou que o episódio com o ministro “infelizmente não é um fato isolado” e retrata o “ódio incontrolável de quem quer manter as coisas como sempre foram: pobre no lugar de pobre e rico no lugar de rico”, fato, segundo ele, conquistado pelos governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. 

“Lutei muito também pela democracia, que me é muito cara. Na época da ditadura militar, iniciava minha militância politica. Uma fase difícil, onde o ódio de classe era presente e assustador. Vejo a retomada dessa disputa hoje, só que de uma forma ainda mais acirrada e perigosa. É urgente parar! Pela imprevisibilidade onde esse ódio pode levar”, argumentou. “Odiar é fácil, todo mundo é capaz. Xingar e hostilizar também. Debater tem sido para poucos. Ainda mais nesse tempo de ódio, que tem deixado o senso crítico e o respeito de lado. Tudo virou ruim, sem filtro”, completou o superintendente.

Veja o texto na íntegra: 

CHEGA DE ÓDIO!

Ontem, li o depoimento do companheiro @Patrus Ananias sobre o episódio que viveu em Belo Horizonte. Faço de Patrus, as minhas palavras: Este não vai ser o país do ódio. Basta!

O que aconteceu com o ministro, infelizmente, não é um fato isolado. Voltei na quinta-feira passada de Brasília, onde cumpri uma agenda política com o ministro Gilberto Occhi e participei de encontro com os superintendentes da Sudam e Sudeco. Voltei junto com o amigo e Deputado Federal @Silvio Costa, do PSC de Pernambuco, no mesmo voo comercial que estava o também deputado Jair Bolsonaro, do PP do Rio de Janeiro. Ao desembarcar no Recife, me deparei com grupo de pessoas que estava esperando o parlamentar carioca e fomos – eu e Sílvio - brutalmente hostilizados por elas.

Os motivos são óbvios: as pessoas que apoiam Bolsonaro não são simpatizantes às minhas lutas. Estamos em lados opostos na vida pública. Quem apoia o pensamento de que armas de fogo deveriam ser vendidas em lojas de departamento, defende a ditadura militar e desrespeita a mulher - só para citar algumas de suas frases na visita ao Recife -, não vota em mim. Meus projetos são outros. Os meus quarenta e quatro anos de militância política foram dedicados em favor da vida, especialmente de quem os eleitores de Bolsonaro acham que vale menos.

Lutei muito também pela democracia, que me é muito cara. Na época da ditadura militar, iniciava minha militância politica. Uma fase difícil, onde o ódio de classe era presente e assustador. Vejo a retomada dessa disputa hoje, só que de uma forma ainda mais acirrada e perigosa. O incômodo com os avanços sociais conquistados nos Governos Lula e Dilma trouxe de volta um ódio incontrolável de quem quer manter as coisas como sempre foram: pobre no lugar de pobre e rico no lugar de rico. É urgente parar! Pela imprevisibilidade onde esse ódio pode levar.

A essência da democracia está no respeito ao pensamento diferente do seu. Isso não quer dizer passividade. Opiniões contrárias podem – e devem - ser questionadas, debatidas, virar uma grande discussão política, mas com bom senso da educação, da cordialidade. Defendo o diálogo sempre.

Odiar é fácil, todo mundo é capaz. Xingar e hostilizar também. Debater tem sido para poucos. Ainda mais nesse tempo de ódio, que tem deixado o senso crítico e o respeito de lado. Tudo virou ruim, sem filtro.

Sou petista de coração. Ajudei a fundar o partido, briguei por ele, carrego seus ideais. Defendo cada mudança que O PT trouxe para vida dos brasileiros, especialmente para os que mais precisam. O partido que tem a marca e a ousadia de pensar diferente, inverter o olhar e cuidar das pessoas. Isso não se apaga com ódio, nem grito, nem briga. Não queremos um país só para 30% da população. Repito: este não vai ser o país do ódio. Basta!

Envolvido com as atividades políticas há quase 45 anos, João Paulo de Lima e Silva é um dos fundadores do PT em Pernambuco e hoje atua como superintendente da Sudene. A atuação dele iniciou ainda na época da ditadura militar em movimentos católicos e comissões operárias de metalúrgicas. De lá para cá, o petista foi presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e exerceu mandatos de deputado estadual, federal e prefeito do Recife. 

À frente da Sudene desde julho, João Paulo recebeu nesta semana a equipe do Portal LeiaJá para uma entrevista exclusiva. Durante a conversa, ele detalhou as atividades da autarquia, fez uma avaliação do cenário político e econômico nacional e pontuou as pretensões do PT no Recife para as eleições de 2016. 

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Petista mais cotado como candidato a prefeito da capital pernambucana, o político destacou que o êxito da legenda na eleição municipal vai depender muito do cenário nacional e, em tons descontraídos, comparou o futuro postulante a um gladiador.

Veja a entrevista na integra:

LeiaJá (LJ) - O senhor assumiu a Sudene em julho, sob o discurso de que haviam muitos desafios, entre eles a revitalização da autarquia. Hoje, mais de dois meses depois, qual tem sido o papel de vocês na região?

João Paulo (JP) - A Sudene tem o papel de cuidar do desenvolvimento da região do Nordeste, garantindo a integração e financiando projetos que extrapolem os limites dos estados [acima de R$ 50 milhões]. A meu ver hoje está faltando na Sudene estudar um pouco mais o Nordeste e desenvolver um planejamento mais participativo com o conjunto da região. Para isso, fui procurado por uma comissão de Minas Gerais, que está dando a maior atenção a Sudene, e vieram aqui pedir a implantação de um escritório nosso lá. Eles têm sido muito mais presentes aqui do que as cidades mais próximas. 

LJ – Como está a articulação com os 11 estados que englobam a superintendência?

JP - Neste primeiro momento minha dedicação foi para ter uma visão geral do que a Sudene está fazendo, cuidar do prédio e das ações necessárias junto com o condomínio para que nós nos mantenhamos aqui. Estamos aguardando a agenda do (Conselho de Desenvolvimento do Nordeste) Condel e entendo que os passos concernentes a articulação com os governadores tem que ser em cima da pauta. Estou analisando também a pauta dos governadores do Nordeste, para ser um elemento de articulação com o próprio Governo Federal e o Ministério da Integração no sentindo de retomar a unidade da região. 

LJ – Os cortes do Governo Federal atingiram de alguma forma os recursos da Sudene?

JP - Precisei fazer uma revisão de metas para os servidores, que foi não em função dos recursos disponíveis, mas dos projetos apresentados. Você tem mais de R$ 1,2 bilhões para analisar, significa que é um ambiente positivo. Teve uma redução de diárias e passagens, porque tem que se fazer as vistorias e outras atividades, mas em relação ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) não houve corte, nem contingenciamento. Estamos ainda dando segmentos a muitos projetos. Na semana passada liberamos mais de R$ 100 milhões para Fiat e R$110 milhões para a Odebrecht Ambiental que está saneando mais de 15 cidades da RMR. 

LJ - Vindo para o contexto nacional, como o senhor avalia a conjuntura política e econômica?

JP - Tem algumas questões para serem analisadas de forma mais profunda. Primeiro, a presidente Dilma está mais habilitada do que nunca para concluir o mandato dela, que foi dado pelo povo. O que nós temos visto é uma oposição que se aproveita da crise econômica nacional e a nossa pouca habilidade para capitalizar as grandes transformações e mudanças na qualidade de vida do povo brasileiro. Temos exemplos significativos como os programas de desenvolvimento social. São projetos de uma grande monta e que faltou um processo de politização maior.

LJ – A reabertura dela para o diálogo com as bases pode ajudar na retomada da popularidade e da articulação com o Congresso Nacional?

JP - Muitos aliados aproveitam o momento para conquistar mais espaços no governo. Isso faz parte do jogo político. Com a reforma ministerial isso pode se equilibrar mais. Tem parcela do parlamento brasileiro que não está nem um pouco preocupado com o que pode acontecer com o Brasil, está muito mais preocupado com seus quinhões, suas influências e indicações políticas. 

LJ – E a autocrítica do PT com relação à gestão de Dilma, como o senhor avalia?

JP - A crítica é um instrumento importante. Digo sempre que meus melhores assessores ao longo dos 45 anos de experiência política, são aqueles que adotam um espírito crítico. Não vejo a crítica como algo negativo não. Agora a outra coisa é a esculhambação e a baixaria, mas isso se administra. É você ter um foco do projeto. Do ponto de vista do partido está resolvido. Está aí a perda de ministérios, como o da Saúde, historicamente ocupado pelo PT por nomes como Padilha, Chioro e o próprio Humberto Costa. [O PT] Saiu do ministério sem problema nenhum. Mas isso faz parte da correlação de forças.

LJ - A abertura para o PMDB prejudicaria de alguma forma o PT?

JP - Acredito que não. Veja bem, Lula e Dilma tem um grande feito que é governar com a minoria das minorias. Então a composição política de um governo faz parte do jogo político. Você se elegeu com um número de forças e tem que atender a todas elas. Agora a questão é o seguinte: todo mundo que participou deste processo sempre acha que deveria estar melhor representado e fazem pressão para ocupar esses espaços. Digo isso por experiência própria. Foram oito anos na Prefeitura do Recife. 

LJ – E por falar no Recife, como andam as articulações do PT para 2016? 

JP – Há um consenso no partido de que cometemos muitos erros, por isso não vamos tomar nenhuma decisão que não seja em unidade e o desejo da ampla maioria. A decisão do PT hoje é de ter um candidato próprio a prefeito [do Recife] e meu nome aparece muito bem, mesmo depois de quase sete anos que deixei a prefeitura, fiz um governo que deixou marcas. Tem um recal grande da gestão, mas é muito cedo ainda. Hoje diria que o PT não tem condições de disputar a eleição. Para o PT lançar uma candidatura vai depender muito do cenário nacional. O cenário nacional sempre ajudou o PT em Pernambuco. Espero que esse quadro possa ser revertido e a gente possa ter candidaturas competitivas no estado. 

LJ - O senhor quer voltar para a prefeitura? Digo, ser candidato em 2016?

JP – Estou bem aqui na Sudene, fazendo o meu trabalho e dando o máximo que posso. Mas o partido vai discutir essa possibilidade mais para frente. Fui chamado para participar do processo [no Grupo de Trabalho Eleitoral PT-Recife], mas disso a ser candidato há uma distância significativa. Acabei de sair de uma eleição, com dificuldades financeiras. Tenho que ponderar. Apesar disso, todas as pesquisas que fazem me apontam com uma excelente condição na cidade, mas estarei fazendo 66 anos de idade e 45 de vida política, cada passo é exigido de mim pensar um pouco mais. Talvez o candidato do PT no Recife tenha que virar um gladiador e explodir o Vesúvio que está dentro dele. Este será o segredo da vitória do nosso candidato.

LJ - O senhor falou das marcas e das políticas públicas implantadas na sua gestão, como avalia a atuação do prefeito Geraldo Julio?

JP - Hoje não vemos nenhuma [política pública], mas acho que primeiro quem tem que avaliar é a sociedade que perdeu, perdeu muito na manutenção, na saúde, na cultura, na educação. Estão aí os artistas cobrando ainda o cachê do carnaval. É uma situação extremamente difícil. Não me cabe fazer esse julgamento, mas ao povo. Eles vão julgar no dia certo e dar uma nota. 

LJ – Também na sua gestão deu-se início a toda a articulação do Projeto Novo Recife, assunto de polêmica discussão social atualmente. Como foi sua a participação neste processo?

JP - O projeto Novo Recife não foi durante a minha gestão. O que havia era o complexo cultural Recife e Olinda. Era uma parceria entre nós, Luciana Santos, Jarbas Vasconcelos e o Governo Federal. Para um projeto com prédios menores e outra arquitetura. Nós esperávamos que o Governo do Estado ou a União comprasse a área ferroviária, o que não aconteceu. 

LJ – A gestão seguinte também foi do PT, com João da Costa. Então a responsabilidade seria dele?

JP – Posso falar do tempo enquanto eu fui prefeito. Depois que eu fui prefeito as discussões que ocorreram não sei. Era um projeto a quatro mãos. Nenhum de nós tínhamos recursos para ficar naquela área. 

O Banco do Nordeste, a Sudene e o BNDES asseguraram à TAM o financiamento do hub da empresa no Nordeste independente da sua localização – se no Recife, Fortaleza ou Natal. O valor e as condições do financiamento dependerão do modelo de negócio a ser oferecido pela empresa aérea, mas estimou-se na reunião um custo entre R$ 280 milhões, considerado conservador pela TAM, e R$ 500 milhões. 

“O projeto do hub é muito importante para a região, pela multiplicação do emprego e da renda, seja qual for o aeroporto a ser escolhido, e por isso é essencial que tenha suporte financeiro adequado”, declarou o senador Douglas Cintra (PTB) ao abrir a reunião que aconteceu nessa quarta-feira (30) em Brasília. Convidados por ele, participaram do encontro o presidente do BNB, Marcos Holanda; o superintendente da Sudene, João Paulo Lima e Silva; os diretores de Infraestrutura do BNDES, Roberto Zurli, Comercial e de Logística de Cargas da Infraero, André Marques de Barros, e de Tesouraria e Tributário da TAM, José Menegário e Bruno Alessio.

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João Paulo revelou que o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), gerido pela Sudene, tem um orçamento disponível de R$ 1,2 bilhão para este ano. Holanda ressaltou, por sua vez, que o custo dos empréstimos do BNB  “é bastante atrativo”, enquanto Zurli disse haver recursos abundantes no BNDES para infraestrutura, como é o caso do hub. O presidente do BNB e o diretor do BNDES afirmaram aos diretores da TAM que os limites e os custos do financiamento vão ser decididos de acordo com o modelo de negócio a ser formatado para o hub pela Latam – fusão da TAM com a aérea chilena LAN.

Os diretores da TAM declararam ser prioridade da empresa um financiamento totalmente em reais e de longo prazo, condições que são atendidas por BNB, Sudene e BNDES. Alessio anunciou que a Latam decide a localização entre Recife, Natal e Fortaleza até dezembro, inicia as obras do hub em 2016 e começa a operá-lo em 2017. Segundo ele, com a central de distribuição de voos no Nordeste, a Latam quer atender a uma demanda de dois milhões de passageiros por ano.      

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara realiza, na próxima quinta-feira (24), uma audiência pública para apurar possíveis violações aos direitos humanos contra funcionários da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) durante o período da Ditadura Militar. As oitivas acontecem a partir das 9h, na sede da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Apipucos, Zona Norte do Recife.

Os funcionários aposentados da Sudene Ulrich Hofmann, Antônio Othon Rolim, Francisco Oliveira, Plínio Soares, Clemente Rosas,  Adalberto Arruda e Délio Mendes depõem da audiência. De acordo com a Comissão da Verdade, o regime ditatorial trouxe demissões em massa de técnicos e funcionários considerados opositores ao regime. 

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Os depoentes prestam informações ao colegiado pernambucano acerca do desmonte da Sudene como órgão responsável pelas políticas de desenvolvimento na região Nordeste. As declarações devem ajudar na elaboração do Relatório Final da Comissão da Verdade de PE, previsto para ser apresentado em junho de 2016.

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