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Na noite desse sábado (18), o grupo Racionais MC's se apresentou no Recife e trouxe à capital pernambucana sua nova turnê de 25 anos de carreira. O show foi realizado no Chevrolet Hall e contou com convidados que antecederam a apresentação dos Racionais MC's. 

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A cantora carioca Sistah abriu a noite de shows cantando muito rap pra animar o público, que ainda chegava aos poucos no local do evento. Sistah mistura rap e ritmos jamaicanos, com influência brasileira em percussões. A cantora cantou canções como Já Ouvi Dizer e Terraço e agradou um público ainda tímido. 

O cantor Gustavo Black Alien foi a segunda atração a se apresentar na noite consagrada do rap nacional. O cantor, ex-integrante do Planet Hemp, subiu ao palco e instigou a plateia a participar da apresentação, fazendo os fãs do ritmo musical dançarem e cantarem junto com ele. 

Ao longo do show, Black fez algumas homenagens e agradecimentos. "Pra mim é uma honra estar aqui e poder apertar a mão dos meus ídolos, dividindo o mesmo palco", falou o cantor referindo-se ao grupo Racionais MC's. O rapper norte-americano Tupac Shakur, considerado um dos pais do rap, também foi relembrado pelo cantor em uma de suas canções. No fim do show, Black Alien fez uma homenagem ao Chico Science cantando a canção From hell do céu, que diz em um trecho: "A revolução não será televisionada nem virá pelo rádio."

Racionais MC's

Por volta das 1h30 da madrugada, o grupo formado por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay iniciou a apresentação, levando uma multidão ao delírio. Antes do início do show, Edson, de 23 anos, comentou sobre a expectativa para ver pela primeira vez a sua banda favorita. "Estou a mil nessse momento, sou fã desde os 10 anos e pela primeira vez pude vir a um show deles", disse. 

Ao longo de 2 horas de show, a banda animou o público e convidou os fãs a cantar junto com eles. No repertório, sucessos do início da carreira foram relembrados. 

Como prometido pelo grupo, a apresentação contou com cenários em painéis diferenciados e repertórios especiais para registrar a celebração de 25 anos de carreira. Os músicos entraram no palco portando uma bandeira de Pernambuco, levando os fãs ao delírio. Músicas como Negro DramaA Mente do Vilão, Vida Loka, Fórmula Mágica da Paz e Artigo 157 embalaram o público a cantar e dançar juntamente com a banda. 

Confusão

No fim do evento, um tumulto foi formado na única saída da casa de shows. Um grupo que já estava fora do evento, trocou ofensas, chutes e murros com os seguranças do Chevrolet Hall. Durante alguns minutos uma correria tomou conta da saída e dois adolescentes ficaram caídos no chão. 

Em comemoração aos 25 anos de carreira, os Racionais MC's realizaram uma apresentação no Recife, nesse sábado (18). Um fã da banda desde 1994, organizou uma caravana em seu bairro parar levar o máximo de pessoas para o show. 

Luenis Faustino, de 33 anos, organizou um ônibus em seu bairro para 33 pessoas irem ao show da banda. O grupo de amigos estava com camisas customizadas em comemoração as duas décadas e meia de existência do grupo. "Eu me identifico com a letra e sou tão fã da banda que aluguei um transporte para que todos do meu bairro que quisessem vir, viessem", comentou Luenis. 

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Os Racionais MC’s é um grupo brasileiro de Rap que surgiu no final dos anos 80. Formado por Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e DJ KL Jay, respectivamente Zona Sul e Zona Norte, eles buscam tratar temas diários em suas canções, nas quais narram a dura vida de quem é negro e pobre no Brasil. O discurso dos rappers tem a preocupação de denunciar o racismo e o sistema capitalista que, segundo eles, oprime os cidadãos. 

Os Racionais MC’s devem lançar um novo disco de estúdio ainda este ano. O último trabalho inédito do grupo foi Nada Como Um Dia Após o Outro Dia, lançado em 2002. 


O grupo de rap Racionais MC's se apresenta no Recife neste sábado (18), no Chevrolet Hall, às 21h. A banda formada por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay, traz à capital pernambucana sua nova turnê de 25 anos de carreira.

No show, o grupo cantará grandes sucessos da carreira e músicas da nova turnê. Além de participações especiais, os MC's prometem trazer um cenário e iluminação diferenciados, transportados em duas carretas até o Recife.

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Os Racionais MC’s devem lançar um novo disco de estúdio ainda este ano. O último trabalho inédito do grupo foi Nada Como Um Dia Após o Outro Dia, lançado em 2002. 

Os ingressos estão à venda na bilheteria do Chevrolet Hall, em Olinda, nas Lojas Renner do Shopping Recife, Guararapes e na Rua Impertriz. O valor varia entre R$ 50 (meia pista) e R$ 1.000 (camarote 1º piso). Os ingressos podem ser comprados pela internet, no site do ingressos Recife. Mais informações no site do Chevrolet Hall.

Serviço

Racionais MC's 25 anos

Sábado | 21h

Chevrolet Hall (Avenida Agamenon Magalhães, S/N - Salgadinho)

R$ 100 (pista) e R$ 50 (meia)

(81) 3207 7500

O grupo de rap Racionais tem show marcado no Recife. O grupo se apresenta na capital pernambucana no dia 18 de outubro num show que comemora seus 25 anos de carreira. A abertura será do rapper Black Alien e Sistah. O show foi divulgado pela banda através do seu perfil no Facebook.

O valor dos ingressos ainda não foi divulgado, mas poderão ser comprados no site Top Ingressos

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Foto: Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo

As 6.947 pessoas que compraram ingresso para ver neste sábado, 6, o show único que comemora os 25 anos dos Racionais, no Citibank Hall, foram as mais rápidas no gatilho: os ingressos começaram a ser vendidos no dia 16 de junho e em um mês estavam esgotados.

A mais importante banda de hip hop do País toca, à 1 hora da madrugada de domingo, 7, hits que nasceram na periferia e hoje alcançaram status em todo o espectro social: Negro Drama, A Vida É Desafio, Vida loka, Jesus Chorou, Artigo 157, Da Ponte Pra Cá. Antes de eles entrarem no palco, DJ Paty DeJesus, MC Rincon Sapiência, Flora Matos e Emicida entretêm a plateia para o rolo compressor do grupo.

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Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay fizeram um acerto para que o show seja transmitido pela página do Sky Live (www.facebook.com/skylivebr) neste domingo, 7, a partir da 0h30, para os fãs que não puderam arrumar ingresso.

Há mais de uma década sem um disco novo, os Racionais passaram todos eles dos 40 anos e prosseguem sendo a "nave-mãe" do hip hop nacional. Kleber Geraldo Lelis Simões (44 anos, o KL Jay), Paulo Eduardo Salvador (43 anos, o Ice Blue), e Adivaldo Pereira Alves (43 anos, o Edi Rock) completam o quarteto com Brown, o profeta.

Mano Brown deu uma longa entrevista a Endrigo Chiri para a revista Cult de agosto. Explicou até a origem de seu nome artístico (o real é Pedro Paulo Soares Pereira). "Eu era mula de fundo de ônibus. Eu fazia samba, certo? Eu tocava repique de mão. Sempre no final do samba, ou quando o bumba chegava, eu começava a fazer umas batidas americanizadas no repique de mão. E sempre tinha alguém que levava um rap, que fazia aquele som do Grandmaster Flash. Tinha uns amigos que cantavam Houdini, uns refrões de bailão. Morou? Aí os caras: ‘Ó o Denis Brown!’. Era o James Brown. Era mula, não era elogio. Aí eu gostei do Brown. No começo, eu chamava Paulinho Brown."

Sua lenda começou ainda nos antigos embates da Estação São Bento do Metrô, no final dos anos 1980, quando Brown foi escalado para substituir um outro MC. "Eu era a quinta opção", contou. Perguntaram quem era o cara do Capão Redondo que rimava bem, e apontaram para ele.

"Eu não tinha essa visão de ser cantor, não. Mas eu não tinha nada a perder", contou Brown. Fã do soulman Cassiano, ele de vez em quando faz um verso a capela do mestre: "Mais um ano se passou/E estou ficando velho e acabado".

Apesar de não se preocuparem com o lançamento de um novo disco, a produção dos Racionais nunca estancou de fato. Nos anos recentes, eles lançaram diversas músicas novas, como Mulher Elétrica, Marighella, Gangsta Boogie, Homem Invisível, Cores e Valores, Mente do Vilão e Dance Dance. Em cada uma delas, um tipo de manifesto de sua militância e de suas guinadas.

De posicionamento político sempre forte e pontual, os Racionais despertam paixões extremas. No ano passado, o cantor Lobão escreveu: "O rap e o hip hop viraram um órgão de propaganda das ideias medíocres e revanchistas do PT, com a sua maior expressão, os Racionais MCs, (que) virou uma ridícula caricatura de toda esta doutrina (…) São epifanias de Mano Brown, abrandar clichês anacrônicos a convocar o terrorismo explícito (…) Exatamente como era de se esperar de um papagaio piegas e recalcado. O tão chamado idiota útil".

Mano Brown não elaborou muito para responder. Foi curto e grosso: "Conheci o Lobão em 1996. Cumprimentei e depois disso nunca mais o vi. Sinceramente, não tenho o que falar da pessoa dele. Estranho o Lobão falar de mim sem nunca ter me conhecido. Não entendo a postura dele agora. Ele que pregava a ética e rebeldia, age como uma puta pra vender livro. Nos anos 80, as ideias dele não fizeram a diferença para a gente aqui da favela. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, nem ele comigo. Lobão está sendo leviano e desinformado. Tô sempre no Rio de Janeiro, se ele quiser resolver como homem, demorô!".

O DJ dos Racionais, KL Jay, diz o seguinte: "Eu me sinto o comandante de uma nave proporcionando uma boa viagem para a tripulação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Como será o cotidiano de um bairro periférico de São Paulo daqui a 30 anos? A tecnologia dos drones (pequenos veículos aéreos não tripulados) e das impressoras 3D chegará à periferia. Para o bem e para o mal.

É este o olhar do diretor Cisma nos clipes filmados por ele para as músicas Duas de Cinco e Cóccix-ência, singles lançados em 2013 pelo cantor e compositor Criolo. Os dois vídeos, vistos pelo Estado em primeira mão, serão lançados amanhã e foram feitos em sequência, como se fossem um curta-metragem.

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Na favela futurística, jovens ainda deixarão a sala de aula seduzidos pelo caminho mais curto da violência e do tráfico de drogas. Situação retratada nas duas canções de Criolo: "Um governo que quer acabar com o crack/ Mas não tem moral pra vetar comercial de cerveja" (Duas de Cinco) e "O que não é seriado da Fox/ É playboy se acabando no oxi" (Cóccix-ência).

"A desgraça consegue ser mais rápida que a tecnologia. Agora cada bairro tem a própria Cracolândia em sua porta. Pensamos em 2044, mas isso chegou em três meses", diz Criolo.

Fazendo shows com os repertórios de Nó na Orelha (2011) e Ainda Há Tempo (2006), Criolo completa 25 anos de uma carreira que teve projeção nacional há quatro. E segue compondo - para a reportagem, canta algumas inéditas, entre elas uma marchinha, uma canção com sotaque de fado, um forró e um samba que estará no próximo disco de Tom Zé.

Sem pressa de lançar o próximo álbum, Criolo atualmente trabalha num texto que apresentará no Festival de Poesia de Berlim, em junho. "Criação de arte não está ligada a uma esteira competitiva em que quanto mais você aparecer, mais louros você colher, maior vai ser o seu cachê", comenta.

Em entrevista, o cantor de 38 anos fala dos novos clipes, de racismo e da disparidade entre a arrecadação de impostos e o que é devolvido à sociedade. Leia abaixo.

Os clipes mostram a tecnologia na rotina do Grajaú em 2044. Pela visão de vocês, isso vai acontecer para o bem e para o mal, não?

CRIOLO - Não cuidam da gente, então vamos mostrar como vai ser daqui tantos anos. O abandono é total e absoluto, as ações são paliativas. O que as pessoas vão ser capazes de fazer para continuar exercendo seus pequenos poderes? Como vai ser o habitat das bordas em 2044? A gente pensou que estava se adiantando, nesse ínterim foi desmontada a Cracolândia, agora cada bairro tem a sua Cracolândia na sua porta e o convite ao garoto à sua referência mais próxima, seu herói. A desgraça consegue ser mais rápida que a tecnologia.

Mesmo com a evolução tecnológica, as necessidades básicas vão continuar existindo.

CRIOLO - A grosso modo, se os corruptos roubassem metade do que roubam, não precisaria de controle de natalidade e todo cidadão brasileiro teria um nível de classe média. Se você passa ali no Largo São Bento ou no Pátio do Colégio, tem aquele equipamento maravilhoso, extremamente tecnológico, o impostômetro: impostor por metro quadrado. Você passa lá e tem R$ 134 milhões arrecadados com impostos (até a conclusão desta edição, o número era de R$ 387 bilhões). Todos os dias a palavra destrói a poesia Quanta poesia não consegue destruir de um cara passando ali, que comeu às duas da tarde porque não teve o café e não vai ter janta, e ele está vendo aquele número, R$ 134 trilhões.

Dos problemas que o país tem em saúde, educação, qual o mais agudo para você?

CRIOLO - Vamos falar do básico: a cada dois segundos alguém morre de fome no planeta. Fora quem morre da alma por não enxergar mais solução e fazer da sua vida um pesadelo. Também somos um desses. Lembro quando eu era pequeno, nas vielas perto de casa, eu vi gente morrer, vi três, quatro assassinatos na minha frente, de certa forma, você morre também, todos os dias, de alma.

Falando de Copa, o Brasil vai sediar o evento, mas o próprio futebol brasileiro tem uma série de problemas. Invasão de C.T. por torcedores, casos de racismo. O que pensa sobre isso?

CRIOLO - Duas coisas que acontecem desde que o mundo é mundo. Paixão é irracional, para responder a primeira parte. A segunda parte, vou contar um caso para você bem rapidinho. Quando eu tinha uns 8 anos, me acidentei em casa, meu pai estava chegando do trabalho. Do jeito que ele estava, me pegou e me levou para um pronto-socorro. Fui atendido em 20 minutos, um dos melhores atendimentos que tive na vida. Só que levei uma hora e meia para chegar em casa porque meu pai (Seu Cleon, que é negro) foi detido, acharam que era possível eu ter sido sequestrado por ele, que tinha acontecido algo no cativeiro e ele levava uma criança sequestrada.

E de que maneira isso ainda te serve de motor criativo?

CRIOLO - Não me serve para nada, isso só nos destrói. Agora, quando você tem contato com uma coisa tão brutal dessas, não quer para você. E esse não querer algo brutal para você e para o mundo, isso é o motor, para você minimamente falar que disso você não gosta. Falei isso pra Spike Lee, quando ele aqui esteve, perguntou sobre preconceito. Disse a ele: mano, no Brasil o currículo tem de vir com foto! Acho que isso resume.

Há previsão de um novo disco?

CRIOLO - Há quatro anos, eu e o DJ Dan Dan saíamos da Rinha dos MCs com R$ 15, era um pão na chapa e uma vitamina para cada um, e a gente ia embora para casa. Esperar o almoço de R$ 3 virar dois e o cara que já te conhece separa um copo de suco para você Isso aconteceu comigo com 21 anos de carreira, bicho. O Nó na Orelha, falo com muito orgulho da felicidade de ter o Daniel (Ganjaman), o (Marcelo) Cabral (produtores do disco) e toda a turma que eles montaram, um time dos sonhos, sabe? Às vezes, fico até me questionando: existe a necessidade de fazer outro álbum se ele já me deu tudo isso? Vou fazer outro álbum, sim, porque é uma inquietação minha, não por uma necessidade de manter uma agonia ou um pódio que o outro criou. Cantamos para tentar fazer com que o nosso coração se acalme e isso não está ligado a prateleiras e troféus. Você tem de entender que criação de arte não está ligada a uma esteira competitiva, em que quanto mais você aparecer e quanto mais louros você colher, maior vai ser o seu cachê.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O músico Chris Brown deverá passar por um processo de reabilitação de 90 dias para desintoxicação e para o tratamento da ira, determinou um juiz na quarta-feira, poucos dias depois do rapper ter sido expulso de um centro especializado.

O artista, de 24 anos, segue em liberdade condicional por ter agredido em 2009 a então namorada, a cantora Rihanna.

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Também foi condenado a 24 horas de trabalho comunitário e a ser submetido a exames para verificar se consome bebidas alcoólicas ou drogas.

Chris Brown foi internado em um centro especializado da Califórnia no mês passado, depois de ter sido considerado culpado de agressão contra uma pessoa em Washington, mas foi expulso 13 dias depois por ter atirado uma pedra contra a janela do veículo de sua mãe, segundo o site TMZ.com.

Brown foi condenado em 2009 a 180 dias de trabalho comunitário e a cinco anos de liberdade condicional pela agressão contra Rihanna.

O cantor violou este ano duas vezes o regime de liberdade, o que provocou uma punição de 1.000 horas de trabalhos comunitários.

O repórter fotográfico Fernando da Hora fez o registro das melhores imagens do show do grupo paulista Racionais MC´s, realizado na noite dessa sexta-feira (6) no Clube Português do Recife. O rapper Thaíde (SP) também participou da festa, que teve direito a casa cheia e até roda de break, em uma verdadeira festa do hip-hop brasileiro. Antes do show, o LeiaJá conversou com Ice Blue, um dos integrantes do grupo que já tem mais de 20 anos de carreira.

Desde que iniciaram a carreira, na última década do século passado, Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay queriam transformar o bairro onde moravam, Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo, e o mundo através do rap. Passados mais de vinte anos, os hoje quarentões sabem a importância que tiveram para toda uma geração, ao mostrar de forma franca a realidade e a cultura das favela para muito além das periferias.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá por telefone, Ice Blue afirmou que os novos rappers são mais inteligentes, pois seguiram o recado dos Racionais Mc’s para estudar e correr atrás dos seus objetivos, nunca deixando de esquecer as suas origens. O músico também falou que as manifestações ocorridas em julho deste ano já eram anunciadas há muito tempo pelo grupo em suas letras.

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Para Blue hoje a favela é vista de forma diferente, tornando-se atração para que é de fora dela e ainda diz que o grupo não pode ser contra a qualquer movimento que surja dentro da periferia, seja que estilo for. Com uma grande identificação com o público pernambucano, o Racionais participa nesta sexta-feira do festival PE no Rap, onde tocará músicas do disco mais recente da banda e de projetos paralelos dos integrantes, além de receber convidados no palco.

Confira a entrevista:

LeiaJá - Qual a relação que o Racionais Mc’s tem com Recife e oseu público?

Ice Blue – A gente gosta muito de Recife. Sempre fomos muito bem aceitos na cidade. Sempre que o Racionais vai lançar algum disco, a gente tem Recife no itinerário.

LJ – Vocês têm acompanhado a cena de rap do Recife e do Nordeste?

IB – Hoje a gente não acompanha tanto porque estamos mais em estúdio, mas sabemos que acontece muita coisa musical em Recife. É uma celeiro de bandas, tanto de rap, quanto de outros ritmos. Os músicos daí têm a mágica de misturar os ritmos, eles fazem questão de mostrar algo de Recife nas músicas, como nós no início mostrávamos as coisas da periferia de São Paulo. Aqui nos chamam muito de bairrista por falar muito da Zona Sul e povo daí também tem muito disso quando fala de Recife.

LJ – Além do disco novo dos Racionais, os integrantes estão trabalhando em seus projetos paralelos. Como estão sendo conduzidos estes trabalhos?

IB – Estamos trabalhando no disco do Racionais e lançando quatro discos paralelos solo. Um é do (Mano) Brown com o Lino Krizz, o Edi Rock acabou de lançar o Contra Nós Ninguém Será, tem um álbum meu juntamente com o Helião, do RZO e a mixtape do KL Jay, onde vários artistas participam.

LJ – Em São Paulo, a música do momento nas periferias é funk ostentação, onde as letras falam de luxo, dinheiro e mulheres bonitas. O estilo é visto com preconceito por essa temática e os integrantes do Racionais já apareceram em clipes do gênero. Como vocês avaliam essa nova vertente do funk?

IB – Na verdade as pessoas não gostam de funk. Quando os caras cantavam sobre os problemas da favela e de crime, diziam que estavam fazendo apologia ao crime. Agora que os caras cantam coisas que supostamente é do mundo deles, coisas que acontecem na balada e que são sonhos possíveis para eles, as pessoas acham que é demais. Os caras do funk ostentação não fazem nada demais, pelo contrário. Eles estão totalmente na profissão perigo. Fazem três, quatro shows por noite. Imagina o risco de vida que esses caras correm? A gente nunca discriminou nenhum movimento de favela, e o funk é um movimento de periferia que conquistou espaço. Seria injusto nós ficarmos contra o funk, independente se falam de crime ou de ostentação. Aí dizem: “O funk incentiva as meninas a engravidarem e os moleques usarem drogas e beberem mais cedo”. E rock faz isso há quanto tempo e ninguém pegou o rock pra Cristo? É tanto que a frase mais famosa é sexo, drogas e rock n’ roll. Quantos artistas dessa geração morreram de Aids? Então, todo movimento tem uma conseqüência.

LJ – E sobre essa nova geração do rap, que tem várias vertentes e até com música em novela, qual a sua opinião? 

IB – A nova geração são homens construídos por nós. Esses nos ouviram durante vinte anos. Nas nossas músicas nós falamos para eles estudarem, se formarem, para eles serem pretos, correrem atrás dos objetivos, pra realmente eles serem alguém e não pararem onde a minha geração parou, na quinta série. Essa nova geração são cantores de rap com diploma de faculdade. Essa é a diferença. É uma geração mais inteligente e mais estudada, que foi preparada pra isso. Até porque o Brasil é um novo Brasil e a periferia é uma nova periferia.

LJ – Essa nova geração, nem só do rap, mas de forma geral, é mais politizada do que aquela juventude do início da década de 1990, época do começo dos Racionais Mc’s?

IB – Hoje essa geração vive um momento delicado que nós chamamos de Nem-Nem. Nem estuda, nem trabalha. Nós com músicos e militantes sempre procuramos uma válvula de escape pra incentivar esses caras. Hoje a gente vê o Emicida, o Crioulo, a Flora Matos e outros levantando o nome o rap e dando esperança para outros moleques fazerem um rap. Antigamente só fazia dinheiro as bandas de mainstream, hoje está todo mundo fazendo a sua parcela. Houve um novo movimento no rap, no funk o no samba, isso mostra a extensão do movimento de favela.

LJ – Como vocês viram as manifestações de julho deste ano?

IB – Na época que estava acontecendo perguntaram o que nós achávamos e nós dissemos que já estávamos retratando isso desde o início do nosso trabalho. É só ver os nomes dos nossos discos Holocausto Urbano (1990), Escolha Seu Caminho (1992), Sobrevivendo no Inferno (1997), Nada Como Um Dia Após o Outro Dia (2002). Esses discos vêm relatando a periferia e o que o jovem preto e de favela vem passando, quanto desgostos que as mães vêm passando. A gente pediu para as pessoas reivindicarem os seus direitos, independente de quem tivesse de apontar ou acusar. A gente sempre vem falando para as pessoas irem pra rua, acreditarem em seus sonhos. Isso só foi mais uma coisa que a gente já vem cantando há anos, que o povo precisava fazer. E hoje ainda não teve a questão principal: os pretos precisam mostrar força, porque os pretos não estavam nas passeatas. A gente ainda tem que continuar.

LJ – O  próximo ano terá eleições e uma Copa do Mundo realizada no Brasil. Você acredita que 2014 será um ano de grandes mudanças no país?

IB – O Brasil está passando por mudanças há 12 anos, desde que o PT entrou. Tanto para o lado bom, quanto para o lado ruim. Ano que vem é um ano derradeiro para o Brasil continuar seguindo bem. Mas você percebe que o país ainda está muito desestruturado para receber uma Copa do Mundo. A política hoje é uma nova política. O que é o PT e PSDB atualmente? A gente pode afirmar que o PT é uma partido de esquerda e que o PSDB é outra coisa? Com essa lavagem de roupa que está acontecendo aí, está muito confuso.

LJ – A periferia que vocês cantam hoje é mesma que vocês retratavam há 20 anos?  

IB – Favela hoje é lugar de passear. Lugar de playboy ir em festa. A favela quando a gente começou a cantar era terror. Hoje as pessoas tem curiosidade sobre a favela, pessoas que não tem nada haver com o ambiente. Hoje dizer que é favelado é até um modo de se proteger.

LJ – Há pouco tempo vocês aderiram as redes sociais. Como é a relação do grupo com a internet?

IB – A gente resistiu ao máximo ter redes sociais. Mas a vinda da internet veio para concluir o rap. Caiu como uma luva para o movimento, democratizou a produção e a distribuição a partir do momento que o monopólio saiu da mão das gravadoras. Foi possível ser independente das rádios e das distribuidoras. Hoje os moloques estão fazendo essa comunicação rápida e o Racionais veio nessa também. Agora vamos estrear o nosso canal do Youtube, estamos no Instagram e no Facebook, coisa que uma artista não tem como não estar. Hoje isso faz parte do mecanismo de divulgação e não tem como está fora disso.

LJ – No show desta sexta-feira (6) terá alguma novidade. Os fãs vão poder conferir sucessos antigos como O Homem na Estrada e Pânico na Zona Sul?

IB – Sempre vemos há quanto tempo nós não vamos aos lugares e analisamos o nosso repertório, vendo qual músicas já tocamos por lá , quais as pessoas sempre pedem e tentamos atender de alguma forma. O que podemos falar agora é que vamos tocar as músicas novas, canções do disco do Edi Rock, músicas que já fizemos videoclipe e os clássicos que não tem como deixar de fora como Diário de um Detento e outras. Nosso show hoje tem a participação do Helião do RZO e do Lino Kriss deixando o show mais rico, com mais vozes e com mais gente para se apresentar. Músicas antigas como O Homem na Estrada e Fim de Semana no Parque tocamos algumas vezes e mesmo assim as pessoas pedem outras. Se deixar, faremos um show de mais de três horas para atender todo mundo.

SERVIÇO:

#PEnoRap - O encontro mais curtido do Rap em Pernambuco

Local: Clube Português (Av. Conselheiro Rosa E Silva, 172 – Graças)

Data: 06 de setembro de 2013

Horário: 21h, abertura dos portões.

Ingressos: 2º lote: Pista R$80 (inteira) R$40 (meia entrada); Camarote R$ R$120 (valor único)

Para todos os acessos, o evento solicita entrega de 1kg de alimento não perecível, que será doado para instituições Cervac, Trapeiros de Emaús e Naac.

Ponto de venda: hamburgueria Vintage, (Rua do futuro), Boa Vista Tabacaria, Banca Roots, na Boa Vista, Clube português e lojas Ponto de Promoção.

Censura: 18 anos

De 9 a 13 de outubro, a Alemanha vai sediar mais uma Feira do Livro de Frankfurt que tem este ano como homenageado o Brasil. E para marcar esta comemoração, uma extensa agenda cultural brasileira está programada para acontecer em diversos espaços da Alemanha - com início no dia 23 de agosto, no Museumferfest (Festa dos Museus), com show do músico Criolo. 

O cantor, arranjador, letrista e, também, escritor recifense Lenine, se apresenta no dia 24 de agosto, às 20h. O músico, que comemora 30 anos de carreira estará acompanhado, no palco, pelo maestro holandês Martin Fondse, outro ganhador de prêmios importantes, como o Edison 2012/Jazz Nacional.

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O grupo de percussão corporal paulista Barbatuques, que se apresentará no dia 25 de agosto, às 19h30, encerra as apresentações brasileiras do fim de semana. Criado pelo músico paulistano Fernando Barba, em 1995, é formado por 15 integrantes e tido como referência internacional em percussão corporal, produzindo música a partir do batuque do próprio corpo, sobretudo assobios, palmas e sapateado, resultando ritmos que vão do samba ao rap. 

Além dos shows, a programação cultural brasileira na Feira do Livro de Frankfurt faz um mapeamento da criação artística atual, por meio de trabalhos que mostram a diversidade regional, de linguagens, gêneros e pesquisas estéticas presentes no País. Ao todo serão nove exposições de artes visuais/plásticas, que vão da arte contemporânea ao graffiti, da arquitetura ao designer; 10 shows musicais, que apresentam do instrumental ao rap; e 10 projetos de artes cênicas, mostrando experimentais e pesquisas nas áreas do teatro, dança, performance, vídeo arte, instalações e um ciclo de leitura de dramaturgia.

 

O rapper Chris Kelly, que ganhou fama nos anos 1990, como integrante da dupla Kriss Kross, foi encontrado morto em casa, na cidade de Atlanta, informou a imprensa local.

O Atlanta Journal-Constitution anunciou em seu site que a morte de Kelly, que tinha 34 anos, está sendo tratada como um possível caso de overdose.

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O rapper - conhecido por seus fãs como "Mac Daddy" - foi encontrado inconsciente em sua casa e foi levado ao Atlanta Medical Center, onde sua morte foi declarada. A necropsia está programada para esta quinta-feira.

Kelly formou com Chris "Daddy Mac" Smith a dupla Kriss Kross em 1990. Seu maior sucesso foi "Jump", em 1992, que vendeu quatro milhões de cópias nos Estados Unidos e permaneceu no topo do ranking da Billboard Hot 100 por oito semanas.

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No ritmo do street dance e do rap, estudantes da Escola Liceu de Artes e Ofício, localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife, tiveram uma lição de boa conduta no trânsito, na tarde desta segunda-feira (8). A quadra da escola foi palco do lançamento da segunda etapa do Projeto Escola em Trânsito, uma ação da Secretaria das Cidades de Pernambuco, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE). A iniciativa busca, através da arte de um espetáculo criativo, conscientizar jovens de 14 a 18 anos sobre questões de mobilidade urbana, construção de viadutos, estradas, ciclovias, entre outros.

O grupo, formado por seis atores e cantores, se apresentou com letras que destacam a necessidade de ser um motorista ético no trânsito, enfatizando os direitos e deveres dos condutores. O papel dos pedestres e dos ciclistas também foi um dos destaques do show, que também mostra a importância das sinalizações de trânsito para o bom andamento da mobilidade urbana.

“O grupo todo tem 20 profissionais. Nós trabalhamos com vários temas, e esse, sobre trânsito, foi uma encomenda do Detran. Falar com o adolescente sobre trânsito é difícil e, por isso, usamos o rap e o street dance para chegar com mais intimidade aos jovens. Nosso trabalho é muito importante, porque os jovens sofrem muitos acidentes de trânsito”, explica o diretor da peça, Osvaldo Grabrielli.

A estudante do 2º ano do ensino médio, Sthefany Calado, de 17 anos, aprovou a apresentação e destacou a importância da ação para conscientizar quem vive no trânsito. “Achei muito legal. Aprendemos muitas coisas boas sobre trânsito por causa da apresentação”, disse a jovem. A também aluna do 2º ano, Maria Clara Campello, 15, opinou que as letras das músicas são claras e permitem um bom entendimento da conscientização. “A informação está sendo passada da melhor forma possível. Nós entendemos a importância que é andar bem e com consciência no trânsito”, declarou.

De acordo com a assessoria de imprensa do projeto, a estimativa é que 20 mil estudantes de escolas públicas sejam beneficiados com a ação. Ao todo, o Escola em Trânsito vai realizar 100 apresentações em várias escolas pernambucanas. A próxima apresentação do projeto depois do Liceu será na Escola Senador Paulo Pessoa Guerra, no bairro de Tejipió, na Zona Oeste do Recife, com início às 10h30.

Cantando e dançando

A cada rima dos cantores do grupo, chamado XPTO, os estudantes vibravam e se agitavam com as rimas de conscientização sobre o trânsito. Um DJ comandou todas as batidas, e, no palco iluminado conforme o ritmo das músicas, o desempenho dos artistas arrancou aplausos do público.

Para ilustrar a mensagem educativa, placas de sinalização, faixas de trânsito, bicicletas, entre outros objetos, eram mostrados pelo grupo. No final da apresentação, os artistas, mais uma vez, foram aplaudidos pelos alunos, que também tiveram a oportunidade de interagir com eles sobre a apresentação.

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Veja abaixo o vídeo com quem dança e canta no projeto:

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Mais conhecida como Lurdez da Luz, a MC paulistana Luana Gomes Dias, volta ao Recife nesta segunda (11), a partir da 1h, na Tenda Eletrônica, no Cais da Alfândega, com seu primeiro trabalho solo lançado em 2010. A Tenda Eletrônica, que faz parte da programação do Carnaval do Recife, é coordenada pelo produtor, Felipe Falcão, e aposta nas mais diversas vertentes da música, como Hip-Hop, Eletropop, Afrobeat, Tech House e outros ritmos dançantes. Além da MC Lurdez da Luz, a terceira noite da Tenda Eletrônica será animada pelas DJs Typá (PE) e Juliana Vieira (PE) e a VJ Mary Gatis (PE). 

rap,

Com a proposta de dar um upgrade e fomentar o movimento hip hop no Recife, a produtora independente Fábrica de Som traz para a Boate Calidus, no Recife Antigo, a cantora brasiliense Flora Matos. O show acontece neste sábado (13) e ainda conta com a apresentação do Sem Peneira Pra Suco Sujo, projeto de Anêmico, Girls Domination, Zum, L.O, Wel e RCB. O DJ capixaba LX, do projeto Sterodubs, faz participação especial no evento tocando o melhor do reggae, dancehall, hip hop e e-music. Nos intervalos, que assume as picapes é o DJ Nuno.

Sucessos como Pretin, Calma e Esperar o sol estarão no repertório de Flora, que se apresenta pela primeira vez no Recife. O público também confere canções inéditas que farão parte de seu álbum duplo em fase de finalização, intitulado Do Lado de Flora e Flora de Controle. Flora foi descoberta aos 13 anos, quando começou a circular em bailes de rap e conquistou o título de melhor cantora de Brasília em 2006. No ano seguinte foi para São Paulo, onde gravou um remix com a cantora Céu. A partir de então, se apresentou em diversas regiões brasileiras ao lado de DJ's como Kl Jay, do Racionais MC's.

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Em 2008, realizou sua primeira turnê europeia. A cantora ainda conquistou uma vaga na lista do Top 10 da MTV com a música Pretin e disputou a categoria Hit do ano no VMB 2011. Os ingressos para o show no Recife custam R$ 25 e estão à venda nas lojas Urban Wave ou na bilheteria da Calidus.

Serviço
Flora Matos, Sem Peneira Pra Suco Sujo e DJs LX e Nuno
Sábado (13), 21h
Boate Calidus (Av. Rio Branco, nº 66, Recife Antigo)
R$ 25 (à venda em qualquer loja da Urban Wave ou na bilheteria do evento)

O músico pernambucano Cannibal e o rapper paulista Crioloforam os convidados para a roda de diálogo Transformações Possíveis: Aqui, ali e para além, nesta quarta-feira (9), integrando a programação da Expoideia - Feira de Tecnologia, Cultura e Sustentabilidade que acontece no Recife, no Shopping Paço Alfandega, até o próximo dia 13. Os músicos falaram sobre suas trajetórias e como elas foram capazes de influenciar as periferias de onde eles vieram.

Cannibal é vocalista da banda pernambucana Devotos  desde a década de 80, e um dos criadores da rádio Alto Falante, que surgiu no Alto Zé do Pinho. Para ele a cultura é o conjunto das características peculiares de uma comunidade, a principal identidade de um povo e no seu formato mais verdadeiro, caminha da periferia em direção ao centro. “A coisa mais difícil em mudar uma sociedade é a autoestima”, disse o músico, que acredita que o movimento Manguebit, que surgiu no Recife nos anos 90, teve um papel importante para a formação de pernambucanos mais orgulhosos de si mesmos.

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Sempre muito aplaudido, o rapper Criolo falou sobre sua história de vida e contou um pouco sobre os caminhos que lhe levaram a ser um dos mais importantes artistas do rap no Brasil. Para ele, cada pessoa tem um dom, uma forma pessoal de se comunicar e a música é a maneira que ele encontrou. Ser músico preenche esta necessidade e não permite que fique parado. “O rap foi a manifestação que não teve preconceito comigo”, lembra. Ele revelou não acreditar que ninguém seja coitado, que todo mundo deve ir em busca de realizar as ideias que tem na cabeça: “O mundo é também o quarto onde você dorme, foi lá que comecei a fazer minhas canções”, refletiu. Sobre o sucesso de seu trabalho, condensado no álbum Nó na Orelha, lançado em 2011, ele é modesto: “Minhas letras são fortes porque venho trabalhado nisso há 24 anos. Só por isso”.

Além de Cannibal e Criolo, também participaram da roda de diálogo Rafael Cortes e os paulistas DJ Dandan e DJ Marco. Os DJs compartilharam as dificuldades em achar seu espaço e construir uma autoestima sólida, apesar dos contratempos. Os dois ressaltaram a importância que a música teve para a construção de suas personalidades e a presença da periferia nesse processo. DJ Marco lembrou de quando ouviu os primeiros raps e como isso influenciou sua vida: “Os caras falavam: você vai levantar a cabeça e se orgulhar de si”. Sobre a relação que tem hoje com o gênero, ele destaca: “Estou retribuindo o que o rap fez por mim”.

Na plateia, de maioria jovem, estava o músico pernambucano Maciel Salú que reconhece, nas experiências contadas, histórias da vida de muitos outros músicos da cena nacional. Ele destaca a importância de iniciativas como esta, que aproxima o artista do público e traz recortes da realidade de um artista, com todas suas batalhas e preconceitos sofridos.

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Batalha de MCs e pocket show de Criolo - Depois da roda de diálogo, Criolo e os Djs seguiram para a Rua da Moeda, onde aconteceu a Batalha da Escadaria e um pocket show de Criolo. A batalha foi mediada pelo DJ Dandan, enquanto o DJ Marco comandou as picapes. MCs improvisaram rimas e disputaram entre si. O vencedor é votado ali mesmo, pelo público. A batalha final foi entre Gênio e Speed, que saiu como ganhador da noite e recebeu muitos aplausos do público.

O mais esperado da noite era Criolo, que começou a apresentação pedindo a todos os MCs participantes da batalha que continuassem no palco durante sua apresentação. O rapper anunciou que cantaria músicas anteriores aos sucessos do Nó na Orelha. Durante os aproximadamente 30 minutos, Criolo cantou músicas antigas do seu repertório e gandes sucessos lançados em 2011, como Grajauex e o tão esperado Não existe amor em SP. Em todos os momentos o músico foi muito aplaudido pelo calaroso público que encheu a Rua da Moeda, no Recife Antigo. Em todos os momentos, o rapper destacou a importância da presença do público e dos MCs que dividiram o palco com ele: “Isso aqui só existe por causa de vocês”, falou sob muitos gritos de um público entusiasmado. Sempre agradecendo a presença de todos, o artista fez valer cada minuto do pocket show.

Dentre os muitos MCs que estavam presentes no palco, a única mulher era Taz Mureb. Taz é uma MC carioca de 28 anos que veio ao Recife fazer participações em apresentações de hip-hop e gravar seu novo clipe, da música Teste de fé. Depois de participar de alguns eventos de rap na cidade, ela ficou impressionada com o que encontrou. “A cena local é muito forte, pretendo voltar e realizar novos projetos”, revelou Taz ao LeiaJá. 

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Depois de uma semana em tratamento médico em Cuba, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, volta aos palcos. Ele apareceu dançando em um programa de TV e depois ameaçou nacionalizar empresas e bancos que, segundo ele, estão dando apoio à oposição.

O presidente se esforçou para demonstrar fôlego e disposição. Ele retornou ontem à Caracas depois de enfrentar uma primeira sessão de radioterapia, em Havana. Mais tarde voltou a subir o tom contra os adversários. Em campanha por um novo mandato nas eleições de outubro, Chavez disse que vai ganhar com mais de 60% dos votos.

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As pesquisas de intenção apontam essa confortável liderança sobre o adversário, o governador Henrique Capriles. Chavez disse que o rival é o candidato da extrema direita que não passa de uma marionete controlada pelos Estados Unidos.

O espaço cultural baiano Cabaré dos Novos será palco, nesta quinta-feira (29), de mais um encontro de compositores, dessa vez com Pablo do Arrocha e Jorge Hilton, do grupo Simples Rap'ortagem, que prometem agitar o público com a mistura dos ritmos Arrocha e Rap. A apresentação no espaço será a partir das 20h, que fica localizado no Teatro Vila Velha, em Salvador, e os ingressos custam R$ 20 e 10 (meia).

No ritmo do arrocha o público vai poder conferir as canções do cantor Pablo do Arrocha que com 12 anos de carreira, já fez parte da Banda Asas Livres e do Grupo Arrocha, sendo um dos criadores do estilo. Em 2010, o cantor deu início a carreira solo com o CD “A Casa ao Lado”, onde passou a assinar "Pablo, a voz romântica" além de ter sido o primeiro artista do segmento arrocha a ser convidado a participar do Festival de Verão de Salvador neste ano.

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O rap de Jorge Hilton também será a pedida da noite. Idealizador do grupo de Rap Simples Rap'ortagem, ele é educador, formado em sociologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e um dos fundadores do Movimento Hip-Hop Organizado no Estado.

Os artistas também recebem Jarbas Bittencourt, Arnaldo de Almeida, Manuela Rodrigues, Sandra Simões, Ronei Jorge, Dão, Pietro Leal, Thiago Kalu, Carlinhos Cor das Águas e Deco Simões, prometendo fazer um repertório bastante diversificado. Quem quiser economizar na hora da entrada, o espaço disponibiliza uma lista amiga em que é possível fazer o cadastro até 1h antes do espetáculo.

O Cabaré dos Novos é um espaço que permite uma integração entre o público e o artista, sempre trazendo algum convidado. Fica localizado no Teatro Vila Velha, na avenida Sete de Setembro, s/n, Passeio Público, em Campo Grande, Salvador, na Bahia. Informações: 71 3083-4600.

Oficinas esportivas, rodas de diálogo, torneios e diversas atrações musicais. Essa é a premissa do 5º Encontro do Esporte do Mangue, que tem início nesta quinta-feira (1º) até sábado (3), no Parque Dona Lindu, zona sul do Recife. O rapper paulista Emicida, que realiza sua segunda apresentação na capital pernambucana - a última aconteceu em 2010, no festival No Ar Coquetel Molotov, além da participação no Cena Peixinhos, que aconteceu este mês -, é a principal atração do evento.

O Esporte do Mangue é uma verdadeira celebração à cultura de rua recifense. Realizado em parceria com jovens que participaram das etapas preparatórias para o evento, onde foram selecionadas as bandas que tocam durante a programação, também reúne skatistas, dançarinos de breakdance, entre outros estilos. Um workshop de organização e produção musical será voltado para as novas bandas que estão surgindo. Também será oferecida uma oficina de Dança Urbana, com Nelson Triunfo, uma das maiores referências do hip hop no Brasil.

Emicida é uma das principais revelações do hip hop dos últimos anos. Seu último trabalho, o EP “Doozicabraba e a Revolução Silenciosa” foi lançado em 2011 de maneira independente na internet. O rapper toca no sábado, dentro da programação musical do evento, que começa às 14h30. Antes, tocam Gamb Garage, Chão Céu, Raciocínio Suburbano, Yabbas, Procurados, Banda Víruz, Nelson Triunfo e Funk Cia.

Programação 5º Encontro do Esporte do Mangue:

Quinta-feira, 1º de março
09h às 12h - Workshop 01 | Produção Musical e Banda;
14h - Abertura do Esporte do Mangue | Credenciamento dos Participantes (Palco Principal);
15h às 19h - Vivências de Slackline, Parkour, Capoeira, Skate, Percussão, Dança, Artes Marciais, Estética Afro, Circo (Parque);
16h às 20h - Torneio de Futsal e Basquete de Rua (Quadra) • Torneio de Skate, Patins e BMX (Arena Radical) • Batalha de MC`s e Mostra de Graffiti (Arena Hip Hop);
14h30 às 22h - Apresentações das bandas: Torture War, W2 Rock Band, Fluorescente, Projeto Ohm, Seu Furtado, Joãozinho Podre, Banda Tao, Sagane, Surdo Lavo, Pois Zé, Arca de Pandora.

Sexta-feira, 2 de março
09h às 12h - Workshop 01 | Produção Musical e Banda • Workshop 02 | Dança urbana com Nelson Triunfo e Funk Cia.;
15h às 19h - Vivências de Slackline, Parkour, Capoeira, Skate, Percussão, Dança, Artes Marciais, Estética Afro, Circo (Parque);
16h às 20h - Torneio de Futsal e Basquete de Rua (Quadra) • Torneio de Skate, Patins e BMX (Arena Radical) • Batalha de Bboys e BGirls e Mostra de Graffiti (Arena Hip Hop);
14h30 às 22h - Apresentações das bandas: Afoxé Ogbon Obá, Geração Mangue, Redenção Reggae, Grupo Palha de Coco, Filhos De Rudá, Elemento Natural, 3 Xícaras, Tronco de Jurema, Afros Mangues e N’ Zambi.

Sábado, 3 de março
09h às 12h - Workshop 01 | Produção Musical e Banda • Workshop 02 | Dança urbana com Nelson Triunfo e Funk Cia.;
15h às 16h - Roda de Diálogo sobre JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO com E.M.I.C.I.D.A e Eduardo Granja (Sec. Especial de Juventude)
15h às 19h - Vivências de Slackline, Parkour, Capoeira, Skate, Percussão, Dança, Artes Marciais, Estética Afro, Circo (Parque);
16h às 20h - Torneio de Futsal e Basquete de Rua (Quadra) • Torneio de Skate, Patins e BMX (Arena Radical) • Final da Batlha de MC`s e Batalha de Bboys e BGirls (Arena Hip Hop)
14h30 às 22h - Apresentações das bandas: Gamb Garage, Chão Céu, Raciocínio Suburbano, Yabbas, Procurados, Banda Víruz, Nelson Triunfo e Funk Cia. e E.M.I.C.I.D.A.

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