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Disputando pela primeira vez a candidatura de prefeito da cidade do Recife, Geraldo Julio de Melo Filho (PSB) é formado em administração de empresas e atuou em alguns cargos políticos. O socialista foi: diretor de planejamento da Secretaria de Administração da Prefeitura do Recife, gestor do Pacto pela Vida, secretário da Fazenda da Prefeitura de Petrolina, entre outros. Nas propostas apresentadas, o socialista fala em educação, saúde e segurança. Com 41 anos, casado e pai de três filhos ele tem o apoio do governador de Pernambuco e disputa a candidatura junto a seu vice, Luciano Siqueira (PCdoB).

Geraldo Julio começou a trajetória profissional ingressando através de concurso público no Tribunal de Contas do Estado, em 1992. Entre 1995 e 1998 atuou no terceiro Governo Arraes. Em 2000 e 2001 foi diretor de planejamento da secretaria de Administração da Prefeitura do Recife. Anos depois assumiu a secretaria da Fazenda da Prefeitura de Petrolina e trabalhou no Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em 2007 o candidato do PSB iniciou a atuação junto ao governador Eduardo Campos como secretário de Planejamento e Gestão e posteriormente assumiu outras funções. Ano passado, conduziu a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e a Presidência do Porto de Suape. 

O socialista é candidato pela coligação Frente Popular do Recife (PC do B, PR, PDT, PMDB, PRB, PRP, PSC, PSD, PSL, PSB, PTB, PTC, PTN, PV).

 

Conheça as principais propostas do candidato:

Educação

- Cuidados com a educação infantil e promessa de construção de 42 creches; adequação das escolas do ensino fundamental ao padrão de qualidade e lançamento do programa ProUni Municipal. 

 

Saúde

- Construção de 24 Upinhas 24h; 

- Construção seis UPAs – Especialidades

- Criação do Hospital da Mulher 

- Fortalecimento da Saúde da Família com a contratação de 60 equipes para 20 unidades padrão 

 

Segurança

- Criação da Secretaria de Segurança Urbana; 

- Duplicação do efetivo da guarda municipal; 

- Instalação de 1.000 câmeras de segurança na cidade; 

- Atenção e tratamento ao usuário de crack 

- Implantação de cinco Compaz 

 

Mobilidade 

- Prioridade ao transporte público coletivo

- Retomada do cuidado com as calçadas

- Investimento em ciclovias e ciclofaixas 

- Implantação de sistema de gestão do trânsito

 

Saneamento

- Viabilização e complementação do programa de universalização do abastecimento de água para 90% do Recife

- Parceria com o governo estadual para o alcance de 65% de cobertura de esgotamento sanitário 

 

Cultura

- Valorização da identidade cultural; 

- Investimento em infraestrutura e requalificação de equipamentos; 

- Fortalecimento da cadeia produtiva da cultura; 

- Ampliação dos incentivos através de linhas de financiamento; 

- Manutenção da política de descentralização e consolidação da marca da multiculturalidade

 

Esportes

- Instituir a prática de esportes em seus diversos níveis, considerando três dimensões: esporte participação, esporte escolar e esporte de rendimento.

Conhecido no mundo da política como Mendonça Filho. José Mendonça Bezerra Filho, 46 anos, é administrador de empresas e deputado federal do estado de Pernambuco. Faz parte do partido Democrata (DEM), sendo o primeiro presidente dessa aliança. Natural de Recife passou sua infância e adolescência na cidade de Belo Jardim, no Agreste, cidade natal dos seus pais. Sua carreira política foi iniciada e acompanhada pelo seu pai, o deputado José Mendonça. Aos 20 anos, elegeu-se deputado estadual, sendo, na época, o mais jovem parlamentar do País.

Assumiu o Governo de Pernambuco em abril de 2006 após a renúncia de Jarbas Vasconcelos que saiu para disputar uma vaga no Senado Federal. O seu mandato a frente do governo durou seis meses e foi de abril a dezembro de 2006. Sua chegada até o Governo do Estado teve início com os mandatos de deputado estadual (por duas vezes), junto com o cargo de secretário estadual de Agricultura, e depois com o mandato de deputado federal, de onde saiu para o Governo do Estado.

Em 2008 foi candidato a prefeito do Recife e em 2010 foi eleito deputado federal pela segunda vez. Agora Mendonça está mais uma vez concorrendo ao cargo de prefeito do Recife pela coligação Mudança por um Recife Melhor (DEM/PMN).

Muitas propostas já foram apresentadas por Mendonça durante a campanha e algumas ainda estão em discussão. Veja abaixo:

 

Transporte e Trânsito

- Cartão vai e vem (Garantir 20 passagens gratuitas de ônibus ida e volta todo mês para autônomos, desempregados, diaristas e pacientes crônicos do Recife)

- Ciclovias, Ciclo faixas e ciclorotas – 50 km  (Implantação de ciclo faixas com criterioso estudo de engenharia de tráfego nos binários e radiais)

- Agamenon Magalhães (Implantação de corredor exclusivo de ônibus com sistema BRT, junto ao canteiro central, com estações cobertas sobre o canal e acesso seguro aos pedestres)

- Av. Conde da Boa Vista (Reestruturação da Avenida integrando ao projeto do Corredor Leste/Oeste e atendendo aos pedestres, moradores e comerciantes da região)

 

Educação

- Rede de escolas em tempo integral; 

- Construção de 100 creches;

- Criação do Programa Universidade Democrática (ProUni municipal) para garantir o acesso dos alunos rede pública às universidades privadas do Recife;

- Programa de atendimento à primeira infância (zero a seis anos) para beneficiar 50 mil crianças.

 

Saúde

- Assegurar o atendimento médico em unidades de saúde especializada; 

- Construção de UPAS de especialistas nas seis RPAs;

- Rede de Referência à saúde da mulher com centro de diagnóstico moderno;

- Unidades de Saúde que atuarão articulados com as equipes do Programa de Saúde da Família e à rede municipal de saúde. 

 

Segurança

- Criar a Secretaria de Segurança Comunitária; 

- Reestruturação do Conselho Municipal e dos Conselhos Comunitários de Segurança Pública;

- Guarda Municipal – Fortalecer e ampliar a Guarda Municipal priorizando a atuação em escolas, mercados, praças e parques;

- Vídeo monitoramento – Ampliar o monitoramento em espaços públicos e integrar a atividade de controle de trânsito com a segurança do cidadão;

Roberto Numeriano tem 48 anos, começou a militância política no Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1984, é candidato a prefeito do Recife pela Coligação Frente de Esquerda (PCB e PSOL). Ele é formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Católica do Recife (UNICAP), tem mestrado e doutorado em ciência política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é servidor público e professor em cursos de pós-graduação. 

Durante a Ditadura Militar participou dos movimentos de resistência e luta pela redemocratização. Disputou duas vezes a candidatura para prefeito do Recife, essa é a terceira vez que concorre à vaga do Executivo municipal. Concorreu por duas vezes a governador do Estado. 

Seu programa de governo é intitulado “Recife tem dono e o dono é o povo”. 

Confira as propostas de Numeriano.

 

Segurança

- Ampliação do efetivo da Guarda Municipal; 

- Construção de Núcleos de Cidadania (Nuc’s) em áreas com alta frequência de homicídios e tráfico de drogas; 

 

Mobilidade 

- Estímulo e patrocínio do uso de bicicletas, adequando as avenidas para receber o fluxo de usuários; 

- Readequar e reformar paradas de ônibus, para permitir, acesso seguro e confortável aos ônibus, principalmente para deficientes; 

- Analisar e corrigir as falhas do Corredor Leste-Oeste, discutindo, inclusive, a Av. Conde da Boa Vista; 

 

Saúde 

- Atendimento neonatal nas policlínicas, além de ampliação do horário de atendimento; 

- Criação de farmácias populares, em convênio com o Lafepe e outros laboratórios que sejam parceiros; 

- Construção de mais creches e ambulatórios de assistência primária e secundária, com serviço de pronto-atendimento; 

Saneamento, coleta de lixo e meio ambiente

- Ampliação no investimento em saneamento básico, a partir do conceito de saneamento integrado, que consiste nos serviços de saneamento, drenagem, regularização da coleta de lixo e calçamento; 

- Criação de uma lei que permite a coleta seletiva nas casas e apartamentos, com a redução da taxa de IPTU; 

 

Habitação

- Ampliar a política habitacional, priorizando a construção de casas populares sob o conceito de centros integrados, os quais serão dotados de serviços básicos; 

- Desapropriação de áreas e prédios desocupados, nos termos do Plano Diretor da cidade, com o pagamento em títulos públicos aos proprietários;

 

Educação

- Criação de uma central de aproveitamento dos resíduos da construção civil, para a confecção de artefatos de construção para a sua aplicação na construção de casas populares;

- Discussão com o Simpere temas como Carreira do magistério, Qualidade do Ensino e Processo de Avaliação da Aprendizagem; 

- Criação de 20 Centros Integrados de Educação Infantil (zero a cinco anos), com creche, alimentação e escola;

Edna Costa, candidata a prefeita do Recife pelo PPL (sem coligação), tem 58 anos, entrou na política aos 22 anos em 1977. Ela foi vereadora pelo partido MDB, é presidente da Federação das Mulheres em Pernambuco, fundadora do Partido Pátria Livre (PPL) e professora do Ensino Fundamental. Natural do Recife, a prefeiturável fundou entidades femininas, na luta pelos direitos das mulheres trabalhadoras. Seu partido atual, o PPL, que tem como bandeira atuar contra a exploração do capital especulativo mundial dentro do país. Edna tem propostas em diversas áreas como mobilidade, saúde, educação e inclusão social. 

 

Mobilidade

- Investimento no transporte coletivo de qualidade, com corredores de ônibus e estações integradas, passarelas seguras, higiênicas e com acessibilidade;

- Mais ciclovias, com bicicletários (local para guardar as bicicletas);

 

Saúde

- Instalar PSF's com médicos especialistas, a construção de cinco grandes laboratórios para diagnósticos; 

- Construir quatro maternidades municipais nos bairros de Areias, entre Nova Descoberta e Brejo, Beberibe e Dois Unidos e San Martin e Bongi;

- Oferecer de cursos na área de saúde na UNIRecife;

- A criação do SUS Recifense;

- Implantação de ambulatórios com médicos especialistas e tratamento dentário;

- Construção de 130 creches, com psicólogos, fonoaudiólogos e câmeras para monitoramento dos cuidados com as crianças e segurança dos frequentadores;

 

Educação

- Acabar com o método de progressão continuada, passando dever de casa, exercícios e monitoramento de avaliação do desenvolvimento do ensino;

- Obrigatoriedade da lição de casa e a distribuição de um material didático que faça com que o aluno exercite o aprendizado em uma Nova Escola;

- Garantir nas escolas equipes multidisciplinares, equipadas com quadras, salas para informática e música;

- Construção de uma universidade pública municipal, nas áreas de saúde, engenharia e turismo;

 

Inclusão Social

- Construção de mais albergues para os moradores de rua, com médicos e  acompanhamento de assistentes sociais;

-  Inserir os moradores de rua em todos os programas de políticas públicas, como bolsa família, habitação, capacitação profissional e encaminhamentos ao mercado de trabalho;

 

O candidato a prefeito do Recife, Jair Pedro, fundador do PSTU no estado de Pernambuco, é um servidor público com 21 anos de carreira na área de saúde do governo estadual lotado no Hospital Barão de Lucena. Entre os anos de 1995 e 1998, ele já foi diretor do Sindicato de Saúde de Pernambuco e da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social (CNTSS). Sua candidatura tem como principal bandeira a luta por uma saúde pública de qualidade e reduzir as tarifas da passagem de ônibus.

Com 51 anos de idade, ele já concorreu ao cargo de vereador em 2000, a vice-governador em 2006 e a vice-prefeito no ano de 2008. Nas últimas eleições Jair se candidatou a governador de Pernambuco e atualmente concorre ao executivo municipal e tem como principal proposta de campanha baixar o valor da passagem de ônibus do anel A, para R$ 1,00. Além de implantar a gratuidade do transporte público para desempregados e estudantes.

No seu plano de governo o candidato dá prioridade a uma saúde de qualidade investindo mais na rede púbica, acabando com a os contratos sem licitação e aumentando o número dos servidores para atender as demandas da população. De acordo com Jair, o Recife ainda tem um índice muito elevado de casos de tuberculose, além da rede estadual de saúde está sendo privatizada.

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“Hoje as pessoas precisam sair de madrugada para marcar uma consulta e só serão atendidos três meses depois. Vamos acabar com isso através do concurso público, contratando novos profissionais, distribuindo mais remédios, agilizando a entrega de exames e que as pessoas sejam diagnosticadas rapidamente. Se fala em construir hospitais e UPInha que são entregues ao setor privados, mas seria melhor humanizar o atendimento”, declarou Jair Pedro.

Na área de educação o candidato pretende reduzir a carga horária dos professores e mantendo um salário elevado, possibilitando bibliotecas e merenda de qualidade para os estudantes. “Vamos melhorar a merenda que atualmente é de péssima qualidade e implementar o programa alunos nos trinques. Precisamos fazer mais creches, pois 111 mil crianças não têm creches e implantar o piso dos professores no município. Atualmente os profissionais recebem um valor proporcional e não o piso da classe”, defendeu Jair.  

Em relação à segurança pública ele planeja modificar a forma de atuação dos guardas municipais, onde a população participe e tenha o controle dos serviços atendendo os principais casos de violência pessoal e patrimonial.

MOBILIDADE:
- Reduzir a tarifa do anel viário para R$ 1,00 e implantar a garantir gratuidade do transporte público para desempregados e estudantes.

SAÚDE:
- Aumentar o número de servidores da rede municipal de saúde por meio de concurso público, distribuir uma maior quantidade de remédios e agilizar o atendimento.

EDUCAÇÃO:
-Reduzir a carga horário dos professores, implantar o piso nacional dos profissionais de educação, aumentar o número de bibliotecas e melhorar a merenda dos alunos.

SEGURANÇA:
- Modificar a forma de atuação da Guarda Municipal, criar uma ouvidoria para atender os  anseios da população.

Um perfil, criado na rede social Facebook, já atraiu vários internautas que estão decepcionados com a política atuante do Brasil. O “Vote Nulo”, criado em fevereiro deste ano, reúne frases e imagens que incentivam ao eleitor mostrar sua insatisfação e votar nulo em outubro. 

Confira AQUI o perfil.

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O perfil já foi curtido por 3.164 pessoas da rede social e comentado por 7.318. De acordo com mensagem escrita no mural da página, votar nulo é um sinal de protesto contra a atual diligência corrupta do país. “Ao anular o nosso voto, estamos preferindo não escolher nenhum dos candidatos. Não estamos satisfeitos com essa nova safra de ladrões”, consta na postagem. 

A página ainda interage com os usuários que enviam fotos de propagandas política de seus municípios que consideram “bizarras” como diz as legendas das imagens. Cada foto, postada no mural do perfil possui pelo menos 20 curtir e 35 compartilhamentos. 

O próprio criador da página afirma que o perfil é uma forma de aviso aos futuros candidatos às eleições. “Isso é para que eles saibam que o povo tem escolha e, quem sabe algum dia, esse aviso os tornem mais honestos. Mas até lá vamos VOTAR NULO!”, diz a nota. 

A única vitória da defesa no caso mensalão até agora não foi conquista de nenhum dos advogados estrelados que atuam no julgamento, nem custou cifras milionárias. Aliás, foi de graça. O defensor-geral da União, Haman Córdova, fez o que nem o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos conseguiu: convenceu os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal a desmembrar o processo e a mandar o caso de seu cliente, Carlos Alberto Quaglia, para ser julgado em primeira instância. Argumentou que falhas impediram o réu de se defender no processo.

A uma semana dos 37 anos, o ex-escrivão da Polícia Federal e chefe da Defensoria desde o ano passado foi comemorar a decisão do STF, quarta-feira, em casa, com a mulher e com o pequeno casal de gêmeos. Momentos antes, na saída do Supremo, foi surpreendido pelos cumprimentos da patota de "advogados com pedigree", com quem o profissional com salário de R$ 16,6 mil líquidos nunca antes havia conversado.

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"Houve surpresa porque, diante de um cenário com tantos advogados brilhantes e renomados, a Defensoria entrava meio que como um dever de ofício, mas foi justamente o nosso assistido que conseguiu obter uma vitória maiúscula, quando se esperava que esses profissionais renomados é que pudessem consegui-la."

Com estilo cordial e ponderado, Córdova faz questão de isentar os ministros Joaquim Barbosa, relator, e Ricardo Lewandowski, revisor, do erro processual. Para ele, a peça é muito complexa e equívocos de cartório acontecem aos montes. "Como os ministros procuram se ater somente aos fatos, é obrigação da defesa tomar conta dessa parte."

O caso do argentino Quaglia, acusado de usar sua empresa Natimar para lavar dinheiro para o PP, chegou à Defensoria em abril do ano passado.

O defensor-geral comemorou o fato de atuar num caso de repercussão como o do mensalão e poder divulgar o nome da instituição que ele considera relativamente nova - 17 anos - e com estrutura precária - orçamento de R$ 84 milhões e 480 defensores em todo Brasil. Mas o excesso de trabalho também fez o neto de militar e fanático por esportes lamentar: "Perdi a Olimpíada, que adoro ver pela TV. Virei madrugadas estudando o processo, então só vi algumas reprises. Isso foi chato."

Haman segue sem nunca ter conversado com seu cliente. Nem por telefone. Para economizar tempo e dinheiro, pediu para que o defensor-chefe de Santa Catarina entrevistasse Quaglia, que vive no Estado. Quando teve dúvidas, enviou perguntas por e-mail ao colega, que repassou ao réu. Aliás, a Defensoria conseguiu para Quaglia que o governo o incluísse em um plano de assistência social e hoje ele recebe um salário mínimo por mês.

Natural de Brasília, seu nome Haman Tabosa de Moraes Córdova é "mais brasileiro impossível, com ascendência cearense e catarinense". Ele conta que nunca conheceu ninguém com o primeiro nome como o seu. "Vim descobrir que, em um passado muito antigo, houve um Haman que matou um monte de judeus. Mas quero que ninguém associe isso ao meu nome. A verdade é que meus pais acharam forte, bonito, só isso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Apesar da resistência da inadimplência em cair, o perfil do endividamento das famílias melhorou em junho, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional), divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias brasileiras com dívidas passou de 55,9%, em maio, para 57,3%, em junho, mas 12,4% se disseram "muito endividados". Em maio, 13,9% estavam nessas condições e, em junho de 2011, eram 16,6% das famílias.

Outros indicadores apontam a melhora no perfil do endividamento. O porcentual dos que declararam não ter condições de pagar suas dívidas caiu para 7,5% em junho, contra 7,8% em maio e 8,4% em junho de 2011. Além disso, a parcela da renda comprometida foi de 28,6% em junho, contra 30,1% (maio) e 29,5% (junho de 2011).

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Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, uma melhora no perfil do endividamento abre espaço para os estímulos à atividade econômica adotados pelo governo, como o afrouxamento da política monetária e incentivos ao consumo, comecem a surtir efeito.

"Os estímulos de política monetária estavam demorando mais tempo para fazer efeito devido ao maior nível de endividamento", afirmou Marianne. "À medida que as famílias forem conseguindo ter mais folga no orçamento, com uma parcela menor da renda comprometida com dívidas, esses estímulos podem fazer mais efeito, mas não vai ser como em 2010, após a crise porque o patamar de endividamento e inadimplência são outros", completou.

A redução da parcela da renda comprometida com dívidas já pode ser efeito da redução nas taxas de juros, na avaliação de Marianne. No entanto, os níveis de inadimplência tendem a resistir, mesmo que parem de subir. A Peic mostrou que o porcentual de famílias com dívidas e contas em atraso caiu de 23,6%, em maio, para 23,3%, em junho. No entanto, a inadimplência ficou estável em relação a junho do ano passado, quando foi de 23,3%, e o nível de endividamento era maior, de 64,1%.

Na análise de Marianne, os estímulos do governo ao consumo e à expansão do crédito contribuem para impedir uma queda mais rápida na inadimplência. Mesmo a redução nas taxas de juros pode ter efeitos contraditórios: parte dos consumidores podem trocar suas dívidas e quitar atrasos, enquanto outros endividados podem tomar novos financiamentos.

"As famílias que não estão endividadas vão se favorecer do incentivo ao consumo. As que já estão bastante endividadas têm a chance de reduzir seu endividamento, mas se aumentarem o consumo, tendem a manter um patamar de comprometimento da renda elevado", afirmou a economista da CNC.

 

Mulher

Lara

Klaus

 

Uma jovem de 26 anos que ousou ao escolher como profissão uma área ainda dominada por homens. E que se destaca pela qualidade do seu trabalho, fazendo sumir quaisquer preconceitos ou narizes torcidos assim que começa a tocar seus instrumentos. Se ainda somos acostumados a ver as mulheres apenas como musas inspiradoras, estranhando quando elas não estão à frente da banda cantando, estamos nos rendendo ao óbvio: elas podem ser sim ótimas instrumentistas, fugindo do lugar-comum que as prenderam por muito tempo à função de divas-cantoras.

A dedicação de Lara Klaus à música já fez dela uma referência local quando o assunto é percussão. E a instrumentista também é uma elogiada baterista. Seu trabalho já a levou a outros Estados brasileiros – que ela tem visitado com frequência para tocar – e até mesmo outros países. Hoje Lara Klaus integra as bandas de artistas como André Rio, Zé Manoel e o guitarrista Luciano Magno, e o respeito que tem conquistado colabora para uma aceitação real das mulheres como instrumentistas, função que elas têm exercido com cada vez mais frequência e propriedade.  

Quando você entrou para o mundo da música?

Comecei a estudar música aos oito anos, estimulada pelos meus pais. Minha irmã quis fazer balé, mas eu preferi música. Eu comecei tocando violão e fiz aula de teclado por vários anos. Aos 11, 12 anos comecei a me interessar pela bateria e meu pai comprou uma para mim. Na mesma época entrei no Conservatório de Pernambuco estudando violão e tendo a bateria como instrumento auxiliar, que eu estudava com o professor Maurício Chiapetta.

O fato das mulheres serem ainda exceção como instrumentistas no mercado musical influencia de alguma forma sua carreira?

As portas sempre estarão abertas pra quem acredita e, de alguma forma, se destaca no seu trabalho. Creio que consegui me inserir no meio musical após persistência, estudo e amor pelo que faço, motivos pelos quais eu sigo trabalhando, não apenas pelo fato de ser mulher.

O que significa ser mulher pra você em 2012? Fatores como maternidade ainda são determinantes, ou a vida profissional tem mais importância?

Esse privilégio cabe apenas a uma parte da população! A mulher, nos dias de hoje, é fator determinante para a evolução do mercado de trabalho e para o desenvolvimento da sociedade moderna. Sem perder, claro, seu papel importantíssimo de mãe, coisa na qual só pretendo pensar mais pra frente. Neste momento, sem dúvida, a carreira vem em primeiro lugar.

Que barreiras ainda precisam ser derrubadas para a superação dos preconceitos em relação à mulher?

Sinto que alguns homens ainda são meio receosos em trabalhar e dividir responsabilidades com as mulheres. Primeiro, devemos mostrar serviço, depois, seremos respeitadas. Mas isso também acabada acontecendo com todo mundo, independente do sexo.

Qual seu objetivo maior na vida e no trabalho?

Só sei que quero ir longe e pretendo trabalhar bastante pra isso.

 

Mulher

Esmeralda

Carmelita

Ela exerce uma das profissões mais masculinas nos dias de hoje. Conseguiu criar dois filhos vendendo bala no centro da cidade e, agora, com 50 anos, tem a responsabilidade de conduzir pessoas todo o dia e ainda impõe respeito ao volante. A motorista de ônibus, Esmeralda Carmelita da Silva, não leva a sério o preconceito ainda existente em sua profissão e já aprendeu a driblar as velhas piadas dos colegas de trabalho.

Ao passar pelas ruas do Recife, as pessoas se surpreendem ao se depararem com uma mulher no comando de um veículo de grande porte e com três batons no painel do veículo. Entre um sinal e outro, Esmeralda transforma o ônibus no lugar mais feminino da cidade. Passa batom e penteia o cabelo usando os espelhos do retrovisor e chama a atenção dos passageiros que sobem no transporte.

Como você ingressou nessa profissão, como foi o início da carreira?

“No começo foi muito trabalho duro. Arrisquei fazer a prova de motorista em outra empresa três vezes e não passei. Então tentei um emprego de cobradora de ônibus na empresa Globo e lá dentro da garagem, com ajuda de alguns amigos, eu aprendi a fazer manobras e a guiar um veículo tão grande e quando surgiu a oportunidade eu já estava preparada.”

 Você percebe preconceito dos colegas de trabalho e dos usuários de ônibus?

“Alguns passageiros têm reações positivas, outros nem tanto, mas percebo mais preconceito dos meus colegas de trabalho. Eles costumam ser discretos nos comentários, mas não deixo de notar alguns gestos e comportamentos quando estou dirigindo.”

O que te motiva a continuar nessa profissão?

“Meus sonhos me incentivam. Desde quando consegui tirar a minha primeira habilitação, meu sonho sempre foi dirigir veículos de grande porte e quando consegui passar na prova de uma empresa de ônibus sabia que era aquilo que eu queria fazer até me aposentar.”

Com essa rotina corrida, ainda sobra tempo para ser vaidosa?

Costumo usar o meu próprio ambiente de trabalho como um salão de beleza. Trago sempre minha nécessaire com batons, pente, perfume e ao longo do trajeto, entre uma pausa e outra, dou um jeitinho de me maquiar e pentear o cabelo. Em um ambiente tão masculino como esse, não posso deixar a minha vaidade de lado.

 

Mulher

Dona

Nilza

“A minha mãe nunca trabalhou na vida. Ela sempre dependeu dele (do pai). E aquilo ali me angustiava. De vê-la pedir e ele perguntar aquela clássica pergunta: ‘pra quê? ’. Aí eu disse: esse ‘pra quê’ não vai ter na minha vida”. 

 

A angústia que dona Adilza sentiu dentro de sua própria casa, enquanto adolescente, foi a motivação que a levou a buscar sua própria identidade e independência. Em meados da década de 60, quando em Barreiros, sua cidade natal, a sociedade patriarcal dominava e regia as famílias, ela optou por fazer seu próprio caminho.

Aos 23 anos Adilza Machado Freire, recém formada em técnico agrícola, mudou-se com sua família para a cidade. Seus pais, Iracema e Manoel, acreditavam que em Recife os cinco filhos teriam mais possibilidades de vencer na vida. A capital pernambucana oferecia a possibilidade de estudo e emprego para ela e pros seus irmãos. O sonho de Adilza era fazer odontologia, porém o curso de secretariado pareceu mais acessível, já ela tinha que trabalhar para garantir o sustento. O curso de odontologia necessitava de dedicação integral, enquanto  que o Secretariado a permitia mesclar estudo e trabalho.

Foi assim que trabalhando como secretaria na IBM Brasil, empresa localizada no centro do Recife, Adilza lutou por sua idependência. Comprou carro e apartamento. Nessa época ela tinha se apaixonado pelo homem que viria ser o pai de suas filhas. Para morar com ele, fez questão de que o apartamento fosse comprado por ela. Seria uma garantia de segurança para o futuro incerto. Aos 35 anos engravidou da primeira filha, Érica, e o relacionamento familiar era excelente. Na segunda gravidez se separou. Não aguentou conviver com o marido, que era alcoólatra. Sozinha e com duas meninas ela foi a luta e hoje se sente realizada.

A senhora veio de Barreiros, uma cidade pequena, numa época que as mulheres não se viam ainda como autossuficientes. Como você avalia isso?

Poucas pessoas em Barreiros saíam para estudar. Ficavam por lá, casavam, os filhos ficavam ali... e daquele marasmo da vida não saiam. Naquela época que eu vivi a independência era difícil. Hoje é mais fácil, você tem sua independência, ganha seu dinheiro. Todo mundo trabalha novo, os locais para trabalhar já estão mais abertos pras mulheres, não é difícil como meu tempo. Mas aí eu fui à luta pra vencer, eu não aceitava estar dependendo de ninguém.

A senhora contou que sonhava em ser independente. Como planejou sua vida?

Eu não queria depender de ninguém. Eu sempre fui à luta. Casamento de pedir não era pra mim. Eu queria ter. Então primeiro me estruturei, pra depois ter a pessoa, paquerar... Quando me estruturei, que eu podia ter minhas filhas, ser independente, qualquer filho que eu tivesse eu podia sustentar independente da outra pessoa ajudar ou não, eu podia manter as minhas filhas.

Quando eu me separei estava grávida de cinco meses da segunda filha. Eu disse ‘não dá mais’. Naquela época eu não entendia muito, mas Deus me ajudou e o levou pra Manaus. Eu me livrei dele estar na minha porta todo dia, me criando problemas. Na época morávamos os três. E eu com Fabíola na barriga. Ele tinha esse problema, bebia muito. Eu não bebo, nem fumo. Na minha casa não tem bebida. Não gosto de fumo, nem de bebida e ele fazia as duas coisas: bebia e fumava, chegava tarde. Eu não tinha a segurança, ele tinha muitos amigos, eu me via como segunda opção. No começo tudo era fácil, eram flores. Depois as flores começam a cair, os espinhos começam a nascer.

Depois que a senhora se viu sozinha. O que pensou?

Eu tinha duas filhas e me garantia. Eu sabia que poderia cuidar delas e sustentá-las. Dali pra frente era impraticável ter mais filho. Principalmente pela idade. Já fui ter filho madura pra eu poder ter direito, nasci no interior, numa vida muito presa. Eu não conhecia tudo, então eu precisava viver primeiro. Fui trabalhar, comprei carro, apartamento, fiz minhas economias para ter o meu lugar... fui trabalhando e vivendo. Então, quando ele se foi não podia me ver no mundo perdida, por mais que eu estivesse sem eixo. Eu tinha que olhar por mim e pelo que eu tinha. Se eu botei no mundo, eu tinha que assumir. Eu não ia num lado nem do outro da família buscar nada. Eu me virava com o que eu tinha.

Como foi pra senhora sustentar as duas filhas, sozinha? Teve alguma dificuldade?

Menina gasta muito mais do que menino. E ainda tive problemas na época de Collor, de meu dinheiro ficar retido e eu tive que me virar. Até bolo, empada. Eu fiz salgadinho e fui vender no Parque da Jaqueira com elas (as filhas) pequenas. Em alguns momentos batia a dúvida e eu pensava ‘será que dá ou não dá?’. Mas tinha que dar. Se não acreditasse em mim eu podia contar com quem? Não podia contar com ele. Felizmente tinha meu emprego e minha casa.

Hoje a senhora é aposentada. Goza de tranquilidade na vida. Está satisfeita e se sente feliz?

Isso pra mim é uma vitória. Hoje se me perguntarem "como é que a senhora se sente?", eu digo ‘realizadíssima. Por lutar, por ter duas filhas e hoje as duas estarem formadas. Fazer as coisas que elas quiseram fazer. Fizeram exatamente o que elas escolheram. Eu disse ‘cada uma vai fazer o curso que quer fazer e não aquilo que eu gostaria de ter feito. Eu preciso de profissionais realizadas e não frustradas’. Fiz secretariado porque eu tinha que ter como me sustentar. E elas não, cada uma fez aquilo que queria fazer. Criei minhas filhas com independência. Hoje eu digo pra elas: ‘Vocês primeiro trabalham, se autossustentam. Depois vocês casam’. Foi o que deu certo pra mim. Depender de pensão alimentícia pra mim era a pior coisa do mundo.

 

Mulher

Ana

Karina

 

Falta, impedimento, escanteio, pênalti e tiro de meta. Esses termos, entre outros do mundo futebolístico, passaram a fazer parte da vida de Ana Karina Marques, nos últimos dez anos. A árbitra de 32 anos, que atualmente apita o Campeonato Pernambucano, deixa de lado a timidez e a delicadeza e assume uma postura firme durante os 90 minutos de jogo – fora os acréscimos. Além do uniforme, apito e cartões amarelo e vermelho, ela não dispensa o batom e o lápis de olho antes de entrar em campo. Se pudesse, continuaria a usar brincos, mas os itens foram proibidos dentro das quatro linhas.

Todo jogador ou jogadora de futebol sonha em participar de uma Copa do Mundo. O mundial também é o alvo da juíza, que integra o quadro da Fédération Internationale de Football Association (Fifa). Antes disso, o próximo passo é apitar jogos dos campeonatos nacionais. Do desafio, ela não tem medo. Dá um cartão vermelho para o preconceito e segue mostrando ritmo e segurança na profissão que não é lá muito adorada pelos torcedores. Fora de campo, ela revela que os jogadores mantêm o mesmo respeito que o demonstrado durante o jogo. “Nunca levei nenhuma cantada. Devido a minha postura em campo, eles têm respeito”.

Você sempre gostou de futebol?
Na verdade, eu não acompanhava os campeonatos. Só via os jogos da Seleção Brasileira. Mas não tinha noção das regras. Falta, impedimento... Não fazia ideia da diferença de cada um. Diferente do que as pessoas pensam, eu nunca joguei futebol. Já joguei vôlei, mas futebol, nunca.

E como e por que você se tornou árbitra?
Tudo começou quando um colega de infância convidou a mim e ao meu irmão para fazer o curso. Resolvi arriscar e comecei o curso. Ao poucos, fui gostando e sempre recebia incentivo dos colegas de turma. Minha família também sempre me apoiou, inclusive meu irmão, que fez todo o curso, mas hoje não apita mais. De início, eu queria ser assistente, mas a demanda por juíza principal era grande, porque havia apenas duas - Maria Edilene e Andrea Amorim – e a Edilene estava se aposentando.

Como foi a sua estreia?
Foi uma roubada [risos]. O primeiro jogo foi em um campeonato amador na Iputinga. Foi uma prova de fogo. Um grupo de árbitros foi escalado para apitar o campeonato. Eu era a única mulher. Durante a partida, o jogador, puxou meu cabelo. Eu o expulsei e tive que me impor. Depois desse dia, fiquei pensando: “Isso não é para mim. Não vou apitar mais”. Minha família me ajudou a seguir em frente e hoje estou mais acostumada. Hoje, vejo que o campeonato amador me ensinou muito. É relativamente mais fácil apitar um jogo oficial, que há seguranças para agir quando for necessário. Nos jogos de várzea, isso não existe. Os jogos de várzea me deram coragem e ritmo.

O juiz não é muito admirado pela torcida, que geralmente pega no pé e xinga antes mesmo do início da partida. Como você lida com isso?
Eu já me acostumei. Futebol é assim mesmo. Um pode sair satisfeito e outro não. Entramos em campo querendo fazer o melhor. Nem sempre, todo mundo sai satisfeito. Da torcida recebo até elogios. Acho os torcedores criativos. Às vezes, fico rindo das coisas que os torcedores fazem. A resistência diante de uma árbitra tem diminuído, mas acredito que a imprensa e os torcedores se apegam demais aos erros. Quando acerta, não fez mais que a obrigação. Quando erra, as críticas são grandes. E se o erro for de uma mulher, a repercussão é maior.

Fora de campo, quem é Ana Karina Marques?
Eu sou uma mulher tímida [risos]. Tive que lutar muito para perder a timidez na vida profissional. Ou eu perdia a timidez ou não ia dar certo. Eu me sentia estranha, parecia outra pessoa. Mas me acostumei. Também não abro mão da minha vaidade. Hoje, consegui um uniforme um pouco mais feminino e uso sempre batom e lápis.

 

Mulher

Léa

Lucas

 

Fugindo dos padrões de uma avó, Léa da Silva Lucas, uma personagem da vida real, contradiz todas as definições da terceira idade. Amante do carnaval, das cores e da alegria, ela transborda vitalidade em plena 83° primaveras. Teve uma criação rígida dos seus pais, assim como era ditado na época. Carioca de nascença, Léa mudou-se para o Recife quando os filhos eram crianças. Há dois anos ganhou o título de cidadã pernambucana e não mede elogios ao Estado que considera de coração.

Casou nova e também ficou viúva nova. Aos 30 anos Léa perdeu o marido, criou e educou os filhos sozinha. Batalhou para lhes dar a devida educação. Fala com orgulho dos dois filhos, dos dois netos e dois bisnetos. Vive cantarolando pelos cantos e não consegue parar um minuto quieta. Não se considera uma pessoa velha. Justifica suas ações todo o tempo ressaltando que é uma pessoa jovem de espírito. Costuma dizer que passa por cima da idade. “Feliz é quem tem idade, é um sinal de que se está vivendo”, ressalta.

Solidária, Léa faz trabalhos sociais em asilos. Joga de vez em quando na mega-sena, mas garante, ficando milionária ou não, pretende comprar uma casa bem grande e abrigar todos os idosos que moram nas ruas, abandonados por suas famílias. Essa é sua meta de vida. Trabalhou na AACD, fez terapia do riso e não abre mão de ajudar as pessoas. Gosta e fala com todo mundo. Não tem inimizades e não sabe o que é ódio nem rancor. Irá receber uma homenagem da Câmara dos Vereadores pelo Dia Internacional da Mulher (8 de março), nesta quinta-feira. Chamou blocos e amigos para participar da homenagem. Guarda em casa oito faixas de concursos que venceu. Já foi miss simpatia e musa da boa idade, diversas vezes. Para ela nunca tem tempo ruim. Diz que não sabe o que é tristeza. Felicidade para ela é viver.

Quem é a Léa Lucas?
Eu sou Léa da Silva Lucas, viúva, tenho dois filhos maravilhosos. Sou top model, bailarina e cantora. Posso dizer que sou uma pessoa muito alegre, muito feliz, que tem muitos amigos e uma família maravilhosa. Eu sou felicíssima!

O que é o carnaval para você?
Sou fanática por carnaval. Desfilo no galo da madrugada, faço parte do bloco das ilusões e amo carnaval. Eu não paro um minuto.  Pra mim a vida inteira é um carnaval.

O que faz você feliz?
Eu sou muito feliz, sou uma mulher feliz, graças a Deus. O que me deixa feliz é estar com saúde, porque não tem nada melhor. Meus filhos estarem bem isso me deixa muito bem. E tudo o que a gente gosta e se sente bem, pra mim isso é felicidade. Felicidade é um estado de espírito.

O que te deixa chateada, triste?
Não sei o que é tristeza nem mau humor. Eu sou explosiva, quando eu não gosto de uma coisa eu grito, berro, faço um circo, mas depois fica tudo bem. Mas não guardo raiva nem ódio, eu não sei o que é isso.

Uma mulher que você admira muito?
Minha filha! Porque ela é uma mulher maravilhosa. Uma ótima filha, uma ótima mãe, uma ótima esposa e excelente profissional. Sou fã número um da minha filha.

O que você espera para os próximos anos?
Eu espero só coisas boas, uma vida longa. Espero que meus filhos, meus netos e o mundo estejam numa boa. Só espero coisa boa, nada ruim. 

 

Mulher

Shirlande

Pereira

“A sociedade não está preparada para quebrar tabus”,  conta Shirlande Pereira, morena, com estatura mediana, cabelos pretos, divorciada, e 31 anos de puro entusiasmo. Evangélica da Igreja Batista há 20 anos, trabalha como assistente financeira de uma empresa de caminhão e seu maior sonho é ter um filho e se formar em jornalismo.

Conheceu o ex-marido em um cursinho pré-vestibular, acabou se apaixonando, e namorou por dois anos. Ele é frequentador da Igreja Presbiteriana, lugar que ela começou também a frequentar, e logo após se casou. O relacionamento durou dois anos e sete meses. Com uma expressão de decepcionada, Shirlande demonstra que seu relacionamento não foi dos melhores. “Ele aprontava muito”.

Ela diz que não gosta de julgamentos precipitados e valoriza o que as pessoas são, independente de raça, religião ou opção sexual. “Tanto dentro da igreja quanto na sociedade em si, as pessoas não estão preparadas para quebrar tabus. Podem até afirmar não terem preconceito com drogados, homossexuais, divorciados, mas existe sim, as pessoas são muito fechadas. A minha mente hoje em dia é mais aberta por conviver com pessoas de todos os tipos”.

Qual é o maior defeito de Shirlande?

Ser sincera, sou muito sincera, chega até ser chato. Teve uma vez que o pastor disse que precisava de dois anos para se divorciar, e quem não seguisse, estaria fraudando a lei. Só que a lei mudou, fiquei revoltada. Esperei a reunião acabar e fui falar com ele e disse: preste atenção no que o senhor fala, porque isso magoa. A lei mudou. Eu poderia me divorciar no outro dia, porque a lei permite isso. Se eu acredito em uma coisa eu vou até o final.

Como você vê as igrejas atualmente?

Nem todo mundo que está dentro da igreja é devoto, se tornou mais ponto de encontro de amigos. Tem gente que não leva Deus a sério, eles na igreja se mostram santinhos, mas por trás faz um monte de coisa errada, pensando que escondendo da igreja está escondendo de Deus. Em muitas igrejas isso é moda (referindo-se aquelas que se tornam apenas  ponto de encontro de amigos).

O que mudou na sua vida depois do divórcio?

Para algumas pessoas, mulher divorciada é sinônimo de fácil, pega qualquer um. As pessoas olham atravessado porque nunca é o homem quem erra. Quando eu me separei apareceram vários meninos querendo ficar comigo só pelo fato de não estar mais com o meu ex-marido. Odiei, não admito ser usada, posso até usar, mas ser usada, nunca.

Para você o machismo ainda está presente na sociedade?

O machismo reina, e não só em homens, em mulheres também, na própria igreja, por exemplo. Eu vejo os casais mais novos abraçados, e a menina me olha com uma cara feia, e eu nem olho pro lado, não me interessa.

O que é ser “mente aberta”?

Respeitar o próximo. Não importa o que você faz da sua vida íntima, e sim a pessoa que você é. Como você me trata. Se você me faz bem, eu vou lhe respeitar. Porque eu quero que a minha vida, minha religião, minha opção sexual seja respeitada, então eu respeito para ser respeitada.

 

Mulher

Roberta

Uchôa

 

Mulher de personalidade forte e determinada. Independência que foi construída aos poucos. Pessoa disciplinada. Apesar de tolerante, impaciente. Filha mais nova de cinco irmãos. Casou cedo, divorciou-se nova.  Assistente Social com PhD in Sociology of Addiction pela Universidade de Londres. Tia orgulhosa. Escritora e esportista, com diversos carimbos no passaporte. Quando adolescente fez intercâmbio nos Estados Unidos e em Paris. Quando adulta morou na Inglaterra e Índia, lugar que gerou vários frutos, entre eles um livro -  "Curiosidades sobre a Índia: diários de sexta-feira", Editora Universitária(UFPE). Considera-se uma mulher realizada aos 50 anos.

Criada em um ambiente de proteção familiar, conseguiu um pouco de liberdade depois de casar. Viu a vida. Vivenciou o mundo. Acorda junto com o sol para ir correr, na praia ou na rua. É vaidosa e cuidadosa com a saúde física. O estilo de independência se reflete até na escolha dos esportes preferidos. Maratona e ciclismo, dois esportes individuais são suas preferências. Não se preocupa com os padrões impostos pela sociedade, afirma ter seu próprio padrão. Ex-militante partidária acredita que "política a gente faz no dia a dia". Rubro-negra fanática. Costuma frequentar a Ilha do Retiro para torcer e vibrar pelo time do coração, só ou acompanhada, não importa. Acredita que o Brasil está melhor com o governo atual, mas que ainda há muito pra se fazer.

Quem é a Roberta Uchôa?
Eu sou uma mulher independente, que construiu seu espaço aos poucos, ao longo da minha vida, com muito sucesso em algumas iniciativas, mas também muitos insucessos. Eu acho que, sobretudo, eu sou uma pessoa disciplinada, muito determinada e diria que apesar de intolerante, sou paciente para construir as coisas que desejo. Eu com 50 anos de idade acho meio patético dizer ‘sou feliz’, mas, sim, tenho vivido muito mais momentos de felicidade do que de tristeza. E é muito gostoso chegar a essa idade e se perceber dessa forma. Porque eu quando tinha 20 anos, eu tinha muito medo de envelhecer, sobretudo, porque eu não tinha a menor confiança em mim. Essa confiança eu vim construindo, dos 20 aos 30 anos, eu diria. Acho que a riqueza da minha vida são essas coisas que aos poucos eu fui construindo essa autoconfiança.  Fui perdendo o medo das coisas porque na minha geração, que nasceu na década de 60, as meninas ainda foram educadas para isso, pra ser uma pessoa educada, ter uma profissão, mas além de tudo para ser companheira de algum homem. Percebi que não era bem isso que eu queria e com isso saí e construí uma alternativa, isso é uma coisa legal.

E as suas viagens ao redor do mundo?

Morei em alguns lugares do mundo. Eu brinco dizendo que Recife é uma província, mas eu amo de paixão essa cidade. Para eu poder viver aqui, eu tenho sempre que sair para poder voltar. Saí aos 14 anos para estudar nos Estados Unidos. Fiz intercâmbio e passei seis meses lá. Na sequência me deu uma vontade enorme de estudar francês, aí eu comecei a estudar o idioma e fui para a França. Quando eu me formei tentei fazer um mestrado fora, mas não consegui. Com o tempo desenvolvendo trabalho, fiz especialização, fiz mestrado e engatilhei meu mestrado e um doutorado. Morei em Londres por quatro anos, onde fiz um doutorado integral, e esta é outra cidade que eu tenho uma paixão enorme e me sinto muito em casa. Também morei na índia, em decorrência da minha atividade como Professora da UFPE. Todas as pessoas, até eu mesmo achava que era um pouquinho louca de tá indo para um lugar tão fora dos nossos padrões. Mas era uma curiosidade grande. Fui em 2008 fazer um pós-doutorado, com bolsa da universidade, e fui trabalhar em uma ONG que desenvolve vários programas na área de saúde mental. Foi uma experiência fantástica, muito mais pessoal do que profissional.

Como surgiu o livro escrito na Índia?

O livro surgiu da necessidade pessoal de manter contato com os amigos, mas, sobretudo dos amigos me cobrarem o tempo todo para falar mais sobre as coisas do país. Com 15 dias eu resolvi escrever um artigo, o primeiro de todos, e nele eu escrevi o que seriam curiosidades para mim. O que era diferente lá. Daí eu escrevi um e-mail para poucas pessoas descrevendo como era o banheiro da Índia, que é muito diferente do nosso. Desde então começou a fazer sucesso. Os amigos e os familiares foram me pedindo para escrever e entrar na lista. Então eu acabei escrevendo todas as sextas-feiras, em um período de 11 meses que morei lá.

E o casamento?

Gosto de me relacionar com as pessoas, mas não gosto muito de estar com ninguém todo dia. Eu brinco dizendo que se eu tivesse ficado como namorada, eu estaria namorando até hoje. Mas aí quando entra em casa, essa coisa de dividir os espaços, ter que dividir 24h por dia o seu horário com a outra pessoa, é uma coisa que me pertuba, eu não lido bem com isso. Eu gosto do espaço, eu gosto de não ter que dizer nada pra ninguém, eu gosto do meu canto e sempre gostei. E dividir com qualquer pessoa, seja um marido, seja um namorado, seja minha mãe ou meus irmãos, 24 horas no dia, me incomoda. Eu moro só há muitos anos, desde que eu me separei, aos 25 anos. Eu gosto de chegar em casa. O meu espaço em casa é tão agradável quanto esse meu espaço de trabalho aqui dentro (na sala de trabalho na UFPE). Eu estou sempre ajeitando meu canto, sou uma pessoa que, quando volto, gosto de ser acolhida do jeito que deixei. Muito mais do que fazer uma crítica ao casamento, eu diria que é muito mais o meu perfil de quem não gostar de estar sozinha. 

 

Mulher

Rosinha Leão


Pais separados na infância, gravidez por inseminação artificial, muitas vezes foi a responsável por tomar conta da família. Essas são algumas das histórias que marcam a vida de Rosinha Leão, de 43 anos de idade. Na verdade, Rosinha aparenta ser muito mais nova. Talvez, sua beleza e juventude seja fruto do próprio trabalho. E trabalhar é algo que ela sempre fez, desde pequena. Os estudos se limitaram até o ensino médio, mas, a todo tempo manda os filhos estudar mais e mais. Como ela sempre fala, “a vida é um risco” que para ela se tornou uma vida vitoriosa.

Por que seus pais se separaram? Trabalhar desde cedo te ajudou?

Minha mãe se separou do meu pai porque ele bebia muito e tinha outras mulheres. Ela não aguentou e meu pai foi embora quando eu tinha quatro anos. Ficamos minha mãe, três irmãs e eu. Sempre tive que trabalhar, pois nós éramos pobres, não tínhamos nem banheiro em casa. E acho que trabalhar me ajudou.

 Após seu casamento, algumas vezes seu marido ficou desempregado. Como foi ser a “chefe de família”?

Quando há amor, a gente supera tudo. Eu sempre fui batalhadora e consegui ajudar nossa família. No começo, o meu marido me ajudou muito também. André é um homem lindo e é um paizão.

E as tentativas de engravidar?

A gente tinha dificuldade de engravidar. Eu sempre quis ter bebê, porque eu adoro criança. Eu e meu marido resolvemos fazer um tratamento de inseminação artificial, mas duas tentativas deram errado. Na terceira, eu já estava triste, não queria nem pegar o resultado. Quando meu marido viu o diagnóstico positivo, foi logo avisando a todo mundo. Foi muita alegria.

Como você pode descrever os seus filhos?

Meus filhos são dois amores. Tenho um menino de 13 anos, fruto do tratamento, e uma menina de 4, que eu adotei. Eles se dão muito bem, e me acham uma sargentona, porque sou rígida.

Como você se define?

Uma vencedora. Batalho para ser feliz e fazer os outros felizes. Nunca desisto de nada. Agradeço muito a Deus por tudo o que consegui.

No mundo árido da informática, o empresário Steve Jobs, que morreu hoje na Califórnia, aos 56 anos, deu cores e beleza aos computadores. Cofundador da Apple Computer Inc. e do estúdio Pixar, mais tarde comprado pela Disney, Steve Jobs trabalhou na ponta da inovação desde a era do Macintosh, o computador da Apple que na década de 1980 trazia um ambiente bem mais amigável para o usuário que os sistemas operacionais DOS e Windows 3.1 da rival Microsoft, bem como os computadores pessoais de cor bege - as máquinas da Apple eram coloridas.

Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em São Francisco (EUA) e criado por pais adotivos, Steve Paul Jobs chegou à fama e ao sucesso empresarial em 1984 quando ajudou a criar e lançar o Macintosh - um computador pessoal com uma interface agradável e diferente do que havia até então, além de um sistema operacional palatável ao consumidor. O começo da década de 1980 marcou, nos Estados Unidos, o advento do computador pessoal e o início da difusão em larga escala da internet. O Macintosh era um computador que tinha mais recursos gráficos e por isso caiu no gosto dos consumidores.

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Em 1985, Jobs foi afastado temporariamente da Apple pelo conselho de administração após brigas internas. Ele fundou outra empresa de informática, a NeXT, e em 1986 comprou da Lucasfilm os estúdios de computação gráfica Pixar, que então começaram sua trajetória de usar recursos digitais nos desenhos animados. O Pixar iniciou uma parceria lucrativa com a Disney, produzindo mais tarde (anos 1990 e 2000) filmes como "Toy Story", "Monstros SA", "Procurando Nemo", "Cars" e vários outros desenhos de qualidade e enredo refinados, que conquistaram crianças e adultos no mundo inteiro.

Jobs voltou à Apple em 1997, após a empresa, então à beira da falência, ter comprado a NeXT. Ele foi trazido como consultor e conseguiu salvar a Apple com o sistema operacional Mac OS, que unia a estabilidade dos sistemas operacionais Unix à plataforma Macintosh.

Mas Jobs inovou não apenas com computadores e desenhos animados: desenvolveu um sistema, o iThunes, que permitiu aos consumidores escutarem músicas em aparelhos portáteis, entre eles o iPod, lançado em 2001 pela Apple. Em 2000, a Apple tinha valor de mercado de US$ 5 bilhões. Em 2009, o valor de mercado da corporação era de US$ 170 bilhões, de acordo com a revista Fortune.

Jobs era considerado arrogante na indústria. "Você é incrivelmente arrogante - você não sabe o que não sabe", disse Andy Groove, ex-executivo-chefe da Intel, a Jobs durante um jantar em Palo Alto, no Vale do Silício, em 1983. A resposta de Jobs, contou Groove 25 anos depois: "Me ensine. Me diga o que eu preciso saber". A entrevista de Groove foi dada ao jornalista Michael V. Copeland, da Fortune.

Em 2008, os problemas de saúde de Jobs, que aparentemente datavam de 2006, vieram à tona. O empresário visivelmente perdia peso e isso ficou claro quando dava suas populares palestras. Com os rumores persistentes sobre que doença o empresário sofria, Jobs publicou uma carta à comunidade da Apple em 5 de janeiro de 2009, explicando que pela primeira vez "em uma década" passava o feriado do Natal e Ano Novo junto à esposa e aos quatro filhos. Jobs disse que sofria de um descontrole hormonal, que roubava as proteínas do seu corpo. Especulações publicadas na imprensa dos EUA diziam que ele sofria um câncer de pâncreas e ficaria afastado da Apple durante meses.

Uma matéria do Wall Street Journal esclareceu um pouco o episódio: segundo o jornal, Jobs sofreu um transplante de fígado no Tennessee em abril. Ele voltou ao trabalho em julho.

No começo de novembro de 2009, a Fortune elegeu Steve Jobs o executivo-chefe (CEO) da década passada. A publicação destacou em seu site que Jobs desafiou "as piores condições econômicas desde a Grande Depressão e os seus próprios e sérios problemas de saúde", e "reviveu a Apple".

"Nos últimos dez anos Jobs reordenou "radicalmente e de maneira lucrativa três mercados - o da música, o dos filmes e o dos telefones móveis - e o impacto em sua indústria original, de informática, apenas cresceu", escreveu a revista.

Cansou de usar uma rede social? O site deleteyouraccount.com reúne os links de diversas redes sociais que permitem que você apague sua conta. O site oferece uma ferramenta de buscas de serviços como Facebook, Orkut e Twitter, e oferece a página de exclusão de conta de cada site.

Por exemplo, se você estiver logado na sua conta Google e quiser apagar seu perfil no Orkut, bastará fazer uma busca no site, clicar no link e confirmar a exclusão do perfil.

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Vale lembrar que na grande maioria dos sites não é possível recuperar um perfil apagado. Por isso, pense bem antes de apagar sua conta.

A política de expansão das universidades federais do governo Lula (2003-2010) não conseguiu reduzir as desigualdades sociais e econômicas que sempre predominaram nas instituições públicas de ensino superior do País. Em cinco das 14 novas universidades há mais ricos que pobres, em oito a porcentagem de alunos brancos é maior que a média nacional, enquanto que a de alunos que se declararam pretos é menor que a média em nove delas.

É o que mostra levantamento do jornal O Estado de S. Paulo nas 14 universidades criadas pelo ex-presidente com base em cruzamento de dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que em 2010 entrevistou 19.691 alunos de 53 das 56 universidades federais do País. Na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de mais quatro federais.

O governo Lula criou várias medidas para aumentar o acesso das camadas mais pobres à universidade pública. O sistema de cotas sociais e raciais, por exemplo, foi adotado por 20 universidades federais de 14 Estados. A criação, em 2009, do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) - que seleciona estudantes para vagas em universidades federais por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - deu chance para que um estudante de um Estado possa cursar uma federal de outro. Neste ano, o Sisu registrou 2 milhões de inscrições.

Os recortes feitos pela reportagem, porém, indicam que o avanço na inclusão ainda é lento. Em cinco das novas universidades da era Lula, por exemplo, a proporção de alunos ricos varia de 68% a 84% - bem maior que a média das 56 federais existentes (56%).

A Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) lidera a lista das instituições com maior proporção de alunos ricos, ou seja, das classes A e B. Lá, além de 84,85% dos estudantes que pertencem a essas classes, 91,67% são brancos e 75,76%, mulheres. "O perfil do nosso aluno é similar ao dos estudantes da Região Sul, com as peculiaridades da área da saúde", diz o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, Luís Henrique Telles da Rosa.

Entre as diversas explicações para os porcentuais estão o fato de ser uma instituição pequena e voltada especificamente para uma área, na qual é tida como uma das melhores do País, o que a faz ser bastante concorrida. Assim, acaba selecionando os alunos que tiveram chances de se preparar nas melhores escolas.

A mesma desigualdade é verificada quando se trata da divisão por raça, cor e etnia. Os estudantes brancos são maioria em oito das novas universidades, com índices que variam de 71,14% da Universidade Federal do ABC a 91% da UFCSPA. A média das federais brasileiras é de 53,59%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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