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Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, não pode mais ser reeleito. Na última eleição para governador, em 2010, ele conquistou a reeleição. Beltrame, secretário de segurança pública do estado fluminense, expulsou, teoricamente, os traficantes de variadas comunidades e adotou uma política de segurança de sucesso.

O sucesso de Cabral na opinião pública deve-se, em parte, a Beltrame. E sem Cabral, Beltrame não existiria como secretário de segurança. Diante disto, indago: o que ambos pensam em fazer a partir de 2014?

Qualquer pesquisa de opinião realizada no Brasil mostrará que a segurança pública é considerada um dos principais problemas do país. Para os eleitores, os governos dos estados e os presidentes da República são responsáveis pelas ações na área da segurança pública.

FHC foi tímido nas ações de combate ao crime. No governo de FHC não foi criado uma política nacional de segurança. Na era Lula, ações pontuais foram realizadas. Além de muitas pesquisas que contribuíram para desvendar mitos da criminalidade brasileira. Entretanto, FHC e Lula não criaram políticas de segurança de sucesso.

Nos governos estaduais, destaco os trabalhos dos variados governos de São Paulo. Os governadores de São Paulo, vale salientar, todos do PSDB, conseguiram, com sucesso, reduzir a frequência de homicídios no estado, em particular na capital. Na era Aécio, Minas Gerais avançou na área da segurança pública.

Em Pernambuco, no início do primeiro mandato do governo Eduardo Campos, foi criado o Pacto pela Vida. Este programa e ações específicas trazidas de São Paulo contribuíram para o aperfeiçoamento da segurança pública de Pernambuco. Friso que a qualidade da segurança pública em Pernambuco melhorou consideravelmente. Ressalto, ainda, que a frequência de homicídio foi reduzida.

Considerando a premissa de que políticas meritórias de segurança pública contribuem para o sucesso eleitoral de candidatos, faço, novamente, a seguinte indagação: o que deseja Beltrame e Cabral em 2014?

Eles poderão optar por se afastar da política. Ou poderão sonhar com vôos políticos. Beltrame pode desejar ser governador do Rio de Janeiro. Cabral pode desejar ser vice-presidente da República. Ou, quem sabe: Beltrame pode, a convite de um partido mediano, desejar ser presidente da República.       

Rio de Janeiro - Os tanques da Marinha, que foram utilizados no apoio logístico de transporte durante a Operação Choque de Paz, hoje (13), no Rio de Janeiro chamam a atenção de quem passa pela porta do 23º Batalhão de Polícia Militar, no Leblon, zona sul do Rio. No local, onde foi concentrado o comando da operação de ocupação das favelas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, estão estacionados quatro desses veículos blindados.

O porteiro Marcos Antônio Silva, morador da Rocinha, levou o filho Marcos Vinícius, de 12 anos, na manhã deste domingo para tirar fotos ao lado dos taques. Após pedir autorização aos policiais do batalhão, ele usou a câmera do celular para fazer o registro. “Não é todo dia que vemos esses tanques assim tão perto. Ele queria ver e eu trouxe o menino”, contou.

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Já Marcos Vinícius disse já saber o que vai fazer com a foto: “Com certeza ela vai agora para o meu Facebook”, brincou.

Marco Antônio relatou que, apesar da apreensão dos moradores da comunidade com a ocupação, a madrugada foi tranquila, sem o registro de confrontos. Ele contou não ter dormido muito bem à noite por causa da expectativa de como seria a entrada das forças policiais, mas garantiu não ter alterado a rotina da casa.

“Até agora está tudo bem, vamos esperar para ver o que vai mudar”, disse.

A professora Índia Maria, moradora da Gávea, também passou pelo batalhão na manhã de hoje para conferir de perto os blindados da Marinha. “Ver esses veículos no cenário urbano impressiona porque eles são pesados e chamam a atenção. Não dá para passar sem perceber. Tomara que eles sejam o símbolo de um tempo de paz não só para as comunidades ocupadas, mas também para nós, que moramos no entorno e também ficamos apreensivos com o poder do tráfico”.

Ao todo, 18 blindados da Marinha foram utilizados na operação. O mais pesado deles, um modelo Clanf (Carro Lagarta Anfíbio), pesa 22,6 toneladas e tem capacidade para transportar 25 pessoas. Em geral, ele é usado para levar fuzileiros de navios para a terra. Além dele, a Marinha usou o M-113 e o Mowag Piranha.

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que as forças estaduais de segurança vão permanecer na comunidade da Rocinha, após a ocupação durante a Operação Choque de Paz, neste domingo (13). Segundo ele, os homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar ocuparão o local até a instalação definitiva da Unidade de Polícia Pacificadora, a 19ª do estado do Rio, em data ainda não definida.

De acordo com Cabral, a ação de hoje só foi possível graças à integração das três esferas de governo, que permitiu que as tropas do Exército continuassem ocupando o Complexo do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. Cabral lembrou que a presidenta Dilma Rousseff aceitou seu pedido de prorrogação da ocupação dos militares naquelas comunidades até junho de 2012 e acrescentou que logo após o controle da Rocinha ter sido anunciado hoje, ligou para agradecer a chefe de Estado.

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“O território foi retomado graças à unidade e à união das forças públicas que trabalharam nessa operação, para resgatar comunidades que estavam abandonadas pelo poder público e dominadas pelo poder paralelo há décadas. Dentro do nosso planejamento de formação dos policiais, não teríamos como avançar no nosso calendário se não houvesse a prorrogação, se as Forças Armadas não dessem mais uma contribuição ao Rio de Janeiro”, disse, durante entrevista coletiva na manhã deste domingo, no 23º Batalhão de Polícia Militar, no Leblon, zona sul do Rio. No local, foi montado um centro de comando da Operação Choque de Paz.

Cabral ressaltou que, com base em dados coletados durante as intervenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o número de moradores da Rocinha dobrou entre os anos de 2000 e 2010, chegando a 100 mil pessoas. Ele informou que o governo vai lançar, em breve, o Censo da Rocinha e acrescentou que na comunidade vizinha, do Vidigal, também com base nesses dados, há 20 mil moradores.

“Esse Censo mostra que há uma distorção nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que são 70 mil, mas 100 mil. São pessoas que precisavam criar seus filhos em paz. São os garçons, as cabeleireiras, as empregadas domésticas da zona sul, e pessoas com nível superior que querem ter acesso a uma vida digna e isso não ocorre sem paz”.

Até agora, a polícia apreendeu armas, entre elas fuzis, uma granada e diversas motos roubadas na Rocinha. O balanço final da operação só será divulgado no fim da tarde de hoje.

Cerca de 100 mil pessoas são esperadas para o ato público "Contra a Injustiça - Em Defesa do Rio", na tarde de hoje, segundo estimativa do governo do Rio de Janeiro. A concentração para a passeata contra a nova distribuição dos royalties do petróleo, marcada para as 15 horas, será na Candelária. .

Segundo dados do governo estadual, o Rio vai perder, já em 2012, aproximadamente R$ 3,3 bilhões com a nova divisão. Para o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, o prejuízo para as cidades será enorme. "Vão quebrar os 92 municípios e mais os do Espírito Santo e mais os de São Paulo. Isso é de uma gravidade, de uma violência. Temos que mostrar isso ao Congresso Nacional e à população", afirmou Pezão. Com a nova lei, aprovada no Senado, a parcela que cabe aos estados produtores seria redistribuída entre todos os estados da Federação.

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O protesto é organizado pelo governo do Estado e por prefeituras da capital e do interior. Os servidores públicos estão dispensados do trabalho, com a decretação de ponto facultativo e, a partir das 13h, o transporte público terá tarifa livre. A Avenida Rio Branco, no centro do Rio, uma das principais vias da cidade, já foi fechada ao trânsito. Caminhões estão distribuindo banheiros químicos na via. A marcha tem concentração na Candelária e segue até a Cinelândia, onde haverá um show.

 

 

 

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A Polícia Militar informou há pouco que, além do cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos da Silva, de 46 anos, outros quatro homens morreram durante tiroteio entre traficantes e policiais na favela de Antares, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo. Segundo a PM, os outros quatro mortos eram criminosos da favela.

A nota oficial informa que seis traficantes foram presos, entre eles o gerente do tráfico da favela, conhecido como "BBC" e seu braço direito, identificado apenas como "China".

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Segundo a PM, o objetivo da operação, que reuniu cem policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque, "era checar informações da área de Inteligência de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local". Houve apreensão de armas e drogas.

De acordo com a PM, o cinegrafista foi baleado no peito durante troca de tiros na localidade conhecida como rua do Valão. A PM lamentou, na nota, a morte do profissional.

O entorno do Maracanã, na zona norte do Rio, continua sem projeto de licitação para as obras de urbanização e dos acessos ao estádio para a Copa do Mundo de 2014. O Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio de Janeiro desaprovou o projeto de licitação feito pela prefeitura que, agora, é a responsável pelas obras do entorno do estádio. A tarefa, antes, estava sob a responsabilidade do governo do estado.

O representante do Tribunal de Contas do Município do Rio, Marcos Mayo Simões, informou hoje (3) que o projeto da prefeitura, no valor de cerca de R$ 118 milhões, é inconsistente. “O projeto não condizia com o orçamento. Eles revogaram a licitação no fim de outubro e um novo projeto deve ser apresentado ao Tribunal de Contas em breve e a licitação pode sair a qualquer momento”.

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A declaração foi feita durante o 21º Seminário Nacional de Controle Externo do Tribunal de Contas, no centro do Rio. Simões disse ainda que, originalmente, a única responsabilidade da prefeitura, com investimentos para a Copa do Mundo de 2014, era a construção do corredor expresso Transcarioca, que ligará a Barra, na zona oeste, ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador.

As obras do entorno do Maracanã incluem urbanização, revitalização das ruas e equipamentos públicos nos arredores do estádio, construção das vias de acesso ao local das partidas, de estacionamento, entre outras ações.

A secretária-geral de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Elaine Faria de Melo, alertou para a demora nas obras do Maracanã, de responsabilidade do governo estadual. “Em março, estavam previstos gastos de cerca de 5% do total contratado, mas em agosto foram executados 3,57% do total empenhado para a obra do Maracanã. O percentual é baixo. Estamos monitorando e já apontamos uma série de determinações para o governo para que ele possa tomar as medidas necessárias para atender aos preparativos no prazo previsto.”

Depois de se tornar a capital brasileira que mais investe em audiovisual, com R$ 60 milhões aplicados em 170 projetos entre 2009 e 2011, o Rio de Janeiro bateu seu próprio recorde. A RioFilme, empresa da prefeitura do Rio que atua na área de fomento à produção audiovisual, anunciou hoje (25) que vai investir, no ano que vem, R$ 31 milhões em 70 projetos do setor. Os recursos serão aplicados na produção de filmes e de conteúdo para televisão, em festivais e ações de democratização do acesso ao cinema.
 
De acordo com o presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão, os investimentos serão do tipo reembolsável, pelo qual a RioFilme faz jus a uma participação na receita dos filmes; e do tipo não reembolsável, fomento que visa ao desenvolvimento cultural e artístico. Os investimentos não reembolsáveis terão recursos da ordem de R$ 10 milhões e envolvem a criação do Programa de Fomento ao Audiovisual Carioca (FAC).
 
Na linha de investimentos não reembolsáveis, serão financiados o desenvolvimento de longas-metragens, de conteúdos para TV, a produção de curtas, de documentários de TV e a produção e finalização de longas. “A ideia é que, na avaliação desses projetos, imperem os critérios artísticos, de qualidade, de relevância cultural, o que complementa o que temos feito nesses últimos anos, que é o investimento reembolsável com ênfase no valor econômico dos projetos”, explicou Sérgio Sá Leitão.
 
Além dos R$ 10 milhões da RioFilme, o FAC terá também R$ 1 milhão do Canal Brasil, em regime de coprodução, e R$ 100 mil do Instituto Oi Futuro. Para o presidente da RioFilme, essa nova linha de investimentos consolida a posição do Rio de Janeiro como principal centro audiovisual do país. “É um fomento plural, para que tenhamos produzido aqui tanto um cinema comercial quanto um cinema culturalmente relevante”, disse.
 
De acordo com dados da RioFilme, que em 2012 completará 20 anos de existência, no ano passado 40% dos filmes brasileiros lançados foram produzidos por empresas do Rio de Janeiro. Esses filmes foram responsáveis por 95% da renda e do público do cinema brasileiro.
 
A cidade também é a locação preferida dos cineastas estrangeiros que filmam no Brasil. Em 2010, foram rodados no Rio 51,4% das produções internacionais realizadas no país.

Uma pesquisa do economista Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou indícios de manipulação nas estatísticas oficiais de criminalidade do Rio de Janeiro que mostraram suposta queda no número de homicídios no Estado desde o início do primeiro governo Sérgio Cabral (PMDB).

Os números oficiais apontam diminuição de 28,7% nos assassinatos entre 2007 a 2009, mas o estudo de Cerqueira, doutor em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ) mostra que o Estado pode ter ocultado do número total as mortes com causa externa indeterminada, nas quais o motivo não é definido entre homicídio, suicídio e acidente. Os óbitos externos sem motivação determinada passaram de 1.857, no período de 2000 a 2006, para 4.021 entre 2007 e 2009.

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O estudo mostra que o perfil das vítimas do homicídio é bem diferente dos mortos em acidentes e suicidas. Os assassinados são jovens com cerca de 20 anos, pretos ou pardos, estudaram no máximo até o ensino fundamental e 80% são mortos por armas de fogo na rua. Já o suicida típico é branco, tem em torno de 45 anos e morre enforcado em casa. Vítimas de acidentes violentos são comumente idosos, entre 70 a 80 anos, com pouca escolaridade. Na maioria das mortes catalogadas como "causa indeterminada" no Rio a vítima é jovem, estava na rua e foi morta a tiros - perfil típico da vítima de assassinato - o que pode ser indício da manipulação.

O número de mortes indeterminadas, cujas vítimas foram vítimas de Perfuração de Arma de Fogo (PAF) cresceu 263% nos últimos três anos no Estado. Apenas em 2009, 2.797 pessoas morreram sem que o Instituto Médico-Legal sequer apontasse a causa. A pesquisa de Cerqueira, "Mortes violentas não esclarecidas e impunidade do Rio de Janeiro" foi divulgada no site do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Inconsistências nas estatísticas de mortes por causas externas não determinadas no Rio já tinham sido apontadas pelo jornal O Estado de S.Paulo em sua edição de 7 de junho.

Responsável pela divulgação dos índices de criminalidade no Rio, o Instituto de Segurança Pública (ISP) não se manifestou sobre o assunto. O órgão é dirigido por oficiais da Polícia Militar desde 2008, quando a ex-diretora, a antropóloga Ana Paula Miranda foi demitida após recorde de pessoas mortas pela polícia nos autos de resistência (suposto confronto entre agentes e criminosos). Na ocasião, ela acusou a Secretaria de Segurança Pública do Rio de "fabricar a queda de homicídios".

Desde março, após o Ministério da Saúde cobrar explicações, a Secretaria de Saúde e o ISP formaram um convênio para esclarecer os casos de morte de "intenção indeterminada". No entanto, nenhum resultado foi divulgado até o momento. A Polícia Civil do Rio informou que se pronunciará apenas amanhã sobre o estudo. O Ministério da Saúde apenas informou que não recebeu a pesquisa e que a responsabilidade sobre o preenchimento dos registros é dos Estados.

A Polícia Civil prendeu hoje 25 pessoas envolvidas com um esquema fraudulento para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no Rio de Janeiro. A quadrilha agia há pelo menos dois anos e cobrava de R$ 800 a R$ 4 mil para aprovar os candidatos no exame de habilitação. Em média, 200 pessoas por mês se beneficiavam dos serviços dos fraudadores, o que significava um lucro anual estimado em R$ 10 milhões.

Os valores cobrados dependiam do nível de exigência para a obtenção da CNH. Do candidato totalmente incapaz era cobrada uma quantia mais elevada, enquanto os que simplesmente queriam conseguir os documentos sem se submeter aos exames obrigatórios pagavam menos.

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Mais de 300 agentes, da Polícia Civil, do Detran e do Ministério Público cumpriram 42 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão em 11 municípios e 37 bairros do estado. Vinte e uma autoescolas estão envolvidas na fraude. As buscas também aconteceram em algumas dependências do Detran, onde trabalhavam funcionários e prestadores de serviços envolvidos no esquema.

As investigações começaram em 2009, a partir de irregularidades constatadas pela Corregedoria do Detran, que passou as informações à Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela coordenação da ação de hoje. Foram apreendidos vários documentos e material para análise posterior, como CPUs, telefones celulares, anotações e cheques, além de R$ 145 mil em dinheiro. As pessoas sendo identificadas perderão suas carteiras e responderão criminalmente.

Fazer com que a Literatura brasileira ultrapasse as fronteiras territoriais do mundo, esse é o objetivo do programa para tradutores lançado, durante a Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. O projeto irá facilitar o contato de tradutores estrangeiros com diferentes cidades do nosso país.

Dessa maneira, os profissionais, selecionados para passar de dois a seis meses no Brasil, a partir de 2012, poderão conhecer, de perto, cenários e personagens que compõem o vasto mundo literário brasileiro. Além disso, o programa irá apoiar a publicação e divulgação dos livros nacionais no exterior. Uma iniciativa que deverá valorizar e reconhecer o empenho realizado pelos escritores brasileiros na concretização de uma obra literária.

Apontado como um dos mais perigosos integrantes da milícia Liga da Justiça, o ex-policial militar Carlos Ary Ribeiro, o Carlão, fugiu na madrugada de hoje do Batalhão Especial Prisional (BEP), no Rio de Janeiro, menos de 24 horas após o início da Operação Pandora, promovida pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio contra o mesmo grupo paramilitar. A Corregedoria da PM instaurou inquérito e determinou a prisão do oficial do dia, considerado conivente com a fuga.

Carlão foi um dos 18 denunciados ontem por formação de quadrilha armada pelo Ministério Público do Rio. De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o ex-cabo da PM "é um dos mais virulentos homicidas a integrar as hostes da quadrilha. É o responsável pela perpetração de incontáveis assassinatos na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro em prol da malta".

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Ainda segundo a denúncia, mesmo antes de fugir, Carlão havia transformado sua cela no BEP em uma espécie de escritório da Liga da Justiça. De lá, ele e o também ex-PM Ivo Mattos da Costa Junior, o PM Junior ou Tomate, controlavam a cobrança de taxas de mototaxistas e vans e a arrecadação com a venda de sinal pirata de TV por assinatura (gatonet), segundo os promotores. O Ministério Público havia feito novo pedido de prisão preventiva contra Carlão. Além dele, outros três ex-PMs denunciados ontem também estavam presos. Mais cinco pessoas, sendo duas mulheres, foram presas durante a operação.

Para fugir, Carlão forçou a entrada na sala que a Defensoria Pública mantém no BEP. O ex-PM passou então por um pátio interno até chegar a uma guarita desativada. Carlão teria usado uma corda para descer o muro. A polícia acredita que um carro já esperava o miliciano do lado de fora do BEP. No início da manhã, o corregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes, esteve no batalhão prisional e admitiu a fragilidade do sistema. Segundo ele, policias do BEP facilitaram a fuga de Carlão.

"Nós temos realmente uma fragilidade em termos do sistema. Vêm sendo adotadas medidas de correção (dessas fragilidades)", disse Menezes. "Esse ex-militar, ele obteve fuga, a princípio, por uma negligência do nosso oficial de dia. Ele está sendo autuado por facilitar essa fuga. A partir daqui, nós estamos instaurando um inquérito policial militar e o objetivo é apurar como se deram esses fatos", explicou Menezes.

A milícia Liga da Justiça atua há mais de dez anos em Campo Grande e bairros vizinhos, na zona oeste do Rio. Além do gatonet e das taxas de vans e mototaxistas, os paramilitares também faturam com o monopólio de venda de gás, cobrança por "proteção" a comerciantes e moradores, entre outras atividades criminosas. Os líderes da Liga da Justiça são os irmãos Natalino (expulso do DEM), ex-deputado estadual, e Jerônimo Guimarães (PMDB), o Jerominho, ex-vereador. Os dois cumprem pena por formação de quadrilha armada no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande desde 2008.

Mais um bueiro explodiu no centro do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29) à noite, mas ninguém foi atingido. A peça, situada na esquina das avenidas Almirante Barroso e 13 de Maio, começou a soltar fumaça às 18h15, segundo os bombeiros. Minutos depois, a explosão fez a tampa subir mais de um metro, afirmaram testemunhas.

Os bombeiros acionaram a Light (concessionária de eletricidade do Rio), que enviou técnicos ao local, mas constatou que o bueiro não pertence à companhia. Funcionários da CEG também verificaram que o bueiro não é da empresa. A responsabilidade pelo bueiro não havia sido identificada até as 21h45 de hoje.

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Neste ano já ocorreram ao menos 12 explosões de bueiros no Rio. O Ministério Público firmou com a Light e a CEG acordos que preveem multa de R$ 100 mil por explosão de bueiro que cause morte, lesão corporal ou dano ao patrimônio.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na tarde do último sábado, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, um homem suspeito de assassinar a facadas o sócio e esconder o corpo dentro de um freezer. Fabiano Lima Araújo, de 44 anos, teria matado Ilson de Moura Lopes, de 35 anos, com diversos golpes após uma discussão por causa de um automóvel.

Segundo a polícia, o crime aconteceu no interior da padaria Center Lamego, no bairro Vila Centenário, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após os dois discutirem sobre a propriedade do veículo. De acordo com o delegado Sebastian Santoro Nunes, após o crime Fabiano colocou o corpo de Ilson dentro de um freezer e o abandonou no Morro da Mangueirinha. "Segundo ele, ao ver o sócio ensanguentado caído no chão, ele colocou o corpo dentro de um freezer, falou com dois moradores de rua, que o ajudaram a carregar o eletrodoméstico até uma Kombi, e abandonou o freezer em uma esquina, onde foi encontrado por moradores, contou Santoro.

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O delegado informou ainda que logo após o assassinato a distrital passou a investigar o homicídio e conseguiu identificar Fabiano, que foi detido dentro de uma igreja em Pernambuco. Após o crime, ele teria ido para a casa de uma cunhada, onde se manteve escondido. Fabiano vai responder por homicídio qualificado.

Foi encontrado no fundo do mar, na tarde do sábado (20), o helicóptero desaparecido desde sexta-feira. A aeronave, que prestava serviços à Petrobras, foi localizada a 99 metros de profundidade, próximo ao local onde desaparecera, a cem quilômetros do litoral de Macaé, no norte Fluminense. Três corpos ainda não identificados estavam na estrutura. Segundo a Petrobras, já foram iniciados procedimentos para resgate dos corpos. Também prossegue a busca pela quarta pessoa desaparecida.

Na tarde de hoje a estatal recomendou permanência em solo de todos os helicópteros Agusta AW 139, mesmo modelo da aeronave que caiu. A medida foi tomada porque ainda não se sabe as causas do acidente. A estatal marcou para sábado reunião com representantes da empresa fabricante do helicóptero, que virão da Itália.

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Participam das buscas ao ocupante desaparecido da aeronave, ao todo, seis aeronaves, duas delas da Força Aérea Brasileira (FAB), participam da operação. Dezesseis embarcações prosseguem nas buscas, quatro delas equipadas com robôs submarinos.

O helicóptero transportava Ricardo Leal de Oliveira, de Rio das Ostras (RJ), auxiliar técnico de planejamento da empresa Engevix; e João Carlos Pereira da Silva, de Campos dos Goytacazes (RJ), técnico de inspeção da empresa Brasitest. Os outros ocupantes eram o piloto Rommel Oliveira Garcia, do Rio de Janeiro (RJ)e o co-piloto Lauro Pinto Haytzann da Sênior Táxi Aéreo, de São Paulo (SP).

Dois soldados do 5.º Batalhão de Polícia Militar foram indiciados ontem por lesão corporal. Eles reconheceram que atiraram contra o ônibus com dez passageiros e balearam quatro inocentes, durante o assalto na linha Praça 15-Duque de Caxias, na noite de terça-feira (9), no Rio de Janeiro.

Os militares disseram à polícia que dispararam nos pneus para parar o veículo. O laudo da perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli confirmou o depoimento dos passageiros de que os assaltantes não fizeram disparos e revelou marcas de tiros de diferentes calibres na lataria do coletivo - uma prova de que mais policiais podem ter atirado. "Poderemos requisitar as armas de outros envolvidos na ocorrência", disse a delegada Sânia Cardoso, reconhecendo a dificuldade de levar adiante a investigação, pois não foram recolhidos os projéteis deflagrados para uma futura comparação. Os dois PMs podem ser indiciados por homicídio culposo no caso da morte de uma das vítimas - que segue internada.

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O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse ontem que há enormes diferenças entre a tentativa de assalto e o episódio do ônibus 174, em 2000, quando a refém e o assaltante foram mortos por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). "Se houve erro, o comando da Segurança Pública não vai passar a mão na cabeça dos culpados", declarou.

A PM vai consultar equipes táticas especializadas, psicólogos e negociadores do Bope para estudar os erros cometidos durante a abordagem. O objetivo é usar o caso como referência durante os cursos de formação e aperfeiçoamento de seus agentes. "Vamos nos debruçar sobre esse caso com cuidado para aprimorar nossa atuação", afirmou o coronel Ibis Pereira, porta-voz da PM fluminense. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito interino de Teresópolis, Roberto Pinto (PR), de 67 anos, morreu na madrugada de hoje após sofrer um enfarte em casa. Ele chegou a ser levado à Casa de Saúde São José, mas morreu enquanto era socorrido.

Pinto assumiu o cargo na última sexta-feira, três dias após o então prefeito, Jorge Mario Sedlacek (sem partido), ser afastado pelos vereadores pelo prazo de 90 dias para a investigação de supostas irregularidades na aplicação de verba recebida para a reconstrução da cidade após as chuvas de janeiro.

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O prefeito era médico e deixou seis filhos, além de netos. O cargo deverá ser ocupado interinamente pelo presidente da Câmara, Arlei Rosa (PMDB).

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